sexta-feira, 29 de março de 2013

FRASES (103)

CONVERSINHA DE FERIADO DE SEXTA: SOU DURO, MAS SOU MACIO...
“O paradoxo - Tem muitas coisas no facebook com as quais não concordo. Opiniões que são contrárias à minha. Músicas que me desagradam. Piadas que eu não gosto. Imagens exageradas, às vezes absurdas. Gente repetindo o que nem leu. E por aí vai. E, sabe?, é exatamente isso que mais me atrai aqui. Porque se fosse para ficar só com minhas ideias, com meus conceitos, em minha zona de conforto, eu não precisaria de face, mas só de travesseiro”, esse texto eu encontrei hoje na interne logo ao acordar. É do jornalista Márcio ABC e expressa algo pelo qual concordo. Adoro esse negócio de cutucar e ser também cutucado (aí!). “Faz parte”, diria alguns, “Aí, como eu sofro”, diria Maria Inês Faneco e assim tocamos o barco. Sexta de feriado, templos lotados, muito peixe na mesa e ontem, também pelo facebook, um dileto amigo diante de algumas polêmicas pelas quais me envolvo resolve me denominar de “Boca Maldita”. Essa é do aniversariante do dia, o produtor cultural Kyn Jr.

Dizem que critico demais e isso não se faz. Criticar e ser criticado faz parte de quem entra nesse baile que é a Comédia Humana. Cito dois exemplos de elogios feitos recentemente. No primeiro algo de um amigo conquistado recentemente, o RUI ZILNET. Dele escrevi e reproduzo aqui: “RUI ZILNET é gaúcho, fotógrafo e jornalista, dos bons e de uma velha cepa, resistente e persistente, ainda encantando-se com temas que o fazem virar as questões do avesso. Começou a carreira no Rio de Janeiro, sendo um dos seus primeiros empregos a já extinta Última Hora. Sempre com uma máquina na mão fez história e tem muita coisa para contar. Acabou aportando em Bauru décadas atrás quando veio trabalhar para a Editora Abril, na experiência de lançarem a Vejinha Interior (a Abril era mais palatável). Ficou por aproximadamente três anos na cidade e por aqui fez amizades eternas, circulou pelos lugares mais marcantes e acabou por firmar um amor mais do que eterno por um tema que tem tudo a ver com a cidade, a ferrovia. Os laços com a cidade não se dissolveram com a partida e sempre volta, com o fez semanas atrás e num dia inteiro ficou a fotografar a degradação férrea do famoso entroncamento do passado. Foram mais de 800 fotos, mostrando cada detalhe de uma situação mais do que caótica. Rui faz isso não só para mostrar o que sabe fazer bem feito, tirar fotos, mas com o intuito de mover céu e terra para dar o seu quinhão possibilitando o retorno das ferrovias no Brasil. O Rui não para de querer buscar solução para isso tudo, inquieto e inquietante, pois expõe com clareza os males já feitos e insiste que solução existe. Instigante caminhar ao seu lado”. No segundo, esse um amigo mais antigo, o árbitro de futebol TONHÃO: “TONHÃO é pessoa ilustre, beirando os 70 anos de idade, morador do Residencial Sabiá, lá na saída para Piratininga, cabelos esbranquiçados, falante e distinto senhor, com um nome de batismo pouco conhecido, Antônio Sanchez Galvez. Em duas atividades faz, acontece e produz histórias. Na primeira, trabalha de segunda a sábado no balcão do Carimbos Pavan, ali na Rodrigues, onde além de exercer a função de coringa no atendimento de carimbador, exerce o papel de comentarista esportivo de tudo o que vai pelo futebol na cidade, estado, país e no mundo. Um catedrático. Nos domingos e feriados a cátedra é outra e seu negócio são os gramados. Juiz de futebol consagrado e requisitado, apitou por décadas o amador de Bauru, tendo medalhas e troféus lhe auferindo títulos e títulos (ganhador de inúmeros Troféus Ligados). Aposentou-se do amador, mas não para, pois bate cartão em jogos lá pelos lados do BTC de campo e adjacências, sempre enérgico e preciso, durão e fagueiro, sem nunca perder a galhardia e a autoridade. Tonhão é um mestre no ofício de apitar e com isso faz sua vida rolar com alegria. Vê-lo não querendo nunca aposentar o apito é a certeza de que a vida pode tornar-se longeva e radiante, bastando uma dedicação com amor, afinco e buscar forças lá no fundo para dar vazão ao que nosso interior não quer abandonar. Tenham certeza, hoje sexta santa, comércio fechado, jogos aqui e aqui, Tonhão está em atividade em algum desses lugares. Essa sua vida”.

Singelo com uns e duro com outros, como ontem no caso dos pastores homofóbicos. Um deles criou até um termo, o PASTORFÓBICO, que discorrerei aqui daqui a alguns dias. Para esses não tenho “papas (sic) na língua” e continuarei sendo um atroz perseguidor, pois representam o que de mais atrasado existe dentro do país atualmente. Perseguem tudo à sua volta, mas não gostam de serem perseguidos. Implacável com esses, os piores e para esses casos sempre faço uso de frase lapidar de meu pai, Heleno Cardoso de Aquino, hoje com 84 anos, com a sapiência dos anos vividos sempre me repete: “Cuidado com os moralistas, esses os piores, fazem tudo às escondidas”. Sou amigo de muitos e inimigo de alguns, muitos me detestam, mas alguns gostam do que faço e como faço. Aos 53, acredito que não mudo mais e como não sei o que ainda me resta de vida, deixa eu continuar a cutucar os que insistem em querer danar o que tão duramente foi conquistado. Caminho sempre para frente e repudiando sempre os que lutam para que ela ande para trás. Nos vemos amanhã, sempre nesse mesmo bat canal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns, Rui Zilnet, Ruizinho querido: homenagem mais que merecida!! Você registrando e construindo a história através de um olhar único.
Sonia Madruga