PARADA GERAL EM TUDO: INCÊNDIO CASA DO ESSO MACIEL NA MADRUGADA DE SEXTA PRA SÁBADO Sou acordado às 3h30 da manhã de sábado, pois Esso após ser socorrido e levado para calçado defronte sua casa, conseguiu se lembrar de meu telefone e uma vizinha me liga avisando do ocorrido. Levanto correndo e desde então, meu dia foi totalmente tranformado e não mais me separei do querido amigo Esso, 81 anos de persistência e resistência. Escrevi pouco sobre o ocorrido, mas tenham certeza, pelas fotos dá pra perceber o que fiz duarnte o dia todo. Da madrugada de sábado até por volta das 17h, quando conseguimos o abrigar num hotel/pousada, na quadra de cima de sua casa, foi algo feito assim num sopro, de uma só vez, sem interrupções. Só depois de tudo concluído consegui respeirar e quando o fiz, tive a certeza, tudo estava só começando. Imaginem o que será a vida daqui por diante do Esso, perdendo muitas de suas referências ali no incêndio e tendo que, praticamente recomeçar tudo, buscando forças não se sabe aonde, mas numa demonstração de muita força, conseguindo repassar algo de sua fleuma e calma para todos os que por lá estiveram na ajuda coletiva.
Conto só uma historinham, dentre tantas a embolar minha cabeça e embaralhadas, ainda poderão pipocar pela aí, nos próximos dias. Como se deu o salvamento do Esso. Ele ficou parte da tarde de sexta com Mariza Basso, levando os quatro filhotes de cães para vacinar. Voltou para sua casa por volta das 17h e muito cansado, deitou e dormiu. Acordou com o fogo já dentro de sua casa e por duas pessoas. O jovem vizinho saiu à noite e voltava para casa com outro jovem, vendo o fogo na casa o chamaram e como nada ouviram de resposta, além do latido dos cães, arrombaram o portão e a porta da casa, ainda conseguindo tirar Esso de lá, antes da propagação total do fogo. Foi tudo questão de minutos, pois tudo poderia ser consumido. Os bombeiros chegaram rapidamente e fizeram um serviço mais do que louvável, sendo hoje, sem sombras de dúvidas, o que de melhor existe em corporação policial no Estado brasileiro. São, além de tudo, humanos e souberam também amparar a ansiedade e desespero do Esso, no seu pior momento. Vi tudo de perto, quando este soube que seus cães estavam todos salvos e sua fala ouvida por todos: "Eu não faço questão de viver mais, mas por favor, salvem meus cães, pois minha vida se resume a eles. Sem eles não quero mais viver".
Na manhã do sábado, eu e Tatiana Calmon, dentro da casa com Esso, gravamos um vbídeo para viralizar o ocorrido e buscar ajuda:
INCÊNDIO CASA ESSO MACIELEu e Tatiana Karnaval Calmon gravamos apelo por abrigo aos doze cães dele, todos salvos. Casa provavelmente será interditada. Esso Maciel, estamos removendo ele do local. Precisamos de ajuda coletiva.
HPA e Tatiana Calmon Karnaval , junto de Mariza Basso Basso
Eis o link do vídeo dentro do que restou da casa:https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/470689118448060
Depois, com a situação mais normalizada (como?), o pedido de socorro já constítuido:
AJUDA PARA REERGUER MUNDO DO ESSO MACIEL
PIX de Mariza Basso Basso 14.997036312Centralizando tudo nessa conta. Ajuda para hospedagem do Esso Maciel, alimentação dele e dos cães. Queimou muita coisa, inclusive sua reserva financeira para passar o mês.
No final do dia ainda consegui postar isso:
Rua Campos Salles quadra 5, local da resisdência do artista plástico Esso Maciel, 80 anos de resistência e de vila Falcão. Hoje de madrugada sua casa padeceu de incêndio a consumir quase tudo no seu interior, restaram ele e suas preciosidades, 12 cães, todos resgatados com vida. Desde a manhã intensa campanha entre amigos e conhecidos com PIX (Mariza Basso fone 14.997036312) sendo divulgado para depósitos e uma salvação coletiva. Ela veio, os caçes foram resgatados, ele instalado no Hotel pousada Viver, na quadra 6 da mesma rua, sua casa interditada e a partir de hoje, vida sendo reconstruída, com a participação coletiva de todos. Da casa, separada ao meio, metade dele e a outro do irmão, o professor Lampadinha, agora só lembranças e o resgate do que literalmente sobrou. No portão a fita da interdição e algo do qual ele não se afasta, a luta por Haddad e Lula nessas eleições. O quarteirão nunca mais será o mesmo sem a presença de Esso, mas só de saber ele estar bem, no momento descansando e recomeçando algo totalmente novo, justamente quando dizia não ter mais nada pela frente.
E depois só fotos e algo da solidariedade de muita gente...
NÃO ME FOI POSSÍVEL FAZER OUTRA COISA. A campanha do Lula e do Haddad ficou para amanhã.
O QUE FIZERAM DO INTERIOR PAULISTA?*
* Eis meu 78º texto para o semanário DEBATE, de Santa cruz do Rio Pardo, edição chegando nas bancas hoje. Escrevi este texto e quando vejo a primeira página do jornal, eis algo mais da pergunta feita por mim no artigo, com o posicionamento do atual prefeito, o moderninho e do ex-prefeito, ambos desafetos políticos, mas com algo em comum, o bolsonarismo. Ou seja, a coisa é mais do que feia aqui pelo interior paulista:
Essa pergunta teria variadas e múltiplas respostas. Pra começar a responde-la, explico buscar a resposta depois do resultado das últimas eleições, domingo passado, onde Bolsonaro ganhou de forma contundente na maioria de suas cidades. Começo lá detrás, lembrando que esse conservadorismo paulista, mais precisamente dos moradores do interior não é algo novo, nem novidade para ninguém. Desta feita, Haddad ganhou na Grande São Paulo, que é assim mesmo, vez ou outra está tanto lá como cá. Já tivemos prefeitos com Luiza Erundina como Fernando Haddad e ao mesmo tempo gente de Maluf, de Pitta a muitos tucanos. Se estes últimos estão em decadência, num processo de extinção, parece que o vácuo, ao invés de ser ocupado por alguém de linhagem mais progressista, devido a essa onda ultradireitista varrendo o País, quem ocupa é o bolsonarismo.
Escrevo disso. Por que o interior paulista não se emenda? Pelo resultado atual do pleito e diante de tudo o que se tem dito e comprovado de malversações promovidas pelo staff bolsonarista nestes quatro nos de desgoverno, creio que, estão dando um voto de confiança cego, despejado num candidato que nunca morou por aqui, nada conhece de nossa realidade, está totalmente alijado do que seja ser paulista, mas possui algo a atrair a atenção de tudo e todos, representa o ex-capitão. O interiorano sempre se deixou levar pelos seus coronéis e hoje, muito mais do que no Nordeste, estes estão todos de verde-amarelo pelas ruas, desfilando seus tratores, armas em punho e baú de maldades. A perversidade está transformada em voto e o paulista entrou de gaiato no navio, assim como o fez cegamente com a permanência dos tucanos no poder por mais de 25 ininterruptos anos. Gostam de sofrer.
Existe, não tem como negar, algo que foi incrustrado na mente destes todos, esse ódio ao PT e à esquerda num todo, mesmo não entendendo direito o que representam, o que estão a fazer e propondo neste e em outros momentos. Não adianta mostrar números, de como Lula foi eficiente e o tanto que fez quando governo, pois a cabeça está feita, a lavagem cerebral foi intensa, processo de anos, diria mesmo, de décadas e hoje, os frutos são esses, cada vez mais se alinhando com os que lhes cravam a estaca nos costados. O descarrego de votos em alguém como esse Tarcísio, com tudo o que sabemos irá fazer, ou melhor desfazer, promovendo a destruição de instituições e aumentando a perversidade para a maioria desassistida da população, em detrimento de votar num professor consciente, trabalho de recuperação do estado, como Fernando Haddad é inexplicável, mas entendível.
São Paulo é hoje a locomotiva do atraso brasileiro junto aos três estados do sul do país. Estes quatro juntos, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são o inverso hoje do que representa de progresso e mente aberta o Nordeste brasileiro. Enfim, o paulista do interior tem medo do que? De perder o que? Seria falta de entendimento do que realmente se passa ou ele sempre foi assim, um perverso e sempre ao lado de quem promove a desassistência social. Se antes era ruim, amanhã pode piorar, pois o candidato de Bolsonaro já está comprometido com a perseguição às universidades, privatização até de nossa alma e fim dos direitos trabalhistas, violência policial, possibilitando o que denominam de estado mínimo na sua totalidade. Teremos uma terra ao deus dará, mas pelo visto, de nada adianta tentar abrir os olhos destes, pois quando a cabeça está feita, nem a fórceps. Agora, pelo visto, só mesmo padecendo mais e mais para se dar conta da enrascada onde se meteram. Já tive muito orgulho de muita coisa vivenciada aqui por Bauru, hoje morro de vergonha e nem reconheço mais a minha cidade de tempos atrás. Muita regressão e creio, o mesmo ocorra aí por Santa Cruz do Rio Pardo. Tanto aí como aqui, o povo anda acreditando em história de carochinha.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História
NÃO ME FOI POSSÍVEL FAZER OUTRA COISA. A campanha do Lula e do Haddad ficou para amanhã.
* Eis meu 78º texto para o semanário DEBATE, de Santa cruz do Rio Pardo, edição chegando nas bancas hoje. Escrevi este texto e quando vejo a primeira página do jornal, eis algo mais da pergunta feita por mim no artigo, com o posicionamento do atual prefeito, o moderninho e do ex-prefeito, ambos desafetos políticos, mas com algo em comum, o bolsonarismo. Ou seja, a coisa é mais do que feia aqui pelo interior paulista:
Essa pergunta teria variadas e múltiplas respostas. Pra começar a responde-la, explico buscar a resposta depois do resultado das últimas eleições, domingo passado, onde Bolsonaro ganhou de forma contundente na maioria de suas cidades. Começo lá detrás, lembrando que esse conservadorismo paulista, mais precisamente dos moradores do interior não é algo novo, nem novidade para ninguém. Desta feita, Haddad ganhou na Grande São Paulo, que é assim mesmo, vez ou outra está tanto lá como cá. Já tivemos prefeitos com Luiza Erundina como Fernando Haddad e ao mesmo tempo gente de Maluf, de Pitta a muitos tucanos. Se estes últimos estão em decadência, num processo de extinção, parece que o vácuo, ao invés de ser ocupado por alguém de linhagem mais progressista, devido a essa onda ultradireitista varrendo o País, quem ocupa é o bolsonarismo.
Escrevo disso. Por que o interior paulista não se emenda? Pelo resultado atual do pleito e diante de tudo o que se tem dito e comprovado de malversações promovidas pelo staff bolsonarista nestes quatro nos de desgoverno, creio que, estão dando um voto de confiança cego, despejado num candidato que nunca morou por aqui, nada conhece de nossa realidade, está totalmente alijado do que seja ser paulista, mas possui algo a atrair a atenção de tudo e todos, representa o ex-capitão. O interiorano sempre se deixou levar pelos seus coronéis e hoje, muito mais do que no Nordeste, estes estão todos de verde-amarelo pelas ruas, desfilando seus tratores, armas em punho e baú de maldades. A perversidade está transformada em voto e o paulista entrou de gaiato no navio, assim como o fez cegamente com a permanência dos tucanos no poder por mais de 25 ininterruptos anos. Gostam de sofrer.
Existe, não tem como negar, algo que foi incrustrado na mente destes todos, esse ódio ao PT e à esquerda num todo, mesmo não entendendo direito o que representam, o que estão a fazer e propondo neste e em outros momentos. Não adianta mostrar números, de como Lula foi eficiente e o tanto que fez quando governo, pois a cabeça está feita, a lavagem cerebral foi intensa, processo de anos, diria mesmo, de décadas e hoje, os frutos são esses, cada vez mais se alinhando com os que lhes cravam a estaca nos costados. O descarrego de votos em alguém como esse Tarcísio, com tudo o que sabemos irá fazer, ou melhor desfazer, promovendo a destruição de instituições e aumentando a perversidade para a maioria desassistida da população, em detrimento de votar num professor consciente, trabalho de recuperação do estado, como Fernando Haddad é inexplicável, mas entendível.
São Paulo é hoje a locomotiva do atraso brasileiro junto aos três estados do sul do país. Estes quatro juntos, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são o inverso hoje do que representa de progresso e mente aberta o Nordeste brasileiro. Enfim, o paulista do interior tem medo do que? De perder o que? Seria falta de entendimento do que realmente se passa ou ele sempre foi assim, um perverso e sempre ao lado de quem promove a desassistência social. Se antes era ruim, amanhã pode piorar, pois o candidato de Bolsonaro já está comprometido com a perseguição às universidades, privatização até de nossa alma e fim dos direitos trabalhistas, violência policial, possibilitando o que denominam de estado mínimo na sua totalidade. Teremos uma terra ao deus dará, mas pelo visto, de nada adianta tentar abrir os olhos destes, pois quando a cabeça está feita, nem a fórceps. Agora, pelo visto, só mesmo padecendo mais e mais para se dar conta da enrascada onde se meteram. Já tive muito orgulho de muita coisa vivenciada aqui por Bauru, hoje morro de vergonha e nem reconheço mais a minha cidade de tempos atrás. Muita regressão e creio, o mesmo ocorra aí por Santa Cruz do Rio Pardo. Tanto aí como aqui, o povo anda acreditando em história de carochinha.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História
Nenhum comentário:
Postar um comentário