EU E LÁZARO CARNEIRO, VELHOS LOBOS MAUS NO MUNDO CADA VEZ MAIS BRANCA DE NEVE
No dia 14/3 meu mais que amigo, o poeta que leu Nietzsche, LÁZARO CARNEIRO, publicou no facebook uma frase, “um espectro ronda Marília”, acompanhada de uma sinistra foto sua adentrando a cidade de Marília. Eu, esse intrépido e mafuento HPA, não me segurando nas calças e querendo ser jocoso com o dileto amigo, retruquei em forma de comentário: “Tranquem as janelas, fechem as portas, escondam suas filhas...”. Ele me responde entendendo a brincadeira: “E as mamães também”. No mesmo post José Maria de Souza postou: “Marília em estado de sítio”. Lázaro respondeu: “Estou montando uma base operacional lá”. Foram exatos 35 curtições para o post.
Abro minha caixa de correspondência hoje pela manhã e lá um recado, que não identificarei autoria: “Cara esta semana o Lazinho fez uma postagem sobre o fato do filho estar de mudança para Marília, na postagem ele dizia que um espectro ronda Marília, e você fez um comentário dizendo que algo como protejam suas propriedades e etc.. Mas cara você deu uma pisada fenomenal na bola ao dizer para protegerem as filhas, só a necessidade de proteger quem esta em perigo, na sua fala vc afirma que a parecença do filho dele em Marília é um risco para as mulheres, em um país com os números de feministicio que isso não pode ser motivo de brincadeiras. Sei que essa não foi sua intenção, vivemos em uma sociedade machista que nos leva a fazer esses comentários sem refletir sobre, pra minha geração já é difícil fazer esse auto policiamento, para a de vocês que foram educados em outros tempos é mais difícil, porem não é impossível, resolvi lhe enviar este toque porque você é um comunicador, um ícone da mídia de esquerda bauruense e esse tipo de comentário não deve ser associado ao tipo de trabalho que você faz.. Valeu..”.
Ou seja, levei um puxão de orelha. Respondi da seguinte forma: “Sim, até as brincadeiras antigamente fazíamos sem medo de nenhum tipo de problema, pois sabíamos ser somente brincadeira, hoje tornou-se algo perigoso. Todos que me conhecem e conhecem o Lazinho, sabem o que quis dizer e como sempre o fizemos entre a gente, sem nenhum tipo de patrulhamento. Os tempos são outros. Baita abracito do HPA”. Ele me respondeu “William Wack também fez uma brincadeira inocente que antigamente se fazia em rodas de amigos sem nenhum problema, pois todos sabiam que aquilo era brincadeira.. A luta continua...”. Confesso, não me segurei nas calças e tive que responder mais uma vez e de uma forma a encerrar o assunto: “Todos precisamos entender de analogias. Lázaro é um sujeito altamente perigoso e as famílias precisam esconder dele suas filhas e filhos, pois além dele ter lido Nietzsche, ele dissimula essas ideias. Um desencaminhador de menores. Já assistiu ao curta do menino que encontrou um livro de Nietzsche no lixo? Gente como Lázaro é, mais do que nunca, nos dias de hoje, elementos perigosos (muito mais do que os tarados sexuais). Daí minha escrita perde a conotação sexual que alguns maliciosamente podem encontrar. A de subverter mentes é hoje muito mais perigosa. E essa ninguém tira dele. Abracitos”. Ainda recebi mais essa resposta, mas o assunto já estava encerrado: “Como disse em momento algum eu tive dúvidas da intenção”.
Reproduzo e sem identificar quem comigo conversou, pois creio estarmos pisando em ovos. Eu que já quebrei muitos e continuarei quebrando outro tanto, não fujo de um bom debate e de uma boa contenda. Antes que tudo se torne chato, prefiro continuar sendo o que Raul Seixas me ensinou um dia bem lá atrás: “Prefiro ser/ Essa metamorfose ambulante/ Eu prefiro ser/ Essa metamorfose ambulante/ Do que ter aquela velha opinião/ Formada sobre tudo/ Do que ter aquela velha opinião/ Formada sobre tudo/ Eu quero dizer/ Agora o oposto do que eu disse antes/ Eu prefiro ser...”, Metamorfose Ambulante.
E antes de me despedir, faço aqui não uma Mea Culpa, mas uma Declaração de Amor: “Eu te amo Lázaro e mais que tudo, exatamente por ser esse maravilhoso subvertor da ordem constituída”. Você é phoda!
E antes de me despedir, faço aqui não uma Mea Culpa, mas uma Declaração de Amor: “Eu te amo Lázaro e mais que tudo, exatamente por ser esse maravilhoso subvertor da ordem constituída”. Você é phoda!
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