BAURU SEM TOMATE É MIXTO PROPONDO CONSPIRAÇÕES CONTRA O QUE VEM POR AÍ
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco não se reúne somente em épocas da festa de Momo, mas também o faz para se posicionar, instigar, provocar, diria mesmo, espezinhar os algozes de plantão e desta forma, a proposta está sendo colocada na mesa: uma atividade exacerbando tudo o que temos guardado deste ano que não acaba nunca. Muito precisa ser feito e para tanto, alguns estão propondo um ENCONTRO virtual, onde decidiríamos os próximos passos. Pois bem, ACEITO, mas para quando? Onde? Em que condições? Escarafunchando e pegando no pé de quem? Talvez para começar um grande bate papo coletivo pela via virtual e uma tomada de decisões. Sugestões, propostas, dicas, devaneios e indicativos de ações serão bem vindas. O TOMATE tem trabalhão pela frente e se faz necessário a gente se juntar e pregar o reio da situação descambando para a bestialidade por essas plagas. Vamos pro pau (ui!)?OBS.: A arte desse chamativo veio de Juliana Guido,
tomateira bauruense e paulistana, que já estava convocada para fazer a camiseta
de 2021 e também nos presenteia e antecipa o que virá de sua verve para nos
engambelar com seu traço no peito. Ela, assintomática, se encontra no seu
estaleiro caseiro, pronta para colaborar e nos ajuda neste repontapé...
O CARNAVAL QUE PRECISA SER FEITO – TOMATE ASSUMINDO SEU PAPEL
Bauru é terra de espantos. Nos dá motivo para tanta coisa. Neste momento leio pela aí que aqui é terra de conservadores. Nenhuma novidade. Convivo com estes desde que me conheço por gente, mas junto destes, existe uma turba, onde me encaixo, circulo junto deles e só consegui chegar até aqui, 60 anos, por causas dessas boas companhias. Essa cidade não difere nada da maioria delas espalhadas por todo interior paulista, terra onde o tucanato resiste e dá as cartas por mais de 25 anos. Fizeram o que quiseram com a cabeça deste povo influenciável e hoje, a maioria, pode até se apresentar um tanto desgarrada do antigo poderio tucano, mas continua no desvio e segue seu rumo manada. Se assim querem, os governos escolhidos e aplaudidos por estes se sucedem e se espalham com o vento por quase todos os lugares. Bauru hoje conseguiu se tornar o epicentro de algo dantesco, o foco, espécie de QG – Quartel general do que de mais retrógrado existe neste país, uma célula eleita do Patriota, um partido totalmente sem nexo, com ideias nada alvissareiras de desenvolvimento, todo tomado pelo pior fundamentalismo que se tem notícia. Enquanto lá em Sampa o tucanato continuará dando as cartas com Dória governador e Bruno Covas prefeito, aqui no coração do estado de São Paulo, está sendo fincada um bandeira diferente, algo tão pernicioso quanto, mas um pouco mais bolsonarista e desta forma, jogando quanto tudo o que possamos imaginar como algo louvável para o futuro de nossas mentes e cidades.Não se espantem. Chegamos a isto por vontade própria, ou seja, se você não pensa dessa forma e jeito igual aos caras hoje se aboletando do poder, seus amigos e gente que mora no mesmo quarteirão que você, divide a mesma mesa no bar, corta o cabelo lá no mesmo lugar, esses já pensam e agem, não só votando nestes, mas comungando de uma mesma forma de fazer política. Os que se dizem contrários podem até ainda não representar minoria, mas divididos, perderam e estão agora, neste exato momento, vendo a chegada dos dragões da maldade, aquele bando de gente descendo do Cavalo de Tróia, bem no meio da praça central da cidade, expondo suas faces e o que farão com nossas vidas a partir de 1º de janeiro. Agora é tarde para reclamar, pois o estrago já foi feito e assim como estamos tendo que engolir Bolsonaro, Suéllen descerá goela abaixo de tudo, todas e todos, sem vaselina, meio que a fórceps, mas seremos obrigados a engolir e fazer a digestão, mesmo que isso provoque uma caganeira de doer as entranhas.
E o que nos resta? Quando muitos cedem, se achegam, fazem a
aproximação em busca de benesses e poder, existem os que continuarão resistindo.
Felizmente será muitos e com interesses diversos. Desde o grupo denominado de
Donos da Cidade, que se viram alijados do voto e hoje, estarão também na
oposição, mas com intenções não muito diferentes das que estão chegando. Eu
pertenço a um outro agrupamento, o dos que denunciam as mazelas desta terra “sem
limites” e assim continuaremos a fazê-lo, desta feita, sem dó e piedade. Cada
qual tem uma prática e procedimento. Dentre todos os grupos opositores, tem um
deles que faz um enfrentamento duro, porém jocoso. Falo do bloco farsesco,
burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto. Estes terão
muito trabalho pela frente, pois diante de tudo o que aconteceu neste país,
estado e principalmente cidade, motivo não faltará para desancar tudo à sua
volta. O bloco precisa se fortalecer e buscar formas de se mostrar par cidade
num todo, expondo a chaga a que estamos metidos. Dessa forma, com carnaval
presencial ou não, carnavalizar será mais que necessário, preciso e botar o
bloco na rua é o mínimo. Ou barbarizamos a pouca vergonha ou a pouca vergonha
respingará sobre nós.
EM BAURU, POR ENQUANTO, NEOPENTECOSTAIS E CATÓLICOS SE ENTENDEM NA DIVISÃO DO GOVERNO SUÉLLEN
Suéllen, a prefeita é evangélica neopentecostal e seu vice, Orlando é católico. Ela praticante, ele nem tanto. Eleitos, Orlando tenta mostrar sua importância na eleição. Até agora, algo inexplicável é como se deu essa insólita união, pois mesmo ambos sendo do Patriota, mas até para os leigos, basta olhar para simples constatação: muito pouca coisa em comum. Enfim, como foi possível? O fato é que chegaram lá juntos e estão neste momento a montar a equipe que vai governar a cidade. Algo novo, com nomes até então pouco vistos na circulação política destas plagas. Muitos neopentecostais chegando de fora, muitos com ligação umbilical com várias igrejas, muitos Patriotas e por outro lado, como fiel da balança, os católicos, linha mais conservadora, Renovação Carismática e outros, que desde o 1º Turno já se reuniam em torno dela, no 2º aumentaram as reuniões e agora, quando conseguiram o intento, disputam nacos de poder. Natural dentro de como se dão as arrumações políticas dentro do sistema brasileiro. Pelo que se vê, ouve e imagina o segmento ligado à prefeita, neopentecostal terá predominância, mesmo com o vice tentando se impor e também ocupar espaços. O grupo católico se reúne, conversa e indica seus nomes na composição do que virá, tudo com a anuência dos dois – inclusive do bispo, mas é claro, mais dele. Dizem que, algumas secretarias já teriam até nomes indicados por estes, tudo já decidido entre as partes. Não se sabe até quando perdurará esse clima de tranquilidade entre lados que costumam se digladiar pela aí, com diálogos ríspidos, cada qual buscando ocupar mais e mais espaços nas mentes dos em busca de salvação divina. Se persistir, teremos algo inusitado, secretarias com ambos ocupando cargos, mas tudo devidamente dividido. Nos bastidores, sabe-se que, a queda de braço será eminente e para algo ocorrer provocando choques e desentendimentos, questão de tempo – pouco tempo, dizem os entendidos nessas relações entre contumazes digladiadores. A conferir...MALABARISTAS FAZEM SUAS EVOLUÇÕES NUMA ESQUINA HISTÓRICA, MAS NÃO ESTÃO NEM AÍ E QUEREM MESMO É VOLTAR PRA SUAS CASAS COM ALGUM NO BOLSO
Postei isso: “A imensa maioria dos "malabaristas do sinal vermelho" (nome de música de João Bosco) que vejo nas esquinas desta cidade, como nesta na avenida Rodrigues Alves com rua Araújo Leite são latinos, mais precisamente chilenos, argentinos, uruguaios, colombianos, peruanos e cada qual com uma rica história de "chão, pó e poeira" por detrás do que fazem, hoje aqui, amanhã ali, depois acolá, enfim, ter rodinhas nos pés é algo inebriante, mesmo em tempos como os atuais, pedindo e clamando pela não exposição nas ruas.O historiador Luís Paulo
Césari Domingues posta algo sobre o casarão: “Nessa casa morava o coronel
Gustavo Maciel”. Respondo: “Hoje mora um amigo meu, boêmio, solteirão,
engenheiro aposentado da Rede”. Luís declina o que sabe do lugar: “Gustavo Maciel foi um dos grandes coronéis de
Bauru. Logo após a morte do Coronel Azarias Leite, ele fundou uma facção do PRP
em Bauru, junto ao Coronel Rodolfo Negreiros e ao deputado Luís Vicente
Figueira de Mello, fazendo oposição à situação, que era do prefeito Álvaro de
Sá e do Coronel José Ferreira de Figueiredo, dono da Fazenda Val de Palmas.
Aproveitando essa briga, o Coronel Manuel Bento da Cruz fretou um trem com
banda de música e centenas de pessoas que vieram de Penápolis até aqui. Ele
tomou o poder por um tempo, mas depois a treta se estendeu com Virgílio Malta,
Otávio Pinheiro Brisola e outros. Então Gustavo Maciel roubou todas as atas da
Câmara de Vereadores e fez uma Câmara paralela que funcionava na praça Rui
Barbosa. O jornalista Carlos Marques denunciou em seu jornal, e Gustavo Maciel
entrou na redação com o jornal na mão e disse: Agora vc vai engolir o que
escreveu. Carlos Marques atirou na barriga do Coronel Gustavo Maciel, mas ele
não morreu. E na esquina de cima, Araújo com Bandeirantes, ocorreu o tiroteio
da eleição de 1910, que dividia Hermistas e Civilistas. O prefeito Álvaro de Sá
tomou um tiro no pé, e o comerciante José Lopes de Souza, um dos primeiros,
desde 1888 no patrimônio de Bauru lá na baixada do Silvino, levou 11 tiros e
não morreu. Ele foi atendido na farmácia que ficava ao lado, onde o
farmacêutico retirou as 11 balas. Álvaro de Sá era genro do Coronel José
Ferreira de Figueiredo, dono da Val de Palmas. O coronel fretou um trem direto
da fazenda para São Paulo, que passou direto, sem parar em Bauru. O prefeito
nunca mais voltou”.
Elucidada a
história da casa concluo: “E hoje, na esquina onde Gustavo residia, outra rua,
a Araújo, malabaristas ali se apresentam sem nada saber do passado de
rivalidade ali tendo morada por muito tempo"
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