A PREFEITA E A CARTILHA, TUDO NA VÉSPERA DO CARNAVAL*
* Meu 97 texto para o semanário Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo.
Aqui em Bauru, nas vésperas do Carnaval a nossa alcaide, prefeita Suéllen Rosim joga novamente pra galera e veta em alto e bom som uma suposta cartilha com orientações sexuais para os próximos dias e envolvendo viciados em drogas, no velho e arcaico estilo do Seu Jair, seu mentor, o ex-presidente da República. Conto mais detalhes. Na verdade, tratava-se de um estudo, algo embrionário, feita dentro de um grupo reservado de pessoas. A prefeita recebe o material e lança tudo ao vento, como o faz regularmente. Sua estratégia é sempre exatamente essa, a de jogar pra sua torcida. Quando diante de algo assim, fala grosso e empoada.
A questão em criticar a prefeita, não há o quer falar, pois é seu método o de fazer polêmica pelas redes sociais, muitas vezes para desviar outros focos pelas quais ela possa adentrar tempestades. Método conhecido, tradicional e que, infelizmente será cada vez mais replicado nesses tempos de redes sociais. Ela fala de apologia as drogas, bem ao estilo do feito pelo seu mentor, com o tal do Kit Gay. Mesmo estilo e fazendo gracinha pro eleitorado dela. Esse o estilo da prefeita, esse seu método para continuar nas paradas de sucesso.
Por outro lado, não existe como não fazer uma análise sobre o conteúdo dessa suposta cartilha. Tudo bem que, era algo ainda sendo discutido, nada ainda aprovado, porém, do material divulgado, quem o produziu pede para o usuário fazê-lo com moderação e se for consumir em grandes porções, vá fazendo aos poucos. Mais, se for misturar drogas, procure dar intervalo entre elas. Isso dá margem pro pessoal esculhambar. O Conselho também errou nesses pontos, porque não reflete a realidade. Não existe redução de danos para quem usa drogas pesadas, porque é um dano irreparável ao usuário. A pessoa não está mais dentro de si, não tem mais o discernimento de fazer algo com moderação.
A prefeita já é fundamentalista e quando pressente uma margem pra elevar o tom, cria o espírito que a mantém em alta junto aos seus. Quem está num vício de cocaína e ácido está num momento grave de sua vida. Aqui erraram os dois, ela com sua maneira arcaica de resolver as questões, principalmente as sexuais e depois, os que formularam o texto, com pontos servindo para municiar esse pessoal conservador. E também com muitos erros de português, péssimo corretor. Tudo errado, a prefeita, o conselho, este mesmo com boas intenções, acaba dando margem para ela nadar de braçada.
Conto essa história bem bauruense para ilustrar como se dá o espírito carnavalesco por essas bandas do mundo. Uma prefeita deixando claro não gostar da festa carnavalesca, promovendo algo por aqui, como se fosse uma dessas colchas de retalhos, toda feita com restos e andrajos. E na véspera da festa, ela se apropria de algo lhe caindo como uma luva para desdizer mais uma vez do Carnaval. Se o Carnaval resiste aqui em Bauru, ele o faz não pelas mãos do poder público, mas por algo brotando pelos quatro cantos da cidade. Se depender da alcaide, nem festa teríamos.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
O DESFILE DO TOMATE EM ALGUMAS FOTOS - NÃO TEM MAIS NADA PARA SER ESCRITO, POIS TUDO JÁ FOI DITO ATÉ ENTÃO
Escolho os registros de Mauro Landolffi, um dos registradores tomatistas na Batista.
Como não podia deixar de ser, muita desorganização, essa predominando sobre tudo o mais, porém, uma primorosa descida, com todos cantando no grito, gogó aguçados, refrão na ponta da língua e sucesso total e absoluto. O Tomate é phoda!!! Sem palavras, pois por mais que as escrevesse, não saberia e não estaria a altura do que vi ocorrer durante o transcorrer da tarde de hoje nas ruas de Bauru. O Bauru Sem Tomate é Mixtop sempre me surpreende, positivamente, diga-se de passagem.
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