O QUE DEU PARA PESCAR NESSES DIAS DE FERIADO PROLONGADO
Meus dias de feriado foram todos passados entre livros dentro da Cidade Maravilhosa. Por sorte não padeço do mal da rinite e adoro estar enfurnado entre papéis. Nas poucas horas vagas, vislumbrei algumas coisinhas, relatadas a seguir:
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1. A presidenta Dilma no dia do feriado de Tiradentes falou sobre alguns dos inconfidentes: “Eles foram exilados por haverem se atrevido a desejar um Brasil independente. Na nossa História, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia. Os brasileiros que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação de liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece”. Uns lutaram por um ideal lá atrás e hoje estão em outra, esses precisam ser denunciados. Mais ainda: cada povo tem o herói que merece.
2. Lula foi taxado de gostar duma birinaite, mas quem foi pego com a boca na botija foi mesmo um
3. Um guru indiano, xodó norte-americano, Parag Khanna, desses a palestrar por todos os cantos do mundo cobrando altas somas, autor de um livro intitulado “Como governar o mundo”, disse em entrevista que: “O mundo vive uma segunda Idade Média, com grande fragmentação de poderes e, caminha para uma nova Renascença”. E por fim dá a estocada que eles adoram: “É legítimo matar Muamar Kadafi”. Sim, confirmo eu, mas nada leio dele sobre o rei da Jordânia e todos os truculentos da mesma cepa, instalados lá na Arábia Saudita. Deve também odiar Cuba e todos batem efusivas palmas.
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4. Abismado fico com a constatação de que a imensa maioria dos países da América Central são superdependentes dos EUA, além de afetados por desastres naturais imprevisíveis e prisioneiros da violência e do tráfico. Ou seja, tornaram-se presas fáceis dentro de um jogo de xadrez onde estão sempre encurralados e sem ação. Meros joguetes, com a honrosa exceção de uma ilha caribenha a resistir como pode, Cuba. Como falar mal disso.
5. Meu filho ganhou dezenas de livros nessa viagem, mas não escapei de comprar-lhe um, promessa antiga, “Veias abertas da América Latina”, o clássico do uruguaio Eduardo Galeano. No refeito prefácio, algo a instigar leitores e adoradores da dúvida: “Em 27 de julho de 2001, o presidente do
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6. Duas matérias me agradaram muito em órgãos de imprensa. A primeira na edição 643 de Carta Capital, “O diário do Araguaia”, com o dia a dia narrado pelo líder da guerrilha, Maurício
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Ernesto Varela (não digo Marcelo Tas, pois esse é igualzinho a todos os outros) faria um estrago com algo assim nas mãos.
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