Cito uma reconhecida artista bauruense para exemplificar o quanto seria valoroso outros tantos se levantarem e unidos cobrar algo propositivo desta administração. Ela não clama sozinha, isolada, mas o faz ainda sem que muitos outros a sigam. E o que faz? Simplesmente se posiciona, marca presença, conta a verdade e fala, escreve, conta o que de fato acontece com o setor. Reúno aqui alguns pequenos trechos da escrita de Mariza, um exemplo neste momento de como deve se dar a resistência, pela eminente perda já consolidada no setor cultural em Bauru:
- “"Bostanágua" considerou pouca a mortandade pelo vírus, liberou mais armas pra completar o serviço! Nessa necropolitica só cabe o Bolsa Caixão! E a Odorica Bauru seguindo o mesmo passo (...) Algum chargista por favor, realiza vai... Odorica Paraguaçu!”.
- Diante dos ataques ao Carnaval como símbolo pagão: “Aqui não tem censura! Se Deus em sua infinita bondade acabou com o carnaval e com milhares de pessoas inocentes o que fará então com o Presidente e com religiosos oportunistas exploradores e estelionatários!?”.
- Sobre Carreata Morte ocorrida diante Havan, semana passada: “O uso de máscara não é mais obrigatório em Bauru? O verme passeia na lua cheia do calçadão sem máscara e nenhuma multa? Despercebido não passou! Qual a diferença desse tipo pros outros cidadãos comuns?”.- Ainda sobre o mesmo assunto: “Se eles querem defender a abertura do comércio devem planejar começando pelo básico: distanciamento, uso de máscaras e fiscalização - fizeram aglomeração, não usaram máscara e não foram multados por isso, ou seja abre o comércio e foda-se, se aumentarem as mortes é culpa do governo do Estado. Politicagem barata, palanquismo puro. (...) Vacinação é mais barato e eficaz, aí pode abrir tudo, simples assim. Mas não ouço nada sobre vacina nas reivindicações. Desanimador. (...) Enquanto não chega a vacina devemos manter o básico e depois da vacina tb, isso demora a acabar e vamos ter que aprender conviver de forma segura com o vírus, meu pai com 84 anos ficou 5 dias internado, teve contato com 7 pessoas infectadas, a pedido de um deles subia e descia a posição da maca por causa da falta de ar da pessoa e não se contaminou, o que ele fez? Usou máscara direto e lavava as mãos com frequência”.
- Sobre cancelamentos programas incentivos Cultura: “Falando da minha área: Cancelou o Programa Estímulo a cultura prejudicando inúmeros artistas da cidade, agora se alia a um lunático de forma irresponsável e ridícula em defesa do comércio, está pensando no bem da cidade e e das pessoas daqui? Essa Odorica ainda vai nos causar muitos problemas!”.
Não me seguro, escrevo a ela, dizendo da importância dos depoimentos dela neste momento, pois quando muitos se apequenam, ela se engrandece, demonstrando toda sua importância e verdadeira luta em prol da Cultura. Recebo como resposta um sinal de que, algo poderia se ampliar, se tornar uma forte pressão junto ao setor público, mas por enquanto, mesmo com muito descontentamento, são poucos os corajosos: “KKK obrigada querido! Serão tempos difíceis!!! Se abaixarmos agora não conseguiremos levantar mais”.
Por essas e outras, sempre estive ao lado de tudo o que MARIZA BASSO fez pela Cultura desta cidade. Uma de nossas mais importantes e valorosas artistas, dentre as imprescindíveis.
BAURU JÁ NO FUNDO DO POÇO, MAS CAVANDO MAIS...
Hoje uma reunião na capital paulista com mais de 60 prefeitos do interior paulista, todos da região do Centro Oeste e nela, a novíssima (sic) prefeita bauruense Suéllen Rosim não está presente. Ela se diz ressentida por ter sido chamada de "vassala" e faz biquinho para o governador. O fato é que, ela provocou a ira do gajo e o que recebeu de fato foi retaliação pelo conjunto da obra fundamentalista, algo que, certamente recebe orientada por alguém das altas esferas bolsonaristas. Bauru já foi considerado pólo aglutinador e referência no interior paulista. Perdeu muito e perde muita mais, a cada dia mais decrépita sua situação. Hoje, já é considerada QG dos interesses de Bolsonaro na sua campanha de reeleição, daí o termo "vassala" não deixa de ser apropriado. A prefeita não comparecendo na reunião, não desce do salto e quem perde é Bauru. Ela continua só pensando em brigar com o governador, mas não move uma palha contra o presidente.
Toda região de Bauru está tomando medidas mais que restritivas para tentar conter a chegada da nova cepa do coronavírus. Araraquara e Jaú já fecharam suas portas e outras estão com a alerta ligados. Aqui não, pois ela, segue orientação de um guru, alguém pelo qual deve temer, pois não desdiz nada do que este lhe apresenta como norma de conduta. Este sr é o Walace Sampaio, mandatário do SinComércio e hoje, mais que prefeito, tipo aqueles antigos coronéis a impor a sua vontade sob todas as demais. Até fiscais ele persegue. Assim sendo Bauru, segue aberta, até porque o vírus não pode chegar antes do dia 20, quando a prefeita vai inaugurar na cidade seu negócio paralelo à de prefeita, no caso o mais novo empreendimento igrejeiro na cidade. Dizem e tudo se confirma, que algo talvez até ocorra para fechar a cidade, mas só depois da igreja inaugurada e sua festa ocorrer. Enquanto isso, a cidade vive um caos interno, praticamente esquecida, pois quase nada é feito e tudo gira em torno de sua decisão de isolar e manter a cidade como reduto de defesa do que defende nacionalmente seu mentor, o Senhor Inominável. o caos de um lado, sentido por toda a população e por outro lado a distribuição de convites reservados para autoridades, políticos e quem possa favorecer e alavancar seu futuro empreendimento na cidade. Mais fundamentalista impossível. Todo mundo buscando se precaver e a prefeita cantando por aí...
"NOVÍSSIMA (SIC) PREFEITA... - QUE É ISSO?"O gaiato me pergunta pelo reservado do facebook: "Henrique, por que você usa sempre quando cita a prefeita, 'novíssima (sic)', o que quer dizer com isso?". Respondo. Na verdade, eu tiro o sarro na postura, querendo se mostrar novidade, mas representando a velhacaria na política. "Vassala" é pouco, daí, toda vez que a cito, não resisto e tasco lá depois um (sic). Abaixo uma explicação mais apurada:
"Expulsaram o latim da escola. Não adiantou nada. Ele vive assombrando a língua. Todos os dias, bate à porta de gregos, romanos e baianos. Daí a questão: o que as três letrinhas querem dizer? Em latim, sic é advérbio. Significa assim, desse jeitinho. Nós o usamos ainda hoje. Vem, entre parênteses, depois de uma palavra com grafia incorreta, desatualizada ou com sentido inadequado ao contexto: O deputado disse: “O governo interviu (sic) no Rio". Viu? O parlamentar bobeou. Disse “interviu” em vez de “interveio”. Com o sic, damos este recado ao leitor: o texto original é bem assim, por errado ou estranho que pareça. Não tenho nada com isso. É isso. O sic deixa a gente dar uma de Pilatos – lavar as mãos", Dad Squarisi fez curso de letras na UnB, tem especialização em linguística e mestrado em teoria da literatura. É editora de Opinião do Correio Braziliense e comentarista da TV Brasília.
Neste desGoverno de quase dois meses, todos os com um mínimo de discernimento já perceberam que, tudo vai desembocar num baita atraso pra Bauru, pior até do que todo o conservadorismo dos anos anteriores. Sarcasticamente, faço uso da expressão, como forma de na cada citação, dar um toque da enorme cagada onde se meteu essa cidade. Na verdade, de novíssima a gaja não tem nada. Pérfida até a medula...
AH, O CARNAVAL...
Exatamente um ano atrás, na melhor cena do Sambódromo 2020, Cristiane Ludgerio , junto do bloco Estação Primavera, do Jardim Redentor, faz paradinha diante dos jurados, batendo divinamente uma alfaia, em algo enchendo muitos de intensa saudade e todos na esperança de, se as vacinas chegarem a contendo, a prefeita parar de fazer jogo de cena e campanha politica, trabalhando por Bauru, ano que vem tudo novamente vicejando nas ruas.
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