Como é possível? Diria que o dedo da nova secretária de Saúde está com problemas, avariado e não conseguindo dar uma dentro. Pelo que se percebe, os indicados por ela para assumir cargos na Saúde, todos escolhidos a dedo, nenhum de Bauru e necessariamente possuindo vinculação partidária com Gilberto Kassab, apresentam problemas estruturais. Por que? Como assim?
Tem algo de muito estranho acontecendo no setor, perceptível, claramente observado e de nada adianta se fingir de morto.
O QUE ESTÁ DE FATO ACONTECENDO COM CUBA - SERÁ MESMO QUE O ATUAL PRESIDENTE CANEL PODE SER COMPARADO AO RUSSO GORBACHOV?
Recebo um texto com a opinião de considerado amigo, o Marcos Paulo Resende, Comunista em Ação sobre os destinos atuais da ilha que tanto amamos. Mas antes de compartilhar parte de seu texto, quando escreve sobre Cuba, comento algo meu. Hoje tive retorno ao médico, consulta agendada e ele, me sabendo ser de esquerda, na porta me recebe com a provocação: "E daí, como vai? Desta feita gostaria de ir pra onde, Cuba, Coréia do Norte ou Rússia?". Foi uma longa conversa antes de começar a consulta. Disse de minha incontrolada vontade de voltar pra Cuba, mas salientei que, a Rússia, diferente do que me disse, não está impedida de receber visitas e suas cidades, sem nenhum problema para com o turismo. Problema mesmo existe na Ucrânia. E reafirmei que, diferente do que pensa, a Rússia deixou de ser comunista faz tempo, Putin é mesmo um perverso carrasco, mas o outro lado de santo não tem nada. Zelenski é até pior e pelo que se comprova hoje, não quer o final da guerra, pois lucra muito com ela. E pelo visto nada sabe de Cuba. Esse médico continua muito bolsonarista, mesmo diante de tudo o que já se sabe sobre o tal do "mito". Ficamos por aí e abaixo publico o que Marcos me passa para o debate, sobre a situação atual em Cuba:
"A ilha tão romantizada hoje pela esquerda, não existe mais, somente nos sonhos de quem ainda não despertou para a realidade. O presidente Miguel Diaz Canel é o Gorbachov cubano a colocar a pá de cal na revolução que um dia alimentou os sonhos de uma América Latina livre. Cuba com a economia dolarizada, reformas que restauraram por completo o capitalismo na ilha e que aprofunda uma desigualdade em seu povo. Enquanto o governo diminui o subsídio alimentar da "boleta" cubana, redes de supermercado podem hoje ser vistas nos grandes centros da ilha com preços em dólar, extremamente caros cuja uma pequena classe média surgida no país com os dólares recebidos por familiares que vivem no exterior, conseguem comprar livremente alimentos nesses supermercados. E que recentemente provocou uma onda de revoltas no país que rapidamente foram reprimidas pela polícia e exército, ver as cenas de populares apanhando da polícia num país que deveria ser operário, não dá mais para alimentar ilusões, narrativas e passar o pano, até greves estão proibidas no país, vejam só que ironia.
Chega, não dá mais para continuar nesse ciclo de derrotas promovidas pela própria esquerda que passa a ser EXquerda, essa galera está totalmente adaptada ao neoliberalismo, uma violenta intoxicação ideológica que irá decretar de vez a nossa derrota histórica. Mas eu, há algum tempo posso dizer que alcancei minha consciência de classe, minha revolução do ser, sem amarras e livre para pensar e ser o que realmente sempre fui na essência... hoje posso finalmente dizer que sou MARXISTA, sou COMUNISTA... e muito a agradecer aos meus eternos camaradas que carregarei sempre nas revoluções do meu coração: Roque Ferreira e Almir Ribeiro, presentes!!".
O texto foi recortado e só reverbero o tema Cuba. Daí, lhe pergunto: "Sim, o Canel me parece o Gorbachov. Cuba, ainda dá tempo de salvá-la?". Sua resposta: "Cuba assim como qualquer outro país precisa de uma revolução, uma ruptura com o já esgotado capitalismo... no caso de Cuba, uma nova revolução, porque a anterior já naufragou com a restauração capitalista". Sei que, parte dessa angústia hoje dentro do meu peito, esse desalento, este continuado desânimo é por ver naufragar o ideal de vida proposto em alguns lugares do mundo, hoje sendo reduzidos a pó. O que não me impede de querer voltar pra Cuba, talvez no próximo ano, me juntando a grupo sendo constituído aqui nas redes sociais. Quero ir ver in loco, pessoalmente, conversar com o povo cubano. Será um dos próximos objetivos e gostaria de fazê-lo o mais rápido possível, pelo menos enquanto Cuba ainda resiste. E continuo eternamente apaixonado por Cuba, a que Fidel mostrou ser possível, pois para mim o sonho só se findará quando me for. Enquanto existir como ser vivo sonharei e Cuba faz parte de meus diários sonhos, a de que outro mundo é mais do que possível.
JONAS PEDE SOCORRO...Saia do Bauru Shopping ontem no comecinho da noite quando me chamam, já perto de entrar no carro. Paro e lá está um velho conhecido, JONAS PINTO CRUZ, que conheci quando de carnavais passados, ele saindo pela Cartola. Depois, sempre atuando pela aí como guardador de veículos. Sempre teve uma vida difícil, conturbada e cheia de percalços, mas conseguia ir administrando tudo a contento e levando o barco adiante. Veio a pandemia, ele não teve mais como trabalhar, seu filho, hoje com 23 anos se desestruturou e hoje, segundo me diz, está com sérios problemas piscológicos.
Na abordagem pede ajuda, na verdade clama para alguém lhe dar uma luz. Morador do Ferradura Mirim, muito conhecido por lá, desde o falecimento da esposa, mora ele e dois filhos, num local onde tudo provem dele e de sua labuta. Não está mais aguentando e pede socorro. Conta toda sua história e a de seu filho, com tentativas desesperradas de interná-lo, sem conseguir nada até a presente data. Diz ter recorrido para todos os lugares e pessoas que lhe indicam das conversas pela rua. Seu desespero ao me ver, foi que anos atrás, ao vê-lo atuando como guardador de carros nas imediações da Catedral, centro da cidade, escrevi dele e, também segundo ele, muitos vieram lhe procurar. Agora, diz estar mais necessitado que naquela época e não tem mais a quem recorrer.
Conta sua história e chora diante de mim, ambos em pé diante de meu carro. Como é possível alguém estar diante de uma pessoa em total desespero e nada fazer, virar de costas e ir-se sem ao menos ouvir, tentar algo. Não consigo. Digo a ele que, não conheço os caminhos certos e rápidos para conseguir algo, mas tentaria algo. Pede para tirar uma foto dele, contar de sua aflição e assim, ver se, como se tivesse jogado uma garrafa no oceano, alguém do lado de lá a encontrando pudesse lhe estender a mão.
A história de Jonas não é única, pois igual a ele são muitos, milhares, diria mesmo, milhões. Vou visitá-lo nesta semana, mas antes vejo por aqui, como seria possível, contatar alguma instituição para ir visitá-lo e constatando a veracidade de sua história, algo ser feito. Não é resolvendo a questão para uma pessoa que iremos resolver os problemas do mundo, mas diante de alguém nas condições do batalhador Jonas, todo dia depois das 17h e até uma 22h30 lá defronte o shopping, cavando o seu sustento e dos seus, pelo menos algo para alguém com muita necessidade.
Recebo um texto com a opinião de considerado amigo, o Marcos Paulo Resende, Comunista em Ação sobre os destinos atuais da ilha que tanto amamos. Mas antes de compartilhar parte de seu texto, quando escreve sobre Cuba, comento algo meu. Hoje tive retorno ao médico, consulta agendada e ele, me sabendo ser de esquerda, na porta me recebe com a provocação: "E daí, como vai? Desta feita gostaria de ir pra onde, Cuba, Coréia do Norte ou Rússia?". Foi uma longa conversa antes de começar a consulta. Disse de minha incontrolada vontade de voltar pra Cuba, mas salientei que, a Rússia, diferente do que me disse, não está impedida de receber visitas e suas cidades, sem nenhum problema para com o turismo. Problema mesmo existe na Ucrânia. E reafirmei que, diferente do que pensa, a Rússia deixou de ser comunista faz tempo, Putin é mesmo um perverso carrasco, mas o outro lado de santo não tem nada. Zelenski é até pior e pelo que se comprova hoje, não quer o final da guerra, pois lucra muito com ela. E pelo visto nada sabe de Cuba. Esse médico continua muito bolsonarista, mesmo diante de tudo o que já se sabe sobre o tal do "mito". Ficamos por aí e abaixo publico o que Marcos me passa para o debate, sobre a situação atual em Cuba:
"A ilha tão romantizada hoje pela esquerda, não existe mais, somente nos sonhos de quem ainda não despertou para a realidade. O presidente Miguel Diaz Canel é o Gorbachov cubano a colocar a pá de cal na revolução que um dia alimentou os sonhos de uma América Latina livre. Cuba com a economia dolarizada, reformas que restauraram por completo o capitalismo na ilha e que aprofunda uma desigualdade em seu povo. Enquanto o governo diminui o subsídio alimentar da "boleta" cubana, redes de supermercado podem hoje ser vistas nos grandes centros da ilha com preços em dólar, extremamente caros cuja uma pequena classe média surgida no país com os dólares recebidos por familiares que vivem no exterior, conseguem comprar livremente alimentos nesses supermercados. E que recentemente provocou uma onda de revoltas no país que rapidamente foram reprimidas pela polícia e exército, ver as cenas de populares apanhando da polícia num país que deveria ser operário, não dá mais para alimentar ilusões, narrativas e passar o pano, até greves estão proibidas no país, vejam só que ironia.
Chega, não dá mais para continuar nesse ciclo de derrotas promovidas pela própria esquerda que passa a ser EXquerda, essa galera está totalmente adaptada ao neoliberalismo, uma violenta intoxicação ideológica que irá decretar de vez a nossa derrota histórica. Mas eu, há algum tempo posso dizer que alcancei minha consciência de classe, minha revolução do ser, sem amarras e livre para pensar e ser o que realmente sempre fui na essência... hoje posso finalmente dizer que sou MARXISTA, sou COMUNISTA... e muito a agradecer aos meus eternos camaradas que carregarei sempre nas revoluções do meu coração: Roque Ferreira e Almir Ribeiro, presentes!!".
O texto foi recortado e só reverbero o tema Cuba. Daí, lhe pergunto: "Sim, o Canel me parece o Gorbachov. Cuba, ainda dá tempo de salvá-la?". Sua resposta: "Cuba assim como qualquer outro país precisa de uma revolução, uma ruptura com o já esgotado capitalismo... no caso de Cuba, uma nova revolução, porque a anterior já naufragou com a restauração capitalista". Sei que, parte dessa angústia hoje dentro do meu peito, esse desalento, este continuado desânimo é por ver naufragar o ideal de vida proposto em alguns lugares do mundo, hoje sendo reduzidos a pó. O que não me impede de querer voltar pra Cuba, talvez no próximo ano, me juntando a grupo sendo constituído aqui nas redes sociais. Quero ir ver in loco, pessoalmente, conversar com o povo cubano. Será um dos próximos objetivos e gostaria de fazê-lo o mais rápido possível, pelo menos enquanto Cuba ainda resiste. E continuo eternamente apaixonado por Cuba, a que Fidel mostrou ser possível, pois para mim o sonho só se findará quando me for. Enquanto existir como ser vivo sonharei e Cuba faz parte de meus diários sonhos, a de que outro mundo é mais do que possível.
Na abordagem pede ajuda, na verdade clama para alguém lhe dar uma luz. Morador do Ferradura Mirim, muito conhecido por lá, desde o falecimento da esposa, mora ele e dois filhos, num local onde tudo provem dele e de sua labuta. Não está mais aguentando e pede socorro. Conta toda sua história e a de seu filho, com tentativas desesperradas de interná-lo, sem conseguir nada até a presente data. Diz ter recorrido para todos os lugares e pessoas que lhe indicam das conversas pela rua. Seu desespero ao me ver, foi que anos atrás, ao vê-lo atuando como guardador de carros nas imediações da Catedral, centro da cidade, escrevi dele e, também segundo ele, muitos vieram lhe procurar. Agora, diz estar mais necessitado que naquela época e não tem mais a quem recorrer.
Conta sua história e chora diante de mim, ambos em pé diante de meu carro. Como é possível alguém estar diante de uma pessoa em total desespero e nada fazer, virar de costas e ir-se sem ao menos ouvir, tentar algo. Não consigo. Digo a ele que, não conheço os caminhos certos e rápidos para conseguir algo, mas tentaria algo. Pede para tirar uma foto dele, contar de sua aflição e assim, ver se, como se tivesse jogado uma garrafa no oceano, alguém do lado de lá a encontrando pudesse lhe estender a mão.
A história de Jonas não é única, pois igual a ele são muitos, milhares, diria mesmo, milhões. Vou visitá-lo nesta semana, mas antes vejo por aqui, como seria possível, contatar alguma instituição para ir visitá-lo e constatando a veracidade de sua história, algo ser feito. Não é resolvendo a questão para uma pessoa que iremos resolver os problemas do mundo, mas diante de alguém nas condições do batalhador Jonas, todo dia depois das 17h e até uma 22h30 lá defronte o shopping, cavando o seu sustento e dos seus, pelo menos algo para alguém com muita necessidade.
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