sábado, 11 de novembro de 2023

REGISTROS LADO B (122)


NO LADO B DE LOGO MAIS, O DE Nº 122, CÁSSIO CURURU E SUAS HISTÓRIAS PRA LÁ DE CULTURAIS, TUDO DIRETO DE PIRAJUÍ

Serviço: Hoje, sábado, 11/11/2023, 18h, aqui pelo Facebook do mafuento HPA.

Este projeto, criado logo depois do começo da pandemia, pensado para conversar com pessoas distantes, tem alguns breques, paradas as longo de seu percurso, mas não esmorece, nem se encerra. Hoje, depois de três semanas sem nenhum entrevista, o LADO B - A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES está de volta e desta feita, regionalizando um pouco a prosa. Dias atrás, aqui mesmo pelas redes sociais, tinha lido algo de uma pessoa muito querida e ativa (sic), ele um tanto desanimado e postando algo disso. Como o conheço e sei ser do time dos que não desistem fácil, faço o contato, vejo o que está acontecendo e o convido para aquela conversa. prontamente aceita, eis aqui CÁSSIO GUARANI KAIOWÁ CARDOZO DE MELLO, ou melhor, somente CÁSSIO CURURU, ou para os mais íntimos o CASSIÃO, pois o danado é muito bem dotado de altura, beirando os 2 metros e de largura idem.

Seus predicados positivos não são somente a altura. Sei ela impõe respeito, mas o que gosto mesmo no CASSIÃO é sua posta inflexível e inquebrantável, destes que, acertadamente a gente pode dizer sem medo de errar: enverga mas não quebra. Seu desânimo é nítido, claro, límpido e se deve, como me disse, pelo fato de termos saído de duas pandemias, uma essa que nos obrigou a permanecer trancados dentro de casa e a outra, a também muito dura e cansativa, a de termos vencido o bolsonarismo, nas ruas, lutas e tudo o mais. Essa luta ainda não totalmente vencida, exige esforço redobrado, diário e contínuo. Isso é desgastante, ainda mais na nossa idade - eu e ele já passamos dos 60 e lá vai fumaça.

Pois bem, com este nome de pompa, quilométrico, ele nos explicará isso da descendência com sangue azul e depois das lutas vivenciadas ao longo de sua existência, a incorporação dos nomes indígenas. Claro, explicará também a origem do Cururu. Isso são amenidades diante de tudo o que falaremos, pois pelo que me lembro, ele atuou nas hostes de governos estaduais desta São Paulo, circulando por inúmeras cidades, numa época onde mesmo pelo PSDB, conseguiu impor algo grandioso. Cássio tem orgulho dop que fez e como o fez. Contará algo disso e dos anos entrando e saindo do Palácio dos Bandeirantes.

Eu tive passagens meteóricas por Pirajuí e em duas delas, a primeira com a proximidade com o Tito Madi e depois quando escrevi por anos n'O Alfinete, o jornal criado pelo Marcelo Pavanato. Eu era articulista semanal e Cássio, cooptado pelo Marcelo, o jornalista responsável pela circulação do semanário. Tempos bons, que também serão revividos na nossa conversa. Ele sabe que, um jornal independente como foi feito na época hoje não é mais possível. Não que os tempos sejam outros - e o são -, mas é que faltam as pessoas idealistas para tocarem um projeto como aquele, doido desde o começo. e de doideira, tanto eu como o Cássio, temos alguma bagagem.

O Cássio é um ser inquieto e assim sendo, não tem como parar. Enquanto tiver forças vai continuar aprontando, sendo, fazendo e acontecendo. Fez e aconteceu uma vida inteira, estradeiro confesso e hoje, depois de tudo, um tanto cansado, nunca derrotado, voltou para sua aldeia pirajuiense e também para as hostes da Secretaria de Educação do Estado. Está dentro de uma escola, fazendo o que gosta, junto de jovens, incentivando-os para adentrarem a vida com algum preparo e cuidado, pois a gente que já viveu de tudo sabe o quanto isso aqui é uma fábrica de fazer doidos. Daí, nada como saber onde está enfurnado o Cássio hoje, o que anda fazendo, com quem e qual seus propósitos e expectativas. Se o apertar de acordo, ele algo me contará.

Leio dele pelas redes sociais, estar enfurnado e envolvidíssimo com um tal de Instituto Sócio Cultural da Noroeste Paulista e a Comissão Histórica e Geográfica. Ele gosta de contar histórias e as pesquisa para fazê-lo, daí hoje ele nos contará desse distrito de Corredeira, com tanta história lá vivenciada, pedaço de chão mais velho que a própria Pirajuí. Uma história envolvendo índios e invasores. é uma delícia reviver isso tudo e na voz de alguém que, além de pesquisar, gosta e escolheu um dos lados para estar e atuar.

Leio tanta coisa na sua apresentação do Facebook, que não sei por onde começar a inquerí-lo. Vejam só: "Jornalista, Produtor Cultural e Ambientalista. Agente de Organização Escolar na empresa EE Professora Maria Angélica Marcondes. Agente de organização escolar na empresa EE Padre Jorge Mattar. Ago na empresa Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Associado Fundador e atual Presidente na empresa Instituto Socioambiental da Noroeste Paulista. Trabalhou como agente de organização escolar na empresa Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Trabalhou como supervisor geral na empresa Projeto Valorização da Cultura Indigena do Estado de São Paulo. Trabalhou como Delegado Regional da Cultura na empresa Secretaria de Estado da Cultura - Delegacia Regional da Cultura de Bauru. Estudou Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo na instituição de ensino Faculdades Integradas Alcantara Machado - Comunicação Social - Jornalismo. Frequentou colégio estadual ministro costa manso. Mora em Pirajuí, interior paulista. Em um relacionamento sério com Rejane Maria M Busch. Seguido(a) por 62 pessoas. E seu e-mail: cassiocururu.blogspot.com". Ou seja, quanto tempo levarei para esmiuçar isto tudo?

Em 23/10/2018 escrevi dele, quando nos cruzamos sem querer num ato na praça Rui Barbosa, aqui de Bauru, contra as arbitrariedades da prisão do Lula: "CÁSSIO CARDOZO DE MELLO, o famoso Cururu, já morou em Bauru, hoje voltou para sua Pirajuí e lá resiste ao lado da esposa, ambos professores e pesquisadores. Agentes culturais, ele já foi Diretor de Cultura da antiga Oficina Cultural de Bauru e tem parente muito próximo que já vivenciou o que é de fato ser torturado, daí não quer nem pensar em ver o país novamente envolto nas sombras de um regime sem escrúpulos. Diante de tudo isso, está envolvido em todas as lutas do momento, a pela libertação do ex-presidente no LULA LIVRE, contra o que representa a chegada do capiroto ao poder e também fazendo voto pela democracia, votando ele e os seus em Haddad presidente". Hoje sei, ele não foi da Oficina Cultural, mas sim, trabalhou com Cultura regional.

Será logo mais a conversa e para tanto, convido tudo, todas e todos, pelo menos os ainda dispostos a fazer algo pela transformação social deste país. Cássio vive numa cidade típica do interior paulista, conservadora até a medula - assim como Bauru -, porém não desiste de se mostrar como é, enfrentando quem quer que seja e envolvido dos pés à cabeça em ações neste sentido. Vamos todos juntos conhecer um pouco mais desta pessoa e de seu envolvimento. Vamos juntos?

Tudo começou com a chamada de sete minutos, feita ontem, 10/11: 

Eis o link para a entrevista, com duração de 1h07, numa conversa pra lá de saborosa: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1270774116938628

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