segunda-feira, 25 de setembro de 2023

REGISTROS LADO B (121)


HOJE TEM PROSA DA BOA NO 121º LADO B, COM UM CONTADOR DE CAUSOS COMO NENHUM OUTRO, CLÁUDIO DANGIÓ
Tudo começou com um encontro sem querer pelas ruas de Bauru. Circulava pelas imediações do Poupatempo, quando me deparo com CLÁUDIO DANGIÓ saindo daquele prédio e com muitos papéis debaixo das axilas. Dei a volta na quadra, tudo para poder tentar trocar poucas palavrinhas com o gajo. Consegui. Ele se achega na janela do carro e ali acertamos dele ser o 121º entrevistado (sic) do meu inqualificável e desorganizado projeto, o LADO B - A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES. O danado, que sei hoje reside lá pelas bandas do litoral e também nos cafundós do verdadeiro Mato Grosso, mais precisamente em Aquidauana, passa vez ou outra pela sua antiga cidade e assim posto, quando o vi, queria cercá-lo, pois de há muito teria tê-lo por aqui.

Contar histórias e estórias é algo para poucos. Ou seja, muitos contam, mas com o apreço e preciosismo deste Dangió vejo poucos. Outros bons já se foram e hoje ele sustenta o encargo com honra e sempre nos municiando com causos e causos, uns muito do escabrosos, outros amenos, mas todos de um sabor indescritível. Dangió é da safra de uma velho bardo, o querido e saudoso Lázaro Carneiro e estes dois já tiveram muitas aprontações juntos pela aí. Gravaram historinhas amoitados e enfurnados no meio do mato, deste cerrado que ainda nos cerca e também tiveram a ousadia de produzir um programa de televisão, todo ele voltados para essas imperdíveis raízes caipiras que nos rodeiam e nos preenchem. Ele, vez ou outra, se investe do espírito de Lázaro, doutras dele mesmo e até destes caiporas que nos rodeiam e como os espíritas, parecem estar tomados pelo espírito de algum encarnação, daí saindo coisas inacreditáveis e inolvidáveis.

É exatamente isso o que quero tentar explorar da verve do Dangió, logo mais, quando me deparar com ele novamente, frente a frente, para um embate onde ele tentará me engambelar e eu o enquadrar, mas cujas histórias estarão permeando a prosa. Será uma desmedida perdição, dessasque os sujeitos mais sérios devem saltarde banda, fugir, pois podem ser devidamente contaminados e quando o são, danou-se tudo, pois suas vidas estarão irremediavelmente envolvidas e entrelaçadas com isso de ficaram iludidos com este lado meio non sense da vida humana. Quer delícia maior que esta? Pois bem, o horário é das 15h, mas quem não puder assistir, veja depois lá pelo meu facebbok, pois tentaremos deixar a risada como mola mestra, fio condutor de nossa desabalizada conversa.

Eu não sei nem como qualificar o entrevistado de hoje, pois o vejo como emérito escritor, descondutor das boas letras, mas ele também foi eletricitário e andarilho por estradas, onde parava em todas as encruzilhadas possíveis, tudo para ir recolhendo histórias e causos, reunidas depois em suas escrevinhações. Isso é o que toma mais tempo em sua vida, depois, é claro, da convivência familiar, com a pedagoga esposa, que tenta, sem muito sucesso, enquadrar tão desvirtuado cidadão. Assim sendo, ele fica por essas bandas denominado como ESCREVINHADOR e também REPRODUTOR DE HISTÓRIAS, destas que alguns não dão nada, mas que para gente como nós, os que levam a vida flautando - ou tentando flautar -, são as mais saborosas desta vida, ou até melhor, as que nos dão um prolongamento na existência. Falaremos de tudo isso, junto e misturado e acho que uma hora será pouco.

Vamos juntos?

Eis o link da entrevista, com aproximadamente uma hora de duração:

Nota final deste HPA - O papo com Cláudio Dangió, algumas vezes também incorporado como Zé do Cerrado é uma daquelas conversas das mais aprazíveis de serem realizadas. Eu gostei muito, até porque Dangió é meu velho conhecido, amigo meu e de Lázaro Carneiro, por quem falamos muito durante o papo. Da confusão do começo, quando ele me fez embaralhar até o número dos entrevistados do programa, nos aprumamos e na sequência, tudo fluindo de uma forma gostosa, diria mesmo, divertida, saudável e saborosa. A sequência deste Lado B tem tudo a ver com isso, sentido neste dia, o de que, tudo só vale mesmo a pena se for feito com amor, dedicação e com prazer. Papos como este, eu realizo com o maior prazer e quando assim ocorre, sinto que me solto mais. à vontade, eu e o oponente, tudo flui. Dangió é bom de prosa e desta forma, tudo fica mais fácil. Espero que tudo, todas e todos tenham gostado. Eu gostei muito.

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