DOMINGO PASSOU TÃO RÁPIDO
RESPONDI ORGULHOSAMENTE A CONTENTO*
* Eis meu 126º artigo para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição circulando a partir de hoje pela aí:
Essa aqui vale somente para os que ainda não conseguiram entender a grandiosidade do momento vivido pelo País, principalmente no quesito redirecionamento de ações e o nono posicionamento diante do mundo e mesmo, aqui dentro, com a reconquista de tudo o que estava sendo perdido durante o desgoverno do incompetente, truculento e desqualificado Jair Bolsonaro. Com estes nove meses de Lula no poder, calamos a boca daqueles que, de forma bem inconsistente defendiam o inqualificável, porém, perdura alguns ainda a tentar endeusar o ex-presidente, miliciano de quatro costados, porém, diante dos fatos não existe mais como contestar.
Outro dia um deste me aborda e tentar me dizer algo. Não é tarefa difícil desmontar fala eivada ainda de muito ódio, ressentimento e principalmente, recheada de muitos fake-news. Deixei-o falar a vontade e ao final, com a cara mais deslavada do mundo, disse que: “Agora é minha hora de falar e vai ter que escutar até o fim. Combinado?”. Teve que ouvir, calado e quase sem argumentos, pois eles não existem.
Minha fala: “Neste breve período já foi conseguido reestruturar políticas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos e o programa de Aquisição de Alimentos. Além disso, foi também retomada a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo, garantindo aumento real, acima da inflação, pela primeira vez após seis anos. Foi aprovado do Congresso uma nova regra fiscal, superando as antigas amarras do antigo teto de gastos, determinando agora que os gastos públicos devem crescer de acordo com o comportamento da arrecadação do governo. Uma maneira inteligente e responsável de garantir responsabilidade fiscal, sem perder a capacidade de investir nas áreas prioritárias e essenciais no novo desenvolvimento”.
Não havia ainda terminado e ele já querendo escapulir, pois não o via em condições de retrucar a contento, pois, como se sabe, não existe de bom, de aproveitável para ser ressaltado nos quatro anos de Bolsonaro no poder. “Não bastasse, o Brasil vive hoje um cenário extremamente positivo, marcado pela redução do desemprego, pelo crescimento do PIB e por sucessivas quedas da inflação, com especial destaque para a redução do preço dos alimentos que compõem a cesta básica”, disse. E ainda tive a pachorra de concluir, não o deixando escapar e tendo que ouvir tudo o que tinha como resposta para suas inconsequentes indagações: “Essa melhora dos indicadores reflete algo impensável com Bolsonaro, pois reflete um sentimento geral de que o Brasil verdadeiro voltou. A maior prova disso é que a comunidade internacional passou a novamente nos enxergar como uma nação capaz de liderar as principais discussões no plano global”.
Adoro estes momentos, pois quando os reticentes chegam com uma pedra, despejo sobre eles um caminhão de argumentos. Ainda pude finalizar: “Mesmo com este cenário altamente positivo, vejo o prosseguimento de algo impensável com Bolsonaro, como o fortalecimento na agenda nacional de temas como emprego, renda, inclusão produtiva, justiça social, saúde, educação, segurança, agricultura familiar e tudo o mais a impactar diariamente a vida do brasileiro, principalmente aquela dos que mais necessitam”. Calei o sujeito que, nem resmungar teve mais condições. Ou seja, eis aqui um breve resumo de tudo o que pode ser usado de bons argumentos para o enfrentamento com aqueles que, em quatro anos, destruíram tudo o que viram pela frente e se tivessem tido a chance da reeleição, estaríamos todos num mato sem cachorro, numa destruição sem precedentes, estilo terra arrasada. Ainda bem, ouve uma reversão e os caminhos outros são bem outros. Calar a boca de bolsonaristas é missão intransigente e a ser feita diariamente. Não me esquivo de fazê-la em todos os momentos quando me questionam algo sobre Lula no poder.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
Por outro lado leio na edição deste final de semana do jornal DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, um imóvel lá, pensado para preservação, mas em estado ainda pouco melhor do que a Casa dos Pioneiros, mas pelo estado, descartado, pois não seria mais caso de restauro e sim de reconstrução. Lá por Santa Cruz, a sensatez imperou, sentaram e chegaram na conclusão de que, nas condições em que se encontra o imóvel, impossível recuperar algo.
Já aqui em Bauru, nas hostes da Cultura municipal, todo o staff diretivo vai pra Santos, lá visita o Museu Pelé e daí, despontam com a iluminada ideia de fazer um Memorial ou algo parecido para o rei Pelé, tão ultrajado por Bauru durante décadas. Sento e dou sonoras risadas. Seria hilário, não fosse trágico.
Primeiro, deixaram a Casa do Pelé ser demolida na cidade. Tudo bem, não foi nessa administração, mas tudo é um processo e ele tem continuidade. No momento atual, a imensa maioria dos imóveis tombados não conta com nenhum apoio institucional da Prefeitura e o citado aqui, a Casa dos Pioneiros, que poderia também contar com apoio empresarial de gente como o Mandaliti, este na foto junto dos que visitaram o Museu Pelé e revitalizar o espaço por onde Bauru começou. Nada disso, mas assim mesmo, com um caindo aos pedaços, agora pensam em homenagear Pelé.
Parece brincadeira, mas é verdade. Visitam o que Santos fez para o Pelé e com a bola de cristal nas mãos, idealizam o mesmo em Bauru, somente agora. A brincadeira é que, por um lado o descaso total com a importância da Casa dos Pioneiros, que mais dia menos dia, vai ter o mesmo destino do imóvel de Santa Cruz, ou seja, desaparecerá definitivamente, com um trator limpando o terreno e daí, idealizam, após uma VISITA TURÍSTICA em Santos, fazer algo para o Pelé. Eu não consigo levar a sério esse pessoal da Cultura municipal. Sinceramente, estamos no mato e sem cachorro. Quando algo sério e até envolvendo empresários, já que a Prefeitura se mostra omissa, for feito concretamente para assegurar que a Casa dos Pioneiros renasça das cinzas, daí posso aplaudir em pé algo vindo lá dos cabeças pensantes do poder público municipal. Do contrário, mais um balão de ensaio...
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