ENQUANTO O NATAL NÃO CHEGA
ÚLTIMAS DE BAURU ANTES DO DESCANSO FINAL DE ANO01.) A NECESSIDADE DE DUAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS NO MESMO DIAHoje algo abominável dentro da concepção de gastos desnecessários, mas adorado pelos edis municipais. Receberam e prontamente aceitaram o chamamento da alcaide para Sessões Extradordinárias, todas ocorrendo uma na sequência da outra, sem que nem precisassem sair do recinto da Câmara de Vereadores. Tudo bem, o chamamento ara para votar projeto em caráter de urgência, que aqui sabemos como se procedem, a toque de caixa, alguns embutindo irregularidades mil e no afogadiço, acabam passando batido e são aprovados. Mas não é nem disso o que quero aqui chamar de pouca vergonha, algo que poderia ser restringido, até pelo bem do dinheiro público gasto desmedidamente de forma duplicado. Por que duas sessões, onde os ganhos são duplos e isso, justamente como presente de Natal? Certamente me diriam, ser assim necessário, dentro da legalidade e assim, prescrito. Sim, pode ser - e o é -, mas fere o assalariado que ganha tudo tão apertadinho, contado e quando se vê diante de algo assim, pega ranço pelo que acontece com os eleitos, serviondo para a perca da credibilidade da classe política. Se tudo pode ser resolvido, numa, fazem questão deencerrar uma e dar início a outra, essa segunda, com duração de menos de uma hora, tudo sendo mais do que possível de resolver de uma só tacada. Ganhar em duplicidade é uma maravilha e para poucos.
02.) O DESCALABRO DA EMENDA IMPOSITIVA, O VEREADOR COM CACIFE E DINHEIRO NA MÃOVolto a escrever sobre a grande aberração aprovada neste ano pelos vereadores bauruenses, que não foi o aumento do número dos vereadores, nem a do salário, este reajustado em valores consideráveis, mas a da EMENDA IMPOSITIVA. Já escrevi sobre elas aqui, mas volto à carga. Ela é como se o vereador, a partir de agora, tivesse também a possibilidade de distribuir Emendas Parlamentares e ao invés de fiscalizar, vai ser também distribuidor de dinheiro público. O problema não é tanto o de aumentar o número de vereadores, mas temos que fazer um debate de ordem moral e ética em tudo o que está ocorrendo. Estamos com pessoas passando fome, muitos trabalhadires passam por muita dificuldade. A questão é de postura, mero bom senso. O trabalhador com salário miserável, sem aumento, tendo que se virar nos trinta e o vereador, legislando em causa própria, se dando um aumento de 50%, sob o absurdo pretexto de aumentar o salário da prefeita, pois do contrário a cidade deixará de contratar médicos, pois o médico não pode receber mais do que o salário dela. Balela, pois os médicos não são mais contratados pelo município e sim por fundações, por OSs, todas foras do teto. A contratação é feita por entidade privada, contribuindo para o sucateamento do SUS, por intermédio das PPPs.. Volto a falar das Emendas Impositivas, que são nada menos que uma espécie de Emenda Parlamentar e como dizia Roque Ferreira, são o grande balcão de negócios do mundo político. Vão ser 4 anos em campanha, pois imaginemos o vereador com aquela verba na mão e podendo destinar em drops para entidades, associações, resolver probleminhas urgentes em comunidades onde atuem. Imagine o balcão de negócio que vai virar isso. Qual foi a orientação partidária diante disso? Nada, nenhum deles diz nada. Isso tudo se já é uma perdição, tenham a certeza, ela foi ampliada e elevada numa potência de decibéis inalcançáveis. Perdição total e absoluta. Mas a grita é contra o aumento do número de vereadores...
03.) A ETE, QUANDO RETOMADA E CONCLUÍDA SERÁ ENTREGUE DE BANDEJA PARA A INICIATIVA PRIVADASou amigo de longa data do Secretário de Obras de Bauru, Leandro Joaquim. Conheço ele e seu irmão, da época do Metro Quadrado, ali na Marcondes, mas nem por causa disso posso me aquietar com o que o vi falando, creio que ontem no Jornal ds Cidade, sobre a retomada das obras da ETE - Estação Tratamento de Esgoto de Bauru. Obra problematizada e onde entra prefeito, sai prefeito, continua empacada. A novidade agora é outra. Nova promessa de retomada das obras para julho 2023 e até de término - ninguém acredita em mais nada. Só mesmo vendo pra crer. Pior que tudo isso, extraio da fala do Leandro, algo inadmissível. Além da aberração dessa obra continuar inacabada, com as empreiteiras fazendo o que quer com o poder público municipal, ele diz que orientado pela FIPE da USP, na hora que abrir a licitação para uma empresa finalizar a obra, ela vai também depois poder fazer o seu gerenciamento, quando quem teria que fazê-lo é o DAE. Como é isso de entregar para uma empresa privada fazer esse gerenciamento? Isso é inadmissível. Evidente que isso vai impactar em aumento de conta de água. Não foi para isso que os governos do PT - Lula e Dilma - repassaram para Bauru todo o imenso volume de dinheiro público para essa obra e agora, resultar nisso. Inconcebível. Fora o caminho que estão abrindo, dia após dia, para a privatização ou concessão do DAE - tudo a mesma coisa. Os governantes atuais de Bauru só pensam nisso e assim como querem o DAE privatizado, o gerenciamento do tratamento de esgoto também deverá ser privatizado. E quem é que está questionando isso? Ninguém. Fazem o que querem e todos se calam, deixam passar batido, fingem desconhecer o que foi dito. Então, no meu caso, seria o mesmo, ficar olhando tudo isso e passar nervoso. Tenho que falar, botar pra fora, denunciar, esbravejar e gritar bem alto sobre a puta sacanagem em curso, a de pegar dinheiram pública para fazer a obra e depois entregar pra privatização. Não é só aberração, é crime.
04.) COM JUNINHO PRESIDENTE, CÂMARA PODE ESQUECER DE PROCESSANTE PARA SUÉLLEN ROSIMNada contra o Juninho Rodrigues, vereador também líder da prefeita na Câmara ter sido eleito o novo presidente da Casa de Leis e assumir o cargo logo no início do ano. Em eleição tudo pode acontecer. O que não pode é quem se diz oposição à tudo o que a prefeita fez e faz, esbravejar ser contra e na hora H votar no cara que é o líder dela dentre os vereadores da situação. Algo inexplicável, até porque se ele foi o líder até agora, foi quem, escolhido por ela, o seu representante lá dentro, junto aos demais. Imagine uma situação agora, onde é apresentado novo pedido de processante - alguns já sugeridos pela aí - e o presidente da Casa com o poder de vetar, de nem ao menos levar em consideração e levar à leitura e votação. Essa possibilidade não é grande, diria mesmo, quase absoluta, questão de fidelidade, de comungar da mesma ideia, campo político. Ou seja, nos próximos dois anos, teremos uma Câmara que pode até querer esboçar alguma oposição à prefeita, mas terá como mandatário da Casa, alguém com forte vinculação com a alcaide. Se já era difícil, complicado ter algum pedido levado a sério e receber atenção, consideração e ser tocado adiante, agora, eleve isso a índices quase inalcançáveis. Daí, volto a como comecei este escrito: nada contra ele ter sido eleito, mas não dá para contar com o voto de quem se apresenta como oposição a tudo o que a prefeita fez até o presente momento. É isso ou estou vendo coisas?
OBS FINAL: Sem mais o que escrever, me recolho, tomo umas e tento dormir.
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