domingo, 24 de novembro de 2024

CENA BAURUENSE (258)


ENQUANTO A ELEIÇÃO ROLA NO URUGUAI, A PRISÃO DE BOLSONARO QUASE SE CONSUMA, AS INUNDAÇÕES DISSOLVEM O PLANETA E EM BAURU, A ALCAIDE CONVERSA INDIVIDUALMENTE COM OS NOVOS VERADORES, APRESENTO "CENAS" NESTE DOMINGO
01. publiquei em 09/10/2024: Casas da quadra da rua Antonio Alves, entre a rua Julio Prestes e a linha férrea, todas muito antigas, mantendo suas características. Cada qual, além do aspecto preservado, possuem histórias ali vivenciadas, de incomensurável valor. Só de passar e olhar para elas, vislumbro meu passado e as vejo, quase sem mudanças, desde que me conheço por gente.

02. Publiquei em 10/10/2024: Essa praça na vila Universitária, entre as ruas Albino Tâmbara e Almeida Brandão é conhecida hoje por ser ponto de descanso de entregadores de fast food. Difícil não encontrá-los por ali, motos estacionadas ao seu redor. Nas imediações três lojas de redes de lanches rápidos e massificados, Mc'Donalds, Burguer King e Jerônimo.

03. Publiquei em 11/10/2024: Os problemas são mais do que evidentes lá no Primavera, logo abaixo do Cemitério Cristo Rei e daí, tendo quem os amplie, nada como ter fixado, aos olhos de todos que, ultrapassando alguns limites, até uma "surra" pode acontecer ao infrator.

04. Publiquei em 12/10/2024: A vegetação predominante na área urbana de Bauru não é propriamente o cerrado. Quem circula cidade afora, como o faço, principalmente quando observo o que viceja debaixo da maioria de nossos viadutos, como o do começo da Duque de Caixas, indo pra vila Independência/Falcão e lá pelos lados da Rondon, lado do Guadalajara é essa da foto. Nem sei como se denomina, mas a vejo tomando conta de muitos espaços urbanos. Quem souber algo mais sobre me diga.

05. Publiquei em 13/10/2024: Galeria de lojas, parte inferior, de frente para as ruas e superior, salas alugadas para diversas atividades, na rua Ezequiel Ramos, entre as ruas Treze de Maio e Virgilio Malta. Antes motivo de intensa concorrência e movimentação, hoje muitas delas fechadas, contribuindo para o inevitável aspecto de abandono ao quarteirão da região central da cidade.

06. Publiquei em 14.10.2024: Alguns lugares de uma cidade se tornam, com o passar dos anos, inesquecíveis, quando trazem recordações do passado, dessas tocando fundo na alma. Como a que tenho, toda vez que passo, pela rua ao lado do muro lateral do CPP - Centro do Professorado Paulista, na rua Rodrigo Romeiro, perto da garagem do Expresso de Prata. Ali, creio que lá pelos meus 20 e poucos anos - ou até menos -, eu e uma então namorada, passávamos pelo local à noite, não existia o residencial em frente, o muro era mais baixo e olhando para a piscina a decisão conjunta, de pularmos o muro e no calor do vivenciado, juntar a tudo um banho. Não pensamos duas vezes.

07. Publiquei em 15/10/2024: Enfronhado como estive, dos pés à cabeça, na última campanha política, vivenciando algo das ruas em todos os instantes, nada como ir trombando com gente conhecida e estes ir puxando conversa, querendo contar histórias, enfim prosear. Aqui, defronte a Concilig, perto da Getúlio, o reencontro se deu com PERICA, jornalista esportivo da velha guarda bauruense, um que seu último trabalho foi narrando jogos do futebol amador e na Luso. Em alguns minutos, me escancarou de como se dá as relações com o que ainda nos resta de jornalismo esportivo nas rádios locais e dos seus tempos, quando conseguia espaço em emissoras, hoje nem mais existentes. Enfim, boas conversas fluem em cada virada de esquina, basta bater um bocadinho de perna.

08. Publiquei em 17/10/2024: Essa imponente casa, na esquina das ruas Araújo Leite com Capitão João Antonio, duas quadras abaixo da Duque de Caxias, sempre me chamou muito a atenção. Creio que, por causa da belezura das paredes todas revestidas com tijolinhos à vista. Hoje, fechada e à venda, tudo foi devidamente pixado e algo mais me chama a atenção, algo bem peculiar nas casas de rua, com quintais e muros baixos: a quantidade de gradil para proteção. Não existe um só lugar, desde portas, portão e janelas sem um gradil de ferro ali instalado para sua proteção (sic). Este o retrato mais dramático dos tempos atuais, algo que, certamente não era imaginado quando de sua construção.

09. Publiquei em 21/10/2024: Ele se prepara, todo dia, cuidadosamente para entrar em cena, numa espécie de ritual. Primeiro escolhe o local que, no dia se tornará o palco de sua apresentação, depois amarra cuidadosamente seus cabelos, verifica seu instrumento de trabalho, confere os detalhes todos e só então, ergue bem a cabeça e enfrenta as esquinas da vida. Aqui, num destes palcos, o cruzamento das avenidas Nuno de Assis com Nações Unidas. Ele, mais um dos tantos artistas de rua, embelezando bocadinho o cenário por onde circulamos. Eu o valorizo, pois entendo todo seu esforço, o de uma vida inteira.

10. Publiquei em 24/10/2024: Toda vez que passo defronte a EE Profa Marta Aparecida Hjertquist Barbosa, também conhecido como CAIC, nos altos do jardim Nova Esperança, impossível não me lembrar dos Brizolões cariocas, as escolas em tempo integral idealizadas por Darcy Ribeiro e levantadas pelo inesquecível Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. A arquitetura deste telhado me faz lembrar com muita saudade de uma iniciativa única dentro do ensino brasileiro, mesmo ciente que, essa aqui foi idealizada pelo desGoverno de Fernando Collor de Mello.

11. Publiquei em 25/10/2024: A incrível fachada deste, que é um dos pioneiros edifícios bauruense, o Brasil Portugal, tombado pelo CODEPAC, original cartão postal de áureos tempos, tudo ali no cruzamento da Rodrigues com a Nações. O registro em vários momentos e para tanto, surge sempre o desejo de novo clique, bastando por ali passar e parar diante de sua magnitude, no sinaleiro na esquina. Por todos os ângulos é muito fotografável e neste, entre árvores, muito mais.

12. Publiquei em 26/10/2024: O nada inusitado de quando você está numa feirinha na parte externa frontal do SESC Bauru - lugar onde aflora verdadeiramente a Cultura nesta cidade -, rua Aureliano Cardia e assim do nada, desponta um piano sendo empurrado para dentro da unidade.

13. Publiquei em 28/10/2024: A cena presenciada nas esquinas das ruas Rubens Arruda com José Aiello, a que dá continuidade para a avenida Duque de Caxias, é algo se repetindo pelos mais diversos pontos da cidade, a demonstrar o papel do catador de reciclados e das enormes distâncias percorridas por estes do local de coleta até o de venda, onde muitas vezes, após toda labuta diária, ainda sente a ausência de quem o ajude, não só valorizando o que faz, mas o remunerando adequadamente. Creio já termos passado do momento de uma discussão muito séria sobre o papel de cooperativas (sic) atuando no setor.

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