quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (66)


PEDALADAS DA SEBES EM FAVOR DE ENTIDADES CONVENIADAS E O CASO SAPAB

Primeiro a divulgação da pedalada pelo JC de 28/05/2015:http://www.jcnet.com.br/…/fundo-socorre-entidades-sem-verba…

TUDO OCORREU DESSA FORMA E JEITO: Uma grana do Fundo de Assistência Social, locada numa conta bancária da SEBES – Secretaria do Bem Estar Social de Bauru foi utilizada e dividida entre 31 entidades assistenciais de Bauru, todas conveniadas com o órgão municipal. Esse o fato. O por que da antecipação? Todos alegavam estar com a corda no pescoço. Esse dinheiro poderia ser utilizado para esse fim? Segundo a legislação NÃO, mas a secretaria Darlene Tendolo afirma que tudo será devidamente devolvido aos cofres municipais quando chegar a verba federal, em atraso, já na semana que vem. Que nome se dá para isso? PEDALADA, igualzinho a que Dilma fez e está sendo julgada nesse momento por um nada isento tribunal, até com possibilidades de ser duramente penalizada, mesmo sendo pratica corriqueira em tudo quanto é instância da vida pública brasileira. No caso da Dilma, a grana que havia sido utilizada para uma coisa foi devidamente devolvida, tudo já no seu devido lugar. No da Darlene acredito que ocorreu o mesmo, afinal, após essa grita toda ocorrendo, não existiria outra alternativa.


OPINIÃO DO HPA – Confesso que não sei dos detalhes do ocorrido na SEBES, mas não gostaria de ocupar um cargo como o da Darlene, pois diante de situação idêntica, com necessidades comprovadas de precária situação de entidades e existindo grana em caixa, confesso, faria o mesmo. Taparia logo o buraco dos que mais necessitam e depois, quando o que está em atraso chegasse lacraria o outro. Errado? Pode ser, mas é até por causa disso que não me convidam para nada a envolver algo desse tipo, pois já iria logo abrindo os cofres. Entendam. Não sei ao certo quem são as tais entidades beneficiadas pela SEBES, mas sei de muitas outras cujos convênios foram cancelados nos últimos tempos e não foram beneficiadas. Escrevo isso por causa de algo. Tenho uma entidade pela qual daria toda a força para salvá-la nesse momento, a SAPAB – Associação da Pessoa com Aids de Bauru, em situação de pré-insolvência exatamente por atitudes idênticas as feitas nesse momento. Com dinheiro em caixa a SAPAB pagou o que tinha de pagar e hoje pena com uma dívida alta e capengando na busca de solução. Eu entendo o que a SEBES fez, mas também gostaria que todos entendessem que a dívida da SAPAB precisa contar com uma ampla ajuda coletiva dessa cidade, inclusive da SEBES, pois o trabalho que faz junto aos aidéticos não pode ser interrompido. Se um caso é compreensível, o outro idem e a SAPAB nem convênio possui mais com a Prefeitura. E pelo visto, no caso da SAPAB sei que tudo foi utilizado para saldar algo inadiável. Daí, podem me encostar na parede e metralhar, mas eu no lugar da SAPAB pedalaria do mesmo modo e jeito. São vidas humanas em jogo.

E para esquentar ainda mais os tambores, julgo o verbo da forma mais simples possível: Eu pedalo, tu pedalas... e você pedalaria???

Um comentário:

Anônimo disse...

Henrique, algumas coisas:
Será que a verba seria devidamente devolvida mesmo se o assunto não viesse à tona??
Hoje em dia vivemos um momento muito chato de frases emotivas, é claro que muita gente necessita de certas assistências, muitas mesmo, mas na impossibilidade de resolver tudo, há de se ter estratégia, competência, organização, coisas muito em falta por este Brasil. A fiscalização, uma auditoria profunda e frequente é necessária em todo órgão que recebe tais assistências públicas, até para ajudar a orientar a gestão de determinado órgão, porque muitas vezes a corda no pescoço é fruto de gestões ruins, isso pra não falar quando há pilantragem no meio.
Boa intenção apenas não basta, é preciso também em tudo, organização, competência e também sangue frio principalmente nas decisões, por mais emoções que possamos ter.

Quanto ao governo federal, é bom lembrar algo que nenhuma mídia diz, seja as grandes ou até blogs da aldeia aqui como este, do porque de pedaladas fiscais, o rentismo do títulop público brasileiro. A eleição em 2002 não era para eleger governo que fizesse coisas corriqueiras e sim diferentes.
Vamos ver a nova de hoje que o governo soltou, fora todas essas apunhaladas já discutidas feitas esse ano contra os trabalhadores, o governo que já havia privatizado num pacotão de concessões os melhores aeroportos do país, vai vender uma parte das ações que ainda lhe cabe para cobrir o rombo da Infraero, que deixou de ser lucrativa para ser deficitária, pois perdeu a renda dos grandes aeroportos agora administrados pela iniciativa privada.
Veja que inteligente, passa os melhores ao setor privado e ficar com as bombas na mão, e é óbvio que o dinheiro que irá ganhar com a venda irá cobrir o rombo hoje, mas e amanhã??
É dinheiro e patrimônio público jogado no lixo, quanta diferença do sucateador FHC hein??
Aguardando seu texto sobre a Infraero.

Camarada Insurgente Marcos