"APELO À RAZÃO", SOU UM LIVRO ABERTO COMO PERRY WHITE, ENTREGO TUDO, SEM PRECISAR DE DOSSIÊ CONTRA MINHA DESABONADA PESSOA, PORTANTO, NEM TENTEM
“Tudo será revelado! A seu tempo. Sem espionar! Jornalismo é apuração!!!”, site Contraponto, do jornalista apurador de irregularidades Nélson GONÇALVES.
Tem coisas sérias que levo meio que na brincadeira, na base da ironia e assim, cutucando quem tem que ser cutucado, a mensagem chega mais rápido, é mais certeira. Nélson hoje deixa essa mensagem acima em sua página e isso, por si só, causa mais apreensão do que muita escrevinhação. Sabe por que? Simples. Do outro lado, a de quem contrata e produz dossiês, devem estar se revirando, incomodados com o que ele está querendo dizer. Será que ele já sabe de algo mais de quem contratou e está só esperando o momento certo para divulgar? Isso é ótimo, pois tem gente deixando de dormir aquele sono tranquilo e reparador só para tentar destrinchar o lado oculto de uma simples frase.
Eu vou na onda e seguindo o exemplo, poderia recomendar Nélson Gonçalves para continuar nessa linha. Eu, réu confesso, assumo ter sido admirador e fã do tal de Perry White, que lá pelos idos dos anos 80, fez o maior sucesso numa publicação que deixou saudade e tinha coragem de ironizar com todos os tais poderosos de plantão. E o fazia sem nenhum medo de ser investigado e de dossiês serem divulgados. Perry White era o diretor presidente d’O Planeta Diário, gozador por natureza e sem nenhum medo de ferir esse tal do politicamente correto. Sempre incorreto, segundo ele mesmo fazia questão de informar, tinha não só uma passado pecaminoso, como o presente e também pretendia continuar agindo na mesma forma e jeito no futuro. Ou seja, fazia o que fazia, escrevendo e publicando de tudo, ferindo suscetibilidades, sem nenhum receio de investigações a seu respeito. Já abria o jogo antecipadamente.
Não seriam meros dossiês contra sua pessoa que o fariam parar de bagunçar o coreto e perseguir os malversadores e detratores, principalmente os da coisa pública. No livro “Perry White – Apelo à Razão” (edição de 1986, informando quem estava por detrás – ui! -, ou seja, os reais autores das artimanhas, Cláudio Alves de Paiva, Hubert de Carvalho e Reinaldo Batista Figueiredo), evita a ocorrência de gastos desnecessários com dossiês, pois revela todos os seus podres:
“Sobre o autor – Há cinquenta anos, quem cruzasse pelas ruas de Chicago com o jovem Perry White, jamais poderia imaginar que um verme imundo como aquele viria a se tornar o proprietário do maior império jornalístico do mundo livre. Boy, girl, enxugador de gelo, empresário de galo de briga, engraxate de careca, lavador de patos, Perry White já fez de tudo na vida, menos beijar na boca. Durante a Lei Seca, fabricou querosene falsificado e, juntando as suas economias, veio para o Brasil num cargueiro, lavando o teto do convés. Aqui chegando, tentou abrir vários negócios com um pé-de-cabra. Depois que sua firma de lava-rápido para cachorro foi a falência, Perry White resolveu se dedicar ao jornalismo e ganhou o jornal O Planeta da Manhã numa rifa. Dono de uma personalidade efervescente e borbulhante, Perry White submeteu seu órgão a várias reformulações gráficas e editoriais que fizeram um verdadeiro pelling na face da imprensa brasileira. Em pouco tempo O Planeta da Manhã se transformou em o Planeta de S. Paulo, o Globo Diário, O Planeta de Vera cruz, O Planeta de Santa Cruz e, finalmente O Planeta Diário!”.
Esse sou eu, ou seja, fiz e faço coisas muito piores. As boas aqui citadas, são exclusividade do Perry, eu não, sou macabro, perverso e cruel, insano, aprontando todas e mais um pouco. E pior, não tenho medo algum de revelar isso ao grande público. Portanto, dossiês não me atingem, pois sou um livro aberto, claro, com algumas páginas arrancadas e sumariamente queimadas. Dossiês não me atingem e sei, também não atingirão o jornalista Nélson Gonçalves. Já os contratadores de dossiês, esses tem uma baita telhado de vidro e não aguentariam nenhum contra suas pessoas. Nélson, “eles” tem tudo a esconder. Eu declaro/escancaro tudo. Nélson é ficha pequena, daí, meu caro, continue e nos revele tudo o que investiga. Isso vale muito mais a pena do que ter revelado algumas impropriedades cometidas ao longo da vida. Sejamos mais Perry White!
É só eu me lembrar, que comemoro todos eles. Afinal, celebrar é revolucionário. E eu celebro. Celebro tudo!!!
Da simplicidade do conceito freiriano de que “Cultura é tudo o que o homem faz”* (tudo o que não é natureza) a conceitos mais sofisticados, do caráter etimológico da expressão e outras matrizes teóricas, passando por frases bombásticas e neoliberais, do tipo: “Cultura é bom negócio” ou “Cultura gera emprego e renda”, definitivamente, a Cultura está na moda!
Tem gente que considera, até, que a Cultura seja um direito!
É uma pena que nesse entusiasmo de abrir as porteiras, para passar boi, acabe passando a boiada, confundindo Cultura com entretenimento.
Entretenimento, *também*, é Cultura (afinal, é o homem quem faz), mas Cultura é muito mais do que entretenimento. E não gera, necessariamente, nem emprego nem renda, além de, ainda por cima, exigir fomento, com recursos públicos ou privados.
E se não gera, necessariamente, emprego e renda, gera algo infinitamente maior do que isso: gera a identidade e independência de um povo!
A nossa cara!
Os brinquedos e seus brincantes podem até ser apropriados/cooptados, em alguma medida, pela indústria cultural do entretenimento, como no caso dos sambódromos do RJ e SP, bumbódromo de Parintins, forródromo de Campina Grande... mas suas raízes, fincadas nos chãos do Brasil profundo precisam ser preservadas a qualquer custo, para não permitir que o Brasil se transforme num mero cenário, tipo Las Vegas, com “releituras” estereotipadas dos nossos brinquedos populares, que não foram inventados por “projetos culturais”.
Por isso eu celebro o *Dia da Cultura* com um pouco mais de entusiasmo do que celebro outros Dias Festivos, como na intenção de um grito de alerta, para chamar a atenção da sociedade e do poder público, de que cuidar da Cultura é cuidar da gente que faz e que consome todo tipo de manifestação cultural.
E como cuidar da gente (do outro) é cuidar de mim e que cuidar de mim é cuidar de todos, entender o que é Cultura tem que ser um compromisso coletivo!!!
Bom *Dia da Cultura* para todos e todas!!!
Autoria de Davy Alexandrisky e lembrado por José Vinagre
PRIVATIZOU PIOROU, MAIS UM EXEMPLO
O apagão - sem previsão para ser resolvido - que atinge mais de 2 milhões de pessoas na grande São Paulo mostra o que significa a privatização de serviços públicos (obrigado FHC!): falta de investimentos, péssimos serviços e preços elevados. A Enel cinicamente confessa não saber a extensão do desastre. O impacto na vida das pessoas e na economia da maior cidade da América Latina deveria suscitar a abertura de um debate nacional sobre desestatização, no momento em que a refinaria da Petrobrás privatizada por Bolsonaro na Amazônia vende produtos 72% acima da média das estatais e em que o governador de São Paulo força a venda da Sabesp. O presidente Lula poderia se pronunciar sobre os desastres das privatizações e denunciar a negociata que se arma em São Paulo.
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