quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (141)


É O DINHEIRO QUE VOA - ASSALTO AGÊNCIA CAIXA
Leio no JC algo sobre o assalto ocorrido na agência da CEF - Caixa Econômica Federal, ali no centro da cidade, rua Gustavo Maciel. Novamente de madrugada, mas desta feita algo meio que isolado, envolvendo pouca gente e com êxito, ou seja, sem a parafernália de assalto anterior, grana foi levada, algo a demonstrar que as dificuldades para tal intento não são assim tão grandes. Na matéria leio que, no mesmo dia a PM - Polícia Militar recupera R$ 60 mil e é sobre isto que quero opinar, ou melhor, dar meu pitaco, minha romantizada interpretação.

A PM prendeu um dos autores, que acredito, tenha sido o único, com mais de 60 mil nos bolsos e num local insólito e a revelar de como é gasto este dinheiro ganho desta forma pouco usual, no interior de um motel. Se as notas são marcadas, creio eu, não foi seguindo este rastro que ali chegaram os PMs, pois o sujeito ainda estava no interior do motel e não havia pago sua conta. Isto deve ter sido motivado por alguma delação, deduragem. O que me chama a atenção é ter lido que, até aquele momento, pouco menos de 24h do ocorrido, o sujeito, este com as iniciais JFG, 35 anos, morador de Bauru, havia já torrado mais de R$ 4 mil reais e no momento de sua prisão estava gastando mais, num motel e com mais duas pessoas, essas não tendo participação do assalto, mas ali com ele a desfrutar de uma agradável tarde, um casal de garotos de programa, como informa a matéria.
Divertido, não fosse trágico - pelo menos para o detido -, que dentre as primeiras providências com a dinheirama nas mãos, ele contratasse os serviços de um casal e fosse tirar o atraso - grandes possibilidades - sexual. Creio eu, este perturbado escriba que, trata-se disso mesmo,

quando privados de grana e as conseguindo em quantidade abundante, a primeira providência pensada pela imensa maioria dos seres humanos é fazer aquilo em mente, algo pensado sempre, até com insistência, mas sem possibilidades de realização. Daí, os ditos gastos fúteis - não que sexo seja fútil, longe disso -, onde a putaria se inclui maravilhosamente. Com tanta bufunfa nos bolsos, as contas podem continuar esperando um bocadinho mais e, em primeiro lugar, nada como resolver e aplacar e saciar os clamores internos do corpo.

Pelo que leio na matéria conjunta dos jornalistas Bruno Freitas, Tisa Moares e Larissa Bastos, o cara foi devidamente identificado, mas solto, pois não mais caracterizada flagrante e terá daqui por diante que enfrentar o processo, que certamente lhe trará sérios problemas. Diante de tudo, algo fico a questionar com os meus botões: nós, os pobres mortais, diante dessa insaciável procura por ter mais e mais dinheiro, quando o objetivo é conseguido, ainda mais dessa forma, através de um assalto, qual a primeira coisa que vêm à mente para fazer uso do mesmo? Seriam mesmo as coisas fúteis? Não que sexo seja fútil, longe disso, mas dentre os 4 mil gastos, não descritos pela reportagem do jornal e até sua entrada no motel, deve ter sido um arrastão de gastos feitos pelo JFG, sob o calor daquela grana esquentando suas mãos. Daí, a pergunta que não quer calar: onde primeiro você gastaria uma grana chegando em grande quantidade em suas mãos? O motel com gente de corpos esculturais também estaria dentre suas prioridades? Bobagem pensar nisso, mas confesso aqui, foi a primeira coisa que pensei ao terminar de ler o texto do jornal.
OBS.: As fotos foram gileteadas da internet e são de autoria variada. Eis o link da matéria do JC: https://sampi.net.br/.../bandidos-invadem-agencia-da...

O CAGÃO
"Ninguém, a não ser pescadores profissionais, sai para pescar às cinco da matina. Mas a familícia saiu. E justo no dia em que a PF, algumas poucas horas depois, estaria em sua casa para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. O jurista Pedro Serrano desconfia de que pode ter havido vazamento da operação. Um vazamento de dentro da própria PF, tão criminoso quanto a existência da Abin paralela. Reinaldo Azevedo vai mais além: ele dá como certo que os "pescadores" souberam antes da chegada dos policiais e se mandaram para o mar. Resta saber quem são os mais hábeis a jogar a rede. Não há notícias de que, ao voltar, a familícia trouxesse peixes consigo. Resta saber que pescado estão na rede de computadores e celulares apreendidos em Angra dos Reis e no condomínio Vivendas da Barra. Vem tubarão aí? Pensando bem, a familícia não foi ao mar para retirar peixes. Foi para lançar no fundo do oceano os celulares e outras geringonças eletrônicas que seriam "pescados" pela PF se a operação não tivesse vazado", jornalista Ricardo De Callis Pesce.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (170)


GUARDIÃO ACOMPANHOU ELEIÇÃO DO PRÊMIO DESATENÇÃO 2024
A eleição ocorreu no último esquenta do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o BAURU SEM TOMATE É MIXTO, ocorrido no sábado, 27/01, nas dependências internas e externas do Bar do genaro, onde foram computados 115 votos assim distribuídos:

3º Lugar para o secretário de Educação professor Nilson Ghiradello, com 16 votos;

2º Lugar para o sectário, ops, digo, secretário de Cultura, Paulo Eduardo Campos com 21 votos e

1º Lugar, beirando a unanimidade, a atual alcaide municipal Suéllen Rosim com 66 votos.
Os demais votos foram distribuídos para demais concorrentes.

Guardião, o intrépido super-herói capa e espada desta aldeia comenta em primeira mão o resultado do pleito, ocorrido dentro da mais perfeita garantia de confiabilidade, pois o voto, além de conferido e reconferido é auditável, independente e em cédula de papel.

"Que dizer destes três escolhidos, poderiam me perguntar. Respondo que, o resultado é o conjunto da obra do que o trio tem feito em prol da desconstrução de uma Bauru nos trilhos, dentro de um caminho salutar e saudável. O desconserto é generalizado e abrangente, diria mesmo, avassalador no caminho da perdição. Ou seja, Bauru está caminhando a passos largos para uma derrocada de difícil recuperação. Nilson Ghirardello esteve à frente de outras secretarias neste desGoverno e não mostrou ainda a que veio, ou seja, agora, dirante do maior orçamento de secretarias, se mantém inerte. Uma imensidão de compras inúteis e ele calado, escolas fechadas e removidas de seus locais e ele inerte, O resultado foi a sua expressiva votação. Depois, o moço da Cultura, Paulo Eduardo, atuando em total desalinho com as necessidades culturais da cidade, enrolando e enrolado em editais nunca solucionados, a maioria postergados e jogados pra frente, sempre resolvendo tudo no fio da navalha - quando resolve. Não se trata de despreparo com a Cultura, mas pela continuidade de uma ação moldada pelo precarismo, algo como ser essa mesmo a proposta desta insólita administração. E por fim, juntando tudo, sempre com a motoserra nas mãos e agora, por detrás da aberração de um púltpito, estes comprados e distribuidos na escolas municipais, em 1º lugar, quase Hours Concurs, a alcaide Suéllen Rosim", começa seu relato Guardião.

Pelo visto, a escolha ocorreu sem maiores disputas. É o que explica Guardião: "Diante de tudo o que se vê ocorrendo na atual administração, o resultado só poderia mesmo neste ano ter no pódium um trio representando o descalabro que vemos a administrar Bauru. O pessoal do Tomate já tem dois Hours Concurs, o dito economista (sic) Reinaldo Cafeo e o dito radialista (sic) Alexandre Pitolli, mas neste ano, pelo visto tem seu terceiro nome incluido neste rol. Eu, na qualidade de vetusto observador do que acontece nesta insólita cidade, vejo que, noutra, na Sucupira de Dias Gomes, o prefeito então levantou um discutido cemitério e quem o inaugurou foi ele mesmo. Agora, aqui em Bauru, a alcaide compra púlpitos para todas as escolas municipais e estes já estão chegando lá, sem que saibam o que fazer com eles. Para ridicularizar mais e mais o que se passa nesta cidade, a imagino neste pódium do Prêmio Desatenção, com a motoserra nas mãos e fazendo uso do tal do púlpito, ou seja, ela o inaugurou. Cena mais dantesca é impensável, até para o criador da original Sucupira", conclui Guardião.

OBS.: Guardião é obra da verve criativa e do traço do artista Leandro Gonçález, com pitacos escrevinhativos deste incomodado mafuento.

PRA NÃO PASSAR BATIDO

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

RETRATOS DE BAURU (284)


A MAIS ABSOLUTA CERTEZA DE SER UMA PESSOA ENCRALACRADA COM O PASSADO
Hoje, após reveses com estes aparelhos portáteis de som, os ainda funcionando como rádio, mas para mim, uso quase exclusivo para tocar CDs, conto algo a respeito. Tenho três, todos desgastados pelo tempo e, simplesmente, para poder continuar ouvindo minha modesta coleção de CDs, com aproximadamente uns 3 mil itens, espalhados em estantes bem organizadas, todos por ordem alfabética e ano de lançamento. Um aqui em casa, outros nos mafuás, 1 e 2. Dois deles pifaram de uma hora para outra. Um, assim do nada, só funciona agora com o som muito baixo, inaudível e o outro, continua funcionando o rádio e o que mais preciso, para ouvir meus CDs, não mais. O amigo Vinagre já me doou dois. O primeiro foi engolido por uma enchente lá nas barrancas do rio Bauru e o outro resiste ainda por lá, onde ainda tenho algo - por pouco tempo. Os outros dois, pifaram e sinto falta de ouvir diariamente meus CDs, ainda comprados. Só dos EUA trouxe uns 12 e domingo passado, por meros R$ 12, trouxe mais oito da banca do Carioca, na Feira do Rolo. São minhas preciosidades.

Ontem percorri algumas lojas do centro, após ouvir do Carioca o conselho para não comprar usado, pois a vida destes é curta e a certeza de problemas. Depois de percorrer cinco lojas no centro em somente uma ainda são vendidos. Virou coisa do passado. Neste ainda vendendo, caro, a atendente me disse: "Muito procurado por velhos, saudosistas e quem ainda gosta de ouvir música à moda antiga". Este deve ser eu, saudosista, velho e persistindo em não se desfazer da coleção. Insisto e leve meus dois aparelhos para ver o que se passa lá na oficina de aparelhinhos eletrônicos, a do Leão, na rua Monsenhor Claro. Ele não tem nenhum pra revender e ficou de me apresentar um orçamento para quarta. Estou nas mãos dele e de quanto vai me cobrar para devolver a alegria musical aos meus dias. Com música tudo fica menos nebuloso.

Daí, um outro com loja estabelecida lá no centro me diz ter a solução para meus problermas e me apresenta um aparelhinho onde posso transferir toda a coleção para um pequeno - diria, minúsculo -, menor que a palma de minha mão. Nem quis saber o preço, pois não me interessou. Ele ficou sem entender. Quem, como eu, ainda tem essas coleções em casa, sabe do que digo. Desapegar é preciso, mas já passo dos 63 anos de vida e se tenho prazer e contentamento com essas predileções do passado, me deixem continuar, pois não sei quanto tempo me resta. Depois, quando se for, estiver num outro plano, verão o que será feito disso tudo, agora ainda não. Disse ao cara: "Você não sabe o prazer que é ouvir música, folheando o encarte, lendo as letras e os textos das capinhas de cada um". Ele fez cara de paisagem e o deixei vendendo suas modernidades, que ainda não me interessam. Hoje, aguardo resposta do Leão com o orçamento dos reparos de meus dois e procuro outros, de baixo custo, para ter de reserva e poder continuar desfrutando dessas maravilhas eletrônicas em meu recanto preferido aqui dentro de casa, o ao lado de meu acervo musical. Ah, como gostaria de dar um breque em tudo e ficar por aqui, em meu canto só lendo livros e ouvindo música. Um dia chego neste patamar...

OBS.: Tudo isso porque ainda não escrevi sobre outra coleção, essa sendo reduzida, a de LPs, os bolachões, que por falta de espaço no novo Mafuá, terei que abdicar de muitos e isso me caua dor inconsertável, irreparável. Carioca, o da banca da Feira do Rolo vai ganhar centenas destes. Isto tudo me dói e tem a ver com a passagem dos anos e essas incontornáveis mudanças eletrônicas. Não estou preparado para ter toda minha coleção num aparelhinho que cabe na palma de minha mão.


COMECEMOS O DIA ENTENDENDO O QUE É ISSO DO GOVERNO LULA NESTE INSÓLITO BRASIL AINDA MUITO NEOLIBERAL
"O BRASIL DE LULA, por Emir Sader, publicado hoje, terça, 30/01/2024, diário argentino Página 12:

Lula ainda tem mais 3 anos como presidente neste mandato. Se concorrer à reeleição, poderá ter mais 7 anos como presidente do Brasil. Seria um período histórico muito especial pela duração e força da liderança de Lula. Seria um período do qual o país poderia sair profundamente mudado, com mudanças estruturais e, na medida do possível, irreversíveis. Seria um marco histórico que definiria um futuro diferente para o Brasil.

Este governo Lula faz parte do processo de superação do neoliberalismo, após o período neoliberal e autoritário de Bolsonaro. O modelo económico atual já é diferente. A prioridade já não é o ajustamento fiscal, mas a implementação de diferentes e variadas formas de políticas sociais. Já não se trata do Estado mínimo mas, pelo contrário, de reforçar a capacidade de intervenção do Estado. Já não se trata de implementar acordos de comércio livre com os EUA, mas sim de desenvolver políticas de integração regional e de intercâmbios Sul-Sul no mundo.

O Brasil de Lula se enquadra perfeitamente nesse processo de saída do neoliberalismo. No entanto, esse modelo continua predominante no Brasil. O eixo da economia continua a ser o capital especulativo. Porque a atração do capital pela especulação se dá pela taxa de juros superior à taxa de lucro, ou seja, aquela que provém do investimento em bolsa e não dos investimentos produtivos.

Contudo, o Brasil de Lula dá passos no sentido da superação do neoliberalismo. O país recebe uma grande quantidade de investimento estrangeiro para sua indústria. Amplia seu mercado consumidor interno, bem como sua força de trabalho. Fortalece sua estrutura produtiva, sua dinâmica mercadológica, bem como o financiamento de investimentos.

Não se pode dizer que as estruturas neoliberais já tenham sido superadas, mas há uma dinâmica económica que caminha nessa direcção. Um período histórico como o atual poderá ser uma linha demarcatória na história do país, caso este alcance uma economia basicamente produtiva, enfraquecendo os mecanismos especulativos.

Esta foi a situação que o Brasil viveu desde o início do século – que coincidiu com os governos do PT – até o golpe de impeachment contra Dilma Rousseff, que impôs um modelo econômico neoliberal. A volta de Lula à presidência do país permite a retomada do modelo antineoliberal.

Mas esta recuperação ocorre em condições diferentes das dos governos anteriores do PT. Em primeiro lugar, o governo não tem maioria no Congresso. Você tem que negociar para que seus projetos sejam aprovados na Câmara e no Senado. Esta negociação não só envolve frequentemente mudanças nestes projectos, mas também pode incluir a nomeação de políticos centristas e mesmo de centro-direita para o governo.

Por outro lado, o legado recebido por Lula no seu terceiro governo inclui um presidente do Banco Central de direita e neoliberal, que preserva uma taxa de juros estratosférica, o que retarda o ritmo de recuperação do crescimento económico. Esta situação afecta os dois primeiros anos do mandato presidencial. Isto é, ainda falta um ano de coexistência de posições económicas anti-neoliberais e neoliberais.

A aliança com as forças de centro e centro-direita continuará até às próximas eleições, ou seja, pelo menos mais três anos. Nessas condições, o governo Lula continuará, até uma possível reeleição, o que projetará um governo em condições diferentes. Teremos o Brasil de Lula por muito tempo".

domingo, 28 de janeiro de 2024

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (189)

ESCREVER DÓI - PRECISANDO DE UMA TRÉGUA

Quem me acompanha deve ter percebido, estou escrevendo menos e publicando menos desde minha chegada dessa última viagem, feita pelos Estados Unidos, de 23/12/2023 até 21/01/2024. Voltei cansado e estou neste estado até hoje, ainda em recuperação. Não consegui colocar meus escritos em dia. Na verdade, tenho escrito e lido pouco, pois parece existir um acúmulo de tarefas para serem feitas aqui junto de mim. Vou postergando, adiando tudo e assim o acúmulo é grande. Tenho tentado, mas pouco conseguido de resultados. 

Passo por um momento de transição. Primeiro com o Mafuá, o original, o lá da quadra 1 da Gustavo Maciel nos seus extertores. Sofro pelo seu fim, mesmo com todo sofrimento ali passado, com tantas enchentes. Evidente, para mim, trouxe muito mais alegrias que tristezas. Lá ainda se encontram algo a ser resgatado e o principal dele, meu parceiro nestes últimos 13 anos, meu cão Charles. Tenho um contrato de compromisso de venda do local e ainda não o levei adiante pelo simples fato de não ter sabido como manter junto de mim o Charles. Enquanto não resolver isso, não vendo nada. Vou resolver e isso me martiriza. Tenho já consolidado o Mafuá 2, um pequeno apartamento bem perto de onde moro, uma quitinete, que está linda com tudo o que consegui ali reunir. Não tenho como deixar o Charles lá, seria muita solidão para quem vive vendo o mundo do portão e com extenso quintal para correr.

O que me trava neste momento não é só isso. Com o retorno, acho que estes dias de viagem numa pauleira sem tréguas, cansei. A cabeça está pedindo um tempo e tento ir resolvendo tudo o que me acomete, mas aos poucos. Sem pressa. Meu quarto de trabalho anda bagunçado, como minha cabeça. Estava precisando de um tempo. É isso. Uma trégua. Creio que, até o último dia deste mês, estarei encolvido nessa recuperação. Não dá para dar um breque em tudo, pois o Carnaval está se aproximando e o bloco do Bauru Sem Tomate é Mixto, onde estou desde sua criação, precida de mim. Também não tenho me doado por inteiro, mas lá estou e estarei sempre. Tenho também as tarefas domésticas, essas em rebuliço e se renovando a cada dia. E meus envolvimentos profissionais, meu trabalho e o que faço para ganhar a vida. Ainda vendo minhas chancelas, tenho feito bottons por encomensa e escrito algo pela aí. 

Creio que, até o final deste janeiro estarei ainda no estaleito, mas em franca recuperação. Tem gente que reclama e consegue sentar numa cadeira na beira da calçada de sua casa e ver a vida correr devagar. Não tenho conseguido, nem quero isso para mim, pois criei um corre, com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e agora, neste momento, tudo converge e me complica a movimentação. Resolverei, mas sem pressa. Estipulei um prazo e quero cumprí-lo.

Eu sei que os fatos não esperam, pois tudo continua acontecendo na mesma velocidade de sempre. Eu é que não estou conseguindo acompanhar tudo a contento. E tem tanta barbaridade ocorrendo pela aí, principalmente aqui na aldeia onde nasci e vivo, Bauru, mas até isso estou comentando de soslaio, sem grandes aprofundamentos. Em fevereiro, volto com tudo. Faltam poucos dias. Até lá tudo continuará de improviso. É isso...

Me aguardem. Voltarei recarregado. Até lá, cá estarei, aos trancos e barrancos.

sábado, 27 de janeiro de 2024

 ELA FOI ELEITA POR IMENSA MAIORIA DOS VOTOS COMO O PRÊMIO DESATENÇÃO 2024

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

DIÁRIO DE CUBA (240)


ARGENTINA RESISTE...
Ontem, 24/1, quarta, foi dia de greve geral no país vizinho. Ver o povo nas ruas esgrimando contra a perversidade do avanço da ultra-direita é pra encher de esperança. Acompanhei o dia todo com a rádio ligada na 750AM, vozes de Victor Hugo Morales. Foi um dia de luta e onde muitos já reconhecem que o voto dado em Javier Milei foi mais do que um erro. A Argentina é um país mais do que amado. O visito há mais de dez anos, uma vez ao ano. Acompanho o que é de fato uma elite perversa, uma mídia cruel e uma Suprema Corte muito insensível. Bote tudo isso junto, o peronismo encabeçado por Cristina Kirchner e Axel Kicillof , ambos lutando por direitos trabalhistas. Milei, assim como Bolsonaro souberam se aproveitar de um momento o de as esquerdas fraquejaram e não ate deram as expectativas. Alberto Fernandes, não soube enfrentar a direita, cedeu demais, não ousou, diferente de Cristina. Agora é lutar e reconquistar o tanto perdido. Sem o apoio popular isso não ocorrerá, daí, algo como o visto o tem, assume importãncia vital nos próximos passos.

ARGENTINA PARA EM DEFESA DOS DIREITOS CIVIS, SOCIAIS E TRABALHISTAS: MILHÕES NAS RUAS CONTRA MILEI
Milhões de argentinos se somaram nesta quarta-feira (24) à Greve Geral convocada pelo movimento sindical e social para repudiar o ‘Plano Motosserra’ do fascista Javier Milei, o Decreto Nacional de Urgência (DNU) 70/2023 e a ‘Lei Ônibus’, um pacotaço que atenta contra direitos civis, sociais e trabalhistas conquistados ao longo de décadas.
Por Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires/ComunicaSul - Foto: CTA

Em Buenos Aires, centenas de milhares de pessoas tomaram a frente do Congresso Nacional com cartazes gigantes estampando “Pátria sim, FMI não”, e ridicularizando Milei como marionete dos cartéis transnacionais, a quem quer doar dezenas empresas estratégicas como o Banco Nación, a ARSAT (de satélites e telecomunicações) e a YPF (de petróleo). Faixas gigantescas reivindicavam a garantia de direitos e a necessidade de valorização do trabalho, enquanto o governo tenta engatar uma marcha à ré.

Com um coro ensurdecedor de “Viva Perón”, as centrais sindicais repudiaram os que pretendem ”reformar mais de 600 leis, os Códigos Civil, Comercial e Penal” por meio de “dispositivos absolutamente inconstitucionais e impostos sem qualquer debate”. Conforme os manifestantes, as medidas foram concebidas “por e para favorecer grupos económicos, para realizar uma transferência brutal de rendimentos da maioria da sociedade para uma pequena minoria”, enquanto “a inflação corrói a renda de todos e eleva os preços a níveis insuportáveis”.

Atropelo e desconhecimento de direitos
“O DNU e a Lei Ônibus colocam em risco nossas pequenas e médias indústrias; atropelam e desconhecem garantias constitucionais individuais, direitos coletivos e trabalhistas; punem o mercado interno; põem em risco a soberania territorial, econômica, alimentar e ambiental; cortam o financiamento da saúde e da educação públicas, da pesquisa, das estruturas científicas e das instituições culturais; fragiliza o Código Civil; desprezam e negam aumentos a pensões e aposentadorias”, afirma o documento assinado pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT); pelas Centrais de Trabalhadores da Argentina (CTA-A e CTA-T), pela União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) e por inúmeras organizações do movimento social e dos direitos humanos.

Privatização e alienação do patrimônio público
Conclamando a unidade para garantir que os parlamentares não cedam às pressões do desgoverno, as entidades esclarecem que as propostas de Milei “habilitam a privatização das empresas estatais, alienando o patrimônio público; autorizam a estrangeirização de nossos recursos naturais e toda a arquitetura jurídica que sustenta o desenvolvimento nacional; concentram poder no presidente, desconhecendo a ordem republicana; desmantelam o Estado, para tirar-lhe o poder regulador, geram insegurança jurídica, desestimulando investimentos e, finalmente, constroem um aparelho repressivo e reformas do código penal, que não estão a serviço da segurança dos cidadãos, nem do combate à criminalidade e ao tráfico de droga, mas apenas da repressão dos protestos sociais e das manifestações sindicais e políticas”.

“Viemos com a Constituição nas mãos, que diz claramente que os direitos são progressivos e não podem voltar atrás”, afirmou o secretário-geral adjunto da CGT, Héctor Daer. Sendo assim, frisou que nenhum legislador pode “se distrair” com o que está sendo debatido no Congresso, uma vez que “o DNU desregula a economia”. “Querem destruir os direitos individuais e coletivos, os sindicatos e as organizações sindicais, os trabalhadores e a cultura. Eles atentam contra tudo o que é popular, querem privatizar até o esporte”, protestou.

“Experiência desastrosa de um governo neofascista”
“Não vamos permitir que passe esta experiência desastrosa de um governo neofascista que quer estabelecer um estado de sítio e governar por decreto”, declarou Hugo ‘Cachorro’ Godoy, secretário-geral da CTA-A. “É por isso que hoje dizemos que o país não está à venda e inundamos as ruas da Argentina. Vejam estas pessoas que tomam as ruas e cercam as casas legislativas e as sedes de governo”, explicou. “É um dia histórico, o nível de apoio e participação da classe trabalhadora e de toda a comunidade é emocionante e comovente, assim como as mobilizações que estão acontecendo nas principais embaixadas do mundo”, comemorou Hugo.

Para o líder da CTA-T e deputado nacional da Frente de Todos (FdT), Hugo Yasky, “a massividade do ato é a derrota daqueles que queriam intimidar com o protocolo anti-piquetes”. “Hoje o povo deu uma lição de dignidade frente à tirania que querem nos impor. Na rua e na luta vamos construir a unidade do campo popular para defender a Pátria”, assinalou. Representando a Federação Sindical Mundial (FSM), o secretário-geral do Sindicato Argentino da Manufatura do Couro, Ernesto Trigo, destacou o papel da solidariedade internacional para “pressionar e isolar o governo Milei nas suas tentativas de cortar direitos e impor o retrocesso”. “Hoje nós temos 20 países das Américas se mobilizando em frente às embaixadas da Argentina e de seu povo, defendendo a democracia, ameaçada por Milei, e afirmando que em direitos não se mexe”, declarou Rafael Freire, dirigente da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA).

Parlamentares devem honrar o mandato
Para o movimento sindical e popular, “deputados e senadores, independentemente dos partidos a que pertençam, devem fortalecer-se com esta marcha multitudinária, para honrar o mandato político recebido e defender com seu voto a divisão republicana dos poderes e a Constituição Nacional”. Neste momento, “vemos o governo tentar romper o contrato social com medidas e reformas que só buscam subjugar direitos e conquistas do povo argentino”. A senadora Teresa García, da Frente de Todos, ressaltou que “qualquer deputado ou senador peronista que vote nesta lei estará traindo a Pátria e o peronismo”. O líder dos caminhoneiros, Pablo Moyano, alertou que é hora dos parlamentares se definirem e “terão de dizer publicamente se estão com os trabalhadores ou com as corporações e o modelo econômico levado a cabo pelo presidente Javier Milei”. O fato, encerrou, é que “um peronista não pode votar neste DNU que vai contra os trabalhadores e a soberania nacional”.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

CARTAS (222)


SE NINGUÉM SE PRONUNCIA, O "TOMATE" ESCANCARA

EIS A GRAVAÇÃO DO "NO TEMPLO DAS PERDIÇÕES", CARNAVAL 2024 DO BAURU SEM TOMATE É MIXT0
Com o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco não tem meio termo, é oito ou oitenta. Vamos na veia:

https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/pfbid0CjM5wMUSWXgwz9nJnQ8utkWeZhMV6p91Njn9JxTGkoL7VgPoEBQfY4Z42oFbof88l

O melhor de tudo é o fadback sentido pelo que estamos a fazer. Um informante muito gabaritado nos disse, entre risos, que a repercussão dentro do staff da alcaide foi imenso e que, ela em particulatr, espumou quando viu a estampa de nossa camiseta e mais ainda, com a letra da marchinha. Ou seja, se entre estes, ocorreu aversão, é simples: atingimos o objetivo.

NÃO DEIXE O VELHO ENTRAR, UMA BOA LIÇÃO - EU JÁ A COLOCO EM PRÁTICA E USO
Outro dia disseram pela aí que o pessoal do Tomate é todo constituído de "velhinhos". A melhor resposta que poderíamos dar é compartilhando o texto abaixo:

EU NÃO DEIXO O VELHO ENTRAR!

Esta é a resposta que o admirado e nonagenário ator Clint Eastwood deu ao cantor country Toby Keith, quando lhe perguntou qual era o seu segredo para se manter ativo e brilhante na sua idade.

Quando me levanto todos os dias não deixo o velho entrar.

Meu segredo é o mesmo desde 1.959:
mantenha _se ocupado. Nunca deixei o velho entrar em casa. Tive que arrastá_lo para fora porque o cara já estava confortavelmente instalado, me dando um pé no saco a toda hora, não me deixando espaço para nada além de nostalgia.

Você tem que se manter ativo, vivo, feliz, forte, capaz.

Está em nós, na nossa inteligência, atitude e mentalidade. Somos jovens com independência. Você tem que aprender a lutar para não deixar "o velho entrar."

Aquele velho que nos espera, parado e cansado na beira da estrada para nos desanimar.

Não deixo entrar o velho espírito, o crítico, hostil, invejoso, aquele ser que perscruta nosso passado para nos amarrar com queixas e angústias remotas, traumas revividos, ou ondas de dor.

É preciso virar as costas para o velho fofoqueiro cheio de raiva e reclamações, sem coragem, que nega a si mesmo que a velhice pode ser criativa, determinada, cheia de luz e proteção.

Envelhecer pode ser prazeroso, e até divertido, se você souber usar o tempo, se estiver satisfeito com o que conquistou e se continuar tendo a ilusão, acrescenta Clint Eastwood, uma lenda com dez indicações ao Oscar, dos quais ganhou quatro estatuetas.

Todos eles depois de terem ultrapassado o limiar dos anos sessenta. Isso se chama " não deixar o velho entrar em casa."

Essas palavras atingiram o cantor country Toby Keith tão profundamente que o inspiraram a compor a música " Don"t let the old main in."
OBS. ; Não deixe o velho entrar. dedicado ao lendário ator.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (168)


o projeto de desmonte
REUNIÃO PÚBLICA HOJE NA CÂMARA DISCUTINDO UTILIZAÇÃO RECURSOS LEI PAULO GUSTAVO E CARNAVAL


Este HPA faz uso palavra aos1h28m42 e lacra a discussão sobre a inoperante atuação da administração Suéllen Rosin no campo da Cultura.

De tudo, uma só certeza, está em curso um projeto de desmonte cultural. Não existe outra justificativa. Tudo é muito claro. 

Na foto, o professor Geraldo Bergamo, com uma fala contundente contra os perversos a barrar ações populares e comunitárias em Bauru: "Quem são vocês para tomar decisões em nome das escolas e blocos? Fazem tudo à revelia do que acontece nas comunidades". A administração ficou encostada 

a luta de quem faz  contínua denúncia
SÁBADO, 27/01 TEM ESQUENTA DO TOMATE E ENTREGA CAMISETAS PRONTAS
Venha conhecer dos motivos de termos escolhido como tema em 2024 o "NO TEMPLO DAS PERDIÇÕES", arte do impagável Fernandão Dias.

Camisetas do bloco prontas (na foto Henricão da H. Tex, que a produziu): Já encomendou a sua, são R$ 60 reais, com estampa na frente e letra nas costas.

Esquenta no Bar do Genaro, a partir das 14h, sábado, dia 27/01, coração da vila Falcão e Carnaval rolando até quando aguentarmos.

Eleição democrática do Prêmio DESATENÇÃO 2024, com concorrentes pra provocar acirrada disputa.

Estaremos festando com os MUSOS 2024, um casal que apareceu o primeiro ano, chegaram do nada e hoje fazem parte desta cara festeira e de denúncia social, XANDÃO (advogado Antonio Edson Camacho Esteves, ele é a cara do ministro do STF) e sua esposa, a também advogada Paula Simone Bobri Ribas.

Mais do que nunca, se faz necessário denunciar as barbaridades ocorrendo nestes últimos anos em Bauru e assim, venha cantar conosco, letra do Maurinho Santos, algo da resistência e denúncia que o BAuru Sem Tomate é Mixto faz por estas bandas há 12 anos. Gravação em estúdio pronta pra explodir nas paradas de sucesso, nas vozes de Tatiana Karnaval Calmon,
 Maurinho e todo acompanhamento instrumental de Nascimento Adilio.

Não fique fora dessa certeira conjunção, enfim, "a gente faz festa, mas continuamos putos da vida".

HPA, pelos Tomateiros de plantão.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

CARTAS (223)

A LUTA CONTRA O FASCISMO É INCESSANTE E NÃO TEM TRÉGUA

ESTOU NESSA - SOLIDARIEDADE A BRENO ALTMAN E GENOÍNO

Após mais de 100 dias de ataques, o Estado de Israel assassinou mais de 25.000 palestinos, em sua maioria, crianças e mulheres. Feriu e mutilou mais de 50.000 pessoas. Destruiu as condições de vida na Faixa de Gaza.

O genocídio em curso despertou a indignação mundial e desmascarou o colonialismo do governo de extrema-direita de Israel.

Os representantes do sionismo no Brasil querem calar os que denunciam a brutalidade desta política. Seus principais instrumentos em nosso país, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a ONG StandWithUs, tentam conter seu próprio desgaste silenciando os que denunciam seus crimes.

As críticas ao terrorismo praticado pelo governo Netanyahu são tachadas de antissemitas para criar confusão. Os que se opõem ao sionismo não podem ser considerados antissemitas. Os judeus e o judaísmo devem ser respeitados.

No Brasil, os sionistas querem censurar a mídia, intimidar seus opositores e disseminar falsidades. Interferem nos negócios internos do país promovendo reuniões com a extrema direita e financiando viagens de autoridades públicas.

A Conib investiu contra o jornalista Breno Altman e o ex-deputado José Genoino visando intimidar os que condenam o assassinato generalizado de palestinos.

Manifestamos nossa solidariedade aos perseguidos. Somos solidários aos palestinos que resistem, há mais de um século, às investidas contra sua existência. Defendemos uma Palestina livre e soberana, respeitada pelo Estado de Israel.

Cristina Serra – Jornalista
Roberto Amaral – Cientista político
Otávio Velho – Antropólogo
Luiz Eduardo Soares – Antropólogo
Gleisi Hoffmann – Deputada federal
Manuel Domingos Neto – Historiador
Luiz Gonzaga Belluzzo – Economista
Cid Benjamim – Jornalista
Aldo Arantes – Advogado
Ivan Valente – Deputado federal
Sônia Fleury – Professora
Luís Nassif – Jornalista
Jandira Feghali – Deputada federal
Mário Simões – Jornalista
Gilberto Maringoni – Professor
Ana de Hollanda – Cantora e compositora

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

 Primeira coisa ao retornar

domingo, 21 de janeiro de 2024

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (185)


RETORNANDO

ADRIANO É UM BRASILEIRO CRUZANDO NOVA YORK POR TODOS OS LADOS E DIAS
Nem sei como a Ana o conheceu, mas isso já se vão quatro anos. Em 2020, quando começavam o falatório de que algo estranho e desconhecido ameaçava o planeta, janeiro de 2024, estávamos circulando e eu pela primeira vez em Nova York. E, te conto, nada como ter alguém de sua terra, falando sua língua a te esperar no seroporto, para os seguros encaminhamentos de praxe. E ao chegarmos, lá estava Adriano. Foi "mamão no mel", ou seja, simpático, eficiente, preciso, solicito, o cara te acalma diante da metrópole, ali pronta pra te abocanhar.

Essa história, acho que a contei quatro anos atrás e agora, janeiro de 2024, cá estávamos a precisar do trabalho prestado por ele. Pasmem, ele não mudou de telefone e continua o mesmo. Conto agora, algo mais do que faz, seu ganha pão e a forma como encontrou para ser feliz e realizar seu grande sonho, o de vir para os EUA, mais precisamente em Nova York. Adriano é paulistano do Belenzinho e hoje um cidadão do Queens, a caminho do aeroporto JFK. Na nossa despedida da cidade, nos levando ao tal aeroporto, ia explicando algo de como é viver fora do fervo, nos arrebaldes e nos mostra o lugar onde mora, dez anos, desde sua chegada.

Adriano é um qualificado prestador de serviços profissionais. Encontrou um nicho de mercado e nele atua. Dentre seus clientes, a imensa maioria brasileiros, Xuxa e sua filha. Muita gente conhecida, artistas, em presários, enfim, todos os que por aqui passam e descobrindo um brasileiro dirigindo um veículo na cidade grande, o contratam como facilitador para as idas e vindas. Seu carro é grandão, cabem malas de todos os tamanhos e quantidades. Em dez anos rodando digo, daria para escrever um livro com as histórias vividas dentro e fora de seu carro. Ele ri, mas nada conta. Sabe, a discrição é uma das chaves de seu negócio.

Ele é o cara. Eu gosto muito de contar histórias de pessoas e a dele é interessante. Ele superou a fase inicial, a de trabalhar de aluguel num local distantecdo seu, até então inóspito. Chegou, olhou, mediu, foi à luta e conseguiu já concretizar parte dos seus planos. O carro é seu e já consegue, como dias atrás, dar um breque e tudo, indo passar uns dias sózinho no calorento Hawaí. Isso faz parte da conquistada qualidade de vida, algo só alcançado após traçar planos e executá-los, ciente de que, forasteiro, teria que ralar muito. Vive bem e roda Nova York a atender brasileiros, como eu e Ana. Ele é uma espécie de porto seguro que o viajante vai se deparando por onde circule e, desta forma, faciluta sua viagem e engrandece seu passeio. Para quem por aqui vier, passo seu contato.

me inteirando antes do retorno

O QUE MEU AMIGO LAÉRCIO SIMÕES PENSA SOBRE O CARNAVAL EU ENDOSSO
O Carnaval Bauruense e a prefeita Suélen Rosim: O carnaval é a expressão máxima da cultura brasileira. Constitui, de certa forma, a alma e o espírito do povo brasileiro e, sem sombra de dúvida a maior festa popular do planeta. É o momento em que o povo está liberado para fazer: o que quiser, a onde quiser e como bem entender. É mais: tecer críticas, desabafar, gritar, sorrir, chorar…sem privações e sem, represálias. Enfim, falar o que pensa e manifestar-se livremente. Bauru já abrigou inúmeros bailes de carnavais festas a fantasias brilhantes, que com suas orquestras maravilhosas divertiam, alegravam milhares de corações bauruenses e da região. No que diz respeito ao carnaval de rua possui um dos maiores sambódromos do estado que já foi palco da manifestação da arte carnavalesca de grandes e maravilhosas escolas de samba e blocos carnavalescos. Que através das suas cabrochas , seus passistas, ritmistas despejavam alegrias e esperanças com seus enredos inteligentes, versáteis que tanto, encanta quanto alegra a população, na sua, imensa maioria, trabalhadora, em busca de um lazer acessível. Logicamente esta festa esse brilho depende de verba, mas a verba, existe, liberada pelo cofres públicos federais. infelizmente, em Bauru não é diferente, a verba já está aí esperando a vontade política da prefeita para sua destinação. Prefeita, Suellen Rosim, libere já a verba para o lazer do povo cansado, de tanto sofrimento, libere já. Chega de Blá Blá Blá: Libera a verba já!!!
Laércio Simoes- Professor de História-Presidente do Instituto de Cultura Afro brasileira de Bauru ICABB- Mestrando em Comunicação Social UNESP-Bauru.

sábado, 20 de janeiro de 2024

BAURU POR AÍ (223)

OS MEXICANOS DA PIZZARIA, VIZINHOS DO HOTEL, MOVIMENTAM A BEIRADA DA TIMES SQUARE

Eles sabem como fazer. Souberam cativar a vizi hança e os turistas à volta. São simpáticos, conversadores, trabalham pesado e encantam um cativo público. A especialidade é pizza, vendida inteira ou pedaços, estes grandes. São esquentados na hora, na vista do freguês, num forno com várias bocas. Elas são abertas e com uma especifica pá, são ali introduzidos. A espera é algo prazeroso, pois conta com a prosa de todos eles, desde o que amassa a massa ali diante dos olhares de todos até do caixa. Outro dia, meio do dia, eu sem almoço, peço uma fatia e puxo conversa. Estava na cara serem latinos. O que me atende, diz todos serem mexicanos, ele há 10 anos em Nova York. Mesmo não o sendo de sangue, são como uma família. Cada um sabe muito bem o que fazer, ninguém fica parado e assim, unidos e solidários, vingaram algo que caiu nas graças de todos. A vizinhança, os atores de teatro, dos grandes espetáculos da Broadway, são em sua maioria clientes. Nas paredes, cartazes dos espetáculos e assinatura dos atores, clientes. Eles, o pessoal da pizzaria, não vão aos musicais, primeiro por trabalharem no horário, mas os atores conhecem os sabores todos do famoso cantinho, espremido no meio de tantas casas luxuosas e hotéis. Passo em frente várias vezes ao dia e nunca a casa vazia. A massa ali feita pelas mãos dos mexicanos é saborosa. No hotel onde me encontro vejo embalagem vazia deles por tudo quanto é canto. Subo e desço, eles lá numa espécie de moto contínuo, sem parada, sorridentes e com a certeza de terem conseguido um lugar ao sol. Bem ao lado um chique restaurante italiano, o Royal, também sempre muito movimentado, outro preço. A pizzaria, de certa forma concorre com este, onde também atuam vários mexicanos, de garçons, cozinheiros à àrea de limpeza. A diferença, me conta o que conversei, é que, no amplo restaurante são todos funcionários e ali no pequeno espaço da pizzaria são todos donos do próprio negócio. A felicidade está estampada na cara deles todos. Encantador vê-los atuando. Saio na neve quando Ana desce pra fumar, só pra ficar admirando a correria do que é o dia a dia desses mexicanos, os que vieram e venceram do lado de cá, onde a maioria vive uma vida inteira como empregado de algum norte-americano.

EU ME LEMBRO DESSA HISTÓRIA E ME EMOCIONA TODA VEZ QUE A REVEJO SENDO REPOSTADA
“Meu primeiro grande salário foi quando fui do Boca ao Corinthians. A primeira coisa que fiz foi dizer ao meu representante: 'Não quero esse dinheiro, só quero que você tire minha família inteira de Fuerte Apache. Compre 15 casas fora do bairro e tirar toda a minha família de lá.'
Foi muito emocionante porque ainda por cima mandei meu pai, que é mestre de obra, comprar e pintar tudo para que ficasse bem arranjado. Aí fizemos um churrasco surpresa em casa e dei a chave a cada um, sem que soubessem de nada.", CARLOS TÉVEZ.

A TIBIRIÇÁ QUE TANTO AMAMOS JÁ NÃO É A MESMA - DE DIA É UMA COISA, A NOITE É BEM OUTRA
Distrito de Bauru sofre com saneamento básico precário, falta de policiamento e insegurança dos moradores, por André Fleury Moraes, in Jornal da Cidade.
"O funcionário de José Luiz Bessa Pereira Leite estava prestes a entrar dentro da propriedade do chefe quando, ao descer da caminhonete para abrir a porteira, foi encurralado por três homens, todos mascarados. Eles estavam escondidos numa plantação de café. Um dos ladrões apontou a arma em sua cabeça e exigiu entrar na fazenda. Tomaram o volante, amarraram o rapaz e seguiram em direção às casas – o local tem vários imóveis pois funcionava antes como uma colônia.

Entraram antes na casa do funcionário, que continuou amarrado, e na sequência tentaram prender e amordaçar um idoso. “Não faz isso”, disse o colaborador. “Ele já tem idade, não vai oferecer perigo”, continuou. O pedido acabou atendido. Os assaltantes encontraram quase nada na residência – foi quando ordenaram ao colaborador que os levasse à casa do chefe. Arrombaram a porta e fizeram a rapa. “Limparam minha casa”, lamenta. O prejuízo, estima, soma pelo menos R$ 50 mil.

“Levaram tudo o que foi possível. Tinha uma coleção de relógios, alguns deles muito caros, e sobrou nada. Bebidas fechadas, como litros de uísque, também foram embora. Não deixaram nem mesmo alguns sorvetes que estavam na geladeira”, conta José, que naquele dia estava na praia e teve de voltar na mesma hora. “Falaram que distribuiriam os picolés para a molecada da vila”, contou o proprietário ao JC a partir do relato de seu funcionário.

Os assaltantes levaram todo o conteúdo na caminhonete de José, mas o proprietário conseguiu resgatar o veículo – que foi deixado à beira da estrada.

A fazenda fica na zona rural de Tibiriçá, distrito de Bauru que fica a apenas 20 quilômetros do município e onde a insegurança entrou gradativamente para a rotina dos moradores nos últimos anos. Falta policiamento, reclamam residentes, sobretudo no período noturno. “Estou aqui há décadas e nunca vi uma situação chegar a esse ponto”, lamenta José.

A situação chegou a tal ponto que um grupo de produtores rurais criou um grupo no WhatsApp para noticiar qualquer movimentação estranha nas estradas. “Esses dias mesmo tinha um pessoal no mato, perto da minha propriedade, quando recebi o alerta. Desci de moto até o local e o pessoal saiu correndo”, conta o produtor Márcio Limão, um dos responsáveis pela elaboração dessa comunidade.

O aposentado Natal Bernardino de Oliveira mora em Tibiriçá desde 1972. “É quase uma vida”, brinca. Quando chegou nem asfalto havia no distrito praticamente. Segundo Natal, a situação de Tibiriçá melhorou muito desde então. Mas hoje falta o principal – que, para ele, é segurança e policiamento.

O distrito tem poucas ruas e uma praça central, a da Capela Nossa Senhora Aparecida, o maior ponto de referência para quem chega ao local pela primeira vez. Durante o dia o cenário é bucólico, com velhos amigos sentados e conversando, mas à noite é bem diferente. “É muito escuro, tem bastante gente usando droga. A gente fica receoso”, conta.

Há informações de que a Prefeitura de Bauru planeja desapropriar uma casa em Tibiriçá para servir de moradia a um policial, que seria destacado para servir no distrito. Para Limão, no entanto, isso não resolve o problema. “As pessoas estão com medo. Se um policial morar aqui, também vai ficar à mercê disso. O ideal seria uma viatura com dois agentes, que vêm aqui só para trabalhar”, defende.

Há outras demandas também. Tibiriçá hoje não tem farmácia e nem mesmo uma agência bancária. “Se alguém quer comprar remédio não consegue. E nem sacar dinheiro, acessar a conta”, critica o professor universitário aposentado Luiz Teixeira, que possui propriedade rural no distrito. “E faz sentido, se você não tem segurança como vai colocar um caixa eletrônico?”, prossegue. A Capela, de quebra, também não abre todos os dias – quem quiser, que reze em casa.

“O certo era um esforço do poder público para valorizar os potenciais do distrito, especialmente no turismo. E em vários setores, desde o turismo gastronômico até o esportivo, ambiental”, defende o produtor Márcio Limão. “Outro problema é a questão da energia, que, quando cai, cai praticamente na cidade inteira. Como você investe num distrito assim?”, observa.

Tibiriçá hoje possui rede de distribuição de água e coleta de esgoto. Mas nos bairros novos, construídos nas últimas décadas, o setor não existe. Aline Ferreira dos Santos mora numa dessas ruas – a Joaquim Ferraz da Silveira – há sete anos e tem de conviver com fossas, que exalam odor de esgoto diuturnamente.

“E não foi por falta de correr atrás. Já fizemos reuniões na prefeitura, já tentamos fazer uma fossa comunitária, mas nada vingou. E a cada quatro anos os candidatos aparecem aqui...”, ironiza.

Aline já enfrentou problemas com as fossas. Uma delas vazou e levou o esgoto para dentro de sua casa. No mais, quando os espaços enchem – o que ocorre a cada quatro meses em média –, a moradora precisa desembolsar pelo menos R$ 250 para pagar um caminhão que esvazie o local. Michele Zerlini tem uma casa nessa mesma rua há dois anos e a situação não é diferente. “Saneamento básico é o mínimo que deveríamos ter”, aponta.

A situação é ainda pior para a moradora Maria Helena Vieira, que reside num imóvel da Joaquim Ferraz há 20 anos. Para além do problema envolvendo a rede de esgoto, ela precisa cuidar de sua mãe, que está acamada, e enfrenta dificuldades para tirá-la de casa quando tem de sair. O motivo está no pavimento: a rua é completamente esburacada.

“Quando preciso sair, por exemplo, chamo um vizinho para me ajudar a levar minha mãe até o carro. O problema é andar com uma idosa no colo com a rua nesse estado”, lamenta.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

ALFINETADA (236)


SEXTA E DOIS PERDIDOS NA GRANDE BIG APPLE

Que perdidos que nada. Nevava na cidade e assim sendo, fomos visitar alguns dos sebos e livrarias mais famosos de Nova York;

01.) SEXTA DIA DAS LIVRARIAS, COMEÇAMOS PELO SEBO NOVAIORQUINO MAIS ANTIGO, O STRAND
O Strand é uma espécie de paraíso dos livros. Tem desde novos, como os usados, mais ou menos misturados e tudo em três andares, cheios de convidativas sugestões de pequenas lembranças do lugar. O cheiro de livro, o piso não requintado e os funcionários, alguns com décadas no lugar são chamariscos. No lugar me lembrei do Almir Ribeiro, nos seus tempos de Jalovi, quando nos indicava livros dos mais interessantes e era também fonte para bate papos inesquecíveis. Olhei para a fisionomia de alguns dos vendedores aqui da Strand e achei a maioria deles com o jeitão do saudoso Almir. É de mais e mais espaços com este que precisamos. Temos os sebos de Bauru, a Jalovi persiste, mas esse clima de perdição é algo ainda a ser buscado.

2.) A SEGUNDA LIVRARIA DO DIA, RIZZOLI BOOKSTORE NO CORAÇÃO DA BROADWAY
Não existe melhor maneira de fugir da neve e do frio. Vasculhar livros vai muito além de mero passatempo. Isso é a certeza de termos problemas pela frente com excesso de peso em nossas malas. Este aqui é mais requintado e praticamente só livros novos, muitos deles pomposos e diferenciados. Um lugar para os mais abastados, gostoso de circular e ver. Paras mim, este aqui é mais um lugar para se passear, pois mesmo com alguns preços tabelados, sinto o ar mais rarefeito no quesito degustação livresca. Ótimo para tirar fotos, mas para ficar horas em seus corredores, prefiro outros.

3.) UM SEBO PERTINHO DO HOTEL, O BOOK-OFF, AO LADO DA TIMES SQUARE, TERCEIRO DO DIA
Grande, tudo aparentando estar organizado, mas difícil encontrar algo sem um tanto de garimpagem. Foi o que mais encontrei CDs de cantores brasileiros. Muita coisa por 1 dólar. Desses lugares para se entrar, não só para fugir do frio, mas para ficar horas fuçando. Em lugares assim, sempre são encontradas preciosidades. Saio de lá com 5 CDs. Eu e Ana perguntamos por algo em específico e a resposta foi que, a particularidade do lugar é a pessoa garimpar e achar o que quer, pois não existe meio de localização de nada. Existe indicação de temas e autores, com algo no lugar e o restante espalhado. Um lugar para ir se distrair sem pensar em rapidez.

4.) SÁBADO, ÇOMEÇAMOS O DIA NA BARNES & NOBLE, A DESPEDIDA DAS LIVRARIAS
Essa foi a apresentada a mim por Ana, quatro anos atrás e agora retornando. Me impressionou - e continua me impressionando - o espaço do café, num dos seus andares, quando muitos ali sentam, até sem consumir nada e ali permanecem, descansando e mais para fugir do frio. Algundo lendo, outros nem isso, mas dormindo mesmo, com o corpo quentinho, num lugar acolhedor, que pelo que sei, permite essa "licensiosidade". O lugar é amplo demais, maior do que a Livraria Cultura, a que tivemos no coração da avenida Paulista, em Sampa. Tem de tudo e, para pessoas como este HPA, uma espécie de paraíso terrestre. Lá dentro, uma aneorme banca de revistas, com tudo o que sai, em todos os generos dentro do país. Um ancanto. Passaria horas ali, mas existiam outros lugares a serem visitados e a conhecer.
  
pra não dizer que nada publico de Bauru
TOBIAS É EDUCADO. EU JÁ PERDIA A PACIÊNCIA COM ESSA INCOMPETÊNCIA DE SUÉLLEN E SUA INOPERANTE EQUIPE
"Faltam poucos dias para o início do Carnaval de rua de Bauru. Nos dias 10 e 12 de fevereiro, as escolas de samba e blocos de Bauru vão desfilar na Avenida Jorge Zaiden, no Jardim Contorno, local escolhido para substituir temporariamente o sambódromo – interditado por risco de colapso. E, nesta terça-feira (16), a Secretaria de Cultura visitou a via que vai receber os carros alegóricos e informou, também, que recuou do plano da construção de arquibancadas. A construção da estrutura para os foliões assistirem ao desfile com mais conforto foi anunciada em dezembro de 2023. No entanto, devido ao transtorno provocado, os moradores do Jardim Contorno solicitaram que as arquibancadas não fossem construídas. Seriam de 10 a 15 dias de avenida fechada para a montagem. O evento contará com gradis, área de acessibilidade e uma novidade: uma praça de alimentação. De acordo com Paulo Campos, titular da Secretaria de Cultura, o proprietário do terreno emprestou o local para a prefeitura. A área de concentração das escolas e blocos será na rotatória e a dispersão será nas proximidades da avenida Nações Unidas. Para este ano, a Passarela do Samba foi aumentada, de 200 para 300 metros e a expectativa é de um público maior do que as oito mil pessoas que estiveram no ano passado", matéria da 96FM.

Como o carnavalesco Tobias Terceiro, da Estação Primeiro de Agosto encara tudo o que envolve a festa carnavalesca em Bauru: "Precisamos de uma gestão que entenda que Cultura - e Arte!, que não são sinônimos - é ferramenta de Educação, Saúde, Bem-Estar Social e um importante ativo econômico, para ser sucinto. Precisamos de políticas públicas para nossas macromanifestações culturais - e, sim, o Carnaval é uma delas também! Precisamos de departamentalização para se pensar, planejar, articular e operacionalizar a gestão cultural de Bauru de forma profissional, em consonância com a modernidade dos recursos que dispomos e tendo os representantes advindos de cada segmento como parceiros na construção disto".

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (140)


VOU COM A PARAGUAIA E A MEXICANA
Relembro história ocorrida dias atrás em Nova York. Estávamos num centro de alimentação. Ana escolheu um lugar interessante, onde saboreavamos um crepe, ao estilo francês. Gostoso, diria porém, pequeno e no restaurante defronte, sem divisões fiquei a observar a movimentação. Era intensa, diria, caliente. Acabei meu crepezinho, não resisti e enquanto Ana terminava sua taça de vinho, fui ter com a atendente da casa ao lado, mexicana. Me encantei com os pratos, fumegantes. Vi pela expressão ela ser latina. Travamos conversa sobre preferências culinárias, ela me diz ser paraguaia. Não resisto e provo um "taco", escolhido por ela, dentre seus preferidos. Volto até Ana comendo, ela não quer provar. Na verdade, come muito menos que eu. Devoro o picante "taco". Quando nos levantamos, eu e Ana vamos até a paraguaia, digo ter adorado e a moça do caixa se aproxima, essa mexicana, se inteirando do que estava acontecendo. Simpático com as duas, digo ter saboreado algo das duas casas, mas minha preferência recai sobre o acepipe mexicano. As duas, como que combinadas, respondem ao mesmo tempo, provocando nossa risada coletiva" Eu também". 
Não comi mal, mas a comida quando acercada da receptividade, do calor humano, fica mais saborosa. Foi o que aconteceu. Nossa despedida entre latinos foi calorosa, como velhos amigos se reencontrando. Latinos são, quando quetem, muito calientes.

AS PATISSERIE AMERICANAS E A PADARIA DE AREALVA
Em New Orleans estávamos com a bauruense Giovana e por duas vezes fomos saborear guloseimas em duas patisseries, ao estilo francês. Muitos pães adocicados e salgados variados. Cai de boca. Numa delas, a mais requintada, preços idem, Ana conversa ao telefone com Lucas Melara, este no Brasil, alguns dias ao lado da mãe. Ambos ouvem Ana Bia louvando os doces com nomes franceses, que não decoro de jeito nenhum. Ela lá na louvação, entro na conversa e digo: "Lá em Arealva tem igual, com denominação brasileira e preço bem mais barato". Ela me fez uma cara de reprovação, do outro lado da linha, Lucas gargalha. Ela me passa o telefone, falo com ele. "Tô aqui gargalhando, eu e minha mãe, com isso de numa padaria de Arealva ter algo como os que comem aí, croque monsieur". Rimos e lhe digo: "E por que não?". Um pão de forma na chapa, muito do bem feito, pode muito bem ser feito em qualquer das nossas padarias.

Escolhi Arealva por acaso e, dependendo de como você pede, creio, fazem até melhor. Dá pra fazer uma discussão acadêmica a respeito, mas no momento, em plena viagem - e longe de Arealva -, continuo a degustar os croque monsier e pagando o que me pedem. Posso até tentar ver se sai algo assim quando por lá voltar. Conheço padarias, muitas delas ao redor de Bauru e uma de Arealva, sei tem pães divinais. O escrito acontece em tom de brincadeira, mas o que levo a sério é isso de pagar caro por um algo aqui fora e quando no Brasil reclamamos do preço de um feito com mais adereços. Lembrei disto na viagem de trem entre Washington e New York, num momento quando a fome bate e, pelo menos, mais uma hora de viagem pela frente.

PROCURANDO NO WEST VILLAGE, A MORADA DE GEORGE STONEY, ANTIGO POUSO DE ANA BIA EM NOVA YORK

O documentarista norte-americano George Stoney, veio ao Brasil pela primeira vez para ministrar curso na PUC Rio e ali, por coincidência do destino, acabou conhecendo a então aluna de Design Ana Bia. Ela de posse de uma câmera cedida por ele, o encaminhou para as favelas cariocas, nascendo daí um intenso relacionamento profissional. Ele, mestre em Vídeo Documentário na NYU - Nova York Universit, acabou por abrigar a então aluna várias vezes em seu pequeno apartamento no bairro novaiorquino de West Village. Entre idas e vindas, ele acabou voltando ao Brasil e ali produziu vários documentários, inclusive um épico com índios amazônicos. Sempre acompanhado pela parceria iniciada lá atrás e desde então, tendo prosseguimento. Isso foi já há algum tempo atrás e hoje, janeiro de 2024, mais de uma década de seu falecimento, Ana me leva ao bairro e tenta se lembrar do lugar onde ele residia.

O bairro é boêmio, abrigando muitos estadudantes da famosa universidade particular e também uma nata de resistentes personagens, até hoje levando uma vida na contramão do modelo dito americano de vida. Circulamos por várias ruas, após nossa chegada hoje do almoço de Washington e isso nos tomou a tarde toda. A rua Waverly é tortuosa e toma rumos esquisitos, sem sequência lógica e só mesmo perguntando para moradores do lugar. Perambular por aquelas ruas, para um interiorano como este HPA é algo como estar em pleno delírio. Vou e quero ir registrando tudo. Ana segue me contando as histórias e só mesmo, perguntando aqui e ali para conseguir se lembrar de algo já distante na mente, mais de 40 anos atrás.

Chegamos lá, fotografamos o local, o número 214, um prédio onde George morava no 5º andar, sem elevador e com calefação ruim. O professor era a dedicação em pessoa para o que fazia, mas nãoestava nem aí para tudo o mais. Quando vinha ao Brasil, vinha com uma mera sacolinha de roupas, as mesmas vistas com ele quando das visitas de Ana aos EUA. Seus filmes, reconhecido por inúmeros cineastas, de Spike Lee a Oliver Stone, ambos alunos dele, assim como Paulo Betti no Brasil. Vivencio isso hoje, circulando com um frio, quase nevando, perambulando e conhecendo também algo do bairro. Revejo numa das ruas, pouco abaixo da Washington Square Park, um loja de LPs e fitas cassetes, talvez a última ainda resistindo em Manhathan.

O lugar é inebriante. Adentramos uma loja da NYU, mas nada encontramos de referência ao antigo mestre. Voltamos para as ruas e só saímos dali quando a noite começa a cair. Na memória desde escriba, cada cantinho fotografado ficará registrado como algo mais de um dos lugares mais interessantes dentro dessa imensa cidade. TAlvez não conseguisse circular sózinho por estes descaminhos, não fosse a ajuda de Ana e a cada dia, eu tendo lá em casa uma caixa com mais de 50 fitas de vídeo deste cineasta, possa um dia começar a passar tudo para uma mídia a resistir a passagem do tempo. Depois deste passeio, me interesso cada vez mais em fazer algo perlo acervo ainda mantido no meu mafuá. Hoje, ao conseguirmos encontrar a casa dele, revivo algo do interesse de Ana por essa história e este rico personagem da vida norte-americana. Não fizemos mais nada no dia de hoje, pois além de nos tomar todo o tempo, as conversas que vieram depois, nos levaram até o final do dia, quando exaustos caímos na cama e, confesso, sonhei com essa bela história.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

DICAS (240)


O QUE FAZER EM WASHINGTON EM UM DIA
WASHINGTON, NEVE, CASA BRANCA, MEMORIAIS LUTHER KING E LINCOLN - CIRCULANDO PELAS RUAS
Sim, passamos defronte a Casa Branca e tiramos fotos, mas o lugar mais importante a ser visitado na fria manhã foi outro, o memorial para o líder negro Luther King.

O PRIMEIRO MUSEU DA TARDE, NATURAL OF HISTORY E A EXPOSIÇÃO "LATINO HISTORY OF THE UNITED STATES"

Fomos conferir da participação dos latinos na história deste país. Os hispânicos estão por todos os lados e ver de perto as condições de como se deu a implementação dessa chegada até a situação atual é doloroso.

O CAPITÓLIO E O SEGUNDO MUSEU DO DIA, NATIONAL AMERICAN INDIAN
Estar nos EUA e diante de tantas opções de museus, não vir conhecer um bocadinho da história do massacre indígena ocorrido é algo pelo qual não poderia passar batido.

TOUR NOTURNO DA "URBAN ADVENTURE GLOBAL" PELOS PONTOS TURÍSTICOS DE WASHINGTON EUA
Ana Bia contratou o serviço. Piter chegou com seu diferenciado veículo, próprio para atender 6 pessoas de cada vez. E assim foi feito, ele narrando a história da cidade e de seus políticos, ponto por ponto, não se esquecendo de nenhum dos figurões da nação. Foi uma viagem e tanto, quase duas horas, vendo a cidade iluminada e em cada parada mais e mais fotos. Gravo algo da fala do condutor para deixar registrado sua narrativa. Uma boa pedida para conhecer um pouco mais deste país. Por fim, foi tão amável e nos deixou na porta do hotel. Boa recordação.

QUINTA, RETORNO, DAS 8H ÀS 12H30 TREM DE WASHINGTON PARA NOVA YORK
Casal dormindo dentro de um vagão lotado. Vez ou outra, os olhos se abrem e observamoa o que se passa lá fora. É difícil demais permanecer de olhos abertos com o chacoalhinho e balanço do trem. Devidamente embalados.

e algo da necessária resistência bauruense
BLOCO FARSESCO, BURLESCO E ALGUMAS VEZES CARNAVALESCO NAS PARADAS DE SUCESSO
O TOMATE COMEÇA A VENDA DAS CAMISETAS PARA CARNAVAL 2024
São históricas.
Na frente o traço do Fernandão Dias com " NO TEMPLO DAS PERDIÇÕES" e no costado a letra da música sobre tudo isso a envergonhar a cidade.
Um lê nas costas do outro e assim desceremos o Calçadão no sábado de Carnaval, 12h.
Temos que pagar gravação da música - deve sair entre hoje e amanhã -, os músicos na descida do Calçadão e o som, alugado para o dia. Daí, cada uma este ano sairá por R$ 60 reais (não deu pra fazer por menos)
Reservem comigo, com Tatiana Karnaval Calmon , Helena Aquino, Valquiria Correa ou avisem por aqui. As primeiras ficam prontas neste domingo. E teremos um Esquenta no Bar do Genaro, ainda este mês. Fique atento (a)
Em tempo: as cores utilizadas este ano são evidente referência na defesa da causa palestina.
HPA, pelos tomateiros de plantão.