Ele não teve sossego na passagem por Bauru. O vi no evento com Alckmin, na sexta e ali, bem nítido, ele o mais requisitado, muito mais do que o vice-presidente. Os presentes não queriam tirar uma lasquinha, mas sondar, ver se ele se posicionava, pelo sim ou pelo não em se lançar candidato. Ele, que de bobo não tem nada, ouviu a todos, tirou fotos e continuou em cima do muro, como deve ser neste momento, quando poucos ousam se lançar como candidatos.
Na foto do JC do último domingo, ele se encontrando com um já lançado candidato, Raul Gonçalves de Paula, do Podemos. Essa seria uma possibilidade, os dois saindo juntos, porém, aí algo complicado, quem seria o candidato a prefeito e quem seria o vice? Pelo que se sabe, Raul sonha em ser prefeito e não aceitaria ser vice. Rodrigo aceitaria deixar o IBAMA para concorrer a vice? Pouco provável. Depois, no dia seguinte, Rodrigo tomou um café num local público com Pedro Tobias, ex-deputado estudual por Bauru e este o incitando a se lançar candidato com um vice do campo democrático, que segundo dizem, não seria Raul. Poderia ser alguém do PT, o mais indicado ou mesmo de outro partido.
Rodrigo ficou balançado? Que nada. Rodrigo simplesmente ouviu tudo o que tinham pra lhe falar e volta pra Brasília sem tomar nenhuma decisão, deixando tudo e todos mais incertos do que antes. O momento é pra isso mesmo, meras conversas. Elas aconteceram e nada de tão novo no front. Com Rodrigo concorrendo, uma disputa acirrada e das mais interessantes, mas é cedo para dizer se ela irá de fato ocorrer. Talvez ocorra, talvez não. Continuam as negociações, uns já afirmando ter Rodrigo se manifestado por um lado, outros dizem pelo outro, ou seja, os dois lados afirmam terem ocorrido uma aproximação mais intensa.
Sabe o que acho? Acho nada. Talvez tenhamos pela frente uma pesquisa para saber em qual dos lados a população penderá mais, se Rodrigo com Raul ou se Rodrigo com alguém mais à esquerda. Tudo são conjecturas e especulações. Ninguém tem certeza de nada e assim Rodrigo volta para Brasília e continua seu trabalho junto do IBAMA. Penso que, para deixar este posto dentro do Governo Lula, só mesmo se algo, como as pesquisas indicarem que a população está inclinadissima a votar nele e não em Suéllen, do contrário, necas de catibiriba. E também em qual destes lados a população estaria mais inclinada a votar. Muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte, mas nenhuma novidade alvissareira, pelo menos, por enquanto. Segue o jogo.
Que se faz necessário encontrar uma alternativa para fazer frente à reeleição de Suéllen Rosim, disso não se tem a menor dúvida. Continua a procura por este nome a aglutinar, reunir condições, não só do enfrentamento, mas de unir os diversos grupos de pensamento e políticos na disputa. Seria isso possível? Isso é outra história e também bastante complexa. Nomes sem proposta de governo é outro porblema de grande monta a ser enfrentado. Preferiria neste momento, continuar denunciando as mazelas de Suéllen e de sua pífia administração, buscando na população, que na continuidade das denúncias e muitas com prova, ela fosse perdendo a popularidade ainda existente. Vejo este como o melhor caminho no momento.
LENÇÓIS PAULISTA REVERENCIADA EM TODA OBRA DE ORÍGENES LESSA
Como é bom uma cidade ter um renomado escritor para chamar de seu. Lençóis Paulista tem, Orígenes Lessa. Bauru tem vários, todos valiosos, mas hoje escrevo de alguém que, mesmo tendo saído muito cedo de sua cidade, nunca a esqueceu. Orígenes ganhou o mundo, foi ser gauche na vida, viu e venceu. Se firmou na constelação dos grandes escritores nacionais, ele e seu filho, Ivan Lessa - que leio muito, desde os tempos d'O Pasquim.
Dias atrás, revirando uma caixa com pertences que Ana Bia, a companheira de todas as horas trouxe do Rio de Janeiro, suas coisinhas da época de adolescência, dou de cara com este livrinho - pelo tamanho pequeno, viu! -, o "Napoleão em Parada de Lucas", Coleção Calouro, que todos nós, lemos muito quando crianças. Fui folhear e dei de cara com uma citação de Lençóis Paulista numa das páginas. Sabe o que fiz? Sentei e o li em duas sentadas, 140 páginas de agradável leitura. Me encantei com as muitas citações feitas por Orígenes da sua Lençóis, Capital do Livro. Num momento ele não se segura e tasca lá, na obra escrita em 1970, um "Lençóis Paulista City". Que bonito isso.
Essa coleção era indicada pelos professores da época e hoje, a relendo, vejo o quanto tinha de bom conteúdo. A historinha do cabo de vassoura que se transforma com o passar do tempo em um disputado brinquedo, um cavalinho de pau é cheia de bons conselhos. Reler Orígenes, depois de tanto tempo, e com os olhos de um vetusto senhor com 63 anos é para lá de saboroso. Ver o amor pela qual sempre dedicou para com sua cidade natal é contagiante. Mesmo distante, ele considerava demais seu torrão natal e isso conta muito, estão aí as citações que não me deixam mentir.
Em tempo: Tenho aqui comigo um livro do Orígenes, uma primeira edição, raridade, onde ele na primeira edição, escreve na primeiras página algo como ter renegado aquele livro. Já comentei com o Nilceu Bernardo, lá de Lençóis, da intenção de doá-lo pra linda biblioteca deles, pois trata-se de algo único. Quando rever o Nilceu, depois der seu retorno do Egito, quero lhe entregar a obra e pedir para ele entregar pessoalmente e ela se integrar no acervo pessoal do Orígenes lá na cidade.
Resposta de Nilceu Bernardo, que já foi secretário de Cultura por vários mandatos em Lençóis Paulista: "Que sensível sua apreciação e carinhosa ação em entregar ao nosso acervo!!! Claro que vindo de vc não me surpreende, sempre atento, apreciando e valorizando a cultura!! Grande abraço!!".
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