DEPOIS EU EXPLICO*
* Os acontecimentos deste sábado, postados com alguma desordem, como devem ser as coisas neste país de pernas para o ar.
ALUCINADO FINAL DE SEMANA ENTRE LEITURAS, BRUXAS E AFINS
Diante de tantas aberrações desses últimos tempos, com algumas propostas para bater asas e se perder por aí, resolvi me trancar entre quatro paredes e ler. Escolhi três publicações, as ainda consideradas por mim como passíveis de insistência de persistente leitura. Me entrego de corpo e alma nessa ainda aberração diletantista já quase perseguida por essas plagas. Resisto e insisto.
Diante de tantas aberrações desses últimos tempos, com algumas propostas para bater asas e se perder por aí, resolvi me trancar entre quatro paredes e ler. Escolhi três publicações, as ainda consideradas por mim como passíveis de insistência de persistente leitura. Me entrego de corpo e alma nessa ainda aberração diletantista já quase perseguida por essas plagas. Resisto e insisto.
TREM É A CARA DESTA CIDADE, QUER QUEIRAM OU NÃO ALGUNS...
Participei ativamente quando da criação deste evento envolvendo as origens desta aldeia férrea. Algo alvissareiro ocorrendo quase todos os anos junto à mais bela estação férrea de todo interior do estado de São Paulo (frase dita a mim pelo escritor Ignácio de Loyola Brandão, quando veio pela última vez rever a estação férrea bauruense). Dei o meu quinhão, hoje um tanto afastado, mas nunca ausente, pois se neste ainda não fui, devo ir amanhã. Falar de ferrovia entre os tantos interessados nesse tema é uma das molas propulsoras destas plagas. E neste momento quando percebo uma alvissareira movimentação nas hostes públicas, no que diz respeito à recuperação não só de locais históricos, com a proposta vingando do Mercado Popular no barracão defronte a Feira do Rolo, como carros férreos sendo recuperados e até o passeio da Maria Fumaça com alguma possibilidade voltar a correr nos trilhos, nada melhor do que sentar com quem do meio e tomar conhecimento das novidades pelos meios de quem as produz.
Inveterados petistas estarão com barraca montada na Esquina da Resistência, cruzamento da Treze de Maio com o Calçadão da Batista. Em boa parte da manhã deste sábado a bandeira do LULA LIVRE estará sendo agitada, com a boa conversa fluindo, inclusive uma explicando que o ex-presidente não quer cumprir pena no semi aberto, como proposto pela falida Lava Jato, mas sair pela porta da frente, sendo absolvido e se julgado for, dentro da normalidade do ordenamento jurídico, o que de fato, mais que comprovado, não existiu quando o condenaram. O projeto do PT para os próximos anos pode ser conferido na conversa com a população. Promoção do DNA Petista e já fazendo parte da nova forma de administrar o Diretório Municipal do PT em Bauru, agora novamente em contato com o povo, por todos os meios e lugares. O maior partido brasileiro mostrando a que veio.
Seu Bau faleceu meses atrás, conseguindo conviver com livros até seu derradeiro dia, aos 93 anos de idade. Seus sebos fizeram história em Bauru, desde o primeiro montado junto a um mercado lá na vila Independência até os famosos, esse na Rodrigues e o do filho, na esquina da mesma avenida com a Treze de Maio. Ao falecer, o sebo permaneceu fechado por quase um mês, quando o filho resolveu reabrir, mas na dificuldade de manter o seu e este, onde o pai atuava, decidiu que o melhor mesmo é fechar um e centrar fogo em somente um. A notícia do fechamento já corria de boca em boca e hoje saiu nas páginas do Jornal da Cidade e muitos correram para lá, enfim, a notícia dava conta que tudo estava sendo vendido por meros R$ 2 reais. Tanto faz ser um livro, CD, LP ou qualquer outro objeto lá encontrado. Na manhã deste domingo, a frequência foi grande e lá estive arrematando algumas peças para meu acervo. Nelas, terei para sempre a lembrança do velho Bau, um senhor que nos seus tempos de São Paulo era porteiro no prédio onde residia Elis Regina e no dia fatídico de sua morte, ficou com os filhos em sua casa, hoje os famosos João Marcelo e Maria Rita.
Seu Bau soube tocar seu negócio e o fez ao seu modo e jeito até o final de sua vida. A organização era a sua e quando o cliente não encontrava nas prateleiras o que desejava, nada melhor do que perguntar a ele, pois ele sabia onde se encontrava cada coisa. Até hoje, seu filho ao tentar dar um jeito em tudo para fechar o local, se depara com coisas que nunca mais pensava botar os olhos. Na manhã de hoje, assim como eu corri para lá movido por esse ímpeto de ter livros e CDs do meus gosto e preferência, dou de cara com o artista plástico Esso Maciel, que adoentado, reclamão de suas dores, conseguiu estancar temporariamente todas e para lá se dirigiu em busca de algo salutar para continuar vivendo. Passei por lá pouco mais de meia hora, saindo com as mãos todas sujas (todo sebo devia ter um torneira na saída), mas recompensado, pois preciosidades trouxe na algibeira. A novidade é que, o sebo fecharia hoje, mas fui informado que, diante da procura e de ter ganho uma semana de lambuja para entregar o prédio, o dia para fechamento definitivo fica definido como a sexta que vem. Portanto, mais uma semana para os interessados em vasculhar aquele lugar que, quem frequentou sabe, tem história nas paredes. Volto lá semana que vem só para procurar LPs. R$ 2 reais cada.
PLACA DERRUBADA, PLACA RECOLOCADA - HOMENAGEM À JOÃO PESSOA EM REGINÓPOLIS
Quando escrevi o livro "Reginópolis, sua História", junto com Fausto Bergocce, dentre as tantas maravilhas que íamos descobrindo juntos da história da pequena cidade, algo sempre nos chamava a atenção e juntos íamos em busca das respostas. Ao nos deparamos com uma placa datada de 1930 e com uma inscrição inusitada, pois não dizia respeito a história da cidade, fomos em busca da explicação de sua existência. Eis seus dizeres: "Modesta homenagem do povo batalhense; a memória do saudoso brasileiro Dr João Pessoa. Batalha, 24.10.1930". Ela faz parte da história de Reginópolis e foi encomendada pelos batalhenses (naquele ano ainda não se chamava Reginópolis e sim, Batalha) em homenagem ao Presidente da Paraíba (na época o cargo de governador era assim denominado), por conta de seu assassinato, fato que desencadeou a Revolução de 1930, protagonizada por Getúlio Vargas. Esse assassinato mudou a história do Brasil, pois Getúlio que já havia perdido a eleição, pode após essa morte reunir forças e desencadear o movimento que o levou ao poder. O crime já foi dissecado pela História e o fato é que, quem a encomendou, com certeza, era getulista e estava com a confecção e posterior instalação na praça João Batista Villas Boas, centro da cidade, externando todo o carinho pelo possibilitado posteriormente ao país.
A placa resistiu ao tempo, atravessou gerações e permaneceu num pedestal até alguns anos atrás quando um caminhão fazendo uma manobra diante da reforma de uma residência veio a derrubá-la. Removida pelos funcionários da Prefeitura, seus pedaços foram guardados no Almoxarife e de lá só foram recuperados pela insistência de Fausto, que constantemente questionava a prefeita, Carolina Araujo cobrando a sua recuperação. Dias atrás ela liga pessoalmente para ele em Guarulhos, onde reside, lhe envia as fotos aqui reproduzidas e diz: "Eis seu monumento preferido novamente no devido lugar". Ele todo contente me liga e conta a história nos seus mínimos detalhes, como só ele sabe fazê-lo. Poucos (ou mesmo, mais ninguém) na cidade hoje conseguiriam desvendar o seu significado, mas uma vez tendo permanecido por tanto tempo num lugar de destaque, não era mesmo de bom alvitre ela ser suprimida da paisagem da cidade. Restituída em seu local de origem, gerou desde sempre perguntas ainda não totalmente respondidas pelos autores do livro e nem pelos munícipes consultados: quem seriam os "batalhenses" e qual a real motivação para terem encomendado e fixado a placa na cidade? Mistérios como esses permeiam a história de toda cidade, pois quando não desvendados ainda com seus artífices vivos, os registros acabam ficando registrados no campo das hipóteses. E por fim, parabéns para a prefeita por ter recuperado a placa e o pedestal.
O PT de Bauru como já é sabido está de cara nova, composição renovada e agora tendo como presidente Claudio Lago, montou barraca na Esquina da Resistência e ali permaneceu toda a manhã em bate papo com a população circulando pelo Calçadão da Batista. Abaixo Assinado em prol da liberdade do ex-presidente bombou em assinaturas e algo chamou a atenção de todos, a quantidade de pessoas que iam parando, querendo conversar, saber mais da situação do partido, de Lula, do que pode ser feito para botar pra correr Bolsonaro e todos os que atravancam o país no momento. Enfim, manhã de intenso trabalho, união de muitos que ali estiveram e predispostos a reverter a situação de tempos atrás. Na despedida, aquele gosto de quero mais e no sentimento pulsando na população, novos atos sendo marcados e atividades diferenciadas sendo agendadas. O PT está vicejando que é uma belezura em Bauru e esse novo momento anima a todos, pois com ele chegando o dia de ver Lula sair da masmorra curitibana e pela porta da frente. Temos todos um imenso trabalho pela frente e o melhor de tudo é que nem a imensa propaganda mentirosa que fazem pela mídia massiva está conseguindo desconstruir esse novo momento despontando logo na curva da esquina e tomando conta de todos. O Brasil tem jeito e o PT sabe o que precisa ser feito, a turma de Bauru já arregaçou as mangas de suas camisas e está nas ruas dando o seu quinhão para reverter o baú de maldades despejado sobre nós todos após o golpe de 2016 e o conluio que destruiu esse país. Vamos juntos!
O gaiato passa e grita: "Vão pra CUBA!". Felizmente, gente como ele hoje estão se tornando minoria, mas como ainda existem, acendeu a chama em todos: E por que não marcamos uma visita coletiva pra rever e conhecer melhor a experiência cubana? Uma ideia mais que alvissareira.
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