PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (145)

PAVIO CURTO

Eu ando assim, prestes a explodir. O nível alcançado pelo país, o seu grau de insanidade está alcançando níveis nunca dantes navegados. A parvoíce nacional está atingindo patamares estratosféricos e o grau de demência, algo impensável até bem pouco tempo, se mostra mais que doentio, insano. O Brasil não só adoeceu após o Golpe de 2016, como endoideceu, enlouqueceu e vive hoje o seu pior momento, completamente fora da casinha. Estamos completamente fora do que possa ser considerado normalidade. Os que não se encaixam no nível de boçalidade adotado pelos padrões implantados pelo desGoverno bolsonarista padecem e penam, pois sofrem represálias a todos instante. Esboçar qualquer reação, se posicionar contrário aos absurdos praticados é considerado esquerdista ou mesmo, petista. Além, é claro, de ser do contra um eminente perigo. Se era isso o que queriam os que votaram no pior candidato que tínhamos para o último pleito, conseguiram pior, pois o que vemos hoje por todos os lados e lugares é o absurdo se instalando e querendo tomar conta de tudo e todos. Resistir é mais que necessário. O mundo inteiro já descobriu ser o Brasil o país mais degradado em todos os níveis, mas aqui dentro, a ficha parece não ter caído para milhares, mesmo todos vivendo situações quase irrecuperáveis de perda de direitos, garantias individuais e, principalmente, nível de emprego cada vez mais baixos e todos dentro da maior crise já vista na história do país. Como pode um ser com alguma sensatez ver tudo sendo destruído à sua volta, tudo sendo dominado pelo que de pior temos é continuar agindo bovinamente, de forma passiva, indiferente? A conivência é também uma forma de culpa, talvez a mais torpe, pois de forma calada referenda o pior, ou seja, pensa igual aquilo que está sendo executado. Não me peçam para ser condescendente com isso tudo, pois já passei do limite tolerável para agradar a alguém que chegue perto de mim e queira em algum momento defender alguém desses hoje no poder. Sou um ser irrecuperável, pois não aceito essa transformação para pior e diante de um país soberano nos tempos de Lula e Dilma, hoje a degradação total e nos transformando não só em colônia, como um lugar pessimamente abalizado pelo restante do mundo. Uma transformação que não acreditava ser possível, mas só comprovando o nível baixo de certa parcela da população, uma que aposta nisso te temos aí como aceitável.

Sou e serei oposição declarada a essa mediocridade reinante e desde já me declarando também sem paciência, portanto, cada vez mais de pavio curto e pronto para o que der e vier. Mais do que cansado, não vejo outra alternativa em estar nas ruas e lutas contra isso tudo, pois sem muito confronto não conseguiremos colocar pra correr esses todos que estão acabando com o país. Eu creio ser como a aroeira, verga mas não quebra, assim me sinto, mesmo alquebrado pela ação do tempo, não quero sair da cancha de luta, quero continuar nela, lutando contra os moinhos de vento, com minha lança de pequeno alcance, mas fazendo a minha parte, dormindo de cabeça sempre tranquila, sem estar aliado aos pérfidos destruindo esse país. O momento é de resistência e nele coloco o bloco na rua, a cara a tapa e me exponho, sem medo de ser feliz. Não sou lá muito corajoso, mas nunca fui um cagão e um a encolher na primeira batida de pé, daí me verão até quando tiver forças fazendo o que sempre fiz e quando não mais me virem por esses lugares costumeiros onde sabem me encontrarão, daí saberão, o Henrique pifou, pois do contrário, enquanto tiver forças estarei na resistência.

OBS.: Pelas minhas últimas fotos, como essa da amiga Loriza Lacerda de Almeida com o bailarino Marcos, no final de Morte e Vida Severina, cada vez mais com ar de cansado, abatido, doente, magro e impossível ser diferente, porém, enquanto tiver forças estarei no campo de luta, esgrimando com todas minhas forças contra o que estão a fazer com o país.

ELEIÇÃO INTERNA PT PARA RENOVAR DIRETÓRIO MUNICIPAL
A eleição do próximo domingo é muito ampla dentro das estruturas petistas, mas aqui, como nem Diretório Municipal temos funcionando, ela é parcial e os filiados bauruenses votarão somente nas instâncias municipais. Participo do pleito como integrante de algo auspicioso dentro da estrutura petista, os seus núcleo de base, algo para fazer trabalho de base rente ao chão, ou seja, algo mais que necessário, diria, quase obrigatório num partido que se diz defensor e atuando em prol da causa do trabalhador. O DNA Petista, do qual participo tenta cumprir esse papel e em pouco tempo já fez muito. Nesse exato momento conseguiu unir posições, pessoas e linhas até então antagônicas em prol de uma causa em comum, sendo a principal delas uma volta as origens, algo pelo qual o partido nunca deveria ter se afastado.

Nessa volta as origens um dos princípios básicos é não fazer acordo com a parte contrária, algo que, nem deveria ser discutido dentro de uma agremiação política ao lado da causa do trabalhador, pois é inerente à própria condição desse partido, o com maior credibilidade junto à população brasileira. Faço parte da chapa de nº 640, a Retomar o PT pela Base, tendo Claudio Lago (nº 540) como candidato a presidente do Diretório Municipal e Luciano Assis como Coordenador da MAcro Região (nº 700) e a chapa Costruir a Macro pela Base, de nº 800, ressaltando sempre o Fora Bolsonaro e Lula Livre. Estou na lida e dei meu nome para fazer parte de mais essa luta nas instâncias internas do partido onde milito, pois acredito nas pessoas junto comigo, no ideal coletivo delas e na necessária reconstrução desse partido e dessa cidade, estado e país, algo pelo qual o PT sempre teve muito a oferecer. Mais do que nunca o PT local precisa enfrentar os barões da maldade, os que agiram, agem e agirão contra os interesses populares e em nenhum momento pensar em se aliar aos mesmos, essa minha regra básica de conduta.