sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

MÚSICA (220)


HISTÓRIAS CARNAVALESCAS – MÁRCIO KABEL E SEU FILHO, UMA DESPEDIDA E OUTRA CONFIRMAÇÃO
No Carnaval bauruense é impossível quem não conheça ou não tenha admirado, por ver ali dançando na passarela do samba, nosso mais que profissional MÁRCIO KABEL. Exímio dançarino, com anos de dedicação, tudo para apresentar o melhor de si nos muitos eventos carnavalescos. Kabel não vai pra pista simplesmente para participar da festa. Ele se prepara com o devido afinco e dedicação e junto dele, por quase uma dezena de anos, seu filho THAIKE, que o acompanhou por todos os lugares. Muito lindo a apresentação de ambos, lado a lado, o pai ensinando todos os caminhos para o filho e ambos deslanchando na pista. O vislumbrado com os dois dançando diante de nossos olhos é algo do maravilhamento proporcionado pelo Carnaval. Existem os foliões, os que vêm para rua para se divertir, extravasar sem se importar com o acerto, o momento exato de ali estar. Estes detalhes só mesmo os profissionais. Estes dois, pai e filho foram até hoje o suprassumo da festa, uma espécie de néctar, não possível para a maioria dos pobres mortais. Para produzir um espetáculo de tamanha grandeza, só mesmo com muita dedicação e afinco.

Escrevo tudo isso, pois recebo em primeira mão uma carta do Thaike, ele se despedindo do mundo do carnaval. Dançou e encantou a todos até agora, nos seus 13 anos e agora, por decisão pessoal, respeitada pelo pai, com imensa dor interna, acata a decisão do filho e me pede para divulgar a carta e algumas das fotos deles em plena atuação. Márcio me contata com o coração partido, pois mesmo entendendo os motivos do filho, evidente que queria e muito ter a sua companhia ad eternum. Eu reproduzo abaixo a carta de despedida do Thaike na íntegra e depois um algo mais:

“DESPEDIDA, ESTIMADOS amigos, ADMIRADORES do CARNAVAL venho lhes informar que no presente momento dessa nova fase da minha vida eu THAIKE estarei se DESPEDINDO dessa festa LINDA CULTURAL O "CARNAVAL" No qual participei desde os meus 4 ANINHOS de idade e se passaram exatos 9 anos. Hoje com os meus 13 ANOS deixo aqui o meu MUITÍSSIMO OBRIGADO com muito AMOR e CARINHO pelas pessoas que me APLAUDIRAM, ABRAÇARAM, RESPEITARAM e registraram os momentos FELIZES que passei juntos de vocês, a minha GRATIDÃO se estende a todos os PÚBLICOS que sempre PRESTIGIARAM a mim junto com o meu PAI Márcio Kabel SAMBISTA, PASSISTA, Rei de BATERIA.
Obrigado a todos ÓRGÃOS de IMPRENSA e os PROFISSIONAIS das EMISSORAS e JORNAIS que nunca deixaram de registrar esses momentos em minha vida que guardarei de lembranças no meu CORAÇÃO. GRATO a todas as agremiações de escolas de samba e blocos por onde passei e fui bem recebido com muito amor em especial a minha querida ÁGUIA de OURO GUERREIRA, escola do meu coração, que jamais me esquecerei, onde fui muito honrado, valorizado por toda a comunidade mesmo sendo uma simples criança.
Meu Pai estará dando continuidade nesse lindo trabalho que ele executa com muita maestria sou o seu eterno Fã e estarei lá sim junto com você e dessa vez te aplaudindo como público, obrigado por tudo que me ensinou, por todos os sacrifícios feitos e vários esforços pra eu estar todos os anos brilhando ao seu lado TE AMO meu GRANDE REI. Obrigado a minha mãe ALESSANDRA por todo apoio que sempre me deu em tudo que foi preciso pra eu estar participando sem medir esforços pra fazer sempre o melhor por mim Te Amo minha Rainha .
Espero continuar sendo o PRÍNCIPE do Carnaval de TODOS pois os levarei no meu coração cada um”.

Márcio deve ter conversado muito com o filho, até o momento de pedir para divulgar a Carta e encerrar o ciclo juntos nas pistas carnavalescas desta cidade. Entendo e imagino o que o pai sente ao perder seu companheiro de pista, mas também procuro entender o quanto o filho deve ter refletido para tomar essa decisão e ir em busca de outros rumos. Perguntei a eles se a decisão é definitiva e irrevogável e Márcio não sabe direito o que responder, porque sabe também que muitas das decisões tomadas nesta idade, podem ser, com o passar de alguns anos, refeitas e revistas. A comunicação e a decisão do momento é a consumação de uma despedida. Quando estivermos este ano assistindo a festa, vendo Márcio na pista sem o filho ou mesmo, vendo o filho ao seu lado e tomando conhecimento da decisão, que o admiremos com maior detalhamento, pois o que ocorrerá ali talvez não mais se repita.

Márcio vai continuar nos encantando, pois onde pisa para dançar, encanta e Thaike, que seja feliz e realizado nos seus novos caminhos e que, com a escolha feita, seja feliz.

AMANHÃ TEM TOMATE NO CALÇADÃO
Vamos juntos???

Se não pode carro de som motorizado, vamos de carriola do som. A gente improvisa, mas desce do mesmo jeito.

Faça sol ou chuva, frio ou calor.

Tudo "quase" nos trinques.

Concentração a partir das 10h30 na praça Rui Barbosa, 11h entrega Prêmio Desatencão e homenagens aos musos, com muita marchinha e sambas. E as 12h descida no Calçadão.

Ainda tem camisetas.

Tá faltando só você!!!

SÁBADO IMBROCHÁVEIS DA ALEGRIA IMPERDÍVEIS É CARNAVAL TODO MUNDO TOMATEANDO EM BAURU
TOMATEIROS E TOMATEIRAS SINÔNIMO DE VIDA

Alegre, reflexiva, debochada e de muito chiste. É só chegar e tomatear, tomatando ou tomateando.

O bloco Bauru Sem Tomate É Mixto retoma a folia após 2 anos sem rua devido à pandemia.

NEM TODAS LIVRARIAS CONSEGUEM MANTER O IDEAL LIVRESCO EM PRIMEIRO PLANO
Não me lembro de protestos quando a livraria virou um grotesco deposito de acumulação de quinquilharias culturais, emulando seu verdadeiro espírito, o de um shopping center, com suas luzes gritantes, seu café horrivel, seus vendedores exaustos e aterrorizados e sua imposição de livros de uma única editora. Por fim ficamos sabendo que os donos eram caloteiros vorazes, arrogantes de classe que puseram inúmeras editoras pequenas em risco, se não quebraram algumas, roubando-as, vulgares bolsonaristas. A livraria havia se tornado um tipo de lixão cultural, e político, adequado a certo espírito de época. Espírito de porco. Nada poderia salvá-la, estavava morta, há muito. Morreu na alma e no corpo de quem pensava que uma livraria era aquilo, exatamente o mesmo povo que pensou que um país poderia ser o terror degradante de um líder fascista. Há mais de vinte anos a única coisa que importava lá de verdade era o trabalho roubado e humilhado dos seus trabalhadores.
Por Tales Ab'Sáber

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