domingo, 1 de novembro de 2015

DICAS (142)


UMA COISA PUXA OUTRA: COMIDINHA DE BUTECO E BAURU CHIC – ACERVO PRESERVADO

Ideias, gosto de invencionar algumas. Feliz mesmo fico quando algumas se materializam. Ontem assim ao léu dei uma e parece que sem querer vingou. Ou está se encaminhando. Escrevo dela e de outra, que pode também ser incorporada a essa e tudo desaguar num cultural feliz final. Vamos aos fatos.

Primeiro a tempos atrás. O BAURU CHIC era um bar/restaurante desses que todo mundo morre de saudade. Ficava na curva detrás do Bauru Shopping Center. Um sanduíche bauru de causar inveja, pão num tamanho maior e o conteúdo todo na exata medida. No interior do lugar algo pensado em todos os detalhes, uma decoração com a cara não só do sanduíche, mas da cidade. Gente e mais gente ali retratada com o maior esmero. Muitos iam visitar o lugar só para ver as tais fotos. O livro de recados era um lugar especialíssimo, onde estão contidos escritos poéticos na forma de uma “baurização” gostosa de ser feita. Seu dono, o saudoso Egberto Cavariani, professor aposentado da Unesp Bauru cansou de dar murro em ponta de faca e foi ser gauche na vida. Seu acervo está guardadinho até hoje no seu sítio. Numa época estava disposto a ceder, expor ou algo mais. Hoje não sei mais, o tempo passou e se tudo bem conversado, Egberto, uma pessoa pra lá de sensível, até concordaria que, aquela preciosidade toda lá reunida pudesse ser novamente não só mostrada, mas imortalizada num lugar digno do merecedor carinho. Leiam tudo o que escrevi desse lugar:http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=bauru+chic.

Escrevo isso porque quero juntar isso com algo ocorrido ontem.

Escrevi um texto e dentro dele isso aqui: “O SOM NO RUBON ACABOU - Tristeza é pouco. A casa de comida e muita música que o exímio mestre-cuca mantinha lá nos altos da Castelo Branco fechou. A Comidinha di Buteco não mais existe. Quem conheceu conheceu, quem não, perdeu. Era um reduto musical dos mais inebriantes. Primeiro abriu à noite, logo colocou música na parada e por lá passaram todos os bons nomes dessa cidade. Depois abriu para almoço e aos sábados e domingos a nata do choro, do samba e tenham certeza, algo que aquelas paredes nunca mais vão esquecer. Imortalizou muitos em azulejos, com pinturas que nem sei onde estão. Deveriam ser imortalizadas num museu musical de Bauru. Se preciso for, acho que devemos fazer uma campanha e resgatar aquelas peças, juntar grana pagar a ele e levar aquilo para um lugar público, tipo o MIS - Museu da Imagem e do Som. Nelas retratados quase todos os músicos de Bauru. Algo que não pode e nem deve ser perdido. Rubon fechou e já está lá pelos lados do Jeribá, altos da Antonio Alves, comandando as comidinhas da nova casa”. Vejam o que escrevi dele tempos atrás: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search….

Na repercussão do posto rolou algo mais, o encantador da coisa. Sintam o clima de real possibilidades: “Meu amigo queridíssimo Henrique..... muito obrigado pelas mais belas palavras de elogios, que talvez sem tanto merecimento. Sim ... foi um projeto realizado na minha vida e que muito, mas muito mesmo me deixou realizado profissionalmente e também como pessoa que ama fazer a arte de cozinhar com amor e carinho, e agregar o que tem de melhor musicalmente em Bauru, e ofereço sim os quadros pintados pelo amigo e mestre João Gimenez para serem expostos num lugar digno dos músicos que tanto admiro e respeito. Obrigado mais uma vez, e para quem curti minhas especiarias e artes........ estou no Jeribatequim das oliveiras.... rssss e porque não BOTEQUIM DAS OLIVEIRAS COMIDA DI BUTECO. Os quadros estão a disposição.... abçs”, palavras de Ruben Batista. Já enxergo a Audren Ruth, lá da Assessoria da Prefeitura e alguém entendida no quesito Música Bauruense cuidando da preparação dos curriculos de cada músico.

Orlando Dias, manager do MIS Bauru – Museu da Imagem e do Som contatado sobre a ideia aceitou de cara: “ Vamos conversar e pensar em um local adequado.”. Eu cá do meu modo e jeito gostei tanto que, já penso não só nesse lugar pronto e acabado, abrigando não só o acervo com os ladrilhos a reverenciar os músicos, como o acervo também mágico e encantador do Bauru Chic. E por que não de outros que se foram e algo mais perdido por aí, aguardando um espaço assim para ser repatriado. Quero tocar esse barco para a frente e conto com a ajuda de TUDO, TODAS E TODOS. Vamos???
OBS.: Essa minha contribuição dominical para ampliação da discussão etílico cultural nesse modorrento domingo de garoa. Nas fotos, três de um lugar, três de outro.

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