quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (213)

DESPEDIDA DE PARIS E OUTROS ARES

QUINTA, MANHÃ RUANDO PELAS REBARBAS DE PARIS
O textão eu vou publicando em drops, ou seja, aos poucos, assim como novas fotos. Ruar e escrever não estão sintonizados, daí prefiro registrar e depois, se tempo houver, escrevo. Não está sendo fácil manter os escritos por estes dias. Muito pouco tempo diante do computador. Espero que entendam.


UM MÚSICO E SEU GATO
A música eu ouvi de longe e me aproximei dela. Permaneço por alguns instantes diante de quem a irradia. O músico me sorri, para por alguns instantes e estende uma tigelinha com grãos para seu gato. Este não sai de seu ombro, dormita sob o instrumento sendo tocado. Parecem interligados por algo indissolúvel, inquebrantável. Ele volta a tocar, o gato se posiciona novamente em seus ombros e até na cabeça, sob seu gorro. Ofereço algo, ele agradece com gesto de cabeça e faz o mesmo quando lhe mostro o celular e o desejo de registrar o momento. São os registros inesquecíveis das ruas de Paris e dos tantos artistas atuando e trabalhando em suas ruas. Me interessam muito mais do que tudo o que nos é oferecido nas tantas lojas à nossa volta.

UM PERIÓDICO DE CADA LUGAR
Pra leituras variadas e múltiplas, (ainda) permaneço devoto do modal papel. Não tem jeito, o cheiro me atrai. Não consigo fazer leituras longas pela tela de celular ou computador. Trago periódicos por onde ando. De Paris, alguns alternativos e dentre estes, na despedida, aeroporto de Orly, o semanário Charlie Hebdo. Podem chamá-lo do que quiserem, mas continuam corajosos e não aceitam permanecer acuados, mesmo diante de constantes ameaças. 

Leio sobre as grosserias deles, ou seja, tudo tratado com ironia, galhardia e liberdade absoluta. Não os confundo, por exemplo, com o que a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan faz, pois esta é criminosa, rainha dos fake-news e o Charlie adoraria encostá-los na parede. Enfim, não entendo nada de francês, mas conto com a tradução de Ana Bia Andrade e faço eu mesmo interpretação das charges. 

No voo até Barcelona vim tentando ler seus textos. Não gostam do Putin, mas também abominam o atual mandatário ucraniano e o que ele representa.

EM 2019 HAVIA ESCRITO ALGO DELA, REPITO TUDO NOVAMENTE E COM MAIS LOUVOR
Elaine e Ana Bia nas ruas de Paris
É de um luxo só você chegar numa cidade cosmopolita como Paris e ter um anjo da guarda, te orientando e auxiliando em lugares e evitando gastos desnecessários. Eu e Ana estivemos sob o manto protetor de uma brasileira, carioca, conhecedora de todos os cantinhos da Cidade Luz. Queria escrever um texto novo, mas localizei este e descobri já ter dito tudo quando da última vez com ela. Elaine Laval é tudo isso e muito mais. Não venha pra Paris sem contar com a cobertura de tão alvissareira pessoa, profissional na acepção da palavra. Se tudo por aqui deu certo, o dedinho dela está por detrás de tudo.
Eis o texto de 2019:
QUEM VIER A PARIS PRECISA DO ACOMPANHAMENTO DE ALGUÉM IGUAL A ELAINE, SABE TUDO DE TURISMO E DESTA CIDADE.
Atua na área de turismo para empresas e sempre pronta para entender, atender e estar ao lado de quem chega daquele jeito, demonstrando saber tudo, mas não sabendo quase nada. Ela, ELAINE BARREIROS LAVAL (Manager MICE & Leisure Groups) é uma ótima "guia de cego", algo como uma bússola para gente como eu e Ana. Sem gente assim ficaríamos perdidos e não aproveitaríamos a cidade a contento. Nos agendou cada lugar, alguns até foi junto, pela amizade com Ana, desde os bancos escolares, dos tempos quando ambas ainda debutavam, enfim, sabe tudo e mais um pouco do seu ofício e de Paris. Posto depois os contatos dela, pois é dessas imprescindíveis mundo afora. Ela em Paris e em Londres, Luciana Franzolin. Tivemos sempre alguém olhando pela gente, "dois perdidos numa noite suja".

ALGO DA DISTANTE BAURU
ELE VENDEU SUA CARROÇA E CAVALO, QUITOU ALGUMAS DÍVIDAS E HOJE ELE PUXA E EMPURRA SUA NOVA CARROÇA. 
Escrevo muito deste casal, moram na beirada dos trilhos, parte baixa do Bela Vista. Fazem parte de segmento praticamente com caminho sem volta. Toda ação social feita precisa levar em consideração e construir algo para melhorar a vida destes tantos.
A foto nasce da sensibidade do poeta José Brandão, andando pelas ruas de Bauru e envolvendo seus poemas com a dor observada dessas caminhadas.

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