sábado, 2 de abril de 2016

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (85)


O QUE FOI FEITO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE BAURU

Não sabia? Acompanhe a triste história e um desenlace mais triste ainda. Décadas atrás abnegados bancários comandados por bravos guerreiros, tendo como dignos exemplos os irmãos Paulo e Cláudio Lago, juntos de outro tanto conseguiram resgatar o Sindicato dos Bancários das mãos de gente como o famoso João do Crime, um que, mesmo saindo do sindicato conseguiu permanecer com um clube em seu nome, o dos Bancários, uma aberração até hoje mal explicada. Daí por diante, os Bancários tiveram sua história marcada por passagens de luta e resistência em defesa só e tão somente da classe trabalhadora, não só a bancária, mas a de todos.

Com o passar dos anos um partido político, o PSTU conseguiu arrebatar o Sindicato e passou a comandar suas ações. Escolheu desde o começo não fazer política de alianças e seguiu em frente, sempre sozinho, como baluarte na defesa dos bancários. Seu caminhão de som percorria as portas dos bancos e momentos memoráveis da luta e resistência da classe trabalhadora. No processo de isolamento em que sempre estiveram envolvidos se desfiliaram da CUT e criaram uma central sindical só para eles, a CONLUTAS. Dá para citar assim de lembrança imediata uma pá de nomes de sindicalistas que, mesmo não existindo uma concordância absoluta na forma como conduziam as ações, inegável a linha de conduta na defesa dos ideias dos trabalhadores. Marcaram época.

E continuaram isolados e sem fazer alianças de nenhuma forma e jeito. Com o passar dos anos foi ficando cada vez difícil compor as chapas para suas eleições e aí começa a surgir o grande problema. Não se aliam com nenhuma força progressista, mas abrem espaço para composição em suas chapas de pessoas com nenhum comprometimento com a luta sindical ou mesmo qualquer outra. Chegaram e tinham como função simplesmente compor a chapa. Vieram gente de todas as matizes. Num certo momento, algo bem recente, ocorre o até então acontecimento meio que impensável nas hostes do sindicato. Eis que, esses que não tinham comprometimento nenhum se voltam contra os até então mandatários do sindicato. Exatamente quando percebem que já são maioria e dessa forma, passam a impor como vai ser a linha do sindicato dali por diante.

Ou seja, o PSTU perdeu a maioria dentro do sindicato e hoje estão nas mãos daqueles descomprometidos (será mesmo?) que estavam ali só para preencher chapa. A virada de mesa já ocorreu e a catástrofe sindical já atormenta não só os membros ainda restantes lá dentro da composição da atual diretoria e com a linha de pensamento do PSTU. Não ganham na votação nem mais sobre uma mera decisão de para quem devem emprestar a quadra esportiva. Num último embate o caminhão de som não foi cedido, algo até então corriqueiro, para abrilhantar eventos de luta social na cidade, tendo como pano de fundo defesa de algo de cunho democrático. Seria uma espécie de Direita tomando conta do sindicato? Dizem que, na atual composição teriam até membros abertamente defendendo posições patronais.

O rompimento é declarado, explícito, mais do que um racha e demonstra assim de uma forma simples, absoluta, marcante e mais do que significativa, de como as escolhas feitas num certo momento da luta podem ter resultados catastróficos. A batalha intestinal continua sendo travada nas hostes do sindicato, mas a guerra está praticamente perdida e hoje, como acabo de ouvir de Paulo Lago, ontem quando de sua fala no Ato defronte a TV TEM, que os “Bancários deixaram de ser um sindicato de luta e terá que ser retomado para voltar a ser de luta”. Triste demais.

Os comentários posteriores deixo para abalizados personagens desse filme, que começou lá atrás quando o sindicato foi reconquistado após intensa luta e hoje, tudo foi devidamente perdido, da forma mais insensata possível. O que a dizer disso tudo? Na qualidade de atencioso espectador, sei que, algo para retomada ocorrerá numa batalha sem precedentes na história sindical bauruense. O que me comove nesse momento é presenciar velhos e abnegados sindicalistas, militantes reconhecidamente de luta, vergados e sem ação diante de um quadro que, convenhamos, foi criado por eles mesmos. E agora, a pergunta que não quer calar, o que será do velho e bom espaço socialista encravado ali na Marcondes Salgado?
OBS.: Nas fotos, lembranças da boa resistência sindical desse até então sindicato de luta.


OLHA O GOLPE DA GLOBO AÍ GENTE!
Foi ontem em Bauru, do finalzinho da tarde até por volta das 20h30, bombando lá na praça dos Expedeicionários, jardim Bela Vista, defronte as instalações da hoje golpista TV TEM/Rede Globo de Televisão um grandioso ato, realização da Frente Brasil Popular, entidades e movimentos sociais.

O povo está saindo nas ruas e expondo sua cara, expondo seu pensamEnto sobre como parte significativa da mídia nativa age em desalinho com a democracia e alinhada com o desequilíbrio do país, jogando-o no caminho de um Golpe de Estado, dessa vez midiático, civil e judicial, com um jornalismo leviano e insano, todo voltado para interesses inconfessáveis, retrógrados, conservadores e entreguistas.

A reação se dá nas ruas e exatamente da forma como se deu na noite de ontem, com muitas falas, faixas, cartazes e gente unida na luta pela manutenção das conquistas sociais e pelas liberdades individuais e coletivas, contrários ao fascismo que se avizinha e ameaça tomar conta do país. Um grito sonoro contra o ódio reinante nas ruas e a quebra do estado de direito, com um declarado e explícito golpe, primeiro com o impedimento da presidenta legalmente eleita, depois jogando o país no caos social, tornando-o integralmente num país neoliberal predatório, contra os interesses dos trabalhadores e dos menos favorecidos.

E a TV Globo, como porta voz do que de mais conservador existe hoje no país, com laços indissolúveis com a corrupção e os desmandos seculares dos poderosos, pratica um perverso tipo de jornalismo, falso e excludente. Ontem foi a noite dos conscientes sairem às ruas e protestar em alto e bom som. pelas fotos um bocadinho do que foi o Ato e dos que, corajosamente não se intimidam e estão dispostos a colocarem a cara para bater contra quem divulga mentiras.
Não vai ter golpe.

4 comentários:

Anônimo disse...

Realmente você é uma pessoa execrável né hpa? Você está tão desesperado com a queda do pt do poder (o que por consequência acabará com o pão com mortadela q você come de manhã) que fica dizendo mentiras de qualquer um que se opor a esse sistema sujo e corrupto. Coitado de quem acha vc um professor. Só se for professor de mentiras.

Uma característica essencial e constante do pensamento marxista é raciocinar sempre a partir de premissas fixadas pela sua própria tradição e desenvolvê-las em mil e uma ramificações e conseqüências, elaborando meticulosamente as divergências internas e detalhes históricos da formação de cada variante, sem JAMAIS voltar às questões fundamentais e recolocar em questão os princípios. Nunca vi um só pensador marxista que tentasse, nem de longe, provar a veracidade da mais-valia, da luta de classes como motor principal da História, ou mesmo do materialismo dialético de modo geral. Tudo o que se faz é criar novas e mais sofisticadas versões desses princípios, discutir as diferentes interpretações que receberam de vários teóricos, e "aplicá-los" a novas construções explicativas de tal ou qual fenômeno histórico-social, sem nem mesmo cotejá-las com qualquer explicação alternativa, dada "in limine" como viciada por interesses de classe. Assim, a discussão pode evoluir indefinidamente, estendendo-se num vasto e inabarcável matagal de questões interessantíssimas jamais submetidas ao teste de realidade. Vidas inteiras consomem-se assim na dedicação integral à construção de uma mixórdia intelectual sem fim, cada vez mais fascinante e hipnótica. É assim que o acachapante fracasso econômico do comunismo coexiste pacificamente com o seu permanente sucesso editorial e universitário.

Por isso o marxista jamais DISCUTE com outras correntes de pensamento: Ignora-as ou as reinterpreta segundo os seus próprios cânones, jamais lhes concedendo o direito de falar por si mesmas. A tradição marxista é um solipsismo coletivo fundado num sentimento de solidariedade militante e autoproteção psíquica contra o "inimigo de classe". É o mais esplêndido fenômeno de teratologia intelectual de todos os tempos.

Mafuá do HPA disse...

CARO ANÔNIMO

ADORARIA PODE RESPONDER, MAS SERIA MUITO MELHOR SABER A QUEM, O QUE ESTÁ POR DETRÁS DESSE TEXTÃO MEIO SEM SENTIDO, PROFANADOR DE IDEIAS.
Na verdade foi escrito para atacar, não para responder ao escrito. Não disse ao que veio, quiz se defender contra-atacando e ficou no meio do caminho. Talvez até possa entender de onde tenha vindo e quais as intenções e na certeza poderia te dar uma resposta mais direta, mas como faz questão de não se identificar fica difícil, pois até nas afirmações de como age o marxismo é cheia de inverdades, disturbios de quem está no outro campo de ação e desconsidera o outro. Não gosto de discutir com quem ataca o outro sem de fato conhecer, principalmente teorias tão significativas.
Henrique - direto do mafuá

Mafuá do HPA disse...


ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE VENHA A SER ISSO DENTRO DO SINDICATO? E O VELHO E BOM JORNAL FOI ABOLIDO? E GENTE COMO O PAULINHO ONDE ESTÃO? FORAM ABOLIDOS? QUERO ENTENDER OQUE É ESSE ALGO NOVO DENTRO DO SINDICATO?
https://www.facebook.com/seebbauru/photos/a.1691437341079899.1073741826.1691437297746570/1788319691391663/?type=3&theater

HENRIQUE - DIRETO DO MAFUÁ

Mafuá do HPA disse...

dois comentáriosvia facebook:

Almir Ribeiro 1. "Escolheu desde o começo não fazer política de alianças e seguiu em frente, sempre sozinho, ..." O PSTU sempre defendeu que as diretorias sindicais fossem compostas proporcionalmente.
2. "Não se aliam com nenhuma força progressista, ..." Aqui o problema é um só: temos diferenças na definição do que são (ou seriam) "forças progressistas". Por exemplo: não definimos Kátia Abreu, PP, PRP, Ciro Gomes, Roberto Requião como tal.
3. "Num último embate o caminhão de som não foi cedido,..." Ou seja, me parece que enquanto o PSTU detinha a maioria na diretoria o carro de som era sempre cedido. Eu não defino isso como como sectarismo ou isolamento, mas fique à vontade.
4. "No processo de isolamento em que sempre estiveram envolvidos se desfiliaram da CUT..." Só para deixar claro: CUT é aquela central que, entre outras coisas, apoiou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE)?

Feitas estas pequenas ressalvas, também gostaria de ter uma análise mais completa por parte dos companheiros bancários.

Henrique Perazzi de Aquino Coloco uma ressalva no meu texto, caro Almir Ribeiro. Sei que nas últimas eleições foram duas chapas concorrendo e uma com 17, outra com 13 componentes na diretoria (isso mesmo?). na junção disso, o grupo do PSTU em minoria perde nas votações. E cada grupo com posições políticas bem antagônicas.