domingo, 28 de fevereiro de 2021

DIÁRIO DE CUBA (209) e RELATOS PORTENHOS / LATINOS (88)

“POR QUE NÃO CHAMAM OS MÉDICOS CUBANOS?” -  Pergunta feita pelo melhor dançarino bauruense Geraldo Inhesta pelas redes sociais e creio, cai como uma luva para intitular a reunião destes textos dominiciais:

1.) AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE A CULTURA, CANCELAMENTOS E NADA DE PROPOSTA PARA O FUTURO

Eis o link para acompanhar o bom debate de Audiência proposta pela vereadora Estela Almagro PT, ocorrida sexta, 26/02, com o tema "Programa de Estímulo à Cultura e Orçamento 2021". Eis o link para assistir toda a discussão: https://www.youtube.com/watch?v=R3_6jPAgOps

Participei da Audiência. A classe artística bauruense está mobilizada após o cancelamento pela atual administração municipal, através de parecer emitido pela Secretaria de Negócios Jurídicos, da Lei de Estímulo à Cultura, uma das únicas formas de repasse de valores da municipalidade para realização de projetos de cunho cultural na cidade. A Secretaria Municipal de Cultura, através de sua secretária Tatiana Sá acata o cancelamento, mas na sequência a reação da classe artística. Em pouco mais de duas horas, com a presença de vários secretários, tudo conduzido pela vereadora, alguns artistas se manifestaram e assim registrei:

- Mariza Basso, Teatro de Bonecos, 30m18: "Estamos juntos, mobilizados e vamos lutar por nossos direitos".

- Juliana, Espaço Protótipo, 30m35: "Muito triste a gente ver essa situação neste momento. (...) Muito dolorido ouvir algo sem sentir força para resolver essas questões".

- Vinagre, Amigos da Cultura, 36m53: "Pergunto para o secretário Negócios Jurídicos nos informar se a culpa pelo atraso de seu por causa dos artistas e como pode executar um Plano de Ação sem saber dos projetos ali existentes?".

- Tonon, Conselho Municipal de Cultura, 48m14: "Já que ouvi dizer o cancelamento ter ocorrido por puro preciosismo jurídico, qual a dificuldade de aprovar uma lei em decorrência da pandemia?".

- Ivo Fernandes, Coletivo Samba, 1h03m04: "A Cultura já vive precarizada em relação aos valores e aportes. Usaram e remanejaram o dinheiro do Fundo Cultural para outras situações e por que não remanejar também valores para os artistas?".


- HPA, pelo Patrimônio, 1h14m43: "Não existe nenhum projeto da Secretaria Municipal de Cultura pensando no daqui para a frente. Importante discutir todos os erros cometidos até então, mas daí, os que estão chegando agora, respondam, existe algum projeto de Cultura daqui por diante? Eu não vejo isso, vejo sim estagnação e marasmo. Qual o projeto? Não existe projeto".

- Paulo Maia, Coral del Chiaro, 1h41m44: "Vereadores aprovaram a retirada de mais de 80 mil do Fundo Cultural, o FEPAC. Virou o ano, novo governo, limparam nossa reserva e nada em troca".

- Rene Lopes, Plano Conjunto, 2h03m46: "Foram feitas inúmeras reuniões para ver onde poderíamos utilizar o nosso Fundo e no final do ano, o valor foi sacado e não utilizado no combate ao Covid como requisitado".

- Gislaine, Música Maestro, 2h08m40: "Nenhum atraso ocorreu por culpa da classe artística. Qual o impacto do cancelamento da lei de estímulo à Cultura para o município? Falta objetividade nas respostas aqui dadas".

- Carlos Batista, Grupo Ato, 2h12m27: "Essa verba é estímulo e não patrocínio, serve para divulgar as ações culturais, ela ajuda. Vergonhoso o que se faz com a Cultura e os agentes culturais desta cidade".


- Chico Maia, Projetos Culturais, 2h16m03: "Necessidade de haver entendimento entre as secretarias de Cultura, Negócios Jurídicos e Finanças na escolha dos projetos agraciados. Tem que existir um comprometimento de solidariedade para com a classe artística".

Não reproduzi nenhum trecho de fala de membros da Prefeitura, desde os secretários e diretores presentes. Assistir a Audiência na íntegra serve para já se ter uma ideia do que teremos daqui por diante, não só na área de Cultura, mas num todo. Não tenho nenhum esperança no que está em curso e no que virá. Bauru sofrerá e muito. A Cultura, seus representantes devem estar todos muito bem unidos, pois se a situação já era precária, creio piorará e muito daqui por diante. As conclusões todos a tiramos a partir do real entendimento do que está em curso. Tudo foi feito, segundo foi usado como justificativa por "preciosismo jurídico", para evitar problemas futuros. Será essa a desculpa dada daqui por diante para tudo o mais?

2.) TERRITÓRIO DEMARCADO

Faixa fixada num restaurante na esquina da rua Araújo Leite com Ignácio Alexandre Nasralla, nos Altíssimos da Cidade, Zona Sul e nela constando a explícita demarcação de território de parte considerável dos comerciantes bauruenses, pouco afeitos a apoiar a Saúde, mas totalmente favoráveis à flexibilização, mesmo que isso implique e acarrete num considerável aumento de infectados e mortes. Na maioria das manifestações espalhados em faixas e cartazes muito bem produzidos a estocada é no governador João Dória e nadica de nada para com o presidente Bolsonaro, aliado da prefeita e dos ideais de luta do inflamado SinComércio. E a pergunta que não quer calar: e com o aumento das mortes, caos já na virada da esquina, a conta não deveria ser creditada a estes?


3.) LEIAM O QUE ESCREVE O POLETTINI, O CULPADO DE TUDO JÁ FOI ENCONTRADO...

Certa feita, o melhor jornalista em atividade do nosso mundo, Mino Carta disse não devermos ser muito irônicos, pois sempre existirão os aloprados acreditando e não entendendo nada, mas... Adorei a solucionática que o Ricardo deu para tudo, tirada, é claro, das barbaridades que a gente ouve pela aí diariamente. O Brasil não só enlouqueceu, como está perdido e num caminho sem volta. Ou brigamos para tê-lo de volta ou a cada dia que se passa, a reversão será mais complicada. Valeu, Polettini!. Eis o publicado por ele no dia de ontem: “Pouca gente sabe disso, mas faz um ano que milhares de jornalistas no mundo todo combinaram numa reunião secreta que passariam a inventar matérias todos os dias sobre uma suposta doença só para prejudicar um político brasileiro. A ação ganhou apoio de uma famosa fabricante de máscaras de neoprene, que financiou a contratação de atores para se fingirem de médicos e pacientes em hospitais cenográficos de chroma-key. Agora, uma empresa de filmes por streaming está patrocinando governantes para manterem a população em casa à noite só para aumentar os lucros com o consumo de seus produtos. Abram o olho”.

4.) PRIMEIRO CONVIDO PARA ASSISTIREM AO VÍDEO DO BOULOS FALANDO SOBRE MAIS UM PROCESSO, DESTES TANTOS MUITO FORA DA CASINHA. DEPOIS CONTO A VOCÊS DE ALGO OCORRIDO AQUI NA ÚLTIMA CARREATA PELA PAZ/SAÚDE E OUTRA ONDE ME ENCONTRO ENVOLVIDO - O SURREAL AGORA É LEI

Eis o link do áudio do Guilherme Boulos:  https://www.facebook.com/groups/1758647674353458/permalink/2894251580793056/

Assistiram? Algo dessa natureza ocorre hoje pelo país num todo. Eu mesmo estou sendo processado, junto com outros militantes bauruenses. Vejam a maluquice da coisa. Postei tempos atrás aqui no facebook algo de uma manifestação nas ruas e uma pessoa se utilizou dessas fotos, espalhando elas todas com carinhas de burro pelas redes sociais. Descobrimos o autor, o processamos e ganhamos a ação. Ele teve que arcar com cestas básicas pelo que fez. Logo a seguir ele nos aciona na Justiça sob a alegação de termos exposto sua pessoa publicamente. Inacreditável. Ele nos denomina de burros, reagimos, ganhamos o processo e como retaliação somos processados e a coisa corre, sendo marcada audiência do caso para o dia 05/3. Tem mais, conto outra. Aqui em Bauru muitas carreatas bancadas pelo SinComércio, sem nenhum apelo pela Saúde, só pela flexibilização no momento mais crucial da pandemia. Tudo ocorre dentro do dito normal, até com acompanhamento da PM. Fizemos uma semanas atrás, propondo o oposto das defendidas por Suéllen/Walace, levantando a bandeira primeira do "Fora Bolsonaro", quando percorremos alguns bairros e pasmem, um dos carros foi multado com a justificativa de fazer uso desmedido de buzina. Para os outros atos, NADA, mesmo com carro de som ligado no último, mas para o que defende a Saúde e o fim do desGoverno do maluco, isso. Boulos fala disso no vídeo, eu estou num processo bem kafkiano e agora esse caso da multa. Junto tudo e dou razão para meu amigo Arthur Monteiro Filho: "O Brasil acabou". Buzinar a favor do Bolsonaro pode, contra não pode. Aqui é assim e ponto final.

5.) JORNALEIRO GUSTAVO E O CENTENÁRIO DA FOLHA DE SP

Dias atrás havia me esquecido do centenário da Folha de SP e mesmo com tudo de mal que tenho lido e visto em suas páginas, por causa de um passado onde a li de cabo a rabo, guardo lembranças de boa recordação e no dia seguinte ligo para o Cláudio, da banca do Confiança Nações e vejo se ainda tem algum exemplar. Não tinha, mas deu seu jeito e busco lá a edição comemorativa. Estou ainda lendo aos poucos, algumas matérias para se guardar e é o que faço. Hoje pela manhã uma mensagem do filho do Cláudio, o Gustavo Mangili no meu whatts: "Henrique, beleza, a Folha de hoje está vindo com um caderno especial dos 100 anos, precisa ver o tamanho dela. Vou tirar uma foto e te mandar. Se quiser separo uma para você". E me envia foto. Peço para ele guardar, pegaria depois do almoço dominical. Fui lá por volta das 15h e surpreso, o catatau era grosso mesmo, como nos velhos tempos, com cadernos bem saborosos e prazerosos pra quem admira, gosta e não perde o costume de ler pelo modal antigo, virando páginas e grifando textos.

Trago não só o jornalão como o livro, coleção começando hoje, "100 anos de Fotografia da Folha". Eu e estes jornaleiros somos amigos de longa data, Cláudio o vi chegando em Bauru e se constituindo neste ramo e o filho Gustavo, acho que o vi ainda de fraldas, quando morava e tinha banca ali na Duque. São amigos para sempre. Trago o calhamaço para casa e me esbaldo. Se for mergulhar mesmo na leitura de acordo, creio não faria outra coisa durante o dia. Folheio, devoro com os olhos e matreiramente sei diferenciar o joio do trigo. A Folha participou ativamente do conluio derrocando com o país que tínhamos, nos mergulhando neste horrendo momento com Bolsonaro, quando eles, os donos de jornais, todos eles, sentiram na pele as mudanças. Leio ainda gente maravilhosa por lá e o faço, mesmo ciente deles não serem nada santos, mais pelo amor por jornais. Comecei pela crônica do Rui Castro na página 2, pelas charges da Laerte e dos textos comemorativos, entrevistas e até o ombudsman de hoje está imperdível, com a necessária crítica ao jornal pelo anúncio publicado nesta semana sob a falácia do remédio que cura a Covid, desmentido no dia seguinte, mas publicado. O livro de fotos é lindão, viagens pelas fotos.

Eu bem que sonho com um jornalão nacional de cunho verdadeiramente dentro da verdade factual dos fatos, mas sei que no país de hoje isso é um tanto surreal e impossível, pois o clima de tudo quase dominado prevalece e perdura. Hoje gosto mesmo é da Carta Capital e da Piauí, minhas leituras imprescindíveis, mas não consegui abdicar de ter comigo, cheirar e folhear essas edições comemorativas destes dias, onde percebo muito de um tardio arrependimento dos Frias. Estão um tanto arrependidos, mas continuam apoiando algumas das maldades em curso, como o velado (sic) apoio para as medidas econômicas. Ou seja, comprei mesmo com complexo de culpa e agora tenho páginas e páginas espalhadas pela mesa e vou devorando-as na medida do possível, intercalando com outras ações e proposituras desde modorrento domingo de chuva. São as tais recaídas...

sábado, 27 de fevereiro de 2021

REGISTROS DO LADO B (34) e CARTAS (225)


O 34º LADO B É SOBRE A VIDA E O INSTIGANTE TEATRO PRODUZIDO PELA INQUIETA MARIZA BASSO, ATRIZ PRA LÁ DE CONTESTADORA – MUITO ALÉM DA MILITÂNCIA PELA CAUSA CULTURAL
Deixa eu escrever de quem vale a pena. Teço loas, muitas delas para quem decididamente põe a cara para bater, não foge do pau e enfrenta todos os dragões e moinhos, imagináveis e inimagináveis, tudo para continuar sendo autênticos, sem se vergar para os poderosos de plantão ou quem quer que seja. Desta feita, no “34º Lado B – A Importância dos Desimportantes” trago para uma reveleadora conversa, nada menos do que uma das mais importantes e atuantes atrizes da aldeia bauruense. Falo de MARIZA BASSO, a rainha do Teatro de Bonecos na cidade, mas muito mais que isso, hoje uma liderança cultural, com voz ativa, clamando em alto e bom som contra os desmandos de desgovernos autoritários, fundamentalistas, praticantes do genocídio, não só cultural, como de pessoas.

Mariza tem mais que uma bela história para ser contada, relatada em detalhes. Ela sempre fez, pegou o touro a unha, foi à luta desde muito cedo, enfrentou tudo pela frente e está escolada, calejada, alquebrada e assim como a aroeira, “verga mas não quebra”. É de artistas deste naipe que este país precisa, gente que não se esconde atrás de um patrocínio governamental e daí se cala. Viver se escondendo atrás de meras verbas, muitas vezes de governos espúrios, sem contestar é algo ocorrendo com a maior naturalidade país afora. Isso inquieta a muitos, mas poucos se postam contrários, falam e se posicionam. Evidente que Mariza não está aqui só por causa disto. Ser ela uma de nossas mais corajosas artistas, todos sabemos, mas é que sua história nos contagia e ela pede para ser contada. Precisamos todos conhecer como se deu a trajetória de Mariza, por onde andou, o que fez de sua vida até desaguar neste hoje, clamando não só por manifestação, mas posicionamento e luta, resistência.

O bate papo será em torno disso tudo e só por isso é mais que saboroso. Mariza conheceu o mundo com sua arte. Viajou por diversos países, mas não voltou empombada e de peito estufado. Ela nunca tirou os pés do chão e é com eles, com sua trajetória que, sempre soube estar acima dos falatórios. Ela faz, acontece e não se deixa levar por cantos de sereia. Daí, nada como conhecer um pouco mais de Mariza e tudo contado por ela mesma. Essa a propositura dessa conversa. 

Antes, até para apimentar, para quem quiser ler algo mais sobre ela, cliquem no link abaixo e vejam tudo o que já publiquei dela no blog Mafuá do HPA: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=MARIZA+BASSO

EIS O LINK DO BATE PAPO Nº 34, COM 1H10 DURAÇÃO: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/4309124665784176

RESUMO DA CONVERSA:
A história da Mariza é envolvente e contagiante. Ela foi iniciada por alguns conhecidos artistas da cidade e a partir daí descobriu o que queria fazer pro resto da vida. Caiu de boca na vida artística. Fez teatro pelas condições existentes na época, através dos cursos da Oficina Cultural. Quando cita da Cultura exercida pela Prefeitura através da Secretaria Municipal de Cultura afirma algo marcante e verdadeiro: "A Cultura pública em Bauru quem sempre fez foi o SESC. A Prefeitura pouco fez e o único projeto mantido até então, a Lei de Estímulo hoje foi cancelada, com ela ainda não concluída. A alegação é pífia, do preciosismo jurídico, mas embutida nisso, a evidente maneira do trato deste setor nessa administração; a do menosprezo, irrelevância e desprezo, deixando os artistas à mingua. Mariza se mostra sem esperanças diante de tudo o que já viu e o que se prevê para o futuro. Conta algo revelador, a de que antes da esquerda - PT, chegar ao poder, a direita - PSDB tratava o artista interiorano como um nada, exigindo que todos fossem pra capital, nunca valorizando o local. Foi um período de debandada. Ela ficou, resistiu e diz que, com a chegada da esquerda foi quando surgiram os projetos de valorização dos artistas do interior e os projetos neste sentido. Hoje, com a ultradireita, algo pior do que no período com o PSDB, ou seja, o total menosprezo para o setor. Não espera mais nada destes e faz uma dura afirmação para com a atual secretaria de Cultura, sua amiga Tatiana Sá, de forma bem dura e incisiva: "Estivesse eu no lugar dela, diante do cancelamento do edital, como ocorreu agora e vendo E diz que, quem continua deve ser pelo dinheiro na conta no final do mês e só. Enfim, a entrevista foi contundente. Quando fala da união da classe artística, diz que isso já está acontecendo e que, o proporcionado pela Lei Aldir Blanc só foi possível pela união de todos, a união do "Brasil profundo", algo que por ter sido conseguido com ajuda da esquerda, hoje é nem mais citado dentro dos impressos oficiais da Cultura Federal. Encerra reafirmando que os tempos serão duros, mas com todos unidos alguma esperança, pois tudo daqui pra frente só será conseguido sob pressão, muita pressão. Foi algo marcante, ela emocionada dizer que, não teria forças para fazer novamente tudo o que fez durante sua vida toda, mas as forças que lhe restam utilizará para unir a classe e lutar, lutar e lutar. Que grande artista, verdadeiramente revolucionária. Confesso, sai apaixonado ainda mais por ela ao final dessa conversa que, deve ser assistida por todos os com interesses culturais na cidade. Foi apaixonante...

 
ARTIGOS DESTE HPA PARA "DEBATE", DE SANTA CRUZ DO RIO PARDO - Nº 2
Como alguns ainda conseguem seguir o ‘capiroto’ sem corar a face: o caso Bauru
Com a chegada de Jair Bolsonaro, o Senhor Inominável ao poder, juntou-se a ele o que de pior poderia ter acontecido com este país. Um bando de aloprados, alucinados, desvairados e muito mal ajambrados, além de intencionados. A derrocada nos direitos básicos da boa convivência humana, fim da legislação trabalhista e o conluio para colocar por terra tudo o que havia sido duramente conquistado é sentido por todos. Implantam o “terra arrasada” e até hoje, devido a conluio entre os ditos poderosos de plantão, tudo tem ocorrido a contento pro lado destes. O país, passados pouco mais de dois anos deste desgoverno é este caos, onde as evidências são latentes, ululantes.

Desastre consolidado, foi salutar ir acompanhando os tantos que já abandonaram o barco bolsonarista. Enfim, todos os com um mínimo de sensatez o fizeram, pois mesmo contrários a governos anteriores, impossível continuar apoiar algo de cunho reconhecidamente genocida. Porém, existem os que estão insistindo em prestar apoio e defender abertamente a aberração em curso. Sempre existirão estes, pois mesmo o nazismo teve fiéis seguidores até seus estertores. Estar junto com a perversidade se dá das mais diferentes formas e jeitos. Cada qual com interesse bem específico. Aqui em Bauru, o foco do restante de meu escrito semanal, é reduto de assumido bolsonarismo, com 75% dos votos sendo sacramentado a este segmento nos últimos pleitos, tanto o presidencial, como o municipal. Um horror.

A perfeita, ops, digo, prefeita Suéllen Rosim é do partido Patriota, fundamentalista e bolsonarista e se alia aos interesses dos ditos por aqui como “Forças Vivas”, capitaneado por Walace Sampaio, presidente do SinComércio, espécie de coronel, quando declara algo acima de tudo o mais: “aqui o comércio não fecha”. Juntos, aliados com parte da mídia massiva e do Judiciário, pregam algo abertamente contra o governador João Dória, um que, tão cruel quanto todos, porém tendo o Butantã sobre sua alçada e, daí, tentando seguir algum preceito pela vertente da Saúde. A flexibilização bauruense é negativista, pensa só nos botões dos abastados e pouco na massa dos desvalidos. Ludibriam o povo com bandeiras que não são as suas e assim Bauru segue iludida e convertida à pregação dos insensatos.

Cito um só exemplo e com ele demonstro algo bem em voga em Bauru: o grau cego da adesão de parte da dita intelectualidade, hoje ainda arraigada na defesa de Bolsonaro. O reduto destes se dá nas páginas do Jornal da Cidade, especialmente na Tribuna do Leitor, representando o segmento predominante dos leitores ainda mantendo o jornal circulando. Um professor aposentado, engenheiro da Unesp Bauru, fotógrafo reconhecido como rebelde anos atrás e hoje empedernido conservador, defensor de tudo o que Bolsonaro prega, desde o milicianismo até as desconexas falas diárias. Não cito seu nome, mas usando-o como exemplo, vejo nestes os segurando a brocha de algo cada vez mais fora do contexto da normalidade. São as tais pessoas cada vez mais perigosas, homofóbicos por osmose, repetindo algo idêntico do deputado preso e se posicionando abertamente contra todo e qualquer preceito que resvale em algo parecido com democracia. Estes não aceitam o contraditório. São as suas ideias e só. Pululam por aí, estão não só no jornal, como na padaria, na fila do caixa do supermercado e da casa lotérica, ou seja, mostram abertamente a face horrenda e sem nenhum rubor. Podem até parecer maioria, algo como tudo estar já devidamente dominado, mas existe uma Bauru resistindo e fluindo por canais alternativos. Bauru flui e se oxigena por causa deste antagonismo. Ufa! Nem tudo está perdido e assim a luta continua.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (142)


A NOVELA "BEM AMADO" É A CARA DA BAURU DE SUÉLLEN E WALACE
A novela Bem Amado, obra de ficção (sic) da lavra de Dias Gomes é por demais conhecida dos brasileiros e foi uma das telenovelas que mais soube representar algo acontecendo país afora, folclórico mas verdadeiro. O que se viu acontecendo, dia após dia na Sucupira da novela pode muito bem ser transportado e cai como uma luva para muito do que ocorre em milhares de cidades brasileiras. Guardião, o super-herói bauruense, muito observador e comparando o que assistiu tempos atrás na televisão com o que vê acontecendo in loco na atual Bauru sob a administração da novíssima (sic) perfeita, ops, digo, prefeita Suéllen Rosim e seu manda-chuva (ou vice versa, enfim quem manda de verdade?) Walace Sampaio, capo do SinComércio disse em alto e bom som:

"Gente, essa novela é a cara do que está em curso em Bauru. Uma prefeita eleita para ser diferente, porém atrelada a tudo de ruim, neste caso o bolsonarismo, ligação umbilical com seu partido, o Patriota, mais fundamentalista impossível. Ela é a encarnação exata de Odorico Paraguaçu, daí já ser reconhecida por este nome, com a designação feminina, ou seja, Odorica Paraguaçu. Que Sucupira seja também uma terra "sem nenhum limite", disso quem conhece a trama, sabe do que vos digo. Tudo o que vemos a prefeita fazendo é como se a víssemos diante de um espelho e dali estampada a imagem de um Odorico com madeixas", começa sua fala.

Tem mais e Guardião conta de outro personagem: "Ela não está só e como sabemos Odorico, o da ficção e não a da realidade bauruense, precisava sempre dos serviços nada usuais de alguém contratado para essa finalidade. Tratava-se de Zeca Diabo, um pistoleiro sem escrúpulos, que na calada da noite colocava em prática o que vinha na mente do prefeito. Fazia qualquer serviço. Cai como uma luva para o que vemos Walace Sampaio, o tal que manda e desmanda no comércio local, tal qual um sinhozinho, pois já baixou seu decreto de um só parágrafo e cumpre quem tem noção de que é bom não cutucar a onça com a vara curta. "Em Bauru o comércio não fecha" e disse isso, mesmo no momento quando a pandemia está avassaladora por essas paragens. O casal bauruense uniu forças, assim como os da novela e aprontam seguidamente, uma patacoada atrás de outra. O trabuco que nossa versão piorada do Zeca Diabo faz questão de mostrar pode não ser uma arma de fogo, mas vem de sua prepotência, arrogância e negacionismo diante de uma Saúde de pernas pro ar. Ou seja, cada um mata ao seu modo e jeito".

A novela a gente bem sabe como terminou, ou seja, em tramas com começo, meio e fim, quase sempre o mocinho vence e Odorico e Zeca Diabo foram desmascarados. Espera-se que, pela continuidade e sequência de perversidade ocorrendo nas hostes bauruenses, algo de igual teor possa estar em curso. Guardião, do alto de sua sapiência bauruense crava o que pode acontecer: "Não há mal que sempre dure e nem mentira que perdure ad eternum. A ficha bauruense talvez demore bocadinho mais para cair, mas chegará o dia, pois na junção do lé com o cré, impossível darem prosseguimento a tanta maldade sem nenhum raio caindo sob seus costados. Lá em Sucupira existia uma imprensa livre denunciando as perversidade e aqui idem, pelas redes sociais e prontas para escrachar com todas as barbaridades. Isso é papel de todo ser livre, sensível e contrário ao baú de maldades em curso. Eles não irão resistir por muito tempo se estivermos todos unidos e a demonstrar a sucupirice em curso".
Em tempo: Guardião é obra do traço do artista Leandro Gonçalez com pitacos escrevinhatórios do mafuento HPA e sai todo mês por este meio e também no www.mafuadohpa.blogspot.com.

O MIOLO DA COMPLICADÍSSIMA AREIA MOVEDIÇA DA PEC Nº 3/2021 – AO MENOS HOJE “ELES” PERDERAM
O deputado do Centrão, ARTHUR LIRA, o que tinha por hábito levar sacos de dinheiro para contar casa e agredir a então esposa, chegou nos píncaros da glória, conseguindo o intento de ser o atual Presidente da Câmara dos deputados. Logo na primeira semana se depara com um colega de trabalho preso, o DANIEL SILVEIRA e passa na frente de tudo o mais a PEC que o isentará de passar por perrengues desta natureza. Votariam algo para liberá-los de futura cana dura, mas os planos não deram muito certo e “eles” perderam. Ou seja, quando tudo estava montadinho, dado como certo, pois no conluio centrista, sempre se ganha. Algo deu errado e tudo continuará como dantes. Ufa! Os deputados poderão continuar sendo presos quando cometerem arbitrariedades e não estarão acima do bem e do mal.

Enquanto bebo e comemoro em meu soturno confinamento esta nossa vitória lá na Câmara dos Deputados, hoje, às 17:12, destaco, para o Mafuá o que disparou, quando usou da palavra, a inigualável Deputada Maria do Rosário (PT-RS):“A extrema-direita quer a impunidade dos atos que faz contra a democracia e a autorização para nos desrespeitar, injuriar e caluniar. Isso, jamais!". Portanto, a vitória de hoje à tarde na Câmara Federal, foi uma maravilhosa derrota do fundamentalismo bandido do bolsonarismo, mesmo que não seja possível ler isso, com a letra da verdade, em dezenas de textos, notas, vídeos que a mídia reles e rasa está veiculando...

Para encerrar o dia com chave de ouro, só para rememorar, algo mais para todos tomarem conhecimento de quem é na verdade ARTHUR LIRA. O deputado, atual presidente bolsonarista da Mesa da Câmara dos Deputados. O buscador do site do Supremo vomitou, logo: 24 processos em andamento! Comecei a examinar o processo mais recente. É um processo criminal. Entrou na Suprema Corte em 08 de junho de 2020. Vem de sua ex-esposa, Jullyene Cristine Santos Lins. No andamento mais recente, de 12 de fevereiro de 2021, o min. Ricardo Lewandowski pediu vistas, suspendendo a tramitação. Aguardemos. Dando uma olhada na imprensa, para saber do que se trata, encontrei essa nota de Thaís Oyama, do UOL: https://noticias.uol.com.br/.../denuncia-de-ex-mulher-e...

Onde se lê: "O dinheiro chegava lá em casa em malotes. Ele escondia lá, escondia nas fazendas, escondia em todo canto", disse Jullyene à revista VEJA, em reportagem publicada em dezembro de 2019, ano em que, nas passeatas em favor do presidente, o Centrão ainda era chamado por apoiadores de Bolsonaro de "bando de ladrão" (com o sacrifício da concordância nominal aparentemente em prol da rima). "Chegava malote com 30 mil, 500 mil e até 1 milhão de reais. Notas de 50 e de 100", contou Jullyene. Parte desse dinheiro, afirmou a mulher, o deputado usava para comprar apoio para as suas campanhas — Lira está em seu terceiro mandato na Câmara Federal. "Eu contava, eu conferia, eu lacrava. Eu distribuía para vereadores quando era na campanha. Ele mandava: "Faça tantos envelopes de tanto, de tal valor". Denúncia de ex-mulher, malas de dinheiro, compra de apoio eleitoral - alguém se lembra de ter ouvido essa história antes? O Centrão agora é governo; o governo agora é o Centrão.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/thais-oyama/2020/07/26/denuncia-de-ex-mulher-e-mala-de-dinheiro-alguem-ouviu-essa-historia-antes.htm?cmpid=copiaecola&cmpid=copiaecola

Ou seja, gente da melhor espécie este novo aliado do seu Jair, o miliciano presidente. Daí, caríssimos (as), a pressa do presidente da Mesa da Câmara em pôr em votação, prontamente, no rescaldo da prisão do bandidão bolsonário, Dep. Daniel Silveira (PSL-RJ), regulamentações legais para proteger a bandidagem ameaçada pelos processos no STF...

Nem sempre ganham todas e hoje perderam. Abro uma cerveja geladíssima neste exato momento e a bebo de uma só talagada. 

Eis um dos motivos pelos quais a gente não pode desistir de nossos sonhos: ELES NÃO GANHAM SEMPRE!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

COMENTÁRIO QUALQUER (211)


OS “ROSIM” SAEM DE BIRIGUI E BUSCAM SE REERGUER EM BAURU NO LUCRATIVO RAMO IGREJISTA, APOSTANDO FICHAS NA REESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO – CORRENDO CONTRA O TEMPO E BUSCANDO OUTROS NICHOS DE EXPANSÃO COMERCIAL
Dever hoje em dia não é privilégio para poucos, mas exercício de difícil labuta. Os percalços são muitos e para adentrá-los, basta um pequeno deslize, pronto, seu nome caiu na malha dos devedores. Ninguém está isento de estar inserido neste contexto. Execuções fiscais não correm em segredo de Justiça. A pedido de qualquer pessoa por exemplo se pedir uma certidão negativa de débitos municipais, mediante nome completo e CPF/CNPJ em Bauru, Birigüi ou Brodósqui vai sair e tudo, tim tim por tim tim estará exposto. Não fujo à regra, pois sou um tanto desqualificado para negócios e transações financeiras. Frequentei sem demérito Serasas e afins. Cada história é um caso à parte. Algumas mais do que saborosas, divertidas, outras nem tanto, revelando um aperto, deste que nos acompanham um vida inteira, ainda mais agora nestes pandêmicos tempos. Diante disto tudo, não tripudio com quem deve, pois faço parte do rol e sei muito sobre os motivos pelos quais adentramos e das dificuldades de sair de enrascadas vida afora. Porém, evidente devedores e devedores, casos e casos.

Dito isto, vou ao cerne da questão e teço comentários sobre uma igreja recém inaugurada em Bauru, a MIPE, cujos proprietários são todo o núcleo familiar da atual novíssima (sic) prefeita de Bauru, Suéllen Rosim. Já é do conhecimento público que, o negócio montado e tocado por eles em Birigui passou por perrengues de difícil contorno e solução. Todos nós adentramos empreendimentos, pelo menos uma vez na vida, dos quais nos arrependemos e nos tira o sono por longos período. Insistir no erro já é outra coisa. Tem também isso de um negócio não dar mais certo num lugar e você imaginar um outro cenário noutro, daí apostar todas suas fichas numa repaginação em outras paragens. Creio ter sido este o grande motivador da família ROSIM ter praticamente abdicado da insistência de tocar igrejas neopentecostais em Birigui e agora, com o advento da filha eleita prefeita, terem transferido a sede e os objetivos principais da empresa para a terra dita e vista como “Sem Limites”.

Não quero ficar dando voltas. Vou logo ao cerne da questão. Não sou o único a consultar os oráculos para averiguar de como se deram as dificuldades biriguienses. Elas se deram de forma repetida e em cada nova investida, só aumentava o montante do débito. Advindos disto, cobranças de todas as matizes, tentativas de acordos, execuções, oficiais de Justiça e boletos diversos. Uma triste rotina e o fato é um só, a igreja pensada e tocada adiante por lá estava mal das pernas, caindo em descrédito e quem revela algo disto é o que surge quando consultados os nomes dos sócios. Não comungo da mesma fé desta família, daí não posso avaliar a contento dos motivos da insistência e da não recepção pela cidade ao chamamento feito do púlpito. Agora, de mala e cuia em Bauru, prédio recentemente alugado, barracão de considerável valor, já adaptado para a nova tentativa, tudo recomeçando e a tentativa de abarcar os tais fiéis desgarrados e clamando para serem salvos. Cada novo empreendimento que surge, é sabido, busca-se um público alvo, o que lhe dará a sustentação, a base sólida para alavancar e solidificar, tornando o negócio lucrativo, pujante. Se algo vingar aqui, evidente, franquias surgirão e a expectativa é grande, pois todos sabemos da existência de um nicho de mercado, sempre inexplorado por essas plagas.

Tudo isto para descrever que a situação dos ROSIM gera grande expectativa em Bauru. Existem os que torcem a favor e os que torcem contra. Tudo vai depender do que que virá como oferecimento, o atrativo, o chamar a atenção e a partir daí, disparar, despontar e explodir. Só assim as pendências do passado serão sanadas, amortizadas, liquidadas e não mais postergadas, jogadas para a frente e com aquele fingir que não existem. A pedra fundamental do novo e auspicioso passo ocorreu, com boa receptividade e em breve, em novas consultas com os nomes dos sócios majoritários, a esperança (toc toc toc) destes estarem livres do peso do passado sob seus ombros. Enfim, Bauru é mesmo poderosa. Muitos fizeram o mesmo e se deram bem. E daí, por que não deixar os ROSIM fazer também sua tentativa? Busco com eles inspiração para tentar fazer o mesmo com minhas pendências do passado e me atormentado no presente e quiçá também no futuro, talvez além túmulo. Ideias encorajadoras para se safar de tormentos advindos desses cobradores insistindo em nos localizar por onde andemos, nos mudemos ou nos disfarcemos com outras denominações diversas. Eu aprendo muito com tudo isso, muito mais do que me ensina o SEBRAE.

SAÚDE ABANDONADA EM BAURU - DEPOIMENTO DE PROFISSIONAL DA ÁREA, ALGO DO ESTOQUE DE MEDICAMENTOS E DOS FURA FILAS
Recebo ligação de profissional da área e seu relato por mim colhido de um algo mais dentro da estrutura da Saúde Municipal:

"Eu gostaria de comentar algo ocorrendo está semana. Pacientes diabéticos que precisam fazer controle glicêmico estão sem fornecimento de fitas e agulhas para poder checar sua glicemia. Alguns precisam fazer controle diário, pois tomam insulina. Alguns casos severos. Eles não podem ficar sem e ao questionar superiores informaram que devido atraso na licitação. Mas logo será normalizado. Mas pelo que soube Já passou de duas semanas ou mais. Ficar 15 dias sem verificar glicemia ....uma pessoa que toma insulina... A prefeita não tem sido tão informativa... lives etc. E também consegue , faz e acontece. Por que faltar isso. Hj o número de pessoas diabéticas é muito grande. Muitas pessoas diabéticas. Nas mais de 50 anos, acredito que mais da metade da população não sabem. É a doença que mais levou a morte com covid. Pacientes diabéticos foram os que mais morreram de covid. Outro fator preocupante , está comodidade levou afastamentos em trabalho em período de pandemia por covid. Mas a vacinação dessas pessoas até agora nada se falou. Pessoal linha de frente ótimo, idosos tbm. Mas muitos jovens foram até unidades de saude e se vacinaram por estarem cursando na área de saúde e os de nível superior como veterinários....Sim veterinários tomaram vacina e diabéticos esperam por ela até hj. Eu não sou diabética e nem tenho diabéticos em minha residência. Mas atendo esse público e sei como é complicado. Me perdoe o desabafo e se possível não gostaria que se for fazer algo a respeito, não me citasse sobre este posicionamento relatado por mim. Temo represália. Perdão pelo incomodo".

Diante do que me escreve, pergunto mais e ela desabafa: "Tem aumentado muito o número de diabéticos, alimentação, acima dos 50 anos dificilmente alguém escapa. Peso, obesidade, falta de atividade física, muitos casos caminhando para a gravidade, a própria pandemia causa isso, descontrole, o ficar em casa, a falta de lazer adequado. A glicemia acaba subindo, entra o psicológico junto com este fator. A falta de insumos para essa população é mais do que preocupante, pois todos precisam fazer um controle diário. Aqui onde atuou falta tudo, desde agulhas, fitas para medição e a desculpa é sempre a mesma, a tal licitação. Isso desde a administração passada, mas agora agravada, pois agora é proibido tentar cobrar. Isso afeta muito a população. Muitos deixam pra lá, mas outros necessitam muito desse material, pois o corpo sente a falta imediata. E agora junta-se a isso o Covid. percebo estarem priorizando os idosos, mas vejo muita gente furando a fila e dando um jeito de passar na frente. A gente vê todo dia pessoas que poderiam esperar um pouco mais, mas passam na frente numa boa e deixam quem de fato deveria tomar esperando. Quando veio a norma de curso superior, veio até veterinário tomar vacina e esses mexem com boi e não com gente, vieram todos se vacinar, vinham com cartinhas, faxineiras, gerente de setor de lugares que não estão na lista e todos tomaram. Eu vi muito disso. Não vejo movimentação séria de repor o material faltante e vejo bagunça na vacinação. Tudo parece piorou agora este ano. Sempre se ouve por aqui que semana que vem, semana que vem, semana que vem e essa semana que vem não chega nunca. E essa bagunça na vacinação, a gente vê tudo e não tem pra quem denunciar. Faça algo, por favor, mas não me cite. O povo tem um grande poder que é a voz, mas muitos se calam e outros não sabem utilizar. Reivindicar e exigir de uma forma melhor, poucos fazem isso. Faça isso por nós".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (162)


ENFIM, SUÉLLEN PODE OU NÃO PERDER O MANDATO POR DESCUMPRIR QUITAÇÃO COM JUSTIÇA ELEITORAL?
Ao tentar abrir uma mísera repercussão via Internet do "Caso Suéllen" no TRE-SP, trombo com advogados que tentam, insistentemente, desdenhar da contextualização desse fato.

Eles se acham. Nada do que aponto, especulo, pondero, vale alguma coisa: "você está por fora, não vai dar em nada!". Lembro do caso de Faria Neto, então presidindo a Mesa da Câmara, cassado e de outros dois vereadores, Fernando Mantovani e Fabiano Mariano, todos até hoje sem direitos políticos, mas, em vão: o dogmatismo fundamentalista bauruense é negacionista!

Por isso, preciso pontuar, para eventual questionamento futuro, em detalhe, o cenário que a Justiça Eleitoral de São Paulo instala para o "caso Suéllen".
1º - Encerrado o pleito de 2018, Suéllen, candidata à ALESP, cumpre sua obrigação legal de prestar contas dos créditos recebidos do Fundo Partidário;
2º - Em 12 de setembro de 2018, a candidata não eleita, Suéllen Silva Rosim apresenta a sua prestação de contas à Justiça Eleitoral de São Paulo, por meio de petição que é o documento inicial do Processo 0605982-84.2018.6.26.000 que estamos acompanhando, no TRE-SP;
3º - Nas 12 telas sucessivas que documentam os andamentos desse processo, até aqui, o acompanhamento processual atento e isento poderá verificar a ocorrência de ilícitos que não se confundem com irregularidades;
4º - A etapa atual, execução de sentença, com bloqueio de valores e penhora online, comprova a existência, por ali já documentada, de um eixo de fraude na prestação de contas da então candidata, Suéllen Rosim;
5º - Por outro lado, para que Suéllen pudesse viabilizar sua candidatura à Prefeita de Bauru, em 2020, um documento imprescindível é a Certidão de Quitação Eleitoral, a ser dado pela Justiça Eleitoral, no caso do pretendente demonstrar estar quite, sem dever nenhum valor apropriado do Fundo Partidário, ao órgão federal de controle e fiscalização, que é a Advocacia Geral da União - AGU. O que não era, nem é, o caso de Suéllen;
6º - Se ela não apresentou a Certidão de Quitação Eleitoral em 2020, porque não havia quitado aquele débito da eleição de 2018, estando o processo de cobrança em andamento no tribunal, como pôde vir a ser candidata, e, agora prefeita eleita, em pleno exercício do mandato, após a sua regular diplomação?
7º - Pôde porque, graças a um acórdão da lavra da ministra Rosa Weber, no TSE, em Brasília-DF, não há inelegibilidade pela mera falta da Certidão de Quitação Eleitoral. Pelo acórdão da ministra Rosa Weber a inelegibilidade começa depois que ocorre o trânsito em julgado no processo de prestação de contas do pleito anterior. Enquanto a prestação de contas do candidato estiver sub judice, ele é elegível no pleito eleitoral posterior. Esse absurdo favoreceu todos os candidatos de ficha suja, no país, sem beneficiar, em nada, nenhum candidato com ficha limpa! Foi assim, sem a juntada de sua certidão de quitação, que Suéllen se tornou candidata, e, depois, prefeita;
8º - Apesar de ouvir de alguns que "agora ela tem recursos e certamente irá quitar o débito de R$ 31.951,90", não é bem assim. Esse valor já foi penhorado em 27 de janeiro de 2021. Ela tentou escapar, no dia seguinte, 28 de janeiro de 2021, com o pedido de parcelamento, que foi ignorado, vindo o órgão federal que havia solicitado essa medida do juiz, a AGU, requerer a conversão do dinheiro em renda da União. Ela pererecou bastante de setembro de 2018 para cá, porém, agora é tarde, Inês é morta;
9º - Portanto, não é "um delírio" - como dizem esses "donos do Direito bauruense - a presunção nossa de que esse "caso Suéllen", no TRE-SP poderá, eventualmente, vir a desabar sobre a sua atual condição de prefeita de Bauru. Com a sentença final, a ser prolatada em breve, o juiz Marcelo Vieira de Campos abrirá prazo para o trânsito em julgado do processo, com a quitação do valor não devolvido tendo sido obtida mediante penhora, transformada em ativo da União, o que não recomenda à Justiça Eleitoral de São Paulo a emissão, atualizada para 2021, da Certidão de Quitação Eleitoral de Suéllen Rosim, no outro processo de sua candidatura em 2020;
10º - E, sem a certidão, sua candidatura não pode valer. Pouco importam datas, prazos, razões de gosto ou causas de interesses: resultado de fraude na candidatura é perda de mandato. Ponto! Que acontece todo dia em tantos municípios e estados, como a gente pode conferir no Portal do TSE ...

Enfim, ela pode sim perder seu mandato e ficar chupando o dedo, ela e a igreja recém inagurada...
OBS.: Este texto conta com assistência institucional do prof. Jeferson, Garoeiro, bauruense exilado em Natal RN e de lá meu sacramentado Consultor para Assuntos Aleatórios.

COM "ELES" CADA DIA UMA NOVIDADE
Em foto de Malavolta Jr, do Jornal da Cidade, a comprovação de que o jogo por aqui é bruto, pesado e os apostando na flexibilização fazem de tudo e mais um pouco para fazer valer suas ideias, gestos, opiniões e vontades. Ontem, plena terça à tarde, carreata tendo à frente um boneco inflável com a imagem do governador Dória, quando os do lado do Zeca Diabo da cidade, o sr do SinComércio e da novíssima (sic) prefeita, apostam fichas e mais fichas no desgaste do adversário que encontraram para, diante de fazerem pouco, terem justificativa para se dizerem os santos - do pau oco. Bauru vive hoje uma inversão de valores que, certamente vai lhe custar caro lá na frente e estes hoje apostando na licenciosidade serão os mesmos que, quando tudo der merda, ainda irão culpar o escolhido como culpado por tudo, nunca eles, os verdadeiros monstros. Notem, em tudo o que estes fazem, a palavra Saúde quando citada é feita de maneira apequenada, subalterna, coadjuvante e nunca como a protagonista e a detentora das atenções e cuidados.

PIADA PAULISTA
Toque de recolher das 23 as 5h, mas nesse período todos já estamos recolhidos. Desse jeito, com medidas assim, pandemia bate palmas para os desumanos...
Eis o link de matéria do Jornal Dois:
https://www.facebook.com/jornaldoisbauru/posts/1173944166396065

A FICHA CAI, COM MUITO CHORO E DOR...
"Hoje peguei um uber e o motorista começou a falar de como a pandemia tinha acabado com a vida dele. Antes ele tinha duas vans de transporte escolar, vivia bem, tinha estabilidade. Reclamava que ninguém estava fazendo nada por eles, que um colega de profissão tinha se suicidado sufocado pelas dívidas. Parado tinha que pagar todos os impostos das vans legalizadas, as prestações, e tudo que incidia sobre uma atividade profissional que ele estava impedido de realizar. Em função das dívidas com impostos e taxações foi forçado a vender uma das vans , ficou com os impostos, as prestações da outra que permanecia parada na garagem pela qual tb pagava. Havia adquirido uma nova dívida: o carro que dirigia no Uber. Mas havia algo de estranho no discurso dele. Nunca nomeava esse “ ninguém”, nunca politizava o discurso. Sua fala apontava o vírus como o responsável por ele ainda ter que arcar com os impostos, pela falta de suporte para a categoria profissional dele, pela falta de vacina, pela sensação de desamparo. Então eu perguntei se realmente era tudo resultante da ação do vírus. Ele parou o carro e olhando para trás, com os olhos cheios d’água, me disse: - Sabe senhora, eu votei nesse presidente. Eu achei que ele ia fazer grandes coisas pelo Brasil e pela gente e minha vida só se encheu de desgraça. Felizmente tínhamos chegado ao meu destino", depoimento de amiga professora carioca, hoje pelo reservado das redes sociais e aqui públicado sem citar identificação.

DIA 26/2, SEXTA, 9H, O BICHO VAI PEGAR NA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR OS ASSUNTOS RELACIONADOS À CULTURA MUNICIPAL - EIS O MOMENTO PARA LAVAR, QUARAR E SECAR A ROUPA SUJA
"Abandono dos projetos culturais por parte da Prefeitura será tema de audiência pública. No dia de hoje (22/02), foi aprovada na sessão da Câmara Municipal a realização de audiência pública que propus para tratar dos problemas relacionados aos possíveis Rumos do Programa de Estímulo à Cultura e o cancelamento do edital de 2019. Como também para tratar do Orçamento da Cultura em 2021 e remanejamento de valores que não serão usados em eventos cancelados por conta da pandemia. Convoquei a senhora Prefeita Municipal, bem como a secretária da pasta da Cultura e convidamos diversas organizações do setor: Conselho Municipal de Cultura, da Sociedade Amigos da Cultura - SAC, da Associação de Teatro de Bauru e Região -, do Grupo Ato, do Grupo Protótipo Tópico, do Grupo Expressão Poética, do Coletivo Samba, das Escolas de Samba e Blocos, da Liga das Escolas, da Casa de Cultura Celina Neves, da Escola Sirius de Teatro e do Coletivo Fuzuê.

Um dos temas de maior relevância que será objeto dessa audiência pública é a suspensão de fomento cultural de projetos selecionados e aprovados por banca julgadora, no edital do ano de 2019. Fomento que após ter todo o trâmite administrativo cumprido, com pareceres favoráveis da Procuradoria Municipal, foi tratado de forma distinta com a mudança da gestão do executivo, o causou espanto e perplexidade da comunidade artística da cidade, a controversa decisão de suspender o pagamento dos projetos aprovados baseada em justificativas jurídicas que visam inviabilizar o edital, depois de tanto tempo.
Os artistas são uma classe social que padece com as impossibilidades decorrentes da pandemia. Em busca de transparência social sobre as causas que motivaram essa posição que prejudica artistas, projetos e grupos culturais, convido a tod@s a acompanhar no dia esta audiência que irá acontecer no dia 26 de fevereiro de 2021, sexta-feira, com início às 09 horas. Artista bauruense merece respeito!", vereadora Estela Almagro PT Bauru.

O mais interessante dessa Audiência Pública é que, só o fato da classe artística estar reunida para discutir sua vida futura, problemas e perspectivas, isso já incomoda e estão fazendo de tudo e mais um pouco nos bastidores para que a mesma fosse adiada ou resolvida de outra forma. Ou seja, quem não tem nada para apresentar, também não tem como se justificar, daí falar o que? Nada. Como não existe nada para ser dito, pois nada será feito daqui por diante em relação à Cultura, temo que o fiasco será incomensurável. A conferir...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

DICAS (205)


ALGO DE UM SAMPAIO DE FIBRA, JUAREZ, BEM DIFERENTE DE OUTRO, HOJE COMPARADO COM O SUCUPIRANO ZECA DIABO
Revendo a trajetória do hoje declarado mais novo coronel - não seria mero capataz? - bauruense, Walace Sampaio, título conquistado após uma batalha envolvendo muito "sangue, suor e lágrimas", pelas ruas do comércio bauruense. Luta às avessas, pois consegue o título e o jargão de "Odorico Paraguaçu/Zeca Diabo", já difundido e se espalhando com o vento, devido aos malfeitos de uma ação coordenada pensando somente em seus botões e na manutenção de privilégios para uns poucos.

Foi inevitável ao olhar para o passado relembrar a história de luta de outro SAMPAIO, este de fibra, garra, pujança, dinamismo. Falo de JUAREZ VIEIRA SAMPAIO, o da Casas Sampaio, que por décadas teve sua casa ali junto da praça Machado de Mello e numa queda de braço com o irmão, se viu obrigado a tirar dali a loja e se virar, conseguindo na sequência alugar imóvel na rua Primeiro de Agosto. Juarez era dado à boa conversa e em alguns momentos comentou comigo das desavenças entre os irmãos, algo pelo qual poucos escapam. Ouvi dele coisas escabrosas. Ele cuspia fogo nesses momentos, pois trabalhava muito, enquanto do outro lado, não via o mesmo.

Tínhamos lugar certo para o bate papo. O café junto da Cisne Calçados e o balcão do SESC, quando ele saindo de sua noturna fisioterapia na piscina, eu chegando para os shows. Conversas que não me saem da memória e delas algo inenarrável neste momento, quase sempre tendo como pano de fundo isso dessa imensa diferença entre irmãos. Num dos papos, ele me vendo preocupado com o acervo histórico do jornalista Luciano Dias Pires num sítio, diz que poderia ceder o último andar inteiro, sem utilização pela loja, para abrigar os documentos raros. Sensível, certamente não contaria com a anuência do irmão. Pressionado para colocar o imóvel da loja à venda, teve que procurar outro lugar para dar continuidade aos, já naquela época, mais de 75 anos de existência da Casas Sampaio.

Nestes momentos, Juarez se avermelhava, mas engolia em seco e continuava tocando seu barco, como sempre o fez. O que ouvi dele é algo que guardo comigo, segredos de alcova e diferenciando muito um do outro. Um já estava se tornando essa espécie de Odorico da "Sem Limites" - dava passos decisivos neste sentido -, hoje mais do que latente. A Casas Sampaio segue altaneira, hoje comandada pelo filho do Juarez, o José Neto, enquanto que o prédio onde foi praticamente obrigado a desocupar, junto da praça Machado de Mello, para ser colocado à venda, este continua fechado, praticamente se deteriorando e a cada vez que passo por ali, olho para aquilo tudo e impossível não se recordar de como Juarez brigou pela manutenção da loja no seu lugar original, enquanto do outro lado, a luta era outra.

Reverencio cada vez mais gente de fibra e garra como sei ter sido Juarez e cada vez menos, gente como Walace, pois o que faz hoje com a cidade de Bauru, o faz ser merecedor de montagem como a que vejo sendo espalhada pelas redes sociais, dando conta dele ser a mais perfeita encarnação do matador de Sucupira. Aliás, a Bauru de dona Suéllen Rosim, a Novíssima (sic) Perfeita, ops, digo, prefeita, não seria cópia piorada de Sucupira? Revendo algo do querido Juarez me faz continuar na lida contra os perversos a nos rodear, muitas vezes do mesmo sangue. Um será lembrado para todo o sempre pelo seu verdadeiro empreendedorismo, outro, pelo cruel momento de hoje, quando vidas deixaram de importar, na luta onde o ser humano é mais uma vez pisoteado. Do Walace leio neste momento do amigo Luiz Manaia, o baterista Ralinho: "Enquanto isso em Sucupira Bauru City: Prefeita nomeia o presidente do SinComércio para o cargo de Zeca Diabo da cidade".

OBS.: Para a leitura do que escrevi em 20/06/2012 sobre o saudoso Juarez Vieira Sampaio, o da Casas Sampaio, cliquem no link a seguir: https://mafuadohpa.blogspot.com/search...

ATUALIZANDO DÍVIDA ELEITORAL DE SUÉLLEN - QUASE INELEGÍVEL
Veja a resposta que o juiz Marcelo Vieira de Campos, TRE-SP, acaba de receber da Advocacia Geral da União e publicar em:

"MM. Juiz,
Considerando o resultado positivo da diligência junto ao SISBAJUD, a União requer a conversão em renda dos valores bloqueados.
Requer, outrossim, a adoção das seguintes providências:
I) inscrição da devedora no SERASA e no CADIN,
II) realização de pesquisa junto ao RENAVAM para bloqueio de eventuais veículos registrados em nome da devedora.
III) encaminhamento de ofício à Secretaria da Receita Federal para obtenção das últimas Declarações de Renda da Executada".
Por fim, a União informa que a devedora foi candidata eleita, causando estranheza a recalcitrância no cumprimento das determinações constantes da decisão proferida pelo E. TRE/SP, o que atrai a aplicação de multa e honorários advocatícios ambos no percentual de 10%, motivo pelo qual requer manifestação expressa de Vossa Excelência sobre essa questão.
São Paulo, 20 de fevereiro de 2021
Fernando J. v. de Migueli
Advogado da União".

Ou seja, Suéllen Rosim está à beira do precipício!

O Mafuento segue acompanhando os andamentos desse processo e promete mais contundentes novidades! Pelo visto, mais e mais novidades. Estará a novíssima (sic) prefeita inelegível e não mais poderia prestar o desserviço de pregar a favor da flexibilização em Bauru?

OUTRA COISA
A TV TEM PRODUZIU MATÉRIA SOBRE O PROJETO DA PROFª KELLY MAGALHÃES, "NOS TRILHOS DO SAMBA", FOI ATÉ TIBIRIÇÁ, REUNIU SAMBISTAS HISTÓRICOS E NA GARE DA ESTAÇÃO, MAURINHO DOS SANTOS, ENVERGANDO A CAMISETA 2021 DO TOMATE DEU O RECADO DE UMA HISTÓRIA QUE PRECISAVA MESMO SER CONTADA, ESPALHADA E CONTINUADA.
https://globoplay.globo.com/v/9286304/

Existe, sempre existiu e existirá uma Bauru pulsando pelas suas veias artérias suburbanas, periféricas e por contornos pelas quebradas. O que resulta dessa conjunão - não seria combustão? - é o que salva Bauru, o que a torna saborosa. Por aqui, uma elite cruel e insana, com um povo que sabe o que faz. Muitos destes são enganados, ludibriados, mas resistem, insistem e persistem. E os adoro de corpo e alma.

Efusivos parabéns para a professora Kelly Magalhães por possibilitar esse divinal resgate.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (153)


EU DEVO, VOCÊ DEVE, ELA DEVE, NÓS DEVEMOS, OU SEJA, TODOS PODEM DEVER, MAS A PREFEITA SUÉLLEN TEM SEU NOME E BENS BLOQUEADOS POR DEVER PARA A JUSTIÇA ELEITORAL, ALGO BEM DIFERENTE E PODE SE TORNAR INELEGÍVEL
Dever faz parte do negócio deste mundo capitalista, tão cheio de sugestões para gastos, porém para poucos. Como a maioria – dentre os quais me incluo – é influenciável, gastamos e depois nos enrolamos. Portanto, dever faz parte da vida. Claro, existem os tipos de dívidas. Venho aqui a público divulgar algo de uma específica dívida, bem diferente de todas as dos pobres mortais. Trata-se de uma dívida para com a Justiça Eleitoral, de eleições passadas, anos sem solução, sendo feitos acordos e parcelamentos, porém nenhum cumprido. O que acontece? O devedor tenta novo acordo, este é negado e tem suas contas bloqueadas, tendo sua eleição sob judice. Já descobriram quem é o devedor(a)? Sim, ela mesmo, a novíssima (sic) prefeita Suéllen Rosim. Conto em detalhes algo que é público e divulgado no site do Tribunal Eleitoral:

Em 1º de fevereiro, Suéllen entra com petição no Processo solicitando ao juiz Marcelo Vieira de Campos parcelamento de seu débito remanescente da prestação de contas da candidatura de 2018 à Assembleia Legislativa, em 10 prestações mensais. Em 11 de fevereiro, saiu um Despacho muito esclarecedor. Já no item nº 1, fica explicada aquela tardia iniciativa da Suéllem de pedir parcelamento. É que 2 dias antes o juiz Marcelo Vieira de Campos mandara, via Sisbajud, bloquear o valor de R$ 31.951,90 da grana dela em quaisquer bancos e equivalentes, no país! Daí, três conclusões: 1ª - O juiz não é de brincadeira; 2ª - A Advocacia Geral da União, que é a exequente daquela dívida em execução, mandou bala; 3ª - Mentiras eventualmente apresentadas ao processo podem, agora, passar a fazer parte dos autos, com a juntada dos extratos bancários levantados pela medida de bloqueio judicial nas contas bancárias de Suéllen. Além disso, o juiz manteve bloqueados R$ 1.479,07 do saldo bancário da novíssima (sic) prefeita, preparando, preliminarmente, a inscrição dela no CADIN e no SPC/SERASA!!! Eis o link para verificação do que até aqui foi informado: https://pje.tre-sp.jus.br:8443/.../documentoSemLoginHTML...

Abaixo o Despacho do Juiz:
“1 - ID nº 15849401: Atualizado o débito na forma do art. 523, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, foi deferido, em 27/01/2021, o pedido formulado pela exequente na petição do ID nº 15468601, para a realização da penhora online dos ativos financeiros da devedora, SUELLEN SILVA ROSIM, no montante de R$ 31.951,90 (trinta e um mil, novecentos e cinquenta e um reais e noventa centavos), via SISBAJUD, com fundamento no art. 513, caput c/c arts. 835, inciso I e 854, caput, todos da Lei nº 13.105/2015, sendo a determinação cumprida na data de 28/01/2021, conforme o protocolo nº 20210000241028.
1.1 - Realizado o bloqueio de ativos financeiros, no valor de R$ 1.479,07 (um mil, quatrocentos e setenta e nove reais e sete centavos), intime-se a devedora, SUELLEN SILVA ROSIM, na pessoa de seu advogado, nos termos do art. 854 e parágrafos, do Código de Processo Civil.
1.2 - Concomitantemente, diante do bloqueio parcial do valor exequendo, intime-se União para que se manifeste acerca do pedido de parcelamento do valor total da dívida, formulado pela devedora no ID nº 36215051 ou que indique bens à penhora, nos termos do art. 524, inciso VII, do Código de Processo Civil, ou requerendo o que entender de direito com relação aos suplentes do cargo de Senador, justificando.
2 – Na hipótese de a União recusar o pedido de parcelamento da dívida, proceda a Ilustre Secretaria a inscrição do nome da executada, SUELLEN SILVA ROSIM, no Cadastro Informativo Nacional – CADIN, conforme requerido pela UNIÃO (ID nº 15468601).
3 - Quanto à inclusão nos cadastros do SPC/SERASA, tendo em vista a ausência de formalização de convênio desta E. Corte com tais instituições, fica desde já deferida ao próprio Ente Público Exequente a expedição dos ofícios competentes para a inclusão do devedor nesses sistemas. Neste ponto, a fim de dar transparência às determinações constantes nestes autos, comprove, a União Federal, as medidas tomadas quanto à inscrição da parte devedora no cadastro do SPC/SERASA.
4 - Por fim, observe a I. Secretaria as cautelas necessárias para o resguardo do sigilo das informações do documento que acompanha o presente despacho, conforme dispõe o artigo 7º, §§ 1º e 2º da Resolução TSE nº 23.326/10.
São Paulo, 29 de janeiro de 2021 - MARCELO VIEIRA DE CAMPOS - Relator

Ressalto a seguir os pontos relevantes:
1º - A AGU, a exequente, ou seja, autora da execução da dívida, solicitou ao juiz Marcelo Vieira de Campos o bloqueio dos saldos bancários da executada, isto é, a penhora online, de Suéllen Rosim, o que foi feito por meio do SISBAJUD, decisão cumprida no dia 28 de janeiro de 2021. Do valor devido atualizado a ser penhorado, R$ 31.951,90, foi encontrado apenas o saldo de R$ 1.479.07, valor bloqueado judicialmente.
2º - Como Suéllen solicitou no processo o parcelamento da sua dívida no valor total de R$ 31.95190 para com a Advocacia Geral da União, no dia seguinte, 29 de janeiro de 2021, sexta-feira, em dez parcelas mensais, o juiz Marcelo Vieira de Campos solicitou manifestação da AGU, já antecipando que se indique uma relação de bens à penhora, na hipótese negativa.
3º - Dentro, ainda, da hipótese de resposta negativa da AGU ao pedido de parcelamento do montante da dívida, o despacho hoje publicado no DJE instrui a Secretaria do TRE-SP para atender ao pedido anterior da AGU de incluir o nome de Suéllen Silva Rosim no CADIN - Cadastro Informativo de Créditos não quitados do Setor Público Federal.
4º - Nesse caso, considerando que o TRE-SP não tem contrato com a empresa que administra o sistema SPC/SERASA, o juiz Marcelo Vieira de Campos orienta a Secretaria do Tribunal para estender a inscrição de Suéllen naquele rol de inadimplentes, caso isso seja de interesse da Advocacia Geral da União.

No desdobramento além do parecer no site, a publicação no D.O., ou seja, a partir de agora é impossível dizer ter deixado de ocorrer a comunicação, a ciência dos fatos, pois está publicado. É do conhecimento público. Se atente aos 4 pontos relevantes. Eu tinha dúvida sobre essa questão e verifiquei que, ela pode se tornar inelegível (o que, convenhamos é difícil) junto ao TSE. Inelegível sim e já se ela não resolver. A AGU pede para ela ser colocada no CADIN. Ou seja, um mato sem cachorro. A candidatura dela, como de alguns outros, rolou até quando pode, foi consentida e a inelegibilidade só é confirmada após o Trânsito em Julgado. Situação ainda em aberto, ou seja, ela não possui quitação com a Justiça Eleitoral. Este pode ser mais uma pedra no sapato da prefeita, diante de tantas outras, sendo o descaso para a situação atual do alastramento da pandemia outro fato gravíssimo. Ou seja, ela já começa seu mandato mais enrolada que novelo de lã.

CONCLUSÃO FINAL DESTE HPA: Avaliando com aquela serenidade de Sun Tzu, o da “Arte da Guerra” a nossa conjuntura em Bauru, cópias do despacho publicado no DJE chegaram para mais outras pessoas de Bauru. Nem todos responderam. Os que até agora, no entanto, entraram no assunto, estão contra mim, acham que estou vendo tempestade em copo d'água, que esse caso nem deu, nem irá dar em nada. Concordo, porém, já que é assim, divulgue-se.
- Ah, para mim não é novidade. Já estava sabendo...
- Você não acha que está querendo pegar pesado demais em cima dela?
- O problema da dívida não tem nada a ver com a eleição e o mandato de Suéllen; a dívida é "um problema fazendário" ...
O que que é isso? Trata-se de conteúdo, cópia de publicação de um despacho de magistrado nos autos de um processo. Não opinei em nada, não se trata de mim. Sem poder denunciar algo dessa natureza, de onde ainda conseguiremos reunir forças para continuar resistindo? Muito feia, essa coisa. Será que a peste bolsonária, juntamente com a peste de coronavid-19 acabou de fato com a gente? Será?

MÍDIA MASSIVA NÃO CONTESTA ATITUDES E NADA MAIS PUBLICA CONTRÁRIO AO CORONEL WALACE SAMPAIO
Querem uma só prova disto? Dou duas. Parece consenso entre esse pessoal da mídia massiva, também chamada de hegemônica, algo como: evitemos divulgar algo contra o Walace, pois fere o pensamento dos que nos seguem. No caso da Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, nenhuma novidade, pois a rádio em si é bolsonarista de carteirinha e todos que o são recebem proteção sob as asas da rádio. Na semana passada ouço algo hilário, quando o contra-regra Pinguim, da mesa de som deixa escapar um áudio de ouvinte e este fala mal da prefeita, questiona Walace e Bolsonaro. Pittolli, o capo autoritário da rádio na sequência solta algo assim: "Precisamos tomar mais cuidado com isso". Ou seja, o crivo precisa ser mais rigoroso. Esse o primeiro momento e no segundo, o Jornal da Cidade, única mídia impressa na cidade, quando meu amigo Marcos Paulo Resende envia carta em 05/02 para publicação na Tribuna do Leitor e esta sai ontem, edição dominical, 21/02, merecendo parabéns pelo simples fato da ainda permissão para algo contrário à quase unanimidade local. Publicaram, mas retiraram um parágrafo, curto porém significativo e justamente o que versava algo sobre o sr Walace Sampaio. De tudo isso, algo simples, parece já existir um consenso não mais permitindo críticas para o mais novo representante do coronelismo bauruense.

Abaixo o teor da carta enviada com o parágrafo suprimido e no anexo, a publicação sem ele. Nada foi negociado, ou seja, foi simplesmente regra para permitir a publicação. Só saiu sem a estocada para quem hoje é quem deve, de fato e de direito, ser culpabilizado e responsabilizado pelo descontrole da pandemia na cidade:

"Pela abertura de mais covas
Somos um país condenado ao fracasso, a concepção de indivíduo de nossa sociedade é egocêntrica, narcisista, gente que acha que seu umbigo é o centro do Universo. Não há senso coletivo e não há como pensar em sociedade sem desenvolver a coletividade, algo impraticável numa sociedade de classes. A pandemia evidenciou a profunda desigualdade social e a nossa falta de empatia. Países como China, Vietnã, Austrália e Nova Zelândia controlaram com louvor o vírus com isolamento de regiões quando necessário para impedir a transmissão comunitária, testes em massa, rastreio, estruturas de governos ativas no combate e informando diariamente a população. Já o Brasil é o oposto disso, se já não bastassem a nossa desigualdade, falta de empatia e ampla ignorância dos 'especialistas' de whatsapp, temos o pior governo da nossa história que faz do país um pária internacional. Não temos ministro da saúde, deixou milhões de testes estragarem, divulga 'tratamento precoce' que não existe, espalha fake news, um governo com 250 mil mortes nas costas e subindo... um governo genocida e com aplausos de muitos.
Em Bauru estamos reproduzindo toda essa nefasta política num conluio entre entidades patronais, poderes executivo, legislativo e judiciário que alimentam o ódio e o cada um por si. Já poderíamos estar numa normalidade se tivéssemos uma política sanitária eficaz, mas se optou por normalizar as mortes. Agora que o sr. Wallace Sampaio conseguiu o seu intento e os leitos de UTI nem serão mais lembrados, aceita-se o colapso da saúde e mais mortes. Nada de cobrar por vacinas e planejamento do governo federal, preferiram fazer de Bauru um puxadinho de Brasília onde até a prefeita se aglomera no churrasco com a benção do genocida. E o que dizer da vergonhosa manobra da Câmara ao colocar tudo como 'essencial'? Só o que não é essencial é a vida dos trabalhadores, se um morrer, troca. Deixar o vírus correr solto será um tiro no pé da já destroçada economia, mas fazer entender isso quem se orienta pela ganância, não dá. Poderia o promotor Enilson Komono fazer uma live nos cemitérios públicos para verificar se há covas suficientes, ou o se município terá que abrir novas covas. A história será implacável com os cúmplices dessa insanidade. Que na Nuremberg brasileira, todos eles estejam no banco dos réus e respondam pelos crimes contra a humanidade.
Marcos Paulo Rezende".

Este o panorama de algo dos bastidores da mídia nativa, onde o "tudo dominado" reina. Eu só junto o lé com o cré, nada mais.

OUTRA COISA
A "SU" TEM OLHO CLÍNICO PARA AS COISAS DA RUA...
"Tem dias que são fotogênicos. Fui tomar um pouco de sol na praça, sem julgamentos, por favor. Ela estava num canto arrumando sua sobreposição de roupas, muito interessante, por sinal. Dei uma olhada, ela riu. Gosto da sensação antropológica que a fotografia permite. Primeiro se escuta, depois fotografa. Pedi para sentar próximo, ela me deixou. Perguntei seu nome, ela respondeu, Priscila. Ofereci a minha mini cerveja, ela aceitou. Não trocamos muitas ideias, mas quando fui me despedindo, ela me pediu um abraço, eu gostei da experiência, me vi desnuda de medos pandêmicos, ganhei um abraço honesto. #centrodesaopaulo#populacaoderua#existeamoremsp", Su Stathopoulos.

Su Stathopoulos é fotógrafa e com este sobrenome só pode ser grega, grega paulistana, um dia foi quase bauruense. Na verdade não sei se ela é bauruense ou se esteve de passagem um certo tempo por estas bandas. Sei é que voltou para sua São Paulo. Suas fotos são tão sensíveis como ela, assim como suas histórias. Eu adoro ler histórias. A dos outros parece mais saborosas que as nossas. Ela fotografa que é uma maravilha e escreve com a mesma perspicácia e também audácia. Inebriante tudo o que sai da lente e mente de pessoas sensíveis. Ela possui um olhar voltado para os invisíveis e nas andanças que faz nas saídas de seu refúgio pandêmico, surpreende. Hoje ela me arrebatou, mais uma vez. Sua história me envolve, enlaça e dela não consigo mais me desgrudar, feito aqueles chicletes que grudam no céu da boca ou mesmo nos dentes e para sair dali um parto. Veja as fotos, leia o que ela escreve. É esse tipo de coisa que me faz desviar os olhos e mente de tudo o que nos entorpece neste cruel momento. Encerro meu domingo pedindo para ela permissão para compartilhar o que fiquei maravilhado, ela permite e me faz um chamego: "É uma honra vc compartilhando essa história. As pessoas estão pelas ruas, elas existem e têm histórias". Eu só sei de uma coisinha mais, são essas pequenas coisas que ainda nos fazem ir tocando o barco adiante em tempos como estes, maré mais que brava. Valeu Su, eu estava pensando nestes dias em dar um breque de ficar focando meus escritos em pessoas como as retratadas por ti, pois diante de tanto amargor, achava que tinha que focar na perversidade e tascar pau. Mas não, creio farei as duas coisas, enfim, não podemos perder o gosto pelo belo, por tudo o que a gente tromba sem querer nas ruas. Beijos sinceros, cara Su.

A RESPOSTA DA SU: 
"Querido Henrique! Muito emocionante seu texto sobre minha identidade com a fotografia de rua. Sou cria dos jornais de Bauru, que trabalhei por 12 anos.
Nasci aqui, em
São Paulo, no bairro do Tatuapé, Zona Leste, mas fui muito bem acolhida por Bauru.
Tenho profundo carinho pela cidade e fiz grandes amigos.
A rua tem histórias incríveis, que não são retratadas, tesouros escondidos. Fotografar tem sido a minha maneira de sobreviver com sanidade mental.
Sou completamente apaixonada pela fotografia, sei que ela provoca debates e transformações.
Teimosia é a palavra da vez, precisamos dela, para lutarmos pela utopia.
Ευχαριστώ πολλή!
É muito obrigada em grego, meu segundo amor, a Grécia, terra do meu pai.
Grande abraço, o mesmo que ganhei da Priscila, a menina que encontrei na Praça Roosevelt hoje".