FEBRE DAS FIGURINHAS
Faltam pouco menos de sessenta dias para começar a Copa Do Mundo da África do Sul e muito dela já está a circular pelas ruas. A febre já começou a irradiar pelos comerciais de TV, vitrines de lojas em verde-amarelo e entre outras coisas, algo que a cada ano se renova, um álbum de figurinhas da Panini, vendido em bancas de revistas e que nesta época acaba por se transformar numa verdadeira febre, a inebriar e contagiar gente da mais tenra idade aos mais velhinhos.
Isso mesmo, esse negócio de figurinhas da Copa não é coisa somente para jovens e isso constatei na banca de revistas Duque, aqui em Bauru, quando no sábado passado, seu proprietário Cláudio, teve que montar algumas mesas e cadeiras na calçada para abrigar a quantidade de colecionadores, que com listas à mão aumentaram o movimento do local em mais de 500% (tudo isso!?!). É uma loucura e o que menos se vê por lá são as tais crianças. De um simpático nipônico, seu Teru, com uma quantidade imensa de figurinhas repetidas nas mãos e algumas listas com as faltantes ouço: "Isso não é para meu neto é para mim. Coleciono figurinhas da Copa desde a de 1950, tenho todos os álbuns e isso me contagia nesse período". Deu para perceber que seu Teru já passou da casa dos setenta e faz um certo tempo.
Outro por lá é o Lopes, um senhor de barba, dono de uma pequena empresa e magoado com algo ouvido momentos atrás por ali. "Um rapaz passou por aqui e vendo esse movimento todo disse em alto e bom som que ele estava indo trabalhar, pois alguém teria que fazê-lo. Todos aqui trabalham, mas não deixamos de lado, em alguns momentos, esse negócio de juntar e trocar figurinhas. Quanta gente nova não conheci só nesta manhã de sábado", me diz. E é isso mesmo, pois o entra e sai é de endoidecer gente sã.
Na banca do Cláudio, numa manhã de sábado normal ele atende sózinho à sua clientela, mas nesses dias em que os álbuns estão a movimentar esses lugares, foi obrigado a reunir toda a família, o filho de 16 anos, a namorada e alguns amigos do filho. Todos ali, para ajudar na venda dos pacotes, na orientação das trocas e principalmente para impedir que furtos ocorram. "Outro dia, um senhor de idade me disse que algumas figurinhas prateadas, das especiais lhe foram surrupiadas da mão por um apressado moleque, que depois saiu correndo. Depois disso reforçei o meu pessoal para não deixar ninguém sair daqui insatisfeito", conta Cláudio.
Todos já estão familiarizados com o nome da maioria dos jogadores e ouvi de muitos que os da nossa seleção devem ainda sofrer algumas alterações. "Faltam os moleques do Santos, que não podem faltar do escrete", me diz um atento colecionador. Cláudio está com o sorriso de orelha a orelha de tanto movimento. Na avenida Duque de Caxias, uma das mais movimentadas da cidade, toda Copa Cláudio age da mesma forma e providencia um espaço vip, na calçada para abrigar todos. Antes de ir embora, revejo um amigo, dono de uma empresa de tapetes com listas na mão e comprando mais pacotes. Após os cumprimentos pergunto se está comprando para o filho e sem nenhum constrangimento me diz: "Que filho que nada, essas são para mim mesmo e já estou preenchendo o terceiro álbum". E aí, é febre ou não? "E a eleição presidencial", me pergunta um senhor com a mão lotada de cromos. "Essa começa depois do final da Copa, já no dia seguinte", ele mesmo me responde. Terminando essa febre, começa então essa outra.
Faltam pouco menos de sessenta dias para começar a Copa Do Mundo da África do Sul e muito dela já está a circular pelas ruas. A febre já começou a irradiar pelos comerciais de TV, vitrines de lojas em verde-amarelo e entre outras coisas, algo que a cada ano se renova, um álbum de figurinhas da Panini, vendido em bancas de revistas e que nesta época acaba por se transformar numa verdadeira febre, a inebriar e contagiar gente da mais tenra idade aos mais velhinhos.
Isso mesmo, esse negócio de figurinhas da Copa não é coisa somente para jovens e isso constatei na banca de revistas Duque, aqui em Bauru, quando no sábado passado, seu proprietário Cláudio, teve que montar algumas mesas e cadeiras na calçada para abrigar a quantidade de colecionadores, que com listas à mão aumentaram o movimento do local em mais de 500% (tudo isso!?!). É uma loucura e o que menos se vê por lá são as tais crianças. De um simpático nipônico, seu Teru, com uma quantidade imensa de figurinhas repetidas nas mãos e algumas listas com as faltantes ouço: "Isso não é para meu neto é para mim. Coleciono figurinhas da Copa desde a de 1950, tenho todos os álbuns e isso me contagia nesse período". Deu para perceber que seu Teru já passou da casa dos setenta e faz um certo tempo.
Outro por lá é o Lopes, um senhor de barba, dono de uma pequena empresa e magoado com algo ouvido momentos atrás por ali. "Um rapaz passou por aqui e vendo esse movimento todo disse em alto e bom som que ele estava indo trabalhar, pois alguém teria que fazê-lo. Todos aqui trabalham, mas não deixamos de lado, em alguns momentos, esse negócio de juntar e trocar figurinhas. Quanta gente nova não conheci só nesta manhã de sábado", me diz. E é isso mesmo, pois o entra e sai é de endoidecer gente sã.
Na banca do Cláudio, numa manhã de sábado normal ele atende sózinho à sua clientela, mas nesses dias em que os álbuns estão a movimentar esses lugares, foi obrigado a reunir toda a família, o filho de 16 anos, a namorada e alguns amigos do filho. Todos ali, para ajudar na venda dos pacotes, na orientação das trocas e principalmente para impedir que furtos ocorram. "Outro dia, um senhor de idade me disse que algumas figurinhas prateadas, das especiais lhe foram surrupiadas da mão por um apressado moleque, que depois saiu correndo. Depois disso reforçei o meu pessoal para não deixar ninguém sair daqui insatisfeito", conta Cláudio.
Todos já estão familiarizados com o nome da maioria dos jogadores e ouvi de muitos que os da nossa seleção devem ainda sofrer algumas alterações. "Faltam os moleques do Santos, que não podem faltar do escrete", me diz um atento colecionador. Cláudio está com o sorriso de orelha a orelha de tanto movimento. Na avenida Duque de Caxias, uma das mais movimentadas da cidade, toda Copa Cláudio age da mesma forma e providencia um espaço vip, na calçada para abrigar todos. Antes de ir embora, revejo um amigo, dono de uma empresa de tapetes com listas na mão e comprando mais pacotes. Após os cumprimentos pergunto se está comprando para o filho e sem nenhum constrangimento me diz: "Que filho que nada, essas são para mim mesmo e já estou preenchendo o terceiro álbum". E aí, é febre ou não? "E a eleição presidencial", me pergunta um senhor com a mão lotada de cromos. "Essa começa depois do final da Copa, já no dia seguinte", ele mesmo me responde. Terminando essa febre, começa então essa outra.
Um comentário:
Henrique
Você cita o nome do meu pai, o Cláudio da banca Duque, que nem está na foto. Esqueceu de mim,
Fala meu nome aí, pô
GUSTAVO DA SILVA VIEIRA
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