JUNTANDO HISTÓRIAS
A PLACA, O RESTAURO EM CURSO E OUTRO EMPACADO...Na visita feita em Barcelona para o que um dia foi o Hospital de la SAnta Creu i SANT PAU, lugar lindíssimo e num canto uma placa, obra pública, com a chancela do "Gobierno de Espana", através do Programa de Conservação do Patrimônio Histórico Espanhol e nela o que está sendo feito; "reabilitação e consolidação de cobertura, cúpula, torre de água e fachadas do Pabellón da Puríssima". Consta também da placa a data de finalização da obra, abril 2023 e o percentual de 1,5% cultural. E por que tal placa me chama a atenção? Simples, elas também existem no Brasil e são como nada, pois não são respeitada, datas não são cumpridas e são meras peças decorativas.
Já contei por aqui em várias publicações a fixada diante do Museu Ferroviário de Bauru, cruzamento da Nóbile de Piero com Primeiro de Agosto, decretando como término da obra, julho de 2022. Por três meses seguidos cobrei e nada. Aquela finalização, pelo que sei é a hoje atravancando a abertura daquele museu. Na de Bauru, trata-se de obra de pequeno porte, banheiros públicos e mais umas coisinhas e patina, não sai do lugar. Hoje, nenhum museu público municipal, dos três que temos, funciona. Placas existem também diante da Feira do Rolo para outro, o Histórico Municipal, fechado há mais de dez anos, obra na antiga Estação da Cia Paulista, paralisada, pelo visto, ad eternum.
No Brasil, infelizmente, vinga algo cruel. As empresas ganham a licitação e não vão até o final da obra, pedem aditamento, ou seja, querem mais do que o combinado para executar o serviço. Em particular, no caso bauruense, placan abundam pela cidade e a de maior escândalo é a Estação de Tratamento de Esgoto, antes a do viaduto inacabado - hoje com uma mera alça para torná-lo de mão dupla.
Comparações mais que entristecedoras. Converso aqui em Barcelona com funcionária do museu visitado e ela me diz que, na maioria das vezes terminam antes do prazo. Poucas vezes são prorrogadas datas, na maioria das vezes, quando trata-se de obras externas e por motivo mais do que justificável, a das intempéries do tempo. Na do museu, nenhuma explicação e na da ETE mais do que pouca vergonha, explícita, ou seja, nossas placas denunciam o mal trato para com o dinheiro público. Seriam provas contundentes para incriminar quem não as cumpre, porém, nada vejo sendo feito neste sentido. Estamos acostumados a não reclamar e deixar o barco continuar navegando desta forma e jeito.
Aliás, isso intriga muitos e percebi isso ao questionar um dos seguranças do local. Sua história é desconhecida, ele de poucas palavras, mas todo dia, faça sol ou chuva, frio ou calor, se posiciona duas vezes ao dia diante da imagem, parte da manhã e no final da tarde, e permanece por uns quinze minutos na posição em que tirei a foto e ali grita.
Depois, para tudo e se retira. Me pareceu ele conta a quantidade de vezes em que grita. Missão cumprida se retira, Perguntei dos motivos, se sabem sua origem e ninguém soube me responder. O máximo ouvido foi já ter se tornado uma figura conhecida, popular. Não o incomodam e ele desta forma, pelo seu gesto, tornou-se figura conhecida no local.
Curioso, permaneci no local, fotografando a região por uns trinta minutos e indaguei por funcionários do comércio, pessoas locais e nada. Saio de lá sem saber dos motivos e depois, andando pelo local o reconheci e curioso, me aproximo e pergunto algo para ele, como que a puxar conversa. Ele arredio dá de ombros. Ou seja, não quer ser importunado.
Histórias assim são comuns, a de pessoas que se sobressaem por algo feito, de forma repetitiva e sem que os demais saibam dos motivos. E também, por que deveria saber? Curiosidade mata...
TOUR SÁBADO MANHÃ PELA BARCELONA VELHA
Caminhando e cantando e seguindo Pablo, guia em espanhol.
TOUR SÁBADO MANHÃ PELA BARCELONA VELHA
Caminhando e cantando e seguindo Pablo, guia em espanhol.
O estilo é o mesmo em todas as grandes cidades européias. Um tour é contratado pela internet, de forma gratuita. Marcam num local público e se identificam por algo inusitado, um guarda-chuva colorido ou uma bandeira de cor diferenciada.
Grupo reunido saem pela cidade, o guia contando algo da localidade. No final, cada um dá o que quer, mas subetentido que todos devem contribuir com algo compensador.
Hoje o guia foi um jovem estudante de História da Arte, alguém que vai a fundo no que faz e além de nos apresentar algo da história da cidade, o faz com propriedade e também pitadas de ironia. Dessa forma, se aprende mais rápido. Tudo numa só aula, mais preciso em duas horas de caminhadas pelas ruas de Barcelona.
Ela é demais.
Baita aula de História e cada lugar indescritível. Ela é atriz e marcamos o encvontro junto do grupo para Praça do Sol, o marco zero da cidade de Madri, seu local mais central e conhecido. A cidade no entorno, era ali no centro vazio da praça era feitas as vendas e escambo de mercadorias, isso desde a Idade Média. A partir daí, ela circulou conosco por 2h30, indo de um lugar a outro, parando e nos dando aula sobre a história de sua cidade.
Eis o link com dez minutos de algo de sua apresentação de Madri:
Trabalho escravo no Brasil, em pleno século XXI e sendo executado por empresários de ponta, destes fazendo parte dos tais "forças vivas" deste país. Os tais considerados por muitos como INTOCÁVEIS, sem máculas e observações desairosas. Impolutos até a página 2. Só que, quando bocadinho do que escondem debaixo do tapete vem à tona, demonstram e deixam claro a que vieram, como agem e, é claro, tudo pelo lucro, muito lucro.
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