DIA DO FERROVIÁRIO - UM DELES DA DOMINICAL FEIRA DO ROLO
No dia do Ferroviário, encontrar um destes na rua, seu Israel, mais precisamente na Feira do Rolo, envergando uma vistosa camiseta vermelha e com insígnias da brava categoria profissional, peito estufado, orgulhoso por tudo. Viva o Ferroviário, neste e em todos os demais dias."Sabe o que mais ouço nas andanças pela Bauru de hoje? A de que a situação financeira da cidade nunca esteve tão privilegiada como neste momento, ou seja, foram uma sucessão de fatos, recaindo no fato de que os cofres municipais estão muito bem de grana, porém isso não quer dizer muita coisa quando não existe planos, projetos concretos e viáveis de execução em prol da cidade", é desta forma e jeito que, Guardião, nosso intrépido super-herói começa sua explanação de final de mês, este referente a abril de 2023.
"Olho para os prefeitos anteriores, principalmente o Clodoaldo Gazzetta, e os vejo numa reclamação incessante, pois projetos foram realizados, deixados até para execução, por absoluta falta de condições financeiras. Hoje, porém, a situação é bem outra e quer queiram, quer não, a própria pandemia possibilitou que a Prefeitura deixasse de gastar e desta forma economizasse, chegando na confortável situação atual. Triste é ver a Saúde girando de forma catastrófica, com os funcionários fazendo o que podem, com poucas condições de reverter o problema do atendimento precário. Enquanto isso, o dinheiro continua nos cofres, sem que surjam as reais possibilidades de reversão da situação. Até uma Secretaria nova, vinda de outras paragens foi colocada em prática. Com ela, até hoje a tentativa de ser adicionados ao quadro de funcionários, alguns outros exportados. Seria essa a solução? Ninguém da cidade estaria apta para esse trabalho de recuperação? No entanto, a opção foi pela equipe de fora, ligada ao partido do governador", continua Guardião.
Quando se olha para o centro da cidade, percebe-se algo sendo transformado, com a sua principal artéria, a avenida Rodrigues Alves de pernas para o ar, com seu asfalto praticamente sendo refeito. Guardião explica algo sobre o assunto: "Não pensem que isso se deve no que acabei de explanar, o bom dinheiro nos cofres. Este, por sorte, veio de outras fontes e servem para recuperação de manta asfáltica em boa parte da cidade. Isso já faz parte do dinheiro nos cofres, verba carimbada, assim como o da infindável obra do tratamento de esgoto. O fato, inolvidável e incontestável é de que, faz muito tempo que os cofres municipais não passam por situação parecida. Existe dinheiro, mas me digam, além do asfalto, o que estásendo feito pelo centro da cidade? A deterioração é evidente. As nossas universidades já sugeriram muitas ideias, mas nenhuma é colocada em prática. Hoje, a Prefeitura é a maior locadora de prédios privados do município, com a maioria de suas secretárias em imóveis alugados e, por outro lado, muitos federais em estado de abandono, a Estação da NOB na mesma situação e pouco movimentação pela recuperação. Nem o próprio Palácio das Cerejeiras, que está numa lamentável situação, tem algum plano viável de recuperação. Porém, dinheiro existe. Ou seja, a prefeita é inábil, não é propositiva, vira as costas para as reais necessidades da cidade, joga só para sua torcida e desta forma, a cidade fenece, perde o seu brilho e a cada dia, mais opaca, suja e triste. Já deu para perceber que com essa atual administração, nada de novo, pois ela breca tudo, não deixa avançar projetos viáveis e ainda não sabe o que fazer com toda a bufunfa nos cofres", finaliza nosso bom observador das entranhas bauruenses.
OBS.: Guardião é obra da verve criativa nascida das mãos do artista do traço Leandro Gonçalez, com pitacos escrevenhativos do mafuento HPA.
outra coisa
EU, Ana Bia Andrade, Luzia Aparecida Siscar E Claudio Lago EM GARÇA - CIA SÃO PAULO DE DANÇAO prefeito e a Diretora. |
Depois o impecável teatro e a dedicação do poder público e de toda cidade em sua manutenção e preservação.
O espetáculo proporcionado pela apresentação na cidade da maior companhia de dança do país, a Cia SP de Dança vai muito além da simples passagem dos bailarinos pela cidade. É todo o carinho com que são recepcionados e o que proporcionam para a cidade. Foi lindo ver o pessoal da Cia Estável de Dança de Bauru, capitaneados pelo Sivaldo Camargo, que lá estiveram o dia todo, primeiro para participar de Oficina com os bailarinos paulistanos e sua diretora. Isso acrescenta muito. Essa troca de ideias e quando isso é oferecido tem mesmo que ser aproveitado. Vê-los lá enche de alegria.
O espetáculo em si, para um leigo como eu é sempre de encher os olhos. Muita criatividade em cena, junto de sério trabalho, pois ver o que fazem em cena é sempre fruto de intenso trabalho. Nada daquilo nasce da noite para o dia. Tudo é construção, anos de dedicação, afinco no que fazem e com apoio, no caso, o público do Governo paulista. E as apresentações gratuitas, possibilitadas através de leis de incentivo.
Por fim, a boa divulgação, a ótima recepção do pessoal do teatro, até com pessoal uniformizado na recepção e atendimento para o público, além das instalações perfeitas. Ver o prefeito participando, falando junto da diretorado espetáculo é a integração mínima depois do oferecido para a cidade. Saio de lá com alguma esperança, pois ouço algo de reforma interna do nosso teatro, algo prometido e também muito solicitado. Hoje, ele está fechado e em reforma. A proposta é voltar nos próximos meses, só quando tudo estiver reparado e resolvido. Isso é alento, mas se fez necessário acompanhamento, pois de promessas o mundo cultural está literalmente cheio.
Voltamos, o quarteto aqui citado, encantados com TUDO o que vimos. O tratamento dado para a Cultura é primordial para muita coisa. Desde a formação de público, como a possibilidade de espetáculos com qualidade comprovada, passando é claro, pela formação local de profissionais e mais que tudo, corpo técnico dentrto do que já é oferecido. Por exemplo, se existe uma Cia Estável de Dança na cidade, por que não incrementá-la, possibilitando sua expansão e melhor qualificação? Tudo passa, sabemos pelo modo como cada administração municipal encara a Cultura, mas isso já é outra história...