UMA HISTÓRIA EM CADA VIRADA DE ESQUINA – AS DOS ÚLTIMOS DIAS
CASO 1 – Lueluí de Andrade acaba de fazer mestrado em Comunicação na Unesp Bauru e tem um emprego federal, ativista de muitas causas e de uns tempos para cá anda com um botton do Lula Livre na lapela e na orelha esse lindo brinco relembrando Marielle. Conta uma triste história, a de suas dores no ombro, causada pelos esforços repetitivos. Fazia tratamento numa dita conceituada clínica em Bauru, quando o dono da mesma, o doutor querendo lhe operar lhe diz que não pode usar o botton ali, pois fere a liberdade do lugar, a tal pluralidade, que pelo visto nunca existiu. Diz também ter feito o mesmo com outro cliente com camiseta do Bozo, mas isso foi o que disse, sem comprovação. Ela insistiu e por fim, preferiu não operar o ombro com o dito cujo, baixando em outra clínica, sendo ali tratada e com algumas sessões, seu ombro já apresenta sensível melhora, não se cogitando nenhum tipo de cirurgia. Ela toda sorridente diz: “Tem males que vem para o bem. Melhorei até de ares e nem na faca passei”. Seu brinco, lindo e colorido, chama a atenção e assim ela faz a sua parte contra a bestialidade conservadora em curso, uma que já não nos quer em certos lugares e ambientes. Nós também, chatos que somos, batemos em retirada em busca de lugares mais palatáveis.
CASO 2 – Lenharo (https://www.facebook.com/salvesalve.santo) é mais um dentre os bancários ainda conseguindo se aposentar em vida, velha cepa, desses que corajosamente defendia de fato sua categoria profissional, quando investido de suas funções de diretor sindical. Inquebrantável, invergável e intransigente com os vendilhões, porém, cortez com os diletos amigos. O reencontro no lançamento do livro do Arthur Monteiro, entre militantes variados e ele, a cara de um Sindicato dos Bancários, hoje arremedo do que já foi um dia, lhe pergunto: “Existiria alguma possibilidade da esquerda voltar ao comando do sindicato?”. Sua resposta é mais que reveladora: “Não, simples o motivo. Chegaram lá e a primeira coisa que fizeram foi mudar o Estatuto”. Dessa forma, não se faz necessário dizer ou escrever mais nada a respeito, pois assim agem os cagões. Segue o jogo.
CASO 3 – Milton Epstein, que chamo carinhosamente de Miltão é um cozinheiro como poucos. Veio de Sampa para cá, abriu e fechou alguns restaurantes na cidade, dentre esses o Mió e hoje cozinha para amigos e considerados. O reencontro causalmente defronte o PS do Jardim Europa, manhã quente, trocamos mútuos afetos, ele me questiona: “O que estão a fazer com esse país. Até quando?”. Falamos a respeito, ele do lado de fora da janela do meu carro. “Falta a gente reagir e dar cabo nessa balbúrdia toda”. E concluo: “Eu posso ter uma linha de pensamento pouco diferente da sua, mas no frigir dos ovos nos entendemos, somos sensatos, coerentes, cientes da maldade sendo feita”. Ele me mostra sua mão aberta, os cinco dedos separados e me responde citando sua avó, Maria Bull Stal: “Ela me dizia sempre, temos cinco dedos, um diferente do outro, mas todos bem juntos, eis como devemos ser, querer ser ao contrário é perversidade”. Adoro bater papo com ele, mais que boa praça, boa cabeça, antenado com isso tudo das necessidades para recuperar esse país de volta para os brasileiros de fato.
CASO 4 – Duas semanas atrás atendo alguém batendo palmas diante do portão do Mafuá e lá um moço, Bruno Figueiredo, se identificando como engenheiro de Controle de Automação e apoiador do médico Raul para prefeito. Queria gravar um depoimento meu para um vídeo sobre os problemas do rio Bauru, 100 metros do local, dizia possuir uma solução. Abri o portão, ouvi atentamente o que dizia, disse se estava disposto a também ouvir o que tinha pra lhe dizer e na concordância trocamos ideias por uns 30 minutos. Por fim, gravei e pedi que o faria mas não lhe dava autorização para postagem em nenhum vídeo de campanha desse provável candidato a prefeito, expus meus motivos, ele os entendeu. Disse que, segundo seu entendimento, o que o rio precisa é ter suas margens alargadas, solução supostamente simples, mas o que me motivou a escrever dele é pelo fato de ter conseguido falar e ouvir sem altercações com alguém tendo votado no Bolsonaro, hoje um tanto arrependido, se dizendo de uma ala recebendo críticas exatamente por isso, por contrariar o que chega pronto para ser referendado. Diz exercer o direito do contraditório lá dentro e se isso de fato ocorre, um pequeno avanço dentro da avalanche de bestialidades sendo repetidas como mantra.
CASO 5 – Desço pelo elevador de prédio no centro da cidade e nos 15 andares sou acompanhado por uma distinta senhora faxinando o lugar enquanto viajamos. Ela me conta sua história, após lhe perguntar se ainda não tinha se aposentado: “Sim, consegui, mas não tenho como parar, não tenho mais marido e dele não tenho pensão. Perdi meu filho, morreu jovem acidente e dele herdei cinco netos, hoje todos comigo, daí sou eu e eu. A minha aposentadoria é de menos de R$ 1 mil reais e se parar ninguém lá em casa come. O maior vai fazer 16 anos e o menor tem cinco, todos debaixo de minhas asas, daí trabalho e trabalho, lá em casa, aqui e no que mais aparecer. Não tenho tempo pra ouvir de política, nem televisão tenho visto muito, pois não me sobra tempo. Ainda bem que uma neta faz comida e me ajuda a ajeitar a casa, pois do contrário dormiria menos”. Nem tentei argumentar com mais nada diante de uma dura realidade, a de quem vive para a labuta e sem tempo para mais nada, muito menos ficar divagando sobre as agruras da vida. Agrura mesmo será se perder esse emprego no prédio e com essa imensa carga nas costas, uma da qual não reclama, pois diz que a vida é boa para com ela, amando todos ao seu lado. Ela não pode parar, pois se o fizer não come.
CASO 6 - BEBEDOURO DO POSTÃO SAÚDE SEM PROIBIÇÃO PARA QUEM TEM SEDE - Escrevi dias atrás algo sobre a proibição de forasteiros beberem água num bebedouro público. Recebo de representantes do Conselho Gestor do Postão de Saúde Municipal da rua Quintino Bocaiuva uma foto e esse texto: "Secretário da Saúde Fogolin pediu para tirar o papel de proibição contida no Bebedouro, isto é já no sábado. Valeu. Mais que justo". Uma vitória contra os que insistem em ver problemas onde não existem. Hip hip hurra!
O MAIS NOVO MORADOR DA CIDADE
Seria uma saudação a la nazista? Muito parecido... |
Olhem algo do deputado federal hoje residindo em Bauru - Abomino esses fardados no parlamento, pois o fazem para intimidar a população.
Boçais, bestiais e venais, grosseiros e autoritários, todos conservadores, pregando o retrocesso.
Eis o link do jornal O Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, elucidando algo até então desconhecido do tal capitão Augusto, deputado bolsonarista juramentado: https://www.debatenews.com.br/2015/11/29/deputado-capitao-augusto-aumentou-aluguel-em-300-apos-tomar-posse/?fbclid=IwAR3MDckTIsvkwqYK9LPtgu1CqY_OT7GymO2yT9Yp07b82j5t2rVnoszmDEI
3 comentários:
Quem disse que o sindicato dos bancários não é de esquerda?
Só tem gente com camisa do che guevara, gente pregando o feminismo e lula livre.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vocês comunistas não enganam mais ninguém.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
caro anônimo
procure se informar.
nem tudo que reluz é ouro.
o sindicato hoje não representa mais nenhum segmento considerado de esquerda.
deter a informação correta ajuda muito a entender o que de fato se passa pela aíu.
henrique - direto do mafuá
Verdade. Tem muito mais. O próprio Doctor Arthur foi vítima de tantas traições ali realizadas. Também, o que esperar do baixo clero.
Lenharo
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