"CURTURA DE PRIMERO NIVER", TUDO REPASSADO PARA AS CRIANÇAS
Falar em Cultura hoje em Bauru tornou-se algo perigoso, pois já ouço que quem ousa criticar é "despeitado", ou coisas do tipo. Deprimente, se não fosse trágica a situação. Tudo deu uma acalmada, pois os recados vindos da Administração Municipal dão conta de que mudanças não ocorrerão no primeiro escalão da Cultura municipal, mesmo com as aberrações na forma de conduzir algo tão cheio de meandros. E se não ocorrerá alteração, cessaram as críticas, que tornavam-se algo como "pregar no deserto" e junto delas, nota-se claramente que parou tudo, 
está tudo infinitamente pior que dantes, como se não mais existisse uma Secretaria Municipal a cuidar desses assuntos. Tristeza de dar dó. Por favor, não me peçam para ter calma. Perco o mínimo a cada retorno à Secretaria Municipal de Cultura.Constatei isso ao visitar a X Feira do Livro Infantil de Bauru, uma data redonda, que poderia gerar bons debates e uma produção interessante em torno do acontecimento. Passeando pelo local, constatei algo desolador. Tudo foi feito de forma muito amadora e insipiente. Nada contra a ação dos funcionários, esses sempre abnegados e dando o melhor de si. Ainda existe uma legião de funcionários a carregar tudo nas
costas, mesmo diante do clima instalado de fim de feira e autoritarismo explícito. Críticas vieram de todos os lados, de expositores, de participantes, de funcionários e do público. Quem veio utilizar as instalações do teatro, encontrou tudo meio que às moscas e nada sendo cumprido dentro de um horário pré-estabelecido. Uma casa da mãe-joana. O exemplo começa no próprio folder do evento, cheio de erros crassos de português, inadmissíveis num evento cultural, envolvendo crianças e livros, portanto com ligação umbilical à educação. Leiam o verso do folheto (foto ao lado) e constatem, como se estivessem praticando um joguinho de Sete Erros. Encontre você também os erros, expostos e em alguns casos, corrigidos à mão. A arte do cartaz é boa, o desenho da imagem é bonito, mas faltou criatividade e saber o principal, um pouquinho de nossa língua. Ouvi histórias de arrepiar, mas como nada mesmo irá mudar, deixemos como está, para ver como é que fica. Ficará cada vez pior, não tenham a menor dúvida.
9 comentários:
Henrique
Você é o único que ainda tem coragem para ficar falando disso em BAuru.
Muita gente fala, mas na hora de colocar o nome, pulam foram.
A classe artística bauruense é das mais desunidas, infelizmente.
Aqui na Secretaria de Cultura a coisa está de mal a pior e sabemos que continuará assim, pois como disse, o prefeito não vai tirar o atual secretário, em algo que ninguém entende, pois é sabido por todos de sua inqualificação, mas algo o segura no cargo.
Você trabalhou aqui e sabe como são as coisas. Existem muitos que querem trabalhar e tem iniciativa própria. Hoje, nem isso pode mais, pois toda e qualquer iniciativa de trabalho tem que ser submetida ao crivo do mandatário, sob risco de ser colocado na geladeira. Começar algo novo, buscar uma parceria nova, uma atividade que comece sem passar pelo crivo do cara é motivo de retaliação. E assim sendo, tudo parado. Ninguém mais quer fazer nada além do que já sabe.
Você falou aqui da feira do Livro Infantil e tocou em alguns assuntos que são todos verdade. A Feira já foi muito melhor e hoje sobrevive mal e porcamente, temos que admitir. Decaiu a qualidade e o entusiasmo dos funcionários em atuarem em algo que não recebem nenhum tipo de apoio. Quando falou dos problemas dentro do teatro, com as equipes de montagem, os bastidores, não sei se está se referindo ao que aconteceu com o espetáculo da Mariza Basso. É esse? A coisa foi feia. Sabe o que aconteceu?
F.
Meu caro Padrinho, que coisa mais deprimente! Folder de Feira de Livro com erros de português para mim é algo que beira a improbidade administrativa. Não é possível um evento que se presta a despertar o gosto pela leitura em crianças começar ensinando a escrever errado. Para completar a "piada" só falta dizer que um dos livros em exposição é do "Seo Creysson"...
Abraço,
Guto
EXPOSITORES
BRINQUEDOS
FALTA TOTAL DE ACENTUAÇÃO - CONTEI TRÊS
Será que irá aparecer o pai da criança, o redator da Secretaria Municipal de Cultura?
Gabriel
como designer gráfica e professora agradeço a você henrique por ter me fornecido tal material para apresentar a meus alunos o que não se deve fazer e como não se deve trabalhar. em termos gráficos, lamento a festa tipográfica desnecessária e incorreta que ambas as peças apresentam e quanto ao absoluto descaso com a língua portuguesa nem preciso comentar.... ana bia
Nossaaaaaa !!!!!!
Fiquei indignada com tudo isso ..... erros infantis ..... até as crianças irão percebê-los....
Não existe ninguém que leia ou faça correções nessa secretaria ?????
E o Prefeito ????? viu isso ?????
Concordou com isso .....
Não consigo compreender essa aberração ..... isso é impossível de ser compreendido !!!!!!!!!
Acorda Bauru!!!!!!!!!!!!!!
Enquanto é tempo !!!!!!!!!!
Helena Aquino
Isso me faz lembrar de um impresso da Secretaria Estadual de Educação, acho que desse governo, o do Serra ou do anterior, do Alkcmin, onde tudo estava recheado de erros. Tudo acabou sendo refeito, mas deve sempre existir a preocupação de só soltar esses impressos ao público, sem erros, principalmente quando os mesmos são ligados à eventos literários. Pega mal, um descuido desses denota que pode estar ocorrendo um descuido maior, pois se não ocorre sensibilidade num detalhe como esse, o que pode estar ocorrendo no mais. Uma chamadinha de atenção pública ao dirigiente maior, que é onde deve recair o erro, não fará mal a ninguém, só bem.
Maria Cristina
Meu caro F., anônimo lá de cima:
Li sua pergunta feita a mim, se sei o que aconteceu com a Mariza Basso e seu grupo. Te respondo: Não sei ao certo, mas ouvi algo e nada se difere do que tem se repetido ao longo desse tempo onde a Cultura está fora de rumo, de prumo e de chão. Se sabes mais, conte aqui para nós, mas por favor, diga seu nome ou pelo menos explicite os motivos de não fazê-lo. Talvez com mais detalhes, mais uma história real dos tempos atuais, sirva para abrir os olhos de quem mantém tal procedimentos em atuação.
Henrique - direto do mafuá
Meu caro F., anônimo lá de cima:
Li sua pergunta feita a mim, se sei o que aconteceu com a Mariza Basso e seu grupo. Te respondo: Não sei ao certo, mas ouvi algo e nada se difere do que tem se repetido ao longo desse tempo onde a Cultura está fora de rumo, de prumo e de chão. Se sabes mais, conte aqui para nós, mas por favor, diga seu nome ou pelo menos explicite os motivos de não fazê-lo. Talvez com mais detalhes, mais uma história real dos tempos atuais, sirva para abrir os olhos de quem mantém tal procedimentos em atuação.
Henrique - direto do mafuá
Henrique
Ontem me disseram que entre erros de concordância, acentuação e os de desconhecimento da língua mesmo foram mais de 30. Isso num pequeno folheto. Essa é a "curtura" em pleno desenvolvimento e ação.
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