Isto ocorrendo no ambiente de trabalho da TV Tem, afiliada da TV Globo em Bauru e região, 20 anos no ar e se dizendo, da boca pra fora, democrática. Evidente que o Sindicato dos Jornalistas recorre da situação e exige a readmissão dele, que deverá ser decidida pela Justiça trabalhista. Por sorte, ela não foi totalmente anulada pelo desGoverno de Jair Bolsonaro e ainda vigente, deverá reestabelecer a verdade. Hoje, quando do primeiro ato, o uso da Tribuna Livre na abertura da sessão da Câmara dos Vereadores de Bauru, o presidente estadual do sindicato faz uso da palavra e todos levantam um chocolate igual ao do caso, mero bombom. Mais do que explícito não ter ocorrido roubo nenhum. Deste primeiro ato, os convidados para ali estarem e protestar contra o ocorrido vão para defronte a Câmara e ali um ato público. Depois, uma carreata e todos defronte a TV Tem, no jardim Bela Vista, com muitas contundentes falas.
Ouço lá que no atual momento, a TV Tem não quer mais ninguém dentro do seu quadro de funcionários sindicalizado, o que demonstra mais uma irregularidade. O ocorrido é ótimo para explicitar como estão a atuar muitas empresas brasileiras após o advento da chegada do bolsonarismo e do fim das leis trabalhistas. Até dezembro, final do mandato de Bolsonaro um total desrespeito para com essas leis, pois existia um clima de impunidade no ar. Isso não vale somente para o ocorrido, mas para um todo. Essa flexibilização, ou melhor, desrespeito para com leis ainda vigentes era evidente e demonstrava como seriam as relações entre trabalhador e empregador daqui por diante. Por sorte Lula ganhou e algo já está sendo reestabelecido, mesmo alguns ainda achando que o Brasil continua sendo um terra de ninguém ou onde vale tudo. Muito trabalho ainda vai ocorrer para termos novamente uma Justiça Trabalhista digna do nome e dentre tudo o que precisa ser feito, essas duas readmissões representam muito. Estive nos três atos, pois o ocorrido não pode ser deixado de lado. Se lutamos por um país diferente, mais soberano e justo, essas injustiças não podem mais ocorrer. Um horror ter ocorrido e tendo como algoz, mais uma vez, a TV Globo, desta vez com sua afiliada bauruense.
O jurista Pedro Serrano num texto publicado na imprensa intitulado "Não vale tudo", escreve algo versando sobre o tema: "São fundamentos da nossa República os valores sociais do trabalho, o desenvolvimento, a erradicação da pobreza e da marginalização e, ainda, a redução das desigualdades. (...) As empresas não podem se constituir em instrumentos do capitalismo selvagem, no qual tudo é válido em nome do lucro, da trapaça aos acionistas e da exploração do trabalho em condições análogas à escravidão. A barbárie da busca desmedida do lucro encontra obstáculos na Constituição. O compromisso corporativo com a ética nas relações com parceiros, investidores, calaboradores e e consumidores é peça-chave para o desenvolvimento social e econômico. (...) O compromisso social das empresas brasileiras com os direitos fundamentais é inegociável".
TRISTE CENÁRIO DAS CASAS FECHADASEste relógio de luz todo destroçado é o retrato hoje de toda casa fechada, principalmente quando situada na região do centro velho da cidade, entorno dos trilhos urbanos. Não existe como, essas residências quando se apresentam fechadas, sem sinal de movimentação, em questão de dias são invadidas e delas são retirados tudo o que possa valer alguma coisa, principalmente a fiação elétrica, facilmente repassada.
O jurista Pedro Serrano num texto publicado na imprensa intitulado "Não vale tudo", escreve algo versando sobre o tema: "São fundamentos da nossa República os valores sociais do trabalho, o desenvolvimento, a erradicação da pobreza e da marginalização e, ainda, a redução das desigualdades. (...) As empresas não podem se constituir em instrumentos do capitalismo selvagem, no qual tudo é válido em nome do lucro, da trapaça aos acionistas e da exploração do trabalho em condições análogas à escravidão. A barbárie da busca desmedida do lucro encontra obstáculos na Constituição. O compromisso corporativo com a ética nas relações com parceiros, investidores, calaboradores e e consumidores é peça-chave para o desenvolvimento social e econômico. (...) O compromisso social das empresas brasileiras com os direitos fundamentais é inegociável".
Numa ocorrência digna de um país sem leis e nada a proteger o trabalhador, o jornalista Sergio Pais foi sumariamente demitido por justa causa da TV Tem, 20 anos de existência, pelo fato de ser dirigente sindical e isso incomodar a empresa. É criada uma situação onde por causa de um bombom, caixa destes distribuida para todos os funcionários, a empresa filma ele comendo um e o demite, sem aceitar discutir a recondução ao trabalho. Com o caso já correndo na Justiça, num ato de repudio pela injusta demissão, parte da galeria da Câmara levanta bombons iguais ao da ocorrência, depois repetem a cena em outro ato defronte o local e assim protestam em alto e bom som contra arbitrariedade mais do que evidente. O encerramento do protesto se dá defronte o prédio da TV Tem no Jardim Bela Vista.
É do conhecimento público que, ela promoveu ao longo de seu mandato como prefeita algo para tentar acomodar o funcionalismo, principalmente neste momento. Primeiro foi elevado o valor do vale alimentação para R$ 1 mil reais. Depois, a divisão dos valores de sobra da Educação sendo divididos entre o funcionalismo no setor. Todos os servidores lotados no Poupatempo recebem um agrado em folha e desta forma, sabem que, se arriscando a faltarem, mesmo motivado por greve, perderam o agrado, daí, ninguém por lá se arrisca. Ou seja, ninguém no Poupatempo está em estado de greve. Agora, dialogar é algo meio que impensável, mesmo quando o Jurídico do sindicato da categoria lhe mostra da incoerência em não reajustar em pelo menos o dobro do oferecido. Daí, sem diálogo, a greve continua e seguirá de forma crescente. Nada como um dia após o outro.
GREVE CONTINUA
O feriado foi na sexta, mas diante da continuidade de greve dos servidores municipais, a prefeita decretou ponto facultativo na quinta, em algo dito e visto como para aplacar o ânimo dos que estavam paralisados.
O feriado foi na sexta, mas diante da continuidade de greve dos servidores municipais, a prefeita decretou ponto facultativo na quinta, em algo dito e visto como para aplacar o ânimo dos que estavam paralisados.
Se a intenção foi essa, pelo que se viu hoje, a greve teve continuidade e dará ainda muita dor de cabeça para a alcaide em suas intenções de não arredar pé do aumento de somente 6%. Pelo que já foi divulgado, ela conseguiu algo arrebatador para si própria, em torno de 37% e se a perguntarem, estará pronta para justificar dos motivos de ser merecedora do alto percentual. Já para os servidores, o discurso é outro e também repete na pronta da língua dos motivos para segurar um reajuste maior. Dois pesos e duas medidas diria a maioria atenta.
É do conhecimento público que, ela promoveu ao longo de seu mandato como prefeita algo para tentar acomodar o funcionalismo, principalmente neste momento. Primeiro foi elevado o valor do vale alimentação para R$ 1 mil reais. Depois, a divisão dos valores de sobra da Educação sendo divididos entre o funcionalismo no setor. Todos os servidores lotados no Poupatempo recebem um agrado em folha e desta forma, sabem que, se arriscando a faltarem, mesmo motivado por greve, perderam o agrado, daí, ninguém por lá se arrisca. Ou seja, ninguém no Poupatempo está em estado de greve. Agora, dialogar é algo meio que impensável, mesmo quando o Jurídico do sindicato da categoria lhe mostra da incoerência em não reajustar em pelo menos o dobro do oferecido. Daí, sem diálogo, a greve continua e seguirá de forma crescente. Nada como um dia após o outro.
Não escrevo este texto para apontar o dedo e crucificar segmentos já vivenciando situações deploráveis, de pleno abandono, mas somente para expor algo em curso e latente. Se quem pratica esses furtos, essa devastação nas residências já vive numa deplorável situação, creio eu, de nada adianta ficar os estigmatizando mais e mais, pois a situação não se resolverá desta forma.
Aprecio muito o trabalho social realizado pelo Centro Pop, junto a pessoas em situação de rua. Hoje, localizados nas margens do rio Bauru, quase esquina da avenida Nuno de Assis com Araújo Leite é o local onde existe algum trabalho social. Trabalhos como este precisam ser intensificados, assim como o do Albergue Noturno, ali também nas proximidades do terminal rodoviário. Representam muito, mas não o suficiente. O fato é que a população de rua aumentou consideravelmente nos últimos tempos e só mesmo com um intenso trabalho social e a recuperação do país, oferecendo mais oportunidades para estes todos, algo poderá ocorrer de transformação e devolução do que se vê em curso hoje pelas ruas, não só de Bauru, mas de todo o Brasil. Sei que algo já está ocorrendo, com um olhar mais atencioso para essa situação. Não critico estes, nem aponto o dedo para um ou outro, pois analiso a questão num todo.
Fenecemos todos, tudo anda um tanto precarizado e tratado com desdém. Circular pelas residências dos dois lados dos trilhos é constatar que, impossível hoje alguma casa se manter inviolável diante de tudo o que se toma conhecimento e acontecendo na região. Isso não é somente uma questão policial. Vai muito além disso tudo e não adianta ficar esbravejando contra uns poucos, quando o algo mais, a normalização só ocorrerá com o País, num todo, se mostrar atuante diante destes todos em estado de abandono pelas ruas.
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