terça-feira, 2 de agosto de 2016
BEIRA DE ESTRADA (66)
DOIS MOMENTOS DESSA BAURU NOS SEUS 120 ANOS
1.) ALGO MERECENDO UMA MELHOR EXPLICAÇÃO... Quando atuei nas hostes da Cultura Municipal, 2005/2008, administração Tuga Angerami, por quase todo o período de quatro anos a Prefeitura esteve impedida de receber dinheiro federal, pois existiam dívidas contraídas com a União em administrações anteriores. Elas foram todas quitadas no final daquela administração e quase no final daquele mandato, a única emenda parlamentar recebida pela cidade foi uma deputado federal Vicentinho PT, no valor, se não me engano de R$ 800 mil reais, exatamente para recuperação das estações da Cia Pauliusta e a de Tibiriçá. Começa a administração Rodrigo, outras emendas são juntadas a esse primeiro valor e o bolo cresce. Ouço tempos depois, pela voz do próprio prefeito Rodrigo Agostinho, que o restauro seria possível da seguinte forma: parte pela somatória dessas emendas e outra com utilização de recursos próprios. O tempo passou mais um pouco e só depois de concluido o primeiro mandato algo teve início e com uma pomposa placa sendo colocada com valores lá na frente do largo da Feira do Rolo, local da Estação da Cia Paulista. Algo muito triste depois quando a obra foi iniciada e interrompida, com o telhado da estação deixado todo descoberto, sob a ação ininterrupta de sol e chuva. Meses atrás a obra é reiniciada e ameaço soltar fogos de artifício para comemorar. Ainda bem que não os soltei. Felizmente boa parte do telhado foi concluída, mas ontem uma triste notícia e que só merecerá maiores comentários com as devidas explicações dos senhores que mais entendem desse assunto: Alex Sanches, Orlando Alves,Elson Reis, Chico Maia e Rodrigo Agostinho. Com a palavra os senhores, para depois vir com as devidas conclusões. Enfim, o que ocorreu para tanto desencontro nessa obra de pequena monta, diante de tantas outras mais volumosas? Teremos ou não devolvido para a população de Bauru o saudoso Museu Histórico Municipal de Bauru e mesmo o MIS - Museu de Imagem e do Som? Isso que vi hoje publicado pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura não me contempla diante da folha corrida de fatos registrados por mim nesse curto texto. Querendo entender... Cliquem para ver o link na mídia sobre esse fato: http://www.jcnet.com.br/Geral/2016/08/prefeitura-abre-mao-de-recursos-para-reforma-da-estacao-paulista.html
2.) OS ANÔNIMOS DE BAURU – EU TROMBO COM ESSES A CADA VIRADA DE ESQUINA E TOMAM TODO O MEU TEMPO, O DISPONÍVEL E O INDISPONÍVEL... A TV TEM os descobriu agora aos 120 anos de Bauru e numa bela matéria, mostra alguns dos tais “anônimos”, esses tantos que estão nas ruas dessa imensa cidade e a conduzem mais do que qualquer figurão. Dou muito mais valor a esses do que para os tais pertencentes das “forças vivas”, pois na sua maioria esses pensam somente nos próprios botões. O “força viva” é aquele que reclama do impostômetro, mas finge não enxergar o tamanho do seu rabão comprido todo enfronhado no sonegômetro. Fujo desses e caio de boca nesses todos, alguns desses retratados pela TV Tem. Clique a seguir para assistir a matéria:http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/#v/5206456. Dentro da grade da Globo e da TV Tem, algo um tanto sui generis, saindo do trivial, diria, do normal. A TV Globo, como até as pedras do reino mineral sabem desvirtua a verdade dos fatos ao seu bel prazer e conforme seus interesses e conveniências, sabe o caminho de fazer bem feito e quando o faz, cito, ressalto, mas não deixo também de lembrar o seu outro lado, nefasto, atrasado e retrógrado. Lado a lado eles convivem. De vez em quando “eles” também ousam olhar para as ruas e para o que elas dizem. Não tenho pretensão nenhuma de ser melhor do que ninguém, mas adoro algo que faço, exatamente isso de recolher as histórias pouco conhecidas dessa cidade, dos seus anônimos. A cada nova saída do portão da rua aqui no mafuá, vou ao encontro delas e as registro ao meu modo e jeito. Um ajuntamento nada organizado. E as histórias trombam comigo. Hoje mesmo, almocei com meu filho e irmã na cidade e no cruzamento da Primeiro de Agosto com a Gustavo Maciel, um desses me aborda e ficamos a papear sobre algo mais das ruas. Trata-se de ELIAS BRANDÃO, um bacharel de Direito que assume ser o digno representante do lado saudável dessa Bauru Springfield, a da família Simpson. Ele, eu e tantos outros somos e estamos inseridos numa cota de cidadãos diferenciados, ousados, irreverentes, brincalhões consigo mesmo, despudorados, sem a trava na língua, na ventas e nos modos. Não gostamos muito desse negócio de atuarmos dentro de um comportamento convencional, seguindo regras ou mesmo andar nos trilhos do politicamente correto. Elias faz das suas e dia desses se prestou ao papel de concorrer novamente à presidência do Esporte Clube Noroeste. Ele mesmo me diz que uns o abordaram com algo assim: “Você não tem vergonha disso?”. Sua resposta, sempre irônica, entre risos é sempre a mesma: “Não. Vergonha deveria ter quem se omite diante dos erros cometidos lá e se apequena, se esconde, foge da raia. Eu vou lá, enfrento eles todos e pronto. Quem me conhece sabe que devo e preciso estar lá. E por que não deveria estar?”. Ele me diz algo sobre o pai não sair igual ao filho. Olha para mim e diz que pareço muito com meu filho, mas dia desses teve um entrevero com um que não puxou ao pai. Diz ter ouvido que Renato Purini havia dito algo dele, mas retrucaria quando o encontrar se na casa dele não existe espelho, pois suas atitudes não se parecem nem um pouco com as que seu pai teve. “Ele pensa que pode ser candidato a prefeito, mas nem isso vai conseguir, pois seu nome está mais do que comprometido. É esperar para ver, não chega nem no dia da eleição e teremos algo mais sendo revelado”, diz. Relembra dos casos de Agudos, uma cidade que por décadas foi comandada por uma família, a dos Octaviani’s, mas cujo reinado está chegando ao fim, pois como o chefe da clã não vai poder disputar nem chefia de quarteirão, a saída foi a de preparar o filho para concorrer. “Agudos vai acordar de uma vez e dar uma basta nisso ou estará inscrita como mais Springfield que Bauru. Histórias deles não me faltam”, diz e abre a pasta onde estampado num jornal a manchete sobre dezenas de terrenos adquiridos em nome de filhos. Uma lista maior dos que o Michelzinho Temer possui em seu nome, sendo ainda pré-adolescente. Não é fácil escapar do Elias, ele te segura e uma história é emendada em outra. Se bobear o dia corre nisso e você nem percebe. Eu tento me desvencilhar, dou um baita abracito nele e sigo em frente. Na esquina seguinte, mais e mais personagens. Volto correndo para casa e meu trabalho, pois do contrário passaria o dia todo envolto só nisso. Por hoje, fico com Elias, que me disse muito mais e poderia escrevinhar mais dois ou três textos iguais a esse, mas me falta tempo. Não sei se qualificaria Elias Brandão como “anônimo”. Talvez como ignorado. De algo tenho certeza, figura mais do que marcante dessa Bauru vicejando nas ruas.
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