terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

RELATOS PORTENHOS E LATINOS (112)


DE ONDE VEM O CAFÉ? E DE ONDE VEM O VINHO???
Aqui na Europa, vejo cartazes como este espalhados por diferentes lugares. Existe preocupação pela origem do produto consumido. Se o vinho é produto trabalho escravo é rejeitado. O mesmo ocorre com toda cadeia de produtos consumidos. O Brasil precisa ser reeducado, principalmente empresários com pensamentos retrógrados, pois a imagem do país é deteriorada pela ação de conservadores e escravistas.

A foto foi tirada por mim na porta do hotel onde me encontro, o Puerta de Toledo, em Madri e nela contida o que pode servir de freio para os escravagistas brasileiros. Todos eles precisam muito continuar fazendo seus negócios e lucrando cada vez mais, mas quando o mercado deixar de comprar o produto produzido por quem não segue mínimas regras de condicionamento humano, somente daí poderão mudar e adotar regras mínimas de convivência. O recado dado e contido na frase do lado de fora de um hotel no meio de uma das mais importantes cidades européias é algo para ser repassado aos tantos "donos do poder" brasileiros, de como suas posturas influenciarão tudo o que for feito daqui por diante. Toc toc toc.

O CURIOSO
Assim conhecido por ter sido colocado diante de ruínas, protegidas por vidro e nela algo dos primórdios de Madri. A estátua foi ali colocada para despertar a curiosidade dos visitantes e fazer o mesmo que ele, se curvar e se intetessar, ao menos olhar para o conteúdo protegido. Desde 1999, quando ali instalado, teve início crendice de que, se passando a mão em sua bunda, prenúncio de sorte pela frente. Foi o bastante para ganhar fama e desde então torna-se ação repetitiva de todos. Passam tanto a mão em suas partes traseiras que, o lugar está sem a tradicional pintura, limpa e reluzente, brilhando. Hoje, guia Alba Gallego afirma ser o mais bulinado em toda grande Madri. Eu mesmo passei a mão e fiz secreto desejo - ainda não realizado.

EU E ANA BIA, MANHÃ DE TERÇA NO MUSEU DO PRADO, MADRI ESPANHA
Enfim, como vir para Madri e não ir no Museu do Prado? Fomos rever pintores e escultores que fizeram e fazem parte da historiografia de uma época. Uma viagem no tempo através de quadros retratando o passado e quando olhamos para ele, dá aquele clik, o de quanto evoluimos, mas em alguns itens continuamos tão ou mais perigosos do que os poderosos daqueles tempos. Não mudamos nada ou mudamos pouco ou devríamos ter mudado e, não soubemos fazê-lo. Uma viagem percorrendo os corredores deste museu. 

UM DOS SETE BARES DOS FILMES DE ALMODÓVAR - ESCOLHEMOS O MAIS POPULAR, TABERNA ALHAMBRA
Ana Bia descobriu a dica pelo site, os sete bares madrilhenhos que o cineasta Pedro Almodóvar se utilizou em alguns de seus filmes. A dica está no link a seguir: https://www.arquitecturaydiseno.es/.../bares-miticos...

Como bons turistas, acertamos em cheio e como não podia deixar de ser, meio que sem querer - querendo. Fomos no mais perto do hotel e deu tudo mais certo que esperávamos. O Taberna Alhambra é numa rua perto da praça Porta do Sol, lembrando a região da Andaluzia. No texto do site resgato isso como informação: "Fundada em 1929, a Alhambra Taberna é provavelmente um dos locais mais visitados pelos turistas. A reclamação está na sua decoração tipicamente granadina e na variada carta de tapas que este espaço da rua Victoria nos oferece. Uma atração de tradição e ponto de encontro popular que Almodóvar não deixou de conhecer. "O que eu fiz para merecer isso!" (1984), nos conta em uma de suas cenas ambientadas na Alhambra, um encontro entre a avó (Chus Lampreave), seu neto e um amigo dele. Uma cena tão quotidiana quanto simbólica, que nos fala do encontro entre gerações".

Sentamos quase 15h para almoçar após uma maratona de dois museus e um passeio numa igreja. Estávamos exaustos, loucos por um bom vinho e uma comida agradável e honesta. Encontramos tudo junto e as fotos revelam algo, bem com a nossa cara. Depois, barriga mais do que cheia, descemos de lá até nosso hotel, pela Calle Toledo, nem reparando direito no frio que, infelizmente, voltou nessa semana por aqui. Por sorte, sem chuva. Gastamos sola de sapato e quando voltamos ao hotel, desmaiamos um pouco, recuperamos alguma energia e voltamos pras ruas. Sobrevivendo, revivo algo por aqui, dentro de minhas parcas possibilidades.

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