domingo, 4 de dezembro de 2022

REGISTROS LADO B (106)


DE OURINHOS, ROBERTA STOPA E MARIO FERREIRA, NO 106º LADO B E COMO SE DÁ A RESISTÊNCIA NUMA TÍPICA CIDADE DO INTERIOR PAULISTA – HISTÓRIAS DE VIDA E LUTA CONTADAS NUMA REVELADORA CONVERSA
Sem contar com a certeira periodicidade de antes, quando todo final de semana estava a entrevistar alguém no projeto LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, cá estou, após algumas semanas de ausência e prometendo refazer a trajetória e continuar a saga de me engalfinhar, ou melhor, altercar com pessoas possuidoras de boas histórias, vivências de vida e aqui imortaliza-las. Eis que, hoje, domingo, 04/12, deste fatídico ano, quando conseguimos pelo voto e dentro do atual sistema, todo fragilizado, vencer um genocida e sua máquina de odiar pessoas e massacrar ideologias e mentes a pensar diferente. Voltei e com algo premeditado, pensado desde algum tempo. Para este 106º LADO B, o convite já estava sacramentado mais de dois meses e só hoje colocado em prática. Foi um tempo de maturação e, acertadamente, por consenso, chegamos todos à conclusão: chegou o momento.

Pois bem, depois de 105 bate papão, entrevistando pessoas dos mais diferentes quilates, volto à carga em mais uma tentativa de regionalizar a conversa. Ao convidar dois importantes (sic) personagens da vida política de Ourinhos, cidade fazendo divisa com o estado do Paraná, a vereadora ROBERTA STOPA, ela eleita em sua primeira tentativa no campo político e dentro de um Mandato Coletivo do PT – Partido dos Trabalhadores, junto ao EnFrente, única vereadora de oposição ao conservadorismo vigente não só em Ourinhos, mas praga espalhada como vírus por todo interior paulista e brasileiro, se junta aqui com o biólogo e farmacêutico bioquímico, MARIO FERREIRA, militante petista com larga experiência, tendo já presidido o PT na cidade por dois mandatos e acumulando também candidaturas à prefeito e deputado estadual. Pois bem, com a conversa marcada para logo mais, pretendo unir assuntos desta intrincada e, algumas vezes muita perversa vida política vigente no interior paulista e produzir algo instigante, provocador e elucidativo.

Não é mera, nem muita pretensão. Conversar é preciso e eu o faço com quem me oferece condições. Neste caso, ambos estão cheios dela e desde que os conheci, fiquei com uma só certeza dentro de mim: essa dupla merece uma conversa mais aprofundada (ui!). Conto como seu deu a aproximação. Confesso falha de incomensurável quantificação, o fato de pouco conhecermos as realidades existentes pela região. Gente muito próxima de nós e que, nem ao menos conhecemos, quanto mais estabelecemos contatos. Eles estiveram em Bauru, coisa de dois meses atrás, talvez pouco mais, na inauguração do Comitê Intersindical, este junto do Sindicato da Construção Civil. Sentaram na mesa principal do evento e quando os ouvi falar, bateu o encantamento. Gostei de ambos de cara, amor à primeira vista. Tive a certeza de estar diante de dois bravos militantes, um bem mais experiente, outra praticando algo inovador, porém ambos bravos guerreiros dentro da resistência que se faz necessário nos dias de hoje.

Não bastou ser apresentado a eles. Tinha que ter mais e teve. Tinham mais de 100 km pela frente, no retorno até Ourinhos, depois de reunião terminada depois das 22h, mas aceitaram convite para prolongar a conversa e, com grupo local, estabelecer algo mais, espécie de “Contato Imediato do Terceiro Grau”, num bar. Neste local, tive a certeza, após trocar endereços: seria mais do que alvissareiro, tê-los numa conversa no Lado B. O tempo passou e durante o período eleitoral, todos envolvidíssimos com a brutal campanha, fomos adiando até este momento, quando não mais conseguiram me dizer não. Os convenci pela insistência, persistência e, sei disso, chatice em não desistir de alguns dos meus intentos. Cá estou, neste momento, anunciando a conversa. Gravei com eles um piloto, o CONVITE para o que ocorrerá hoje e nele, em dez minutos, algo do que irão encontrar hoje, quando às 18h30, sentaremos, eles lá em Ourinhos, eu aqui de Bauru. Eis o link do bate papo inicial: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/618485599963443

Ela, assistente social e funcionária pública federal, da área da Previdência, hoje licenciada e atuando como vereadora, no meio de 13 homens e somente duas mulheres. Ele, empresário petista, atuando desde muito tempo naquela cidade e sem receio de se expor, ou de declarar onde está situado politicamente. Trata-se de uma oportunidade rara de trocar opiniões, informações e conversar, se conhecer e assim, ver onde podemos também nos unir, produzir uma democracia bem mais participativa do que a praticada hoje. Serão tantos assuntos, primeiro, algo da história individual de cada um, a formação e a vivência política. Sempre senti muita falta deste intercâmbio e nas vezes onde consigo essa aproximação, vou a fundo. Temos muito o que conversar, falando também como se processa a política institucional na maioria das cidades do interior paulista e das causas deste empedernido conservadorismo, tão difícil de ser suplantado. Será uma boa troca de figurinhas, algo muito mais profícuo do que o preenchimento de álbum com os craques da Copa do Mundo. Por falar em Copa, como neste mês, tudo – ou quase tudo – versa sobre este assunto, hoje, domingo, tem jogo da Copa às 16h e daí, a conversa se dará pouco depois do encerramento, mais precisamente às 18h30, pelo meu facebook.

Conversar é preciso, não me canso de repetir, numa mudança da famosa frase, a “navegar é preciso”. Gente como Mário e Roberta são bons navegantes, embarcação já há certo tempo em mar aberto, daí suas histórias e relatos são mais do que importantes na necessária construção dessa caminhada, onde militamos com o intuito de conseguir chegar em patamar com dias muito melhores que os atuais. E daí, as perguntas que ficam no ar: O que queremos? Por que o PT? Como se dá a luta dentro do conservadorismo vigente? Qual a receptividade da população para eles e o partido? O que fazer para reconquistar a confiança da população? Como se dá a formação de novos quadros? Qual o horizonte despontado com a eleição de Lula e a derrota do Haddad? Ou seja, muita coisa para conversar. O mais importante de tudo é vê-los – e tê-los – na lida e luta. Conversar com quem não desiste, não desanima e sabe da importância de resistir, persistir e insistir no que faz. Poderia fazer uma entrevista de uma hora com cada um, mas preferi juntá-los, pois juntos representam não só sua cidade, mas o espírito guerreiro buscado hoje em dia. Daí, fica o convite, para logo mais no comecinho da noite, estarmos por aqui ligados e plugados na conversa. Vamos juntos?
Obs.: A filha do Mario, Fabíola Ferreira, montou para mim um banner, aqui também publicado, para ajudar na divulgação e espalha entre seus amigos e ourinhenses, ampliando a audiência.

Eis o link da elucidativa conversa, diria mesmo, bate papo, com duração de 1h24:https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1113697062654826

COMENTÁRIO FINAL:
Conhecia muito pouco de ambos, mas da única vez que os vi, tive a certeza, de militarem politicamente ao meu modo e jeito. Propus trazê-los desde então. Fomos adiando e agora tudo se concretiza. Foi um bate papo e tanto. Ao final a certeza de que, precisamos regionalmente, nos encontrar mais, nos conhecer e propor algo de forma coletiva, envolvendo nossas cidades. Lutamos aqui por Bauru, ciente de que, nas demais cidades no entorno outros tantos, travam a mesma luta e nem ao menos os conhecemos. Esperava uma boa conversa, mas me surpreendi. Recomendo assistirem, sem delongas e salamaleques. É de gente assim, de fibra e luta que precisamos, para juntos tocarmos o barco adiante. Quando a gente se depara com outros tantos empreendendo a mesma luta em outras paragens, dá mais coragem pra continuar na luta. Senti isso ao final da conversa. Eles são mais que ótimos.

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