PERCORREMOS BOA PARTE DA AMÉRICA LATINA CONVERSANDO COM UBERISTAS
Sim, a imensa maioria dos que trabalam como motoristas de Uber nos EUA sãode procedência latina. E poucas mulheres na função. Não pegamos táxi, somente Uber nos transportes. Um deles do Nepal e todos os demais, ou latinos ou norte-americanos. Os latinos ganham disparado. Fotam conversas e tanto. Poucos os carrancudos ou calados, quando nos apresentamos como brasileiros. Pouco adentramos no território político, no mais galamos de tudo um pouco. O tema principal foi o país de origem e algo da relação com o nosso. Tento me lembrar e alguns deles foram marcantes. Teve cubano, haitiano, dominicano, mexicano, hondurenho e salvadorenho. O que não tivemos foi nenhum proveniente da América do Sul. A América Central é o foco, assim como para as camareiras nos hotéis. Teve uma que, demorou pra se dizer hondurenha, mesmo tendo aberto um baita sorriso quando lhe disse da admiração pelo ex-presidente Zelaya e pela atual, sua esposa. O receio é justificável, ela está clandestina no país. Todos adoram falar de futebol e citam nomes de craques. Citam de Ronaldo a Neymar, mas poucos se recordam de Pelé. O dominicano, religioso, evangélico, nos disse dos pastores brasileiros atuando por aqui. Foram boas conversações e todos, já com seus devidos vistos, filhos aqui nascidos e tocando suas vidas em condições melhores das que, se estivessem em seus países. Nenhum com menos de dez anos de EUA, alguns com mais de trinta anos. Viajamos com todos eles de duas belas formas. Na primeira nos deixaram em nossos destinos e depois, pela forma mais do que simpática como fomos recebidos ao se dizer brasileiros. Por certo, estão atuando em profissões vistas como subalternas por aqui, porém prioritárias. Não questionamos nenhum sobre a procedência dos belos carrões - só um num veículo mais desgastado -, mas todos com câmbio automático. Um deles me disse, o veículo com câmbio de marcha está ultrapassado e sua utilização se torna mais cara. Muitos já com veículos movidos à eletricidade. De todos a conversa mais lo ga foi com o dominicano, um senhor feliz por ver o filho, jogando soccer por uma universidade e, desta forma, fazendo jus a uma bolsa integral, algo que, segundo ele, não seria possível em seu orçamento.
O BAR DA ESQUINA
Em cada lugar, nova parada e estadia, uma pequena mercenaria na esquina nos abastece. Em Buenos Aires é um encanto, pois existe um "chino" em cada esquina. Aqui nos EUA eles existem, mas algo é um tanto mais complicado, diria burrocrático. Em New Orleans, por sorte, um japa logo na esquina e hablando algo parecido com portunhol. Nos entendemos. Ana quase abriu um crédito, algo como aquela antiga caderneta onde se anotava as compras e o pagamento ocorria no dia do recebimento dos vencimentos. O fato é estarmos somente quatro dias por aqui. O japa, meio fechadão, nos vê e já abre um sorriso. Será pelo motivo de entrarmos e sairmos várias vezes ao dia lá no seu cafofo? Hoje, na despedida, uns aperitivos e petiscos pra viagem e eu, olhando para as prateleiras já com certa saudade. É muito bom ter algo assim por perto. Por aqui, no pacote feito, nenhum hotel com café da manhã, mas todos com frigobar vazio e um microondas. Trazemos de tudo para o quarto. Farofeiros de mão cheia, totalmente desavergonhados. Daí, nada como ter um "japa" ao alcance das mãos. E, principalmente dos bolsos. Nestes lugares, tudo mais em conta que nos lugares da moda e points movimentados. Estes pequenos mercadinhos, mercearias à moda antiga são acolhedores. Tanto que, na hora das despedidas, vamos lá dar um abraço no comerciante da esquina.
EM BAURU A PREFEITURA DEIXA TUDO PRA ÚLTIMA HORA E AGORA, 30 DIAS DO CARNAVAL, PARA INVIABILIZAR A FESTA, DESCOBREM "IRREGULARIDADES" Fazem de tudo e mais um pouco para melar a maior festa popular brasileira. Do site Contraponto: *2 escolas e 5 blocos têm 5 dias para regularizar documentos e ter verba para Carnaval* https://contraponto.digital/.../mocidade-primeiro-agosto...
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
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