A IRONIA DENTRO DE CASA - "O TONTO DESSA CIDADE..."Vivo com alguém a me instigar, provocar e me dar toques, alguns homéricos, até sobre os posicionamentos, posturas e modo de agir. Ela, a companheira de todas as horas, me incentiva - tanto ter me liberado para ir presenciar a posse do Lula em Brasília, algo histórico e, para mim, mais do que importante. Reafirmo, me incentiva, mas também pega no meu pé. Dias atrás, a vejo cantando uma musiquinha adaptada por ela, com um refrão, segundo ela, a minha cara: "O tonto dessa cidade sou eu/ o tonto dessa cidade é meu". Ela fez a mudança baseada na música "O canto dessa cidade", da Daniela Mercury.
Primeiro saquem a profundidade da letra: "A cor dessa cidade sou eu/ O canto dessa cidade é meu/ A cor dessa cidade sou eu/ O canto dessa cidade é meu/ O gueto, a rua, a fé/ Eu vou andando a pé pela cidade bonita/ O toque do afroxé e a força de onde vem/ Ninguém explica (ela é bonita)/ O gueto, a rua, a fé/ Eu vou andando a pé pela cidade bonita/ O toque do afroxé e a força de onde vem/ Ninguém explica, ela é bonita/ Uô ô verdadeiro amor/ Uô ô você vai onde eu vou/ Uô ô verdadeiro amor/ Uô ô você vai onde eu vou/ Não diga que não me quer/ Não diga que não quer mais/ Eu sou o silêncio da noite/ O sol da manhã/ Mil voltas o mundo tem/ Mas tem um ponto final/ Eu sou o primeiro que canta
Eu sou o carnaval/ A cor dessa cidade sou eu/ O canto dessa cidade é meu/ A cor dessa cidade sou eu/ O canto dessa cidade é meu".
A letra é linda e a entendo em sua adaptação. Ela me vê envolvido demais em coisas, onde entende deveria me manter pouco mais distante. Quando escrevinho de tudo, atendo pedidos para escrevinhar de temas pedregosos, preferiria me ver sem o fazê-lo, daí o toque que me dá em me denominar de "o tonto dessa cidade sou eu/ o tonto dessa cidade é meu". Ela sabe, não consigo ser diferente e assim me ironiza, mas me entende. Enfim, não consigo me segurar diante de bestialidades que vejo acontecendo pela aí, tanto acontecimentos locais, como os de fora. O "tonto", enquanto tiver bala na agulha, seguirá em frente. Revendo a letra da música, vejo que não devo mesmo desistir de ser o que sou, original, autêntico e honesto comigo mesmo, enfim, imperfeito dos pés à cabeça. Por outro lado, a minha amiga e professora Lidia Possas, outro dia, quando nos encontramos os três num restaurante me disse algo a superar tudo isso: "Você é um verdadeiro Garimpeiro Urbano". Retruquei dizendo, em alguns momentos gosto de usar o termo, "Historiador das Insignificâncias" e ela me corrigiu para algo até mais adequado: "Historiador das Muidezas". Gosto demais de tudo, tô dentro. Ouçam a belezura da Daniela cantando: https://www.youtube.com/watch?v=uLGc9HYyEAk
HOJE FOI MEU DIA COM ESSO MACIEL9h em ponto estava a postos e fomos passear.
Ele queria Batistar, comprar miudezas, folhas para desenhar e canetas. Está, como sempre, irradiando criatividade.
Logo na saída de sua atual morada, rodamos por Aymorés, mais precisamente no território do Lauro de Souza Lima.
Quis tirar fotos do coreto da antiga cidade, pintura nova e ao lado da igreja. A Vigilância nos seguia, enfim tudo por lá é permitido, mas só com aprovação superior.
De lá na saída da vila/hospital, do outro lado, outro portal, cavalos zanzando pelo local e aquela vontade de tirar fotos junto dos animais.
O fizemos e a Vigilância novamente se aproximou, pois os cavalos estava se encaminhando para um motim (sic), rumo a saída.
Tudo controlado, Esso diz querer ir no centro.
O primeiro local é o antigo Foto Cherry, onde procuramos pela Marlene Miola, nossa velha conhecida e a notícia dela não mais estar na loja, pois alguns meses atrás se aposentou.
Numa dessas lojas $ 1,99, bagunça pelos corredores e na segunda, uma das vendedoras se mostra muito amável, atenciosa e daí Esso me alfineta: "Eu estou passeando com ele, não repare, é meu avô, precisa de companhia".
Noutra, a vendedora se engraça com ele digo a ela: "Não ser aproxime muito dele, tenho ciúmes, viu!". Rimos todos e ele sai da loja abraçado comigo.Numa outra, reencontra velho amigo de tempos outros e dá-lhe fotos. Eu tiro uma deles e depois, o amigo pede para tirar uma com Esso com sua máquina.
A cabeça do Esso gira e ele rememora muitas histórias, contadas a mim em detalhes.
Conta que sua libido continua ativa e aos 82 anos, continua despertando, não só a atenção, como interesses. Ganha piscadas aqui e ali, mas me confirma: "Parei com tudo, agora só um flerte".
Conversamos sobre masturbação e ele diz que, quando tem vontade, pratica e sem neuras.
Ruamos um bocado e aportamos na casa da Mariza Basso quase na hora do almoço (Tatiana Calmon bateu asas essa semana e está praiando no litoral paulista, com chuva e tudo).
Esso quer falar, conversar e fica desfiando suas lembranças.
Pena não ter em mãos meu bloco de anotações, pois nestes momentos saem coisas do arco da velha.
Os deixo pouco antes do almoço, pois como hoje viajo para Brasília ver a posse de Lula, o tempo urge.
As fotos aqui tiradas por mim e por conhecidos nas ruas dizem mais do que meu escrito.
Esso está mais lúcido do que se possa imaginar. Um ator na acepção da palavra. Quando necessário teatraliza a vida, tudo para conseguir ir seguindo em frente.
Temos o trio, Tati, Mariza e eu, encontros semanais com ele e estamos nos deliciando e preparando um algo mais para o futuro.
Ele queria Batistar, comprar miudezas, folhas para desenhar e canetas. Está, como sempre, irradiando criatividade.
Logo na saída de sua atual morada, rodamos por Aymorés, mais precisamente no território do Lauro de Souza Lima.
Quis tirar fotos do coreto da antiga cidade, pintura nova e ao lado da igreja. A Vigilância nos seguia, enfim tudo por lá é permitido, mas só com aprovação superior.
De lá na saída da vila/hospital, do outro lado, outro portal, cavalos zanzando pelo local e aquela vontade de tirar fotos junto dos animais.
O fizemos e a Vigilância novamente se aproximou, pois os cavalos estava se encaminhando para um motim (sic), rumo a saída.
Tudo controlado, Esso diz querer ir no centro.
O primeiro local é o antigo Foto Cherry, onde procuramos pela Marlene Miola, nossa velha conhecida e a notícia dela não mais estar na loja, pois alguns meses atrás se aposentou.
Numa dessas lojas $ 1,99, bagunça pelos corredores e na segunda, uma das vendedoras se mostra muito amável, atenciosa e daí Esso me alfineta: "Eu estou passeando com ele, não repare, é meu avô, precisa de companhia".
Noutra, a vendedora se engraça com ele digo a ela: "Não ser aproxime muito dele, tenho ciúmes, viu!". Rimos todos e ele sai da loja abraçado comigo.Numa outra, reencontra velho amigo de tempos outros e dá-lhe fotos. Eu tiro uma deles e depois, o amigo pede para tirar uma com Esso com sua máquina.
A cabeça do Esso gira e ele rememora muitas histórias, contadas a mim em detalhes.
Conta que sua libido continua ativa e aos 82 anos, continua despertando, não só a atenção, como interesses. Ganha piscadas aqui e ali, mas me confirma: "Parei com tudo, agora só um flerte".
Conversamos sobre masturbação e ele diz que, quando tem vontade, pratica e sem neuras.
Ruamos um bocado e aportamos na casa da Mariza Basso quase na hora do almoço (Tatiana Calmon bateu asas essa semana e está praiando no litoral paulista, com chuva e tudo).
Esso quer falar, conversar e fica desfiando suas lembranças.
Pena não ter em mãos meu bloco de anotações, pois nestes momentos saem coisas do arco da velha.
Os deixo pouco antes do almoço, pois como hoje viajo para Brasília ver a posse de Lula, o tempo urge.
As fotos aqui tiradas por mim e por conhecidos nas ruas dizem mais do que meu escrito.
Esso está mais lúcido do que se possa imaginar. Um ator na acepção da palavra. Quando necessário teatraliza a vida, tudo para conseguir ir seguindo em frente.
Temos o trio, Tati, Mariza e eu, encontros semanais com ele e estamos nos deliciando e preparando um algo mais para o futuro.
CURITIBA 2018 - VALEU A LUTA
FOTO DE ROBERTO STUCHERT
HOJE ESTAMOS SÓ DANDO CONTINUIDADE NESSA LUTA
SE PREPARANDO PARA PEGAR O TRECHO
AGORA RUMO A BRASÍLIA, POSSE DE LULA
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