* Antes de começar a ler este texto uma informação preliminar: queria muito escrevinhar algo sobre Bauru, mas este mafuento é muito limitado. Hoje o tempo foi curto demais e o máximo que consegui botar no ar e deixar registrado por aqui foram estes dois textos. Amanhã, se tudo der certo faço o algo mais. Este texto, publicado já na madrugada de março é o correspondente ao do último dia de fevereiro.
As ações do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomaté é MiXto nunca se encerram com o fim dos festejos de Momo. Neste ano estamos reverenciando o Muso Silvio Selva, que infezlimente nos deixou no final de dezembro, mas para nós, continuará sempre presente. Depois tem o autor do samba-rancho deste ano, Maurinho Santos, persona presente nos carnavais bauruenses desde muito tempo, letrista de mão cheia e sempre plugadíssimo, antenado com todas nossas questões políticas, daí sempre uma letra picante, ousada e cutacando os que, sendo lobos, se fingem de cordeiros o ano inteiro. Depois, como deixar de lado o vivrante Esso Maciel, que compareceu em todas nossas apresentações públicas, marca mais do que pessoal. Este ano, no 10º do bloco, comparece com algo de sua marca pessoal, na estampa que ilustra nossa camiseta. Do alto dos seus 80 anos, resiste, insiste e persiste, como todos nós, mas tem a sapiência da folha corrida, dos anos vividos e sempre está a nos ensinar algo mais, principalmente em questão de resistência e carnaval.
Não podemos nunca esquecer de citar o Kananga do Alemão, que por oito anos foi a expressão musical de nossa descida no Calçadão da Batista. Alemão, o grande mestre se foi, mas inesquecível, seu espírito continua junto conosco e nos carregando pra frente. Estamos todos morrendo de saudade da descida presencial na Batista e da foto tirada ano após anos nas escadarias da Catedral. Se neste ano, pela segunda vez não foi possível, adiamos a descida e assim como as escolas de samba do Rio e de Sampa, com data definida para 21 de abril, se tudo der certo, o país em outro momento em relação à pandemia, desceremos e mostraremos para tudo, todas e todos o algo mais preparado para este ano.
Assim sendo, não dá para lacrar tudo com a terça feira de Carnaval, pois as denúncias todas feitas e divulgadas com nosso samba persistem e continuam mais latentes e pulsantes que nunca. Estaremos na trincheira, dia após dia, falando das agruras desta cidade, dos seus detratores e não nos esquecendo, por um minuto sequer, dos eleitos por voto direto, o Prêmio Desatenção 2022, que neste ano, montou o seu pódio com 1º lugar para a prefeita Suéllen Rosim, 2º lugar para o vereador Eduardo Borgo e como 3º lugar, o presidente da Emdurb, Luiz Carlos Valle.
Estamos (eu e alguns tomateiros) preparando um texto exclusivo só versando sobre as escolhas. Enfim, como o trio continua agindo e pela aí, aprontando das suas, o Tomate, sempre alerta, não dará trégua para estes e todos os demais, os avacalhadores desta cidade.
Os Tomateiros fazem o maior esforço para passar, neste momento, a bola pra frente, pois o bloco necessita muito de renovação, sangue novo e gente com essa pegada de festa aliada com o compromisso de denúncia política. Convocamos para que se juntem a nós, se somem e tragam consigo o algo mais, o espírito dos que não se vergam e gostam de festar, mas de encarar as agruras destas plagas e enfrentar os vetustos poderosos de plantão. O Carnaval - que não aconteceu - acaba oficialmente amanhã, mas o Tomate continuará nas patradas de sucesso até o desfile marcado para 21 de abril. Continuaremos com o pisca alerta ligado, atentos e atuantes. As camisetas do bloco continuarão sendo vendidas, até porque, dez anos e com estampa de Esso Maciel, é algo mais do que histórico, uma recordação para ser guardada a sete chaves. Cada uma pode ser pedida pelo valor de R$ 50,00 (R$ 70 de apoiador).
Conto uma historinha, a do constrangimento da equipe de jornalismo global e com ela exponho o constrangimento do jornalista diante de opinião que se contradiz com a do seu patrão e do órgão onde atua. A Globo, como é do conhecimento geral, vai longe e está na fronteira da Ucrania com a Polônia recepcionando os que chegam do país em guerra. Mostra brasileiros chegando e um deles, jogador de futebol e sendo abordado pela equipe global. O jornalista quer saber as impressões da travessia e ouve o que não queria, algo mais ou menos assim: "Paguei para atravessar e para os ucranianos. O regime nazista deles é um horror e não poupam ninguém, nem neste momento". Disse mais, porém, o jornalista, deu para perceber queria mudar o foco, talvez até encerrar a conversa, mas deixou escapar e tudo foi levado ao ar. Queria falar mal da Russia, não ouviram isso, porém uma amostra do que ocorre no país em conflito. Jornalismo ao vivo é isso aí, nem sempre as coisas acontecem como o combinado ou o premeditado.
Acordo cedo e com a TV ligada presencio outro momento, o da chegada do pessoal brasileiro, o que conseguiu fugir da guerra, a maioria jogadores de futebol e seus familiares. Nítido a preocupação dos jornalistas globais em não deixar novamente algum deslize ocorrer e ir ao ar. Estão no aeroporto e querem depoimentos pessoais, onde num ponto a execração do lado oposto ao defendido pela emissora. Até o momento em que consegui assistir, todos se mostraram dentro das expectativas do que lado que a TV pretende nos passar como o certo. Enfim, essa conversa é só para demonstrar que, inclusive no jornalismo, não dá para acreditar assim de bate pronto em tudo o que se vê. Mas como sei que, poucos são os que ainda conseguem comparar, ouvir várias fonttes de informação, vejo que a Globo e a maioria das TVs ocidentais passam a sua mensagem, a sua visão dos fatos, a sua interpretação e essa segundo seus interesses. A manipulação não é exclusividade da Globo, pois nesse quesito, pelo que sei, adianta pouco mudar de canal. É mais ou menos como acabo de ler numa frase aqui mesmo pelas redes sociais: "A TV Globo faz de tudo para colocar na cabeça daquele senhor lá do interior, que pouco ou nada sabe sobre a guerra, um ódio sobre um dos lados em questão, pouco se importando é verdade ou ao menos se propondo a mostrar o outro lado". O jornalismo também é de mão única. Aliás, muito de mão única.
Acordo cedo e com a TV ligada presencio outro momento, o da chegada do pessoal brasileiro, o que conseguiu fugir da guerra, a maioria jogadores de futebol e seus familiares. Nítido a preocupação dos jornalistas globais em não deixar novamente algum deslize ocorrer e ir ao ar. Estão no aeroporto e querem depoimentos pessoais, onde num ponto a execração do lado oposto ao defendido pela emissora. Até o momento em que consegui assistir, todos se mostraram dentro das expectativas do que lado que a TV pretende nos passar como o certo. Enfim, essa conversa é só para demonstrar que, inclusive no jornalismo, não dá para acreditar assim de bate pronto em tudo o que se vê. Mas como sei que, poucos são os que ainda conseguem comparar, ouvir várias fonttes de informação, vejo que a Globo e a maioria das TVs ocidentais passam a sua mensagem, a sua visão dos fatos, a sua interpretação e essa segundo seus interesses. A manipulação não é exclusividade da Globo, pois nesse quesito, pelo que sei, adianta pouco mudar de canal. É mais ou menos como acabo de ler numa frase aqui mesmo pelas redes sociais: "A TV Globo faz de tudo para colocar na cabeça daquele senhor lá do interior, que pouco ou nada sabe sobre a guerra, um ódio sobre um dos lados em questão, pouco se importando é verdade ou ao menos se propondo a mostrar o outro lado". O jornalismo também é de mão única. Aliás, muito de mão única.
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