INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (162)

NA TERRA ONDE TUDO TEM DONO CERTO

Depois da última, quando dois vereadores bauruenses quase se pegaram para terem seus nomes louvados como os que levaram asfalto para determinada rua do jardim Bela Vista, o clima por lá está mais do que estabelecido: cada qual tem zona pré-determinada na cidade e quando um invade a do outro, pau puro. Pelo menos foi assim que a cidade está entendendo e Guardião, o intrépido super-herói bauruense adentra o campo de jogo com certeira pitada sobre a questão: "Alguns podem até reclamar, dizer que não é bem assim, que não dá para generalizar, que isso só acontece com alguns e que se faz necessário dar nomes aos bois, mas o fato é que isso ocorre e não é de hoje. Sempre tivemos algo assim meio que estabelecido por lá. Um vereador quando adentra o território previamente estabelecido de outro, faz visita em bairro de outro, este outro se mostra emputecido e sobe nas tamancas, gritando bem alto, que está sendo ultrajado, pois ali mora gente sua, ou seja, algo de muito estranho acontece nisso de alguém ser dono da boa ação da Prefeitura e ela só ter ocorrido, não por causa de uma plano de ação, mas somente por causa de pedido deste ou daquele vereador. E pior, da existência de territórios cercados e com dono estabelecido".

Guardião vai mais a fundo (ui!) na questão: "Algo mais do que inconcebível, afinal, pelo que se sabe da ação primeira de um vereador, ela é sobre a fiscalização dos atos do Executivo, ou seja, são pagos para fiscalizar, ficar de olho no que a administração faz, um acompanhamento de perto para que nada aconteça de errado. Já ficar indicando para um prefeito fazer asfalto aqui e ali, para levar este ou aquele melhoramento é algo totalmente desajustado, uma anomalia sem conserto".

Seria algo para risadas, não fosse séria a questão, daí ele conclui: "Num mundo hoje bem de pernas para o alto, antigamente quem agia assim o fazia meio que na penumbra, escondido, para não chamar a atenção, enfim, sabia não estar agindo certo e não queria que a coisa se tornasse pública, mas hoje não, tudo é feito às claras, o sujeito pede mesmo para a prefeita e depois quer que na divulgação, ela divulgue como tendo sido ele o solicitador, angariando assim os louros com a questão. Bauru está cada vez mais surreal e algo assim vindo à tona é só a ponta do iceberg do que deve estar oculto e sem revelação. Ou seja, vivemos tempos de muita expertize".
Obs.: Guardião é obra do traço do artista Leandro Gonçalez, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.

ESCRITOS DOS OUTROS

1.) E LÁ SE FOI O MARCO TEMPORAL
Marco Temporal é aquela gambiarra engendrada pelo agronegócio para diminuir as áreas para demarcação como reservas indígenas. Gambiarra porque pretende manter para os povos originários apenas aquelas terras que efetivamente estavam ocupadas por eles quando da promulgação da Constituição de 1988. O Senado pode derrubar a decisão de hoje. Mas há riscos. A hipótese mais forte é a de que o STF decida a questão em favor dos índios. é mais um "jabuti" imposto pelos ruralistas para desmatar em detrimento dos povos autóctones. O Brasil não é um país para principiantes. Ou para gente séria.
Ricardo de Callis Pesce, jornalista. 

2.) MEU MANO, POSIÇÕES COMPLETAMENTE DIFERENTES DA MINHA, NO CONSELHO DA CIDADE

O presidente do Conselho do Município de Bauru, Edson Aquino arrepiou-se com o requerimento do membro Nélson Ribeiro da Silva, o Fio, que pedia seu afastamento por autoritarismo do presidente frente a outros conselheiros. Aquino se recusou a ler o requerimento e só o fez, depois de muito questionamento por parte de Nélson.
Quando será que vão cumprir os regimentos internos?
Foto da posse do Conselho em 27/07/22, por Maísa Lacerda.
Texto de Pedro Romualdo, fotógrafo

3.) ALGO DOS PIORES PELA AÍ

Deltan hoje no Roda Viva propõe a eugenia da moral. Alguém parecido propôs a eugenia da raça e deu no que deu. Felizmente o deputado foi cassado o que o impede de ser prefeito de Curitiba ou governador do Paraná. Certamente seria eleito pelo estado que ao lado de SC e do RS fazem a defesa do nazi-fascismo. Ele nunca aceitará os desmandos da Lava Jato, porque de há muito quer ser o Anjo Vingador, o demiurgo evangélico, um misto, repito, de Hitler e Mussolini. Junto com outro doido chamado Sergio Moro, quase levou a festejada engenharia brasileira, ao mais profundo abismo. Por fim sua profissão de fé a Bolsonaro, diz bem de seu desrespeito às tradições democráticas do país. Fora palhaço!!!

Marco Antônio Souza, advogado

4.) ESCRAVIDÃO MODERNA
"As definições de escravidão foram atualizadas ou “Homo homini lupus”
Nesta foto vemos uma jovem pedalando sem capacete, sem nenhum vínculo empregatício e sem nenhum direito trabalhista entregando comida de um restaurante que não é onde ela trabalha para alguém que a pediu por um aplicativo milionário que também não é onde ela trabalha.
Usando uma bicicleta que não é sua e pela qual ele paga para usar a um banco bilionário que também não é onde ela trabalha.
Na verdade, ela não trabalha em nenhum lugar, porém trabalha muito (e provavelmente recebe pouco). Mas acredite: há quem diga que isso é "oportunidade", "empreendedorismo" ou "criatividade do brasileiro". Eu tenho outros nomes: servidão e escravidão.
Servidão pois, CONSCIENTEMENTE, na teoria, ela concordou em servir o sistema capitalista em troca de um valor. Escravidão pois, diante das circunstâncias, ela,INCONSCIENTEMENTE, na prática, se escravizou em troca de um valor.
Se ela:
- cair,
- se machucar,
- for roubada,
- for estuprada numa emboscada,
- for atropelada, enfim,
- morrer, ...

...azar o dela. Ninguém mais será responsável e muito menos arcará com os prejuízos pela fatalidade. E, repito, há quem acha isso "normal" e ainda incentiva: "força de vontade".
Thomas Hobbes afirmou em Leviatã (1651) que o "homem é o lobo do homem" (“homo homini lupus”). Segundo Hobbes, em um estado natural, o individualismo humano o compele a viver em guerra uns com os outros. Portanto, para ele, é de nossa natureza usurpar e explorar outros seres humanos. Isso revela que o homem é o predador do próprio homem, sendo um vilão para ele próprio.
Em essência, ainda estamos em 1651."
Jorge Luiz Souto Maior, Desembargador do TRT da 15a. Região

fechando a tampa do caixão

DA SÉRIE: MANCHETES MAL INTENCIONADAS DA MÍDIA BRASILEIRA
A manchete da Folha de São Paulo, edição de hoje é o melhor exemplo para se saber de que lado está o dono do jornalão. Enfim, o malefício é para o Governo Lula ou para o país chamado Brasil?
HPA, desvendando intenções maléficas.

COMENDO PELAS BEIRADAS (132)

A HISTÓRIA DO CAMINHONEIRO JAUENSE, SEU DIDI, CONTADA PELO PRÓPRIO FILHO - ESSA VALE MUITO A PENA, OS TAIS MUITO IMPORTANTES DESTA VIDA

Eu me interesso é pela vida das pessoas comuns. Para mim, essas são muito mais importantes do que a dos figurões e endinheirados, pois ao tomar conhecimento delas, em primeiro lugar, algo de uma resistência, persistência inigualável. Como não se apaixonar pelos que lutam uma vida inteira, dedicação exclusiva para sobreviver, num terra onde prodomina privilégios e benesses aos com dinheiro e escolaridade.

Tudo isso me veio à mente hoje, quando diante da resenha de um livro, "O que é meu", do sociólogo jauense José Henrique Bortoluci. Seu livro foi todo escrito baseado numa premissa: "Como se narra a vida de um homem comum?". Este homem comum é seu próprio pai. Lindo ver o filho voltando às origens e reverenciando toda a luta do pai pela sua criação e formação. Enfim, Bortoluci só escreveu o livro, estudou e hoje é o que é, por causa da fibra do velho caminhoneiro jauense. "Eu achava que tinha que contar a história de meu pai e, com isso, narrar uma possível história do Brasil", conta o autor. Foi exatamente isso que ele fez, pelo que li, ao narrar a história de seu pai, nela contida a de milhões de pessoas, os tais homens comuns.

São exatamente estes que me interessam. São essas histórias que gosto de me enfronhar. Daí porque gosto muito de ler Lima Barreto, João Antonio, Plínio Marcos, Rubem Fonseca, Marcos Reys, Roniwalter Jatobá e outros na mesma linha. Da história deste jauense, sempre algo surpreendente, cheio de vida e luz. O autor conta deste algo advindo da simplicidade de seus pais: "Estava no segundo ano do Ensino Fundamental quando uma professora, Marlene, chamou minha mãe - que havia estudado até a terceira série - para dizer-lhe que seu filho deveria ir pra faculdade. Dirce, minha mãe, respondeu que a família não tinha dinheiro para isso, E aí a professora explicou para minha mãe que existia a universidade pública".

Depois, teve mais, todas as loucuras possíveis - e as impossíveis - para ver o filho diplomado. Eu me comovo demais lendo histórias como essas. São as que quero ler daqui para frente. Com a idade, ando selecionando cada vez mais o que leio. Perdi o interesse por livrões com teses difíceis, achando até que minha mente não mais assimila leituras complicadas. "Entendi que a escrita acadêmica não me bastava mais, além de querer escrever algo diferente do habitual". Quero me ater nessas, onde mergulho e me emociono, chegando a chorar. Daí, quando me perguntam dos motivos de ter colocado nos meus bate papos semanais o nome de "Lado B - A Importância dos Desimportantes" eu nem respondo mais. Ou melhor, a resposta está aqui, desimportantes para quem? E muito importantes para gente como eu, enxergando nestes as pessoas de grande valor neste mundo. Viva para o pai do escritor jauense José Henrique Bortoluci, seu José Bortoluci, o seu Didi.

Por fim, ainda das leituras, algo de um texto do médico Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde: "Cada um tem uma ou muitas histórias para contar sobre o que viveu neste trágicos anos da pandemia. Como médico, atendendo casos de Covid-19 no setor de urgência, lembro da resposta que me foi dada por um ajudante de pedreiro a quem recomendei que se mantivesse durante dez dias em solilamento, sem trabalhar: 'Posso não. Os meninos vão tudo morrer de fome'. Ou da que recebi de uma diarista a quem indiquei que ficasse isolada em seu quarto, para não transmitir a doença para os sete membros da família. Ela vivia em um barraco de um cômodo: 'Aí eles vão ter que ficar na rua'". O valor da vida está no relato de histórias como essas.

OS PROBLEMAS DO CAMPO SÃO ORIUNDOS HOJE DO AGRONEGÓCIO E NÃO DO MST

Eu sempre admirei muito a luta empreendida pelo MST. Estes, com um ótimo trabalho no campo são estigmatizados pela irracionalidade predominante hoje neste país, muito de cabeça pra baixo. Enquanto vejo ruralistas e os do Agro fazendo e acontecendo com irregularidades mil, nenhuma punição ou escrevinhações contrárias a eles, o MST é colocado na parede a todo instante. Primeiro por uma mídia vendida, sempre puxando a brasa para o lado dos poderosos de plantão, os verdadeiros "donos do poder real" neste país. Justo no momento quando o MST retomava suas ocupações de terra para pressionar o governo Lula a destravar a reforma agrária, os perversos e sacanas encastelados no Congresso Nacional aprovam a toque de caixa uma CPI, justamente para tentar mais uma vez incriminar quem não deveria. CPI deveria ocorrer para destrinchar o que os ruralistas e o Agro apronta neste país.

Dói ver que, a questão do direito á terra deveria estar superada no País, mas não, pois a guerra sem fim travada pelos agricultores e movimentos sociais para dar destinação social e produtiva para latifúndios ociosos e subaproveitados tem profundas raízes fincadas em um país hoje, infelizmente, cada vez mais arcaico. Enquanto se faz necessário, a toque de caixa, trabalhar por uma recomposição do orçamento que permita a rotamada das políticas de crédito e também de aquisição de terras para reforma agrária, perde-se muito tempo com algo inócuo e sem nenhum sentido, bem com a cara medieval deste Brasil, ainda enfurnado dentro do espírito da Casa Grande & Senzala. Os conflitos estão aí e, tomara o Governo saiba lidar com eles e dar um nó em quem propôs essa CPI, virando a mesa e penalizando não o MST, mas quem teve a infeliz ideia de botar a culpa neles.

HENRY KISSINGER E DELFIM NETO - SIMILARIDADES

Semana passada quem fez anos foi o homem forte de administrações passadas e macabras dos Estados Unidos, Henry Kissinger. Na verdade, fez num nívero dos mais redondos, completando 100 anos. Tenho deste senhor a pior memória possível, pois é um dos responsáveis pela infinidade de golpes de Estado ocorridos mundo afora em décadas passadas, inclusive todos os na América Latina. No nosso de 1964, o perverso atuou e de forma incisiva. Foio grande personagem dos bastidores de todo o malefício que os EUA causaram mundo afora dos anos 60 em diante. Não sei porque, ao lembrar dele, logo me vem à mente um personagem brasileiro, talvez o mais próximo dele em similaridade de atitudes, Delfim Neto. Este, também perverso, tinha por lema o "Brasil deve crescer primeiro, para depois dividir" e assim, nunca privilegiou a classe trabalhadora em nada, só apunhalou os interesses populares.

Outro com o mesmo formato foi Eduardo Campos, avô do hoje presidente do independente (sic) Banco Central, o que segura os juros brasileiros em estratosféricas taxas de 13%. Todos os três foram perversos e atuaram nos bastidores de governos perversos, Kissinger atuando desde Nixon e Delfin desde o de Costa e Silva. Delfim chega aos 95 anos eatébem pouco tempo escrevia semanalmente para Carta Capital e sempre enviava minhas cartinhas não entendo ele ali continuar. Tudo bem que nos últimos tempos apoiou a queda da perversidade bolsonarista, mas cerio ter sido tarde demais, depois de tudo o que nos proporcinou de ruim. Que vivam muito, mas sem esperança alguma de receber de minha parte qualquer tipo de elogio.

TUDO NUM DIA SÓ

- PGR pede que Sergio Moro se torne réu por calúnia contra Gilmar Mendes.
- CNJ determina pente fino rigoroso na 13ª Vara Federal de Curitiba e no TRF-4.

- Deltan Dallagnol intimado para depor na PF.
- Carlos Bolsonaro volta a ser réu.
- Ex-sócio de Flávio Bolsonaro em loja de chocolates cita crimes e fala em prisão na família Bolsonaro.
- Deputado bolsonarista Carmelo Neto (PL-CE) = CASSADO.
- Deputado Bolsonarista Alcides Fernandes (PL-CE) = CASSADO.
- Deputada bolsonarista Silvana Oliveira (PL-CE) = CASSADA.
- Deputada bolsonarista Marta Gonçalves (PL-CE) = CASSADA.
- Nikolas Ferreira no conselho de ética.
- Eduardo Bolsonaro no conselho de ética.
- Carla Zambelli no conselho de ética.
- José Medeiros no conselho de ética.
- Carla Zambelli abandonada pelo bolsonaro e PL.
- Prefeita de Ubatuba cassada por fraude merenda escolar.
-Delta abandonado até pelo emebele
(Via @LazaroRosa25 no Twitter)

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (160)

PRA COMEÇAR A SEMANA - E O GOVERNO LULA?

Por mais que alguns tentem junto a mim, eu não consigo culpabilizar o Governo Lula, muito menos ele pessoalmente pela demora ou breque nos avanços sociais, retomada da soberania perdida durante o desGoverno do antecessor. Se tudo anda travado e ele tem culpa em não avançar mais, temos e devemos levar em consideração as condições do momento. Lula foi eleito fazendo parte de uma coligação bem ampla e desde o começo está diante de um Congresso Nacional mais do que conservador, diria mesmo, fascista, perverso e cruel, fazendo de tudo e mais um pouco para impedir qualquer avanço progressista ou de cunho no atendimento de reivindicações sociais. Diante disso, como pode querer ele mudar tudo de uma hora para outra, tendo minoria nas votações, tanto com deputados, como com senadores? Impossível. Sem o respaldo popular nas ruas, debaixo de muita pressão, ele fica de mãos muito atadas, tem que negociar e faz o que pode. Sim, tudo bem, ele não é revolucionário, mas atende os anseios mais preementes das camadas populares e seu ministério demonstra isso. Vivemos um período de reorganização e recuperação do que foi perdido durante os desGovernos de Temer e Bolsonaro.

Lula negocia a todo instante, todos os momentos. Tem hora que tudo dá certo e noutras tudo errado. Faz acordoi com uns, mas na hora do vamos ver, estes roem a corda e colocam tudo a perder. Esse o jogo jogado em Brasília. Essa sua ação diária, constante, contínua, onde o ganhar e o perder faz parte do jogo. Nas condições encontradas e as que temos, sem povo nas ruas, ele até fez muito. Não tem como alguém lúcido negar os avanços, mas nada virá de forma avassaladora. Eu também quero muito mais, mas também estou indo muito pouco pras ruas e sem povo nas ruas apoiando e exigindo as mudanças nada feito. Ele negocia e produz avanços, de pequena monta, mas avanços. Reconheço isso e o apóio, pois acompanho o que é o dia a dia em Brasília. Antes de reclamar, se faz necessário entender como o jogo é jogado. E mais, não sair da luta, pois só com posicionamentos via redes sociais, sem povo nas ruas, a coisa vai continuar assim, lentamente. Enfim, vamos ou não vamos pras ruas? A REVOLUCÃO não virá com Lula, mas as tranformações socias a possibilutando, sim. Esperar que tudo venha e a gente sentado, só observando e criticando, daí já é demais.

uma história de vida

HISTÓRIA DA BAILARINA MARIELA MIRA, CRIA DA CIA ESTÁVEL DE DANÇA, SUCESSO EM DUBLIN, NA IRLANDA E EUROPA – VITÓRIA DE QUEM SEMPRE ACREDITOU SER POSSÍVEL

Olhando para trás os feitos da Cia Estável de Dança de Bauru, com mais de dez anos de atividade, são memoráveis. Muitos das bailarinas (os) ali formados ganharam o mundo, bateram asas e obtiveram sucesso mundo afora. Já contei por aqui a história de alguns destes e hoje fico impressionado com a de MARIELA MIRA, jovem mais do que esforçada que vi vicejar das entranhas da Cia bauruense, pelas mãos do diretor Sivaldo Camargo e hoje, depois de tentar a vida fazendo o que sabe e gosta, está começando a usufruir dos primeiros frutos. Não existe algo melhor do que, como ela faz hoje, olhar para trás, reconhecer tudo o que foi feito e de seu esforço para ir galgando, dia após dia, um lugar, o seu lugar no mundo da dança. Conto algo aqui juntando trechos de escritos dela mesmo em sua rede social e de outros, onde ia despontando, até chegar no momento atual. Escrever e rever algo tão valoroso é tudo o que posso fazer, talvez para sensibilizar ainda os que insistem em não abrir novos editais para contratação de novos bailarinos na Cia Estável de Dança. Inconcebível ver essa Cia, com tanta história, sendo quase impedida de ter continuidade, pois de 16 integrantes, hoje se resume a meia dezena, sem perspectivas de ampliação do quadro, tudo por imposição de quem impõe um breque, parece querer o fim de tão altivo e vitorioso grupo profissional.

Começo de trás para frente com gravações dela, a bailarina na Europa, diante de um novo mundo diante de seus olhos: “Comecei a dar aula em uma grande escola aqui da Irlanda, em Dublin. Uma escola de música, canto, teatro e dança. Fui contratada como professora e coreógrafa. Estou muito feliz, trabalhando com eles, montando um musical da Família Adams. São mais de 60 alunos divididos em turmas, 20 20 e 20, grande responsabilidade, que agarrei com tudo, estou dando o meu máximo. São experiências só possíveis pelo currículo que apresentei, algo muito além do que sonhei, levando adiante uma gigantesca bagagem adquiria em Bauru e só possibilitada a mim pela Cia Estável de Dança e ao seu diretor, Sivaldo Camargo. Tenho mais uma notícia boa, acabo de receber um convite para dirigir um workshop de Dança Contemporânea e também para ser bailarina convidada. Abriram um chamamento, enviei um vídeo, breve currículo e dias depois já me responderam, não só para participar do evento como me pagar um cachê. Logo a seguir começaram a me seguir no Instagram, viram fotos e vídeos meus, dois dias depois me perguntam se tinha interesse em dar duas aulas para todos os participantes do evento. Estou muito feliz, muito grata, são muitas as novidades, uma atrás de outra. Dou aula em três lugares e um deles me convidou para participar de um comercial de uma loja de esportes. Mandei um vídeo dançando, fui aprovada e a parceria é com a Adidas. A gravação acontece no começo de junho. Vai ser uma coisa muito grande, vai passar na TV aqui, pra todo o país. Estou muito feliz, muito grata por tudo o que recebi da Cia Estável de Dança, pois não fosse ela não estaria aqui”.

Encontrei na página do Facebook de Mariela este depoimento de Sivaldo Camargo sobre sua ex-aluna, escrito quando de seu aniversário em 02/04: “Não foram 7 dias ou 7 meses, foram 7 anos de convivência diária nas atividades da Companhia Estável. Mariela Mira ou Dandara chegou na Companhia com 16 anos, a banca avaliadora me disse: ela é muito talentosa, tem um físico propício para a Dança, mas tecnicamente está bem abaixo do elenco, se você trabalhar com ela fora do horário da Companhia, podemos aprovar ela. Começamos a fazer aula de sábado das 9h às 12h, aula solo, em poucos meses Mariela Mira, estava com uma performance muito boa, mas nem tudo foi fácil, cobrança em relação a disciplina, foco e o compromisso com a arte da Dança, logo tirou o registro profissional. Chegou adolescente na Companhia e saiu uma mulher formada em Educação Física e em Dança. É muito difícil falar tudo o que vivenciamos juntos, mas o que posso dizer é que sempre admirei Mariela, principalmente por aceitar todas as correções e broncas. Hoje suas orelhas estão muito longe das minhas mãos, mas também sei que hoje não seria mais necessário, feliz aniversário minha querida amiga Mariela Mira, sucesso sempre querida!”.

Em 28/02/2023 ela havia escrito dele, seu diretor por tantos anos na Cia Estável: “Esse mês também foi aniversário do Siva. Siva é um dos meus melhores amigos. Aquele para todas as horas sabe? Para os momentos bons e também os difíceis.. Ele tem sempre um bom conselho… não o que te diz exatamente o que fazer, mas o que te conduz a encontrar a resposta certa. Tem um abraço acolhedor e no momento necessário é claro, afinal, enfrentar as situações de frente também nos fazem amadurecer, Aprendi com você, Siva. Ele me viu crescer, viu meus melhores sorrisos e também me enxugou muitas lágrimas… Quanta Gratidão! Falar do Sivaldo é falar de história, ele tem as melhores para contar, mas não são contadas de qualquer maneira… Ele tem o momento certo e sempre tira uma boa lição delas. Foi o seu dia, mas o presente é nosso por tê-lo em nossas vidas! Meu Mestre, e Amigo. -“Dois passos para frente, um para atrás”. Você é Arte, é Dança, é Poesia. Felicidade por mais um ano de vida Sivaldo Camargo! E que sejam muitos mais!! ”.

Os textos que mais gosto de publicar por aqui são estes, reverenciando quem lutou muito e venceu. Mariela uma delas. Tenho ótimas lembranças das vezes que a vi, junto de outras também valorosas bailarinas (os) no palco principal do Teatro Municipal de Bauru. Ela, quando encerrou seu ciclo na Cia, não se fez de rogada, foi à luta, fez brilhantes trabalhos, não só na dança, mas também na Publicidade e diante de uma oportunidade foi para a Europa. Chegou pisando leve, aprendendo sempre, ouvindo muito, atenta e comunicativa, cavou brechas e hoje, quando a veja conseguindo os primeiros resultados, não tenho como me conter, escrevo dela, como escreveria de qualquer outra (o) que siga seu caminho e conquiste novos horizontes. Acompanhar seu Facebook ou Instagram é seguir pela trilha do sucesso, pois a cada dia nova novidade, sempre boa, ela seguindo em frente, galgando e subindo degraus. Por fim, ela saiu daqui, da Cia Estável de Dança de Bauru, hoje com pouquíssimos membros, pois a Secretaria Municipal de Cultura parece não se importar na ampliação e em tê-la novamente brilhando e possibilitando isso visto com Mariela. Quiçá este texto sirva para abrir os olhos de quem detém o poder da caneta, pois isso vislumbrado com essa menina só é possível com muito trabalho, dedicação e não pode ser interrompido.

OBS.: Este texto pode também ser interpretado como um PEDIDO DE SOCORRO, pois a Cia Estável de Dança de Bauru continua correndo perigo e, como sabemos, não pode parar, mesmo que assim alguns o queiram. Resistir e lutar se faz necessário. Mariela é a prova viva de que o trabalho ali realizado é mais que bom, diria mesmo, ótimo.

REGISTROS LADO B (116)

NO 116º LADO B, UMA BAURUENSE QUE GANHOU O MUNDO, VIVENDO HOJE ENTRE A SUIÇA E A BAHIA, ROSÂNGELA SANCHES STÜCHELI

A intenção deste "Lado B - A Importância dos Desimportantes" é a de contar e deixar registradas histórias de vida. Por aqui já passaram mais de uma centena de pessoas e de tudo, revelações surpreendentes, num animado bate papo, proporcionado por mim, o mafuento HPA, que entende pouco do riscado, mas se esforça muito para dar continuidade em algo, revelando perfis de gente, sempre com boas histórias para contar, além, é claro, de estarem todos posicionados e em busca de um outro mundo.

Neste 116º, trago aqui uma bauruense, ROSÂNGELA SANCHEZ STÜCHELI que, no final dos anos 70, com 19 anos, após vivenciar em Bauru, morando no jardim Bela Vista, experiências anarquistas, resolve ganhar o mundo. Foi, venceu e agora volta só muito de vez em quando, para rever pessoas queridas, pois seu porto seguro hoje se dá entre uma cidade Suiça e a praia de Ponta do Ramo, em Ilhéus BA. Casada com um alto funcionário de multinacional, o suíço Karl Stücheli, conheceu vários países do mundo, acompanhando-o e desde sempre, manteve algo altaneiro, o da luta contra as injustiças sociais, isso mundo afora. Aqui no Brasil, sempre muito corajosamente, nunca se omitiu de apontar os culpados da desigualdade e, dentro de suas possibilidades, ajudar no que é preciso para transformar este país.

Sua história interessa e muito. A convidei tempos atrás para ser uma das entrevistadas deste Lado B e somente agora consegui, quando ela vivencia um momento irradiante de sua vida, como mesmo diz, "remando, remando e remando sempre em frente". Conseguiu fincar os pés num recanto baiano próximo do que se pode entender de um paraíso terrestre e de lá, diariamente posta algo sobre a comunidade onde vive, os tantos que a rodeiam e algo mais deste momento político vivenciado pelo Brasil e o mundo. Inesquecível quando Sergio Moro passou pela Europa, todo pimpão foi fazer palestra, se achando o dono do mundo e por lá encontrou brasileiros apontando o dedo em sua cara e a demonstrar o perverso que sempre foi. Dentre eles Rosângela.

"Rosângela Sanches Stücheli é bauruense e aqui viveu até o momento em que se foi para a Europa. Casada com o Karl Stücheli, vive metade do ano na Suíça e outra num recanto baiano, algo assim como o paraíso terrestre. Ao lado dele e de suas andanças profissionais já residiram em muitos lugares da América Latina, um deles a Venezuela nos tempos de Chávez. Ambos são movidos por onde estejam na defesa dos interesses do povo trabalhador e algo doloroso para ambos é ver a injustiça na prisão do ex-presidente Lula, alguém que tanto fez pelo país. Participam ativamente por lá de todo ato a favor do LULA LIVRE e pelo fim do golpe, esse que massacra o país e seu povo.

Numa das vezes em que Sergio Moro esteve por lá, marcou presença e ajudou a conscientizar os presentes do papel cumprido pelo juiz inquisidor. De Bauru para o mundo", este texto eu escrevi dela em 29/07/2018.
De lá pra cá, ela vai nos contar na conversa entre Bauru e Ilhéus, algo desde sua saída de Bauru, o tempo vivido por aqui e depois, como se deu as transformações em sua vida desde então. Será uma reveladora conversa, pois ela gosta da boa prosa e juntos proporcionaremos uma hora com algo de grande valia: experiência positiva de vida. Ela não é tão conhecida em Bauru, enfim se foi daqui muito cedo, mas após o papo dominical, sua história estará aqui perpetuada. Rosângela é dessas que não perde a esperança, jamais e irá demonstrar isso com sua empolgante fala. Creio, que de tantos bauruenses espalhados mundo afora, eis alguém mais do que especial. Vale muito a pena ouví-la com a devida atenção.
Vamos juntos?

Eis o link com a gravação da conversa, duração de 1h30:

https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/788336116029233

Comentário da Rosângela sobre o bate papo: "Amei a sua sensibilidade em escrever, não somente agora, mas desde sempre que o descobri no Facebook. Acho que o descobri vc em 2015. Grata pelo convite, por fazer parte do lado B. E na entrevista desde domingo, digo desde já que tenho dificuldade em encurtar histórias kkk. Pode me brecar tá!!!".

ENCERRO MEU DOMINGO ESCREVENDO ALGO SOBRE FABRÍCIO GENARO
Fabrício é temperamental, desses que dificilmente leva desaforo pra casa. Quando tem que te falar algo, fala e não mede as consequências. Um turrão e assim sendo, sofre mais, pois agora dono do bar dito como reduto da esquerda bauruense, por ali já se viu de tudo e ele, ali do lado de detrás do balcão, segurando o rojão, na maioria das vezes sózinho. Ontem ouvi dizer que ele estava mais nervoso do que das vezes lá no bar. Foi na festa de aniversário dele, o Sérgio Baracat e o Roberval Placce. E ao final passou mal e teve que ir pra UPA Ipiranga e lá pernoitou até melhorar.

Eu entendo o que se passa com o Fabrício, pois também ando pela hora da morte. Andamos todos meio que no fio da navalha, querendo resolver as questões nacionais e vendo tudo meio que atravancado, com impedimentos mil destes hoje representando não mais o conservadorismo, mas a ultra-direita, o fascismo mostrando garras e dentes. Não está fácil e para quem tem problemas cardíacos, a tendência é piorar. As intervenções do ministro Flávio Dino, quando convocado tem sido uma espécie de alívio, pois vai lá e sabe tirar de letra as malversações e golpes abaixo da linha da cintura desferidos pela perversidade em curso nos nossos parlamentos. O mesmo não ocorre na maioria do restante do Governo Lula.

Fabrício ontem me chamou de lado e disse algo assim: "Henrique, podemos não concordar em tudo, mas nós somos vanguarda e temos que no unir e enfrentar mais isso tudo, colocar mais a cara pra bater e reagir, atacar e não deixar acontecer o que estamos vendo. Me propos até uma conversa, que iremos, com certeza, marcar para os próximos dias. Só que ele ontem convergiu para si muito mais do que devia, juntou uma sucessão de coisas no seu entorno, os problemas do dia a dia e todos os políticos e quase teve um periquipapo. Sinto por ele, sinto por todos que estão com algo entalado na garganta, loucos para explodir, botar o bloco na rua e sem encontrar os meios para fazê-lo. Quando, ainda ontem, Fabricio convidou Milton Dota para falar e antes colocou A Internacional pra todos ouvirem, o momento era só emoção. Dota falou o que todos repetem e poucos estão a exercer de fato: "Se não superarmos algo a diferenciar um do outro, não buscarmos algo em conjunto, unidos e coesos, não chegaremos a lugar nenhum".

A tensão do Fabricio é um sinal de que, todos nós, podemos explodir e apagar se não nos cuidarmos. Ontem foi um dia festivo, mas também de muita reflexão. Eu senti o quanto ele estava nervoso, intranquilo e isso demonstrado claramente no jeito como se apresentou. O que aconteceu com Fabricio é um sinal para todos nós. Nós somos fortes, quando juntos representamos boa quantidade de pessoas e o que falta mesmo é mais conversa, ação e união. Ele me disso ontem que o governo de Lula não vai atender tudo o que imaginávamos ser possível. Sim, evidente isso. Lula governa com minoria nos parlamentos e é obrigado a negociar em todas as questões. Faz sua parte e nós, faríamos muito mais se estivessemos organziados e fazendo pressão contínua em todas as votações acontecendo por aí. Nessa semana, Cristina Kirchner reuniu uma multidão na Argentina, ela também muito acossada por um Judiciário a incriminá-la injustamente, como fizeram com Lula e disse algo assim: "Não peçam a mim o que não podem dar". Então, como exigir que ela concorra à presidência, se o povo não se mostra devidamente organizado para pressionar quem a impede de concorrer. Sem o povo na retaguarda, nem ela, nem Lula, nem ninguém com intenções de atender anseios populares conseguirá impor o que se faz necessário fazer. Fabrício adoece, assim como eu e tantos outros. Queremos fazer algo e não estamos sabendo como, pois resistimos, porém fracionados e desunidos. Deste jeito, aja problemas de saúde. Enfim, para enfrentar tudo o que vemos pela aí o povo precisa estar nas ruas. Assim nos curaremos todos.

CARTAS (255)

NÃO VIVEMOS MAIS NO MESMO BRASIL*
* Este meu 111º artigo para o semanário DEBATE de Santa Cruz do Rio Pardo, edição deste final de semana:

Fui visitar, hoje pela manhã, minha amiga psicóloga Rose Maria Barrenha e da conversa, o que não me sai da cabeça, após comentarmos sobre as relações trabalhistas, todas deterioradas nos dias atuais, foi a frase a dar título para este escrito. Eu comentava com ela algo acompanhado por mim, de uma relação trabalhista beirando o escravismo. Foi o que bastou para contar também algo acompanhado por ela. Daí, ela soltou a certeira frase.

Meu caso. Uma amiga trabalha numa cidade vizinha, onde uma única empregadora absorve a maioria da mão de obra da cidade, mais do que a própria Prefeitura. Registra quem quer e todos atuam por produção, ou seja, costuram o dia inteiro, muitos fazendo hora extra, algo desgastante e sem tempo para quase mais nada. No final do mês vão conferir o montante a ser recebido, além de nunca as contas baterem, os valores a serem pagos giram em torno de R$ 600, ou no máximo R$ 800 reais. Indignado questionei a pessoa: “Mas não reagem? No Brasil a lei exige que se pague no mínimo o salário mínimo”. Ela, bem direto me diz: “É a única empregadora, acha que faz até mais do que devia e nos ameaça até nisso. Iríamos trabalhar aonde? É o escravismo dos tempos atuais”.

Rose me conta sua história. Uma pessoa querida arrumou emprego recente, onde lhe foi prometido uma função. Chegando lá, a conversa foi outra e o empregador alegando necessitar temporariamente dele em outra, o encarrega para algo completamente diferente. Discursa no começo do expediente dizendo do envolvimento que todos precisam ter com a firma, sendo necessário entrada bem mais cedo e saída bem depois do combinado. A situação se arrasta e no primeiro mês, nada de hora extra e um discurso mais duro, com afirmações do tipo, “é o que temos para oferecer, se não tiverem interesse, sentimos muito”. E assim, sem nem tocar no assunto de registro, com horário ampliado, sem pagar horas extras, seguindo regras estabelecidas segundo a cabeça patronal, continua por lá sem saber se um dia irá atuar na função pela qual foi contratado.

Rose, ao me ver com certa cara de espanto, alerta para algo simples, até redundante. “Henrique, o país, como te disse é outro. Nada se apresenta hoje como antes da chegada de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Muitos patrões hoje se acham acima da legislação trabalhista. Enfim, foi para isso que apoiaram a tal reforma no setor, queriam tudo flexibilizado, mas só beneficiando a eles. Deu no que está vendo, um verdadeiro deus nos acuda para o trabalhador. Não adianta ter saudade, hoje se faz necessário denunciar, mesmo ciente do fio da navalha, pois segundo você mesmo ouviu, a precarização é o must do empresariado, arma usada contra o que existia de proteção anteriormente. Foi também para o trabalhador voltar a ter seu direito garantido que votamos no Lula”.

Ficamos falando disso e com outros exemplos, todos ao mesmo estilo, quando do rádio, ouvimos algo para ser por mim anotado: “Todos são inimigos quando não pensam iguais”. Sim, este outro mantra do momento e já estávamos prontos para dele discorrer, quando chegamos ao nosso destino. Ela antes da despedida, me dá a dica: “Se vai escrever do outro Brasil, este tema também é merecedor de outro textão. Providencie para nossa leitura”. E me deu um até logo. Sim, hoje me fixo num, talvez o outro na “redação” da semana que vem.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

DA PASSAGEM DO EX-MINISTRO RICARDO SALLES POR BAURU:

O PERVERSO VEM BAURU E É SAUDADO SABE POR QUEM? PELO AGRONEGÓCIO. TUDO DECLARADOS CONSPIRADORES

Não causando nenhum espanto, a proposta principal do bestial encontro de ontem à noite no Villagio Mall foi o compromisso assumido dele lutar pela fexibilização da legislação de preservação do cerrado, atendendo em primeiro lugar reivindicação advinda da especulação imobiliária, pouco se importando com a questão ecológica e da preservação da natureza ainda existente na região. São todos insensíveis até o último fio de cabelo. Gostaria de saber o que pensa o ex-prefeito de Bauru e também ex-deputado federal Rodrigo Agostinho , hoje presidindo o IBAMA, a respeito deste cidadão e da proposta de dilapidarem o cerrado, sem dó e piedade. Seria isso que estes denominam de "progresso"?

COMENTÁRIOS

1) "Esse sujeito o "passa boiada" ganhou notoriedade no governo Jair Bolsonaro. Porém é preciso ser correto com a história:
Atualmente deputado Federal por São Paulo foi:
✓ secretário particular do governador de São Paulo Geraldo Alckmin de 2013 a 2014;
✓ Secretário do Meio Ambiente de São Paulo de 2016 a 2017, nomeado por Alckmin.
Ou seja surge no tucanato, onde responde por ações criminosas tbém contra o meio ambiente", jornalista Ricardo Santana.

2) "Este ESTRUME LADRÃO DE MADEIRA E COMPARSA DE GARIMPEIRO vem aqui e é recebido pela ESCÓRIA DA JOVEM PAN" onde chegou atacando RODRIGO AGOSTINHO presidente do IBAMA. Foi recebido também pelos VEREADORES que não teem nenhum compromisso com a cidade e com o MEIO AMBIENTE cito CORONEL MEIRA e EDUARDO BORGO que ao invés de questioná-lo sobre a chacina dos IANOMÂMIS fizeram SALA para esse desqualificado que vem até Bauru para organizar a "PASSAGEM DA BOIADA" de quebra o COMPARSA DE GARIMPEIROS conseguiu o compromisso do vereador Meira para dar depoimento na CPI da reforma agrária a mesma CPI que devia também investigarar os financiadores de invasão de terras idigenas e garimpo ilegal. Os eleitores de EDUARDO BORGO e CORONEL MEIRA tem que cobrar mas URNAS essas duas figuras que envergonham Bauru e colocam Bauru em rota de colisão com o GOVERNO FEDERAL privando Bauru de futuros investimentos. Acusa o Rodrigo Agostinho de falso ambientalista mas rouba madeira ilegal e faz acordo com GARIMPEIROS, não ouvi nenhum questionamento sobre isso por parte da JOVEM PAN nem pelos Vereadores BORGO E CORONEL MEIRA", Montinegro Monti.

CHAMADA PARA O 116º LADO B COM ROSANGELA SANCHES STÜCHELI, BAURU / SUIÇA / BAHIA
Essa Rosângela Sanches Stücheli é mesmo do balacobaco, conseguiu dar o salto do jardim Bela Vista para o mundo, a Suíça e agora a praia de Ponta do Ramo, Ilhéus BA, sempre muito latente e pulsante, muita consciência de classe. 

Escapuliu daqui ainda nos tempos da ditadura militar e suas histórias, sempre muito cheias de engajamento serão contadas aqui amanhã, domingo 28/05/2023, 10h, pelo meu facebbok. 

Vamos juntos?

Eis o link com 6 minutos da chamada gravada, com ela na praia de Ilhéus BA:

https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/968984387444225

EIS A CARA DO MAIS PERIGOSO DE TODOS

CENA BAURUENSE (237)

BAURU PELOS OLHOS DO MAFUENTO HPA

01. Publicado em 20/04/2023: "Na rua Azarias Leite, quadra entre a Batista e a Primeiro de Agosto, algo mais sobre algumas das tradicionais lojas bauruenses com avisos nada alegres dispostos em suas fachadas".

02. Publicado em 22/04/2024: "Essa pequena banca defronte a Paróquia São Benedito, vila Falcão, vendendo tão poucas coisas, movimento tão pequeno, uma senhora nipônica por detrás do balcão e uma indagação que não quer calar: ela anuncia comprar cédulas e moedas antigas. Intrigante".

03. Publicado em 24/04/2023: "Na rua desembocando na Avenida Moussa Tobias, junto a ex-Faculdade Anhanguera, quase na esquina, um então famoso trailler de espetinhos, fervendo por ali enquanto duraram as aulas. Hoje, fechado e fazendo parte do novo visual de abandono do local, sem perspectivas de reativar o encanto".

04. Publicado em 25/04/2023: "Prof. José Xaides Alves publicou dias atrás foto da quadra 2 da rua Batista de Carvalho, início do Calçadão, no centro velho da cidade e com essa legenda: "Um homem e o desafio da revitalização do Centro de Bauru". Complemento relembrando dos tempos da saudosa dona Benê, da hoje não mais existente Casas Benê, funcionando exatamente no mesmo local da foto e movimentando maravilhosamente aquela quadra. O que tinha por detrás de si aquela impetuosa comerciante, tornando a quadra toda muito mais agitada que a dos tempos atuais? Como ela se sentiria vendo hoje aquela quadra e tantas outras tão degradadas?"

05. Publicado em 27/04/2023: "Lá pelas bandas da Unesp, boca de entrada do cerrado bauruense, mais precisamente no Bar do Baiano, junto do portão principal daquela unidade educacional, alguns cavaleiros chegam no bar no período noturno e pedem sua pinguinha sem necessitar descer do cavalo. Daí, devidamente embebidos, seguem viagem..."

06. Publicado em 01/05/2023: "Predio onde já se realizaram infindáveis lutas políticas em Bauru, o do Sindicato dos Ferroviários de Bauru e do Mato Grosso do Sul, na rua Cussy Junior. Toda vez, ao passar por ali, presto reverência pelo serviço a mim prestado".

07. Publicado em 02/05/2023: "Junto da praça Parteira Bernardina, esquina com a avenida Pedro de Toledo, tendo do outro lado da rua um dos mais antigos bares em funcionamento na cidade, o Armazém e do outro a também abandonada ferrovia, trecho utilizado pela Sorocabana. Neste específico canto, edificações abandonadas e numa delas, que nem sei mais bem qual - enfim, faz tanto tempo -, funcionava a Clicheria Martinês, a última que funcionou com essa finalidade em Bauru e num andar superior o escritório e gráfica do saudoso Osvaldo Pena, jornalista de quatro costados, comandando sua revista Cadência, até quando pode e resistiu. Ou seja, este cantinho de rua tem muita história, tendo já circulado por ali infinidade de gente produzindo algumas das mais contagiantes".

08. Publicado em 06/05/2023: "Das antigas casas desta aldeia bauruense, hoje destaco esta, tendo sua área frontal fechada com vidros, portão de duas partes e muro baixo, depois acrescida das grades. Fica na Agenor Meira, quadra pra cima da Quinze de Novembro, esquina com uma travessa de uma só quadra, essa dando defronte pro Senai".

09. Publicado em 08/05/2023: "Passo todo dia diante dessa pequena praça na avenida Nações Unidas - que não sei o nome -, tanto na ida como na volta, duas quadras acima da Rodrigues Alves e sempre por lá alguns moradores de rua. O banco do ponto de ônibus lhes servem de cama, assim como a estrutura levantada para abrigar o homenageado dando nome no lugar. Ali dormem alguns, dia e noite, noutras oportunidades vejo sempre um, acho que o mesmo, dormindo sobre a marquise de concreto, junto ao chão de terra, quando estende um papelão e ali descansa".

10. Publicado em 09/05/2023: "A foto não é nenhuma tigela homenageada em praça pública, mas hoje o último bebedouro de cavalos ainda exposto em local público, este na praça Parteira Bernardina, junto da avenida Pedro de Toledo. Um outro, até décadas atrás estava fincado junto do local onde hoje acontece a Feira do Rolo, rua Julio Prestes. Este sobrevivente, seco e sem água, resiste e fenece sem nenhum tipo de manutenção ou cuidados especiais. Simplesmente continua por ali até o dia em que algum administrador achar não mais conveniente. E o que terá sido do outro, ao menos guardado num depósito?".

11. Publicado em 10/05/2023: "Bauru possui uma colônia portuguesa grande e lá nos Altos da Cidade, uma praça leva o nome de Portugal, tendo num dos cantos uma bela homenagem em forma de totem, reverenciando a importância destes na história da cidade".

12. Publicado em 17/05/2023: "Pontos de táxi existiram muitos cidade afora. Hoje, muitos estão vivenciando a decadência inerente no que lhes aconteceu nos últimos tempos e isso já é do conhecimento de todos. Poucos seguem com sua rotina inalterada. Neste, junto da pracinha nas proximidades da Nações Unidas, tendo do outro lado da rua o Hotel Obeid Plaza, a demonstração, não só do abandono, como de sua não mais utilização como dantes. Muitos, como este, ainda mantém intacta caixa onde antes tinham até telefone fixo, exclusivo do ponto, mas a cobertura quase não mais se sustenta".

13. Publicado em 19/05/2023: "Terminal rodoviário de Bauru, quase na confluência entre as avenidas Nações Unidas e Nuno de Assis, vista de cima, mais precisamente do alto do morro do PVA - Parque Vista Alegre".

COMENTÁRIO GERAL (237)

TENTANDO ENTENDER O ARCABOUÇO FISCAL
E sem palavras. A Laerte é ótima.

ENFIM TOMAMOS CONHECIMENTO DE COMO SE DÁ O CRITERIOSO ESTUDO PARA O ASFALTO EM BAURU NA ADMINISTRAÇÃO SUÉLLEN ROSIM - ISSO É FISCALIZAÇÃO OU...

Pelo que se sabe da atividade parlamentar de um vereador, sua função principal é FISCALIZAR o Executivo, os atos da administração municipal, enfim, são pagos para isso. Existe algo mais do que desvirtuado disto ocorrendo nas hostes bauruenses, pois nesta semana, fato com grande repercussão envolvendo dois vereadores, Marcelo Afonso (patriotas) e Miltinho Sardin (ptb), tudo para que a prefeita decida de uma vez por todos e declare aos quatro ventos qual deles é o responsável pelo encaminhamento junto a ela para recapeamento asfáltico numa rua do Jardim Bela Vista.

Pelo que a coluna Entrelinhas, do Jornal da Cidade repercute, a briga foi feia e ambos se diziam o pai da criança. O barulho foi grande e envolveu assessores, moradores e pelo visto, cada um queria demonstrar ter mais influência junto à alcaide, tendo o asfaltamento ocorrido por causa de sua solicitação.

Passado o barraco, isso me faz lembrar de tempos atrás, quando outros vereadores, outra legislatura, agiam da mesma forma e jeito, cada qual brigando quando um vereador pertencente a outro naco da cidade visitava o bairro, que supostamente era área de responsabilidade e propriedade de outro.

Pelo visto, nada mudou, agora fiscalizar dos motivos da compra do projeto educacional Palavra Cantada ter tido um pagamento em Bauru muito acima do pago pelo estado do Mato Grosso, para quantidade muito menor de escolas, isso não causa briga e nem desavença, pois ambos não se manifestam.

Escrevi ontem aqui que a alcaide faz pouco caso da Câmara, não enviando representantes, quando convocados para Audiência Pública. Amigo próximo me liga e me puxa a orelha. "Henrique, não é o caso. Ela não faz pouco caso já que ela controla tudo. Na verdade não está nem aí, pois domina. Veja o contrário acontecendo com Lula e suas agruras com o Congresso Nacional. Ele pena e padece, apanha muito nas relações com os deputados e senadores, exatamente por não dominar. No caso bauruense, ela não esquenta a cabeça, pois domina sem medo de perder alguma votação, daí porque iria lá perder tempo". Tive que concordar.

A FIFA ENCOBRE AS MALVINAS NO MUNDIAL DE FUTEBOL SUB 20 E CRISTINA HOJE LOTA A PRAÇA DE MAYO - ARGENTINA RESISTE

Hoje é um dia muito importante na história da Argentina, feriado nacional e também 20 anos da ascenção de Nestor Kirchner como presidente do país. Algo entristecedor acontece dentro do Mundial de Futebol Sub20, ocorrendo em Mendonza. Mais precisamente no estádio de futebol denominado Malvinas Argentinas, em homenagem aos combatentes que lá lutaram, muitos perderam suas vidas e aos tantos que lá estiveram, luta inglória, incentivada pela então ditadura militar argentina. Pois não é que nas placas informativas no estádio, por ordem da FIFA foram retiradas as menções das Malvinas e quanto ao nome do estádio, a citação é também assombrosa, o fazem como Estádio de Mendonza. A FIFA, alegando não fazer propaganda política, fez muito mais que isso, pois interfere na soberania do país sede do Mundial, com a descabida imposição. Tudo foi revertido, mas o estrago estava feito. Este Mundial já é conhecido por tapar símbolos, representando o retrocesso, o atraso, promovendo inadmissível vergonha. A revolta dos ex-combatentes movimentou o país, pois a FIFA entendia a imagem da ilha como provocação e o país entende ao contrário, sendo lá local de uma luta ainda não concluída, pois as Malvinas continuam pertencendo à Inglaterra.

Isto coincide com um imenso ato marcado para hoje, aproveitando o feriado e nele, na Praça de Mayo, somente com um orador, a vice-presidenta Cristina Kirchner e lá, junto do povo, seu posicionamento em relação a sua candidatura ou não à Presidência. Hoje tudo converge para este local e essa fala, pois tentam fazer com Cristina o mesmo feito aqui com Lula. Se a Argentina não for pras ruas e pressionar seu Judiciário, a decisão deles já está tomada e é no sentido de sacar a candidatura popular do pleito. Junto os dois temas, o que instituições como a FIFA, ou mesmo as tais leis do Mercado fazem, destruindo com a soberania de um país, tudo para não deixar que políticos com olhos voltados para atuar em defesa das questões sociais o façam. A Argentina está com os nervos à flor da pele e tudo reverbera política. Não tenho como não acompanhar e me posicionar ao lado dos combatentes nas Malvinas, dos peronistas e de Cristina neste momento.

QUASE ASSISTIMOS TINA TURNER EM 2020

Foi por pouco, ou melhor, por causa de um bom punhado de dólares que, quando estávamos eu e Ana Bia em Nova York, janeiro de 2020, passeando pela Broadway, avistamos um teatro e lá em letras garrafais o anúncio do show com ela, Tina Turner. Balançamos e famos conferir na bilheteria se havia alguma possibilidade. Vimos, ouvimos, pensamos na ideia, mas desistimos e continuamos perambulando pelas ruas da cidade, sem gastar nossos suados dólares em algo tão caro. Ficamos na vontade, mas ousamos entrar em vários outros espetáculos, com preços muito mais convidativos. Por lá, numa casa de jazz, algo merio estranho para nós, brasileiros. Pagamos para assistir um show num bar, grupo excelente, música e músicos de fino trato e ao terminar, o convite para todos deixarem o lugar ou pagar ali no ato pela segunda apresentação. Vi aquilo e me lembrei das tantas vezes em que estamos num bar por aqui, estilo Templo e assistimos, como hoje show com Denise Amaral e Paulo Maia, eles tocam por uma hora, acontece um intervalo e depois voltam pra continuar. Lá não, os músicos tocam por um tempo determinado, contado no relógio, depois quando voltam pro palco, só pagando de novo. No coração do mundo capitalista nem tudo é cronometrado, mas na Broadway sim, com toda certeza. Por fim, naquele ano, com o mundo quase nas portas da pandemia, desfrutamos de muita música, inclusive em New Orleans, essa toda musical, com grupos nas ruas e todos os bares explodindo musicalmente, tivemos belas experiências musicais, mas perdemos a oportunidade de ver de perto a grande Tina Turner. Não nos arrependemos de nada, pois na substituição, também ganhamos e pudemos presenciar vários outros belos e surpreendentes shows. Mas, que estivemos bem perto de vê-la no palco, isso tivemos. Hoje ela se foi, 83 anos muito bem vividos e com uma carreira brilhante, relembro com Ana Bia aquele dia e tudo o que nos foi possibilitado depois. Aquele vozeirão ao microfone é inconfundível, marca registrada eternizada em nossas memórias.

ESCLARECIMENTO DO FRANCÊS ERIC SCHMITT: "Na Broadway em 2020 estava um musical sobre Tina Turner, não um show dela... O ultimo show dela foi o 5 de Maio 2009 na Sheffield Arena na Inglaterra. Não teria visto ela mas Adrienne Warren que estava com o papel da Tina nesse musical.Ainda bem que não pagou... no final você foi bem longe (11 anos) de ver ela no palco rsrsrs. Mas que a morte dela nos deixa tristes, é !