* Meu 133º artigo para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição circulando a partir de amanhã:
Chegando ao final de ano, algo surreal pode estar prestes a acontecer em cidades brasileiras, muitas de nossa região. Elas recebem durante o ano verbas para serem gastas e distribuídas conforme um estratégico planejamento. Como já é sabido, muitas não seguem à risca isto de traçar um sério planejamento, levando tudo na flauta e daí, muitas dessas, quando não se organizam, deixando de traçar planos com gastos controlados, se veem neste momento com algo inusitado: ou gastam tudo até o último dia útil do ano ou terão devolver o dinheiro recebido.
Como muitos não aceitam ver dinheiro em caixa. Estes não tendo tido competência para desenvolver algo sério para seu uso, acabam por dar um outro jeito, daqueles bem mequetréficos. Gastam tudo na bacia das almas, no apagar das luzes. Este dinheiro chega nos municípios para ser utilizado de forma séria e para resolver alguns dos problemas crônicos de nossas cidades, em várias áreas, dentre elas a de Saúde e, principalmente, da Educação.
O descalabro é ver como são dados jeitos para não devolver a grana. Se isso ocorre, em primeiro lugar, um belo atestado de incompetência. Como isso nem passa pela cabeça de muitos de nossos administradores, surgem ideias mirabolantes. Tem quem compre até edificações inservíveis, pagando tudo à vista, em preços hiper-faturados, tudo para não ter que devolver. Depois, é claro, vem a outra etapa, a do malabarismo com notas fiscais e comprovantes meio mandrakes, tudo tentando tapar o sol com a peneira.
Histórias ocorridas em anos anteriores correm de boca em boca, uma mais escabrosa que outra e em todas, citando o nome de seus autores, os tais administradores públicos, que de salutares não possuem nada. Isso é o fim da picada. Tratar desta forma o dinheiro público é sempre merecedor de intensa perícia e investigação, primeiro pelos vereadores de cada cidade, pois estes são pagos para, sua primeira missão e função, fiscalizar o Executivo. Em algumas cidades, quando isso não ocorre, resta o Judiciário, mais precisamente o Ministério Público, gerando muitas vezes verdadeiros casos de polícia.
O trato com o dinheiro público é coisa mais do que séria, mas nem todo administrador o faz, pois quando diante do montante ali diante dos olhos e das mãos, cresce a cobiça e daí por diante, preferem correr todos os riscos do que atuar “dentro das quatro linhas”. Conheço algumas dessas histórias e só não as revelo aqui, primeiro porque algumas delas estão já sendo investigadas e correm sobre segredo de Justiça, outras já entraram no index depreciativo, com alguns administradores caindo num total descrédito, merecedores de penalização severa. Vale muito o acompanhamento da população de cada cidade, impedindo prováveis abusos e uso indevido de dinheiro público.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
- “Saudade do tempo em quer os líderes das igrejas aceitavam Jesus. Alguns hoje só querem aceitar PIX...”, Andréa Sevilha.
- “Num dia a gente se quebra e no outro se remenda”, Dulce Marli Kernbeis.
- “Para escrever um poema que não seja político devo escutar os pássaros, mas para escutar os pássaros pe preciso que cesse o bombardeio”, Marwan Markhol.
- “Microconto do ônibus: Quando o ônibus chegou, pé ante pé, a centopeia desceu”, José Brandão.
- “Tomar um chá de camomila pra acalmar e depois quebrar a caneca no chão pra potencializar o efeito”, Ethel Sétic da Selva.
- “O Brasil tem um centroavante, Gabriel Jesus, que marcou quatro gols em toda a temporada 2023/2024. Era esta a notícia”, jornalista Rodrigo Ferrari, o de Catanduva.
- “A grana que sumiu tá na casa do pastor, ninguém vai pagar o prêmio, ninguém...”, cantante Edvaldo Santana.
- “Queria surtar mas tô sem tempo”, Sara Valente.
- “Eu sou da época que futebol era jogar bola”, Maria Inês Faneco.
- “Cicatrizes são ambivalentes. Doeu e curou”, Diva Fernandes.- “Qual o problema da garotada acampar na fila da Taylor Swift? Teve marmanjo que ficou acampado na frente de um quartel e não viu show nenhum”, Neli Maria Fonseca Viotto.
- “Não chore pela Argentina, eles escolheram o buraco e cairão no buraco negro”, Pepe Escobar.
- “Olha esse negócio de estar cercado de adversários de todos os lados não é fácil não”, jornalista Luis Nassif.
- “Casa de ferreiro – Decisões monocráticas são tomadas pelos presidentes do Senado e da Câmara todos os dias. Para manipular a pauta”, jornalista Ricardo de Callis Pesce.
- “Fica a dica, quem não mostra quem é, ganha presente errado a vida inteira”, Kyn Junior.
- “Lembrete sempre útil para quem se deixa seduzir pela Black Friday e outras promoções... Quando for checar o que de fato interessa e a informação é que o preço é ‘a partir de’, fuja. O ‘a partir de’, sempre estará a milhas do que o que você de fato quer”, Bento Bravo.
- “Sou desses. 'Quixotesco' não é um termo pejorativo. Significa nunca desistir das utopias, sempre imprescindíveis. Não concebo a vida sem o sonho e a luta por ideais. O que mudam são os obstáculos. Os moinhos de antigamente são as formas que a luta de classes vai assumindo. Seguirei, haja o que houver”, João Azevedo.
- “Uma sábia professora já me dizia: Olha pra frente, a prova é individual”, José Gonçalves Corral.
- “Vou propor pra Chico Buarque compor uma música "Que tal um Tango", Sivaldo Camargo.
- “Alguém disse que amigo é aquele que te lembra quem você é, quando você já esqueceu. E que muitas vezes fica ao seu lado e presente quando nem mesmo você está. Eu tenho estes tesouros na minha vida. E agradeço!”, Dalva Aleixo.
- “O devaneio é tão grande que a prefeita quer criar mais de 50 cargos de confiança...... Câmara municipal aprovando, fecha a porteira da cidade!!! Muuuuuu”, Dextter Pes Leme.
Obs.: Na ilustração, o frente e o verso da resistente folha de bar, Freak nº 29, nas mesas de bares, botequins e alguns restaurantes desta aldeia, instaurando a forma de crítica mais descompromissada possível.
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