quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (114)


EXPERIMENTE DAR UM “ROLEZINHO” NA PRAÇA PORTUGAL E CONFIRA OS RESULTADOS – A QUESTÃO URBANISTICA DE ALGO FEITO SÓ PARA PRIVILEGIADOS

Passo hoje pela Praça Portugal, meu “rolezinho” naquela belezura (sic) lá no alto da Zona Sul, antes reduto de árvores, hoje de descampado e asfalto. Vejo trabalhadores tomando uma atitude, ou seja, plantando árvores, pequenas mudas, muitas delas, dessas que a gente sabe, vai demorar trinta anos para chegar no estágio das que foram arrancadas do local sem dó e piedade. Na verdade, o que ocorreu em Bauru foi privilegiar o modal carro, quatro rodas em detrimento do ser humano, o de duas pernas. Coincidentemente acabo de ler uma curta resenha sobre um antológico livro sobre estes temas, o “São Paulo: o planejamento da desigualdade”, de uma das mais importantes urbanistas deste país, Raquel Rolnik. Na nova edição deste livro, com prefácio do Emicida, algo sobre a crueldade cometida contra a maioria, para beneficiar uma minoria: “a cidade que temos é fruto de uma política urbana que sempre teve como eixo decisório os comportamentos e interesses da classe média, e que, portanto, sempre excluiu do processo a maioria da população”. Alguém ainda tem alguma dúvida do que de fato ocorreu por lá com aquele brutal e insano corte de árvores.

Muito interessante, após o que ocorreu na praça Portugal e comparando o modus de vida de quem vive no entorno da praça e na periferia bauruense, o tratamento dado a um e a outro, entender essas diferenças. A urbanista Raquel nos dá mais do que uma lição sobre o tema: “Vivemos hoje o que eu chamo de um combo de crises – sanitária, ambiental, política, social, hídrica... Por quanto tempo mais gente vai poder ver enchentes e o sistema viário entrando em colapso porque está montado em cima de rios? Como lidaremos com essa grande crise da moradia? Mas eu acredito que todo momento de crise profunda é também um momento para se repensarem caminhos. Acho que este modelo está em seus estertores. Por que nos últimos estertores? Porque a crise sanitária – que, inclusive, tem tudo a ver com a crise climática -, aliada a crise política da gestão das cidades, revelou que este modelo é insustentável. Ele não nos deixa saídas. E por isso tenho alguma esperança de que outro pacto sociopolítico e territorial seja construído”.

Temo por isso, pelo menos enquanto tivermos governos fundamentalistas, genocidas e tacanhos, visão estreita e só com olhos para os da elite rica das cidades. Em Bauru, hoje o agravamento dessa situação, com insensibilidade mais do que demonstrada. Por enquanto, o que ainda é permitido fazer é provocar, instigar e colocar o dedo na ferida, mostrando o quanto de erro ocorre nessas escolhas, como a que transformou a Praça Portugal em Bauru, com corte desmedido de árvores, tudo pensando só e tão somente numa classe social. O pessoal do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto, em seu enredo para 2022, “Tirando as Máscaras” e na letra do sambista Maurinho Santos, dá a esticada fatal no resultado apresentado à cidade pela praça: “qué conferí?.. qué-passá-mál?../ dá rolezinho lá na Praça Portugal!../ qué conferí?.. qué-passá-mál?../ dá rolezinho lá na Praça Portugal!”. Dei rolezinho hoje por lá e passei mal...

VÍTIMAS DE ENCHENTES: EM JAÚ DOIS MESES ISENTOS PAGAMENTO CONTA DE ÁGUA, AQUI EM BAURU NEM RECEBEM A GENTE PRA FALAR A RESPEITO
Represento os moradores da quadra 1 da rua Gustavo Maciel, entre as ruas Inconfidência e Aparecida, centro baixo de Bauru, proximidades do rio Bauru. Só neste verão, em menos de dois meses sofremos com quatro enchentes e em outros dias de chuva forte algo bem próximo disto. Vivencio algo da população ribeirinha de Bauru desde que meus pais aqui se mudaram, isso por volta dos anos 70, mais de 50 anos de labuta. Nunca havia ocorrido de quatro enchentes seguidas num só período chuvoso. Todos aqui, sabem que, daqui por diante, o bicho vai pegar com mais intensidade. Queríamos só um pouco de respeito e consideração para conosco e tantos outros que vivenciaram situação idêntica Bauru afora por estes dias. Minha conta de água mês girava em torno de R$ 20 a R$ 23 mês, residencial com pouco uso do precioso líquido. Evidente que, após isso tudo que tivemos por aqui nestes meses, o consumo subiu estratosfericamente. Daquele valor saltou para R$ 45 e R$ 72. Todos os vizinhos gastaram muita água para limpar suas casas, quintais e mesmo a rua, pois a Prefeitura administrada pela incomPrefeita Suéllen Rosim, não veio desde a última enchente, três semanas até agora limpar as ruas. Tudo foi feito com mangueiras dos próprios moradores. Antes ao menos, vinham limpar a rua com caminhão pipa e melhorava a situação. Hoje nem isso. Fui reclamar e ouvi da atendente - que não tem culpa de nada -, não tem nenhuma orientação para tratamento diferenciado por causa deste assunto. Saio de lá mais puto da vida e pelos jornais fico sabendo que, na vizinha Jaú, onde um prefeito também fundamentalista, Ivan Cassaro, porém nascido e criado naquela cidade, já foi decretado que, por dois meses todos os moradores cujas casas sofreram com as enchentes não pagarão suas contas de água e mais, já estudam isenção de pagamento de IPTU e outros benefícios. Por aqui, nadica de nada. Pelo que vejo só nos resta pagar ou ir pra porta da Prefeitura, pois essa alcaide só entende a linguagem da pressão. Do empoado presidente do DAE, também não virá nada, pois não movimenta uma palha sem ter anuência de sua patroa e como ela pouco se interessa pelo tema, reclamo e esperneio por essa via e meio. Assim caminha Bauru. Este só um dos lados da questão, pois pelo visto é desta forma e jeito que são tratados os problemas com os munícipes.

PRÊMIO DESATENÇÃO 2022 DO BLOCO DO TOMATE
O Carnaval presencial está descartado neste momento para a data consagrada da festa, mas pode ocorrer em abril, na mesma data em que desfilarem as Escolas de Samba do Rio e São Paulo. Até lá, o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é MiXto estará se preparando, arregaçando as mangas por aqui e algo a ser decidido e sendo divulgado nos próximos dias é quem serão os agraciados com o PRÊMIO DESATENÇÃO 2022. Já tivemos nomes homéricos que caíram logo na boca do bauruense como profanadores da alegria, pois se fazem de dordeiros, sendo veradeiros lobos. A lista é sempre grande e alguns nomes já despontam como imbatíveis e se posicionando ao lado de eternos Hours Concurs, como Reinaldo Cafeo, Alexandre Pittolli, Dr. Raul e Coroné Meira, além dos ex-prefeitos. Os dois últimos prefeitos levaram a pegada do bloco na boa, assim como o médico Raul, mas outros se enfezaram e daí, era tudo o que queríamos. Quando Meira da Tribuna da Câmara se avermelhou, Pittolli cuspiu fogo nos microfones da Velha Klan ou Cafeo até tentou impedir que o bloco cantasse sua marchinha, eles estavam confirmando o acerto do bloco em suas escolhas.

Quando vi na Folha de dias atrás a tira "Viver Dói", da Fabiane Langona e diante de tanta gente concorrendo, achei que sua utilização cairia como uma luva para expressar o sentimento para com os na disputa. Enfim, em quem você vota? Quem merece o prêmio? Quem quiser começar a contenda e já declarar seu voto por aqui, que o faça e em breve estaremos agendando algo contundente para definir e execrar publicamente pela desatenção que derão para Bauru no ano passado e neste começo deste.

A CULTURA MUNICIPAL HOJE VIVE SOMENTE DISSO, POIS AQUI EM BAURU NADA FAZEM
"Silêncio, a Cultura dorme".
Não fosse isso, esperar o que de fundamentalistas? Eles desconhecem o que venha a ser Aldir Blanc ou Luiz Gustavo.
Seguimos de pires nas duas mãos...

ARNALDO JABOR, POR LUIZ CARLOS AZENHA:
"Durante a campanha presidencial de 2006, Arnaldo Jabor comparou Lula, um dos candidatos, ao ditador norte-coreano Kim Jong-il, em comentário no Jornal da Globo. Eu, repórter da emissora na época, observei com um chefete* que tal comentário indicava falta de isonomia da emissora diante dos candidatos, pois críticas do mesmo porte não haviam sido feitas aos demais concorrentes. Resposta: Jabor "é o palhaço da Casa". Terminou assim a conversa. *Chefete é o jornalista que abre mão da profissão para receber promoções -- cargos e salários -- em troca de fazer qualquer coisa que o patrão mandar". 

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