"As imagens divulgadas são claras. Os PMs invadem o velório de uma das vítimas de um alegado tiroteio. Provocam um tumulto e agridem pessoas. Para qualquer outro mortal, isto equivaleria a uma prova irrefutável. Mas policiais violentos são apenas "afastados". Não estão presos e continuam recebendo do estado até um futuro "julgamento" do qual, provavelmente, sairão inocentados. É assim. Sempre foi assim e, ao que parece, sempre será assim. Das mortes, em si, nem falo mais. Viraram rotina. É sempre a mesma história: reagiram. Provas? Nenhuma, porque até armas frias a PM tem para forjar um tiroteio. E a resistência em usar câmeras durante as ações é um forte indício - só indício? - de que não querem registrar o que ocorre nessas ocasiões.", jornalista Ricardo De Callis Pesce.
MINORIA PEDE ANISTIA AOS GOLPITAS NAS ESQUINAS DE BAURU - QUEM SÃO E O QUE QUEREM?
Eu já tinha ouvido falar que eles estavam pela aí e vez ou outra saiam pelas esquinas bradando algo a favor dos golpistas e pedindo para os justamente condenados, a anistia. Descarados. Hoje cruzei com eles ali nos altos das Nações Unidas e num primeiro momento, o susto, era verdade, eles existem. Paro o carro e fico a observá-los. Creio tratar-se de uma família, talvez a da bauruense hoje foragida e residindo nas cercanias de Buenos Aires, sujeita a ser extraditada a qualquer momento e voltar para cumprir sua pena.
Eu já tinha ouvido falar que eles estavam pela aí e vez ou outra saiam pelas esquinas bradando algo a favor dos golpistas e pedindo para os justamente condenados, a anistia. Descarados. Hoje cruzei com eles ali nos altos das Nações Unidas e num primeiro momento, o susto, era verdade, eles existem. Paro o carro e fico a observá-los. Creio tratar-se de uma família, talvez a da bauruense hoje foragida e residindo nas cercanias de Buenos Aires, sujeita a ser extraditada a qualquer momento e voltar para cumprir sua pena.
Enfim, que pena foram essas e por que pedem anistia? Na verdade, são todos criminosos e com pena alta nos costados. Encorajados pelo capiroto, pregaram o golpe e tentaram o executar, com requinte de muita crueldade, pois destruiram parte do Congresso e do STF. O quebra quebra foi filmado por eles mesmos, bestiais, acreditando no que lhe enfiaram cabeça adentro, a de sendo conquistada a vitória, seriam considerados heróis, impunes por tudo o que viesse a fazer. Foram lá e fizeram, ato de barbárie, crime latente, exposto, prova inconteste do explícito delito. Quem lhe apoiou para a baderna e o quebra quebra, retirou o apoio, pois a coisa ficou feia, o resultado não foi alcançado e assim sendo, o mínimo seria quem fez a besteira ter que pagar pelo crime executado. Isso foi feito, a maioria julgada e condenados.
E por que anistia? Isso é o mesmo que pedir pro cara que matou seu filho, que fez aquilo movido por inspiração positiva. Foi tudo criminoso e assim foram julgados e condenados. Hoje, uma família, pois assim os vi, estavam numa esquina das Nações clamando por anistia, a mesma ladainha do criminoso Bolsonaro, mas isso não cola. Bolsonaro, mais dia menos dia, vai ter que pagar pelos seus crimes e em cana dura. Estes condenados, mais dia menos dia, hoje foragidos, passam longe de serem presos/foragidos políticos. São, na verdade, bandidos, insuflados por outro bandido e querendo executar um crime contra a tal da democracia.
Paro na esquina e diante de uns boçais buzinando para eles, grito em alto e bom som: "Anistia uma ova, são todos criminosos e precisam voltar pra cadeia". Um dos caras lá, filmando tudo, para depois se vangloriarem pelas redes sociais, deve ter me fotografado, o que não me intimidou, pois dei a volta no quarteirão e gritei mais: "São bandidos, cadeia neles e não anistia".
Encontro neste retorno uma amiga passando por ali e ela me chama a atenção para algo: "Não se apoquente com estes, são muito poucos, mesmo Bauru tendo ainda infinidade de gente a defender o indefensável, o criminoso e o crime. Mas não aglutinam mais a quantidade de gente de antes, pois no mínimo, a maioria deve ter vergonha na cara e perceber a furada onde estão se metendo com esse discursinho cerca lourenço. Respeito qualquer tipo de protesto, mas repudio este, pois é muito fora da casinha isso de ficar fazendo apologia para algo mais que condenável, como se existisse justiça em perdoar quem fez aquela besteirada de tentar um golpe e destruir Brasília. Hoje tudo o que fazem soa ridículo, algo como uma pregação ao vento, pois a anistia não vai acontecer e o que deve e pode acontecer é Bolsonaro acabar preso como mentor da bazófia toda". Ela está certa e uma canhestra Bauru, como não poderia deixar de ser, se mostra ao lado destes, continuar na contramão de vermos e termos um país soberano. O pastelão hoje mostrou sua face numa esquina das Nações e merecem serem vaiados e ironizados, pois representam o atraso, a perversidade e um país onde estaríamos, não só quebrados, mas isolados e tendo a violência como forma de governar e também eliminar seus adversários. Superamos isso, mesmo que temporariamente e estamos num momento, onde repudiar a ação dos proponentes do atraso é algo que todos deveriam estar envolvidos. CADEIA PROS GOLPISTAS!
José Genoíno, ex-deputado federal, um dos fundadores do PT e sobreviventes do Golpe Militar de 1964, esteve na Unesp Bauru na manhã desta quarta-feira.
Eis o link da entrevista que foi ao ar:
Este o imblóglio. Também achei um tanto exagerada a reclamação e pensando nisso, pura coincidência, recebo em casa a visita de Márcia Nuriah, nossa eterna bailarina - tipo exportação -, hoje residente da Holanda e terminando seu período de férias na cidade, onde neste ano estendeu o período de sua permanência, devido operações ortodônticas, que a impediram de voar. Isso ela fará amanhã, segunda, 04/11, no retorno para sua casa do outro lado do Atlântico.
Hoje quando disse que viria papear aqui em casa, primeiro a surpresa. Ela anda a pé e muito, costume adquirido onde mora. Eu me propus ir buscá-la e ela saindo de uma aula de balé, numa academia atrás do Bauru Shopping, quase 1km de distância, disse que, percursos assim tão próximos, ela normalmente o faz andando. Disse que, aqui no Brasil, a maioria das pessoas - principalmente da Zona Sul -, não andam isso de jeito nenhum e quando sem automóvel, chamam um Uber. Andar mesmo, muito pouco, tem até vergonha de fazê-lo.
Ela ri, conta histórias de como andam muito na Holanda e por toda Europa. "Pra que tem que me buscar, num trecho tão curto? É até um abuso", diz. Na prosa surge o assunto do suprimento do estacionamento de veículos na avenida do Jardim América e ela segue na mesma toada: "Henrique, isso de andar serve para tudo. Por aqui, pelo que vejo, o comerciante quer que parem bem defronte sua porta. A alegação é a de que o cliente não anda. De onde venho, andamos muito e parar o carro longe, ir andando é algo normal. Lá em Amsterdam, onde é proibido veículos particulares em sua zona central, parar longe e ir andando é o normal e não o contrário. Aqui no Brasil, tem uma inversão de valores".
Uma delícia ouvir isso e ver da acomodação local e de onde chegaremos com tanta comodidade. Diante dela, nenhuma possibilidade de mudança nos procedimentos, mesmo que estes tragam melhoria para muito mais pessoas. Conversar com a Nuriah é sempre um prazer, pois ela tem uma rara percepção de tudo à sua volta. Vive na Holanda há décadas e quando lhe pergunto sobre a colônia de brasileiros por lá, outra surpresa: "O brasileiro que mora há muito tempo na Europa tem um certo cuidado no relacionamento com quem chega neste momento, pois na maioria das vezes é gente muito conservadora, bolsonaristas mesmo. Tem gente que não dá nem para dialogar, quanto mais se relacionar, daí, a colônia cresce, mas união mesmo, pouca". Ela conta mais, pois diz ter cara de árabe e isso sim é motivo de ter problemas onde mora, pois preconceito mesmo, tem o muçulmano e suas questões religiosas. "Isso que você fez aqui, não acontece onde moro. Ninguém vai visitar outra pessoa sem ser convidada e quando o é, no mínimo algo feito com antecedência de meses, nada em cima da hora". Sim, impossível querer avaliar erros e acertos, quando nuns pontos um é melhor, noutros o outro. O bom mesmo é ir ouvindo ideias e concepções dieferentes, assimilando erros e acertos, tocando a vida, buscando sempre o melhor para o ser humano, todos os seres humanos.
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