quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (80)


É DISCUTINDO QUE A GENTE CHEGA NUM DENOMINADOR COMUM...
Quer melhor lugar para discutir as questões nacionais do que numa mesa de bar. Essa afirmação foi confirmada ontem quando ao atender um chamado do amigo de todas as horas, Claudio Lago para uma cervejinha no final do dia, enfim, havia viajado e há mais de uns dez dias não praticávamos o referido esporte. Mas em que lugar? A sugestão foi minha. O escolhido foi o Bar do Gaspa, do Alex Gasparini, lá nos altos do jardim Bela Vista, mais precisamente na Carlos Marques 9-83. Havia conhecido o Bar do Fernando, antes dele por ali e ainda não havia comparecido no novo empreendimento do Gasparini. Queria ir em um lugar por onde ainda não havia botado os pés e rever gente conhecida. Chego lá atrasado, Cláudio já bebericava algumas e conversava pra dedéu, tanto com o Alex, como com alguém que não esperava encontrar por ali atrás do balcão, o gerente da Vila Dutra, Jesus Adriano, que aposentado há alguns anos, me diz ter recebido convite do amigo proprietário e está por lá, como sempre, batendo um bolão. O papo rolou primeiro no balcão e depois numa mesa no centro do bar. Acepipes rodaram na mesa junto da dona Brahma, como batatas e salsichas em conserva. Matamos tudo. A política de hoje e de ontem na ponta da língua. Eis que nos é oferecido um salame especial, prontamente aceito e ao virarmos o pescoço, adentra o local mais um dentre tantos que podem ser chamados verdadeiramente de boêmios nessa cidade varonil,Pedro Valentim Benedito. Estava formado o quinteto a disputar a fatídica Olimpíada dos próximos embates políticos e eleitorais.
Assunto não nos faltou. deitamos conversa fiada (e também muito séria) sobre tudo, todas e todos. Quem disse que dono de bar não se mete em assuntos rodando na mesa do lugar? Se algumas orelhas arderam ontem no começo da noite, com certeza provocadas pelo "quinteto fantástico", resolvendo as questiúnculas do mundo numa mesa de bar. Falamos em tom elevado, discutimos em tom provocante, rimos, gargalhamos, comemos, bebemos e, por fim, para agrado do Alex, pagamos a conta. Fui embora antes de ver a piaba que o Corinthians levou do Atlético Paranaense. Quando saímos de lá a contenda ainda estava no 0 x 0. Arejados pela boa discussão, o grupo chegou a uma acertada conclusão: mesa de bar é bom para muitas coisas, essa uma delas. Divergência e convergência sentam lado a lado e se entendem que é uma beleza, desde que ninguém desembainhe a faca, sempre guardada na algibeira. Ninguém fez isso e a coisa fluiu maravilhosamente. Chegamos a uma conclusão, o mundo tem jeito, mas vai ser difícil pra cacete outro tanto de pessoas sentarem numa mesa como fizemos e desarmadamente dialogar até a exaustão. Essa é sempre uma boa saída.

Em tempo: Indico o Bar do Gaspa como ponto de conversações múltiplas e variadas, além de comidinhas honestas e preços idem, com almoço de quinta a domingo. No cardápio dobradinha, rabada, feijoada, costela e tudo o mais que, com certeza, vai matar a gente mais rapidamente.
HPA - começando a quinta com o pé esquerdo...

CONCLUSÕES TIRADAS DIANTE DO PREÇO DE UM SORVETE...
Passei ontem por um posto de combustível na avenida Moussa Tobias e quando fui pagar inclui na conta um sorvete, um que gosto, o Brigadeiro de palito da Kibon. Um dos meus preferidos. Ao ver o preço levo um susto. O danado alcançou a cifra de R$ 5,50 (cinco reais e cinquenta centavos). Achei caro pra dedéu, pois ele é pequeno e em poucas dentadas estraçalho ele todo. Como já havia passado o cartão, confirmei, mas comentei com o frentista: “Que caro, hem! Não sabia que estava tanto”. Ele não só concorda comigo como vai mais além: “Parei com sorvetes desses vendidos dessa forma, indústrias estrangeiras. Podem até ser gostosos, mas são uma exploração. Caros demais. Experimente visitar as tantas sorveterias bauruenses”. Disse que já faço isso e que, a partir de agora, estaria encerrando meu ciclo de Kibon e privilegiando os nativos.

Hoje fiz a prova dos nove. Conheço uma pá de boas sorveterias na cidade de Bauru. Tem uma deliciosa lá na praça dos Expedicionários, com um nome que não me lembro. A Nossa Senhora Aparecida fica na praça Washington Luís, a da igreja Aparecida e, bem tradicional, por R$ 5 pilas dá para chupar três desses da Kibon. No Bela Vista, perto do Clube da Vovó tem outra, uma distribuidora, que sempre que passo por lá, paro e chupo um. Lá perto da casa do Roque e da Tatiana, na praça, bem na esquina tem outra, com preços mais do que convidativos. Na subida da Campos Salles tem a Spumoni, bem antiga e com direito a choro na hora da pedida. No centro da cidade, uma grande falha, nenhuma grande sorveteria por ali. Boas lembranças tenho da Creola, dos tempos do Zé, primeiro na Bandeirantes, depois em frente o falecido cinema da Treze de Maio.

Escrevo isso tudo e digo onde fui fazer a prova dos nove. Na mais conhecida da terrinha bauruense, a Pinguim, ali junto da Praça das Cerejeiras. Valorizo ela e vejo seu dono vendendo picolé em todos os jogos do Noroeste. Ele modernizou sua casa, agora você tem que pegar até senha em dia de muita gente, mas algo continua como dantes, os preços ainda convidativos. Entro e fico naquela cruel dúvida: qual escolher diante de tanta oferta. Escolho dois sabores, um de fruta, outro com chocolate e ouço da moça a me atender: “Uma bola é três reais e duas sai por cinco, tanto faz na casquinha ou no copo”. Prefiro o copo e ao ver o tamanho do danado e mais o das bolas, confirmo tudo o que o frentista havia me dito ontem: não vale a pena comprar esses industrializados da Kibon, quando temos muitas boas sorveterias na cidade, qualidade mais que comprovada. Daí, a partir de hoje estou deletando a Kibon de minha vida. Basta dessas coisas feitas lá longe, tamanhos pequenos e preços grandões.
HPA e algumas de suas demoradas descobertas.

Um comentário:

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK:
Pedro Valentim Benedito Foi uma autêntica análise de conjuntura e ainda não chegamos a uma conclusão...

Henrique Perazzi de Aquino Se chegar vai dar pau...


Ailton Pereira Aguiar Molhando as palavras pode ficar tudo bem claro e não contraditório !!!!!A luta continua camaradas!!!!!

Alex Gasparini Cada dia mais fico feliz em estar a frente do Bar do Gaspa, pois aqui se frequenta gente de boa estirpe !!!!

Martim Silva · 43 amigos em comum
isso e que e vida heinnnnn