domingo, 22 de setembro de 2019

COMENTÁRIO QUALQUER (193)


SÓ NÃO ENXERGA QUEM NÃO QUER - A POBREZA NAS RUAS SÓ AUMENTA E EM BAURU NÃO É DIFERENTE

O brasileiro até meses atrás olhava para a Argentina com aquela fisionomia de surpresa e ficava incrédulo como a pobreza tomou conta do país vizinho. Hoje, só não enxerga quem não quer, estamos bem próximos de uma situação muito parecida. Evidente que, a Argentina é bem diferente do Brasil, até nas dimensões territoriais somos bem distintos, porém, quando o quesito são os governantes, a Argentina após quatro anos de insano neoliberalismo predatório, a derrocada mais do que explícita e nos, brasileiros, em apenas nove meses de desGoverno, com um desvairado no poder, uma ação atrás de outra contrária aos interesses dos trabalhadores e dos menos favorecidos, o país não só com um acentuado índice de demência pairando no ar, como todas suas sérias instituições sendo degradadas, ultrajadas e numa verdadeira petição de miséria.

Não existe meios possíveis de comparação com o país que tínhamos, por exemplo, quando este foi governado pelo PT, principalmente por Lula. Existia e isso é inegável, incontestável, uma atenção para com os menos favorecidos, esse tiveram toda uma atenção e com os muitos programas sociais colocados em prática, uma ascensão nunca vista até então na história do Brasil. Alguém em são consciência conseguiria comparar a degradação dos dias de hoje com o que ocorria nos tempos de Lula e mesmo com Dilma? Impossível. Só mesmo os abilolados conseguem tentar fazer algum tipo de comparação e quando o fazem são motivos de risos e chacota. Tínhamos um país, com muitos problemas, mas outro, soberanos, mais justo, livre e onde reinava algo que o povo não possui mais hoje, felicidade.


A pobreza aumenta a olhos vistos pelas ruas. Basta uma breve andada por qualquer lugar, olhar para os lados e a constatação, tem muito mais gente nas ruas hoje do que meses atrás. Aumentou sensivelmente o número de pedintes, de remediados espalhados pelas calçadas, dos tantos nas filas de emprego e mesmo em busca de alimentos. Vá qualquer dia à noite na praça Machado de Mello quando muitos programas sociais distribuem alimentos e verifiquem se as filas de hoje são as mesmas de antanho. Ou mesmo, olhe para a fila que se forma no programa do governo estadual, Meu Prato, com restaurante popular oferecendo almoço por R$ 1 real. A fila começava antes bem próximo do almoço, hoje mal termina o café da manhã já tem gente ali na calçada marcando seu lugar, pois o número de pratos servidos é limitado. Esses são só alguns dos sinais.

Ontem tirei algumas fotos num lugar pouco usual para ter uma barraca, junto ao viaduto que passa por cima da rodovia Bauru/Marília, aquela que sai do Posto Comandante, lá nos altos da Nova Esperança e seguindo em frente, estrada de terra para Val de Palmas. Essa barraca estava fincada bem na curva, em cima do viaduto, um lugar perigoso, arriscado, como se fosse um outdoor sinalizando que os novos tempos serão cada vez mais e mais dessa forma e jeito, ou seja, cada vez com mais gente nas ruas. Vivemos tempos onde grassa a insensibilidade humana. Pobre não tem mais vez, emprego, segurança, estabilidade, leis que o protejam, quanto mais comida na mesa e salário digno. Não existe muito o que dizer ou escrever e se posto as fotos aqui tiradas ontem são mais para poder servir de reflexão. Experimentem fazer como faço, sair pela aí com uma maquininha fotográfica e vejam quantas fotos iguais a essas cada um poderá tirar numa breve caminhada. Hoje na feira me assustei com o que vi nas beiradas, no seu contorno e nas suas entranhas. Os famélicos estão voltando e diante do que sabemos Bolsonaro veio para fazer, isso é só o começo. Na Argentina foram necessários quatro anos para não ser mais possível esconder a chaga exposta nas ruas e aqui, se em apenas nove meses, com sinais mais do que evidentes, uma só certeza, a do país piorar e a degradação inviabilizar um país outrora celeiro do planeta. As ruas expõe a chaga só aumentando.


A FOTO DA PIETÁ BRASILEIRA NAS RUAS É MAIS UM SINAL DA DEGRADAÇÃO
- "Esta foto traz a versão atualizada da Pieta, no contexto em que vivemos neste Brasil empobrecido, com os maus tratos a que nossa população tem sido submetida. Imagem mais dolorida", Maria Cecília Campos.

- "PIETÁ" , toda mãe é uma!, ao ver a dor de um filho. Pobreza extrema volta a atingir o Brasil", José Xaides Alves.


- "Ontem vi uma carroça dessas em que a mãe adaptou um caixote daqueles de cerveja preso embaixo da carroça e o filho de um ou dos anos ia dentro enquanto ela puxava a carroça na subida da rua Augusta", Wagner Momesso.

- "Pois é,e ainda tem economista que acha que quando tudo estiver arrasado o pais vai se levantar do caixão!", Luis Carlos Breviglieri.

Cenas idênticas aqui e acolá, por todos os lugares, espalhadas país afora e adentro, numa clara demonstração, entristecedora, de que em governos neoliberais não existe nenhuma possibilidade de estancar a pobreza ou ver atendido as necessidades dos desvalidos, pois a linha de pensamento e ação é insensível, voltada para atender o interesse de uma minoria, em detrimento da maioria. Em cada cena, a reprodução e na comparação com obras de arte, a constatação de que a vida se repete nesses tempos como tragédia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quão séria é a situação em que os governos de esquerda deixaram o Brasil. Se Deus quiser eles nunca mais voltarão ao poder e serão todos presos, assim como o chefe que já está.

Mafuá do HPA disse...

Resposta para anônimo sem noção:
Tu é um besta. Quem nos deixa nessa situação não é a esquerda e sim o neoliberalismo predatório e pérfido de desGovernos como de Macri e Bolsonaro. A esquerda, só para te lembrar, já não é mais Governo há algum tempo e essa desculpa dada por ti será dada ad eternum, para tentar comprovar, usar como desculpa de que a maldade feita pelos que vieram depois da esquerda é a salvação. Quem vai salvar esses países atolados nas maldades do capitalismo doentio é a chegada novamente da esquerda no poder. Elas chegam e dão rearrumam tudo, recolocam tudo nos eixos, dando atenção para os interesses das camadas até então desprezadas. O ciclo da maldade é esse, quando a esquerda tiver arrumado tudo, a direitona doente dá seu jeito e volta ao poder para desgraçar com a vida do povo novamente. Quando esses detonam com tudo, a esquerda volta e arruma tudo novamente, para lá na frente a direita, com seu jeito golpista de atuar, tomar deles o poder e o ciclo ter sequência. A direita é uma desgraça para os povos sem eira nem beira, pois atende interesses somente deles, o de uma minoria, a tal das elites, essas cada vez mais dementes, pois só pensam no tal deus mercado.
Henrique - direto do mafuá