QUEM COM SERRA SERRA COM SERRA PODE SER SERRADA - O CASO BAURUENSEO caso das árvores dilapidadas da Praça Portugal já era pra ter se transformado num caso de polícia, mas por fim se transformou numa interdição resolvida com uma promessa de no lugar das árvores tragicamente arrancadas e cortadas, 550 mudas plantadas não se sabe onde e muito menos quando. Diante da questão ainda na mente dos que acham isso mais do que uma calamidade pública, Guardião, nosso intrépido super-herói se pronuncia e acompanha algo da rejeição não só na cidade, região, como nacionalmente.
Guardião não ameaça ninguém, pois é do bem, nem possui bola de cristal, mas não precisa ser nenhum bidu para sacar que os malversadores dessa Bauru de hoje, não possuem unanimidade, daí, ela em tão pouco tempo, diante de tantas anomalias, as cobranças serão frequentes. "Não dá mais para a população se mostrar indiferente diante de atos como esse. Foi algo constrangedor, ação de pessoas sem alma, sem nenhum entendimento do que vai por dentro do ser humano, de suas reais necessidades. O mínimo é a reação ser de protesto, como de fato ocorreram, de ações na justiça e de acompanhamento mais de perto, impedindo ou denunciando cada novo ato fora do padrão, pois como se sabe, fundamentalista e sem ter tido nenhum tipo de proposta ou plano de governo, uma vez que a Pefeitura lhe caiu nas mãos como passe de mágica. Não existe alicerce consistente nesta administração, não possui base, nada anteriormente planejado. Como alguém assim, pregando só e tão somente em púlpitos neopentecostais, teria condições de avaliar se deveria ou não cortar as árvores, quando assessores e garantidores - tocadores de obras - lhe pedem delicadamente pelo contrário e se negando a continuar apoiando se não forem atendidos? Ela, como já se viu, decide tudo com estes, daí tudo o mais que vier ela frente, fará sem se corar, pois tudo se justifica com algo de deus. Tomara que a reação popular ocorra no mesmo patamar do devido pelo crime cometido...".
EU E FAUSTO NA PADARIA MARAJÁHá quase dois anos não nos víamos pessoalmente e o reencontro se deu na manhã de hoje bem no centro paulistano, mais precisamente defronte a Rua Barão de Itapeteninga nº 50. Na portaria de um edíficio dos anos 50, subimos para consertar uma mala, depois me deixei levar e fomos para um lugar a lhe trazer inenarráveis lembranças: a padaria Marajá, na rua Martins Fontes, exatos cinquenta metros de onde ele trabalhei por 16 anos, o Diário Popular".
Como poderia me negar a acompanhá-lo e daí perder a rara oportunidade de mergulhar junto em suas histórias? Enquanto Ana Bia estava lá pelos lados da praça da Árvore, envolta em outras tarefas, eu e ele adentramos o lugar e a prosa teve início na primeira que encontramos pela frente. Sem nos darmos conta estávamos em dois numa mesa para seis. Algumas cervejas depois vejo adentrando o lugar um grupo animado de seis rapazes. De uma hora para outra o lugar estava lotado e eles ali no meio do salão. Foi quando vi uma mesa pequena para dois vagando. Fui até eles e disse: "Mudaremos para aquela de dois para dar espaço a vocês".
Pronto, bastou para começar uma conversa. Falamos e brinquei: "Merecemos uma cerveja, hem!". Mudamos e quando pedimos a próxima, a garçonete nos avisou que essa já estava paga, pelos rapazes lá da mesa de seis. Agradecemos e Fausto quis brindar-lhes com um desenho de sua lavra. Fez e foi entregar pessoalmente. A conversa rendeu mais e assim, por pouco não almoçamos todos juntos. Na sequência, três moças sentam pra almoçar do nosso lado e, primeiro pedimos para que tirassem um foto da dupla. Depois Fausto para pagar pela foto tirada a desenhou e, pronto, novamente mais conversa. Elas todos, logo depois estavam vendo em seus celulares os desenhos do Fausto. E a conversa rendeu.
Na hora de sair do restaurante fui até dois senhores ali no mesmo lugar desde quando chegamos e como, com a nossa saída só sobrou a deles e disse a eles, interrompendo uma animada conversa: "Vocês ganharam. Percebi vocês quando chegamos e agora na saída, vejo que continuam animados. Entregamos os pontos, não aguentamos mais". Um deles me diz: "Então era competição e nem sabíamos". Uma conversa fiada nasceu daí e em instantes já sabíamos que um deles havia sido gerente de um banco no Jd Bela Vista de Bauru. Nenhum era paulistano, araçatubense e outro de Camboriú, Santa Catarina. Trabalharam juntos e ali, como nós, estavam bebemorando o reencontro após muitos anos. Algo assim como o que aocntecia conosco.
Nisso Ana chegou e se integrou ao grupo. Já havíamos comido um bifezinho a rolê com nhoque e deitado umas par de louras geladas. Ela chega com fome e pede um caldinho de feijão. Conversa vai, conversa vem, a padaria foi devidamente devassada com as histórias e lembranças de tudo o que já presenciou por ali, com moradores na região, tão diferentes como o cabo Anselmo e Geraldo Vandré. Bebemos e digerimos essas e muitas outras histórias. Pouco antes de batermos em retirada, perambulando lá pelos lados da praça junto a biblioteca Mario de Andrade, Fausto me disse algo: "Lembra quando eu te falei do perigo hoje de sairmos pras ruas com uma máscara escrita Fora Bolsonaro e levarmos umas pauladas. Aqui isso é possível, mas no nosso caso, conseguimos conversar com três grupos diferentes e nenhum soube a nossa preferência política e tudo se deu numa boa. Isso ainda é possível, meu caro Henrique. Viu como?".
Vi e assim fomos pra casa, se despedindo na praça da República, um através de metrô e nós de uber. Foi uma tarde e tanto, onde planejava perambular pelas ruas, mas ficamos num mesmo lugar e gostamos muito. Tomara da próxima vez não demore tanto assim pra voltar a me encontrar pessoalmente com o amigo Fausto Bergocce. Domingo, 03/10 eele estará comigo no próximo Lado B - A Importância dos Desimportates, o 65º bate papo deste mafuento HPA.