quinta-feira, 21 de agosto de 2025


ESTANTE DE LIVROS NA CASA DE AMIGOS DE UMA VIDA INTEIRA É O REFLEXO DE COMO FOMOS, SOMOS E SEREMOS

Estou por estes dias frequentando a casa da amiga Fátima Napolitano, pois ela cuida de encaminhar minha aposentadoria dentro dos caminhos mais viáveis possíveis. Amiga de algumas décadas, temos mais ou menos a mesma idade, estivemos ao longo de todo este tempo entrincheirados no mesmo campo de luta. Hoje, olho para meus primeiros registros lá no INPS, hoje INSS, final dos anos 70, anos 80 e atrás de nós, suas estantes e nelas, livros e discos. Enquanto a documentação vai sendo carregada e encaminhada pela via virtual, ocorre a espera tradicional, daí conversamos e me atenho a bisbilhotar sua biblioteca, ou seja, seus livros.
Este foi daqueles momentos agradabilíssimos que tive. A imensa maioria dos livros que comprei e li naquela época são os mesmos lá na estante dela. Revi cada um deles como se estivesse os vendo na minha, mantida lá no meu Mafuá. Naquele período não nos conhecíamos como hoje, mas ao bater os olhos por todos os que lá continuam em sua estante, uma só certeza, estávamos sem o contato da proximidade da militância de rua, lendo e discutindo as mesmas coisas. Quantos de nós não possuem em suas estantes os mesmos livros? Vejo que aquele ideal de vida e luta, que foi o motivo de minha vida, foram também o dela, mas não só o dela, o de toda uma geração, acreditando que um outro mundo era mais do que possível, daí o sentido da perseverança da luta.
Tínhamos um ideal em comum. Hoje com a carteira profissional nas mãos, revejo os empregos onde trabalhei e ao pegar os livros em sua biblioteca, situo onde estava quando os comprei. Passa um longo filme em minha cabeça, tudo volta à mente. Cito alguns dos títulos ali encontrados, talvez os mesmos de tantos de nós, gente que, naquele tempo, ainda de ditadura militar, estávamos ávidos por leitura libertadora e aprendizado. Foi naquele período, o da saída da adolescência, militância aflorando, ganhando algum com meus primeiros empregos, consequentemente, se iniciando na leitura de títulos e autores que faziam nossa cabeça.
“Veias abertas da América Latina”, do Eduardo Galeano; “A Doce Vida”, Fellini; “Toda Poesia”, Ferreira Gullar; “Solo de Clarineta” e “Clarissa”, Erico Verissimo; “Geração Abandonada”, Luiz Fernando Emediato; “O Rio Invisível”, Pablo Neruda; “Antologia Poética”, Carlos Drummond de Andrade; “Eros uma Vez”, Millor Fernandes; “A Metamorfose”, Franz Kafka; “A Idade da Razão”, Sartre; “Calabrar”, Ruy Guerra e Chico Buarque; “Ame e Dê Vexame”, Roberto Freire, “O Amor de Mau Humor”, Ruy Castro; “Farda Fardão Camisola de Dormir”, Jorge Amado; “A Revolução dos Bichos”, George Orwell, “Nós que amávamos tanto a Revolução”, Fernando Gabeira; “A História da Riqueza do Homem”, Leo Huberman e autores como Lenin, Lygia Fagundes Telles, Karl Marx, Florestan Fernandes, Ho Chi Min, Leonardo Boff, Mário de Andrade, Shakespeare, Tennesee Willians, Fernando Pessoa, Victor Hugo, Darwin, bruna Lombardi, Camilo Castello Branco, Kalil Gibran, Paulo Freire, Leila Diniz e outros. Estes os que consegui identificar, anotar os nomes e observar pelas fotos tiradas.
Encantadora a constatação de que, eu e Napolitano estivemos trilhando juntos, de forma paralela os mesmo caminhos, lendo a mesma coisa, se instruindo pelos mesmos caminhos. Eu tenho a máxima certeza de que, quem construiu sua vida alicerçado por isso tudo, dificilmente se deixa levar pelo canto da sereia e abandona o seu trilhar de luta na defesa dos interesses populares. Isso tudo aqui visto na estante dela é muito mais do que curso universitário. Trata-se de um Curso Intensivo de uma vida inteira. Eu, diante do que vi em sua casa, me senti na obrigação de, primeiro dar-lhe um forte e caloroso abraço, pois fazemos parte do mesmo time e depois, reafirmo, é de gente assim, com este cabedal todo que gosto de andar, ficar ao lado, tocar o barco, pois a gente sabe, a luta não terminará nunca e nela, tendo isso tudo como arcabouço, a certeza de retidão na luta. Se já gostava demais da conta dela, agora então, tô caidaço. E disse mais pra ela na despedida ontem: “Fátima, você pode deixar sua carteira sobre a mesa que dela não me interessarei, mas sua biblioteca é um risco para mim. Não me deixe sozinho diante dela, pois poderão sumir alguns dos seus livros”.
Adivinhem, sem direito a uma segunda chance, de que lado da disputa e da contenda hoje sendo desenrolada na luta política no Brasil se encontra Fátima Napolitano? Eu só ando com gente da minha LAIA.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (243)


SABE QUAL UM DOS LUGARES MAIS PERIGOSOS DE BAURU? A AVENIDA GETÚLIO VARGAS E ALGUNS DOS SEUS FREQUENTADORES - WATCHMEN EXPLICA
Tudo o que acontece mundo afora, sem tirar nem por, em Bauru ocorre algo similar, algumas vezes até com pior teor. Entre 12 e 13 de julho, o fotógrafo Bruno Unikowsky, trabalhando em Londres, na Inglaterra e de férias em Bauru, sai de uma festa nas imediações da avenida Getúlio Vargas, coração da Zona Sul Bauruense, por volta das 4h da manhã, vê uma briga generalizada ocorrendo nas imediações e pelo instinto da não violência, resolve intervir e buscar colocar fim ao conflito na base do diálogo. De cara, o percebem homossexual e da briga girando por causa de outros assuntos, o chamam de "viadinho", com muitos passando a agredí-lo de forma violenta.

Bruno apanhou bastante e conseguiu se esconder num matalgal, ali permanecendo até amanhecer o dia, quando foi em busca de ajuda médica e policial. O fato foi tratado por boa parte da imprensa bauruense, mas creio eu, não teve os desdobramentos necessários. Não vi em nenhum momento os agressores sendo identificados, mesmo o agredido tendo conseguido arrancar uma das placas de veículo de um deles. Ou seja, foram identificados, mas seus nomes não foram revelados.

Bruno foi atendido, ouvido e da repercussão, seu caso foi tratado como homofobia, ou seja, a agressão se intensificou a partir da descoberta dele ser homossexual. Segundo o Jornal da Cidade, a Polícia Civil, que investiga o caso já havia, em matéria do dia 16/07, identicado três agressores. Pelo que acompanhei pelas edições seguintes do jornal, nada mais foi dito e não sei se abafado ou não. Para muitos, casos como este não merecem o devido destaque, pois podem envolver filhos ou pessoas muito próximas de gráudos de um local. Muitos ficam pisando em ovos na continuidade e extensão de matérias como essa.

O ocorrido me faz buscar dos motivos de tamanha violência, gratuita e desnecessária, porém, deixa bem ressaltado da existência de grupos de jovens, principalmente saindo para balada em quantidade e agindo de forma violenta. Comenta-se muito que, a violência hoje reina de forma soberana na periferia da cidade, mas existe essa outra, a proveniente de pessoas, frequentadando a Zona Sul da cidade, a mais abastada, classe alta e ali morando. Daí, minha conclusão, a mais razoável é a de que, neste local, até por conta de tratarem-se de jovens provenientes das classes com maior poder aquisitivo da cidade, o perigo é infinitamente maior do que o proveniente da periferia. Quantos casos assim não são nem divulgados.

Essa é uma longa discussão e se formos buscar exemplos recentes, eles abundam, como o caso do marombado que, se vendo impedido de passar por uma rua, vai até o trabalhador da coleta de lixo, que naquele momento, recolhendo lixo, impedia o acesso dos carros e o mata. Mata, vai pra casa, depois pra academia e toca sua vida como se nada tivesse ocorrido, até ser descoberto e vir com as desculpas mais esfarrapadas do planeta. Os casos são muito parecidos e denotam algo bem peculiar desse tipo de violência, bem característico das Zonas Sul de cada cidade.

Seria ótimo poder conversar com Bruno - não sei se já voltou para Londres -, até para trocar ideias com alguém ainda acreditando que na base do diálogo é possível se resolver conflitos urbanos. Para muitos, pincipalmente moradores e frequentadores dessa região da cidade isso já não é mais possível, pois Bruno conta que, muitos populares passaram por ele, o viram sendo agredidos e nada fizeram, continuaram seus caminhos, não lhe prestando nenhum tipo de ajuda ou apoio.

É uma discussão para sem ampliada e melhor entendida. Isso tudo me faz lembrar de um personagem de HQ - História em Quadrinhos -, o Watchmen, criação do britânico Alan Moore, toda vivenciada num região bem degradada de entendimento entre as pessoas, predomínio da violência, principalmente de gangues, grupos rivais e os tais que acham donos do pedaço e de tudo o mais. Um dos personagens da fictícia estória se vendo diante de algo parecido, resume como o cidadão deve reagir: "Quando você estiver sendo estuprada, não grite por socorro. Grite por fogo". A partir daí, uma muito maior probabilidade de ser atendido e irem logo verificar o que está ocorrendo.

o algo mais do governador paulista
PROPINA 
Os números da sonegação das empresas “Ultrafarma” e “I-food” , podem ser muito maiores.

É muito difícil que somente um fiscal tenha participado do esquema “bilionário”, e o valor da sonegação é revelador sobre o lucro das empresas.

Blindagem - É irritante como o governador de São Paulo não apareça nas manchetes. O Secretário da Fazenda, onde ocorreu o escândalo, foi nomeado por ele. Imaginem se o mesmo tivesse ocorrido dentro das hostes petistas, o escarcéu que a mesma mídia, capitaneada pela TV Globo, já não estaria fazendo, com aquelas capas montadas pela revista Veja e tudo o mais. 

Quando tentam encobrir, tapar o sol com a peneira, isentando Tarcisio de tudo, a nítda percepção, mais uma vez, de que o país da legalidade e da retidão de caminhos é pura balela. 

O montande deste escândalo é algo surpreendente, pelo volume e agora, por querer ocultar alguns dos envolvidos, estes com claros interesses políticos de se consolidar como mandões neste país. Nas mãos destes iremos, com toda certeza, para um caminho sem volta, eliminando direitos, restringindo ações e abrindo caminho para o crime nos conduzir. 

É isso que queremos?





terça-feira, 19 de agosto de 2025

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (163)


ALGUÉM AÍ AINDA ACREDITA NAS PROMESSAS FEITAS PELA ALCAIDE, A incomPREFEITA SUÉLLEN ROSIN?
Isso ontem foi motivo de chacota e o momento irônico dentro da sessão semanal da Câmara Municipal de Bauru, quando o vereador Segalla estava com a palavra e dizendo de um assunto polêmico na cidade, que são as promessas da prefeita, a maioria feitas no calor da campanha política e depois esquecidas. Dizia ele do caso da Estação Ferroviária da NOB, hoje interditada e praticamente abandonada ao deus dará. Ela, a alcaide prometeu em campanha que reformaria - ou restauraria - a estação e para lá transferiria a maioria das secretarias da Prefeitura Municipal de Bauru. Como até as pedras do reino mineral sabem, isso está já fazendo parte do quesito esquecimento obrigatório, pois desde então nenhuma palha foi movimentada neste sentido.

Foi quando para surpresa geral, o vereador Helinho, hoje também ocupando interinamente a presidência daquela Casa de Leis, pede um aparte para dizer de forma enfática: "Isso ocorrerá em 2027". Ou seja, a alcaide empurra com a barriga e joga para o final do seu mandato. Segalla não se segurou e teve que obrigatoriamente ser irônico diante da desprositada fala: "Puxa vereador, sabia que ao menos duas pessoas ainda acreditavam nas promessas da prefeita e hoje tomo conhecimento que uma delas é o senhor". Helinho e mais outros 17 ou 18, até 19 vereadores dizem amém para tudo o que a alcaide envia para a Câmara, aprovando cegamente e sem pestanejar, mesmo quando seus projetos são encaminhados com meras duas linhas em sua construção e defesa. Segalla ressaltou também do fato dos que acreditam em tudo, ou cumprem papel de demonstrar que, mesmo nada ocorrendo naquele sentido, as promessas, por mais infundadas que sejam, um dia merecerão o despertar do interesse para sua concretização. A gargalhada de quem assistia a sessão deu para ser ouvida de onde me encontrava, do outro lado do meu rádio, escutando a sessão pela rádio Câmara.

O que deu para extrair do ocorrido é que, as promessas da alcaide hoje são piadas prontas. Pior foi logo a seguir, quando da vez do vereador Borgo fazer uso da palavra e este insistir em repetir novamente que a situação financeira da Prefeitura beira o caos e segundo ele, até o final do ano, não terão dinheiro suficiente para fechar as contas e arcar com os compromissos. Disse mais, que todos os que hoje referendam e aprovam tudo, serão cobrados por assim agirem de forma irresponsável. Daí, o clima foi de silêncio geral, pois da ironia anterior, o assunto começou a coçar o cerebelo de quem vota hoje, não com a razão, mas por fazer parte de um grupo político, o dos que dizem amém e pedem a benção, para Suéllen e sua Famiglia.

Daí, saio para tomar café hoje pela manhã no bar ali na rua Primeiro de Agosto e o assunto do dia, que também deve ser o mesmo na Rádio Peão: "Enfim, quem ainda acredita nas promessas da alcaide?". Ouvi cada barbaridade, sendo que, muitas delas não é de bom alvitre repetí-las aqui, primeiro por se tratarem de algo grosseiro, porém não sem aquele fundo de verdade, que toda a cidade já reconhece. A alcaide falta muito com a verdade. Seus projetos apresentados para aprovação na Câmara dizem muito disso e a forma como os remete, como se não aprovando, a cidade entrará num caos já no dia seguinte, é algo como se encostasse os vereadores num paredão, sem direito a outra escolha, se não a de lhe passar mais um aval. E os 17, ou 18, algumas vezes até 19 vereadores continuam o fazendo. Onde vai dar isso ainda não se sabe ao certo, mas o vereador Borgo já vaticinou: as contas não terão caixa para serem honradas e o prazo para tanto é no máximo o final deste ano. É esperar para ver. Se isso de fato se consumar, a reforma/restauro da Estação da NOB entrará para o rol dessas promessas eleitoreiras. Na rádio Peão, ouvi dizer que, isso tudo é só o fio da meada, ou a ponta do rabo aparecendo debaixo do tapete, o iceberg despontando pra fora do oceano. Quem ousar ir lá puxá-lo pode levar um susto. Quem se habilita?

E SE O CANDIDATO DELA PERDER A ELEIÇÃO E OS SEUS NÃO FOREM ELEITOS, ELES PERMANECERÃO EM BAURU?
Essa pergunta foi também tema do comentário de um vereador na última sessão do Legislativo bauruense. A encruzilhada e grande dilema do bauruense é este. Mais do que evidente o poder alavancado por Suéllen Rosin, que soube se aproveitar do momento e chegar ao poder. Lá chegando deu um jeito, trouxe seus pais para a cidade e aqui se estabeleceram. Pelo que se sabe, compraram propriedades na cidade e até já mudaram a sede da igreja que mantinham lá de onde vieram para cá. Ou seja, para Bauru se mudaram de mala e cuia. Cidade de futuro.

A questão levantada na última sessão é a de que, no próximo pleito, quando Suéllen não poderá se candidatar e talvez, algo já aventado, seu candidato deverá ser o seu marido, algo mais do que questionável, porém, como já conseguiu emplacar a mãe como secretária de governo, talvez consiga o mesmo para com o marido. Suas pretensões não páram por aí. O pai talvez não dispute cargo algum, mas a mãe almeja ser deputada. E a própria Suéllen pode ser também candidata a deputada. E se não conseguir eleger ninguém do clã o que aconteceria? Quais seriam seus próximos passos?

O mais provável é que volte para onde veio ou alce outros vôos. Não sendo daqui e diante de uma situação nada confortável, com a cidade tendo muitos problemas após caixa em baixa, restará uma saída à francesa. Essa é uma grande hipótese, daí ela apostar todas suas fichas em fazer seu sucessor ou ao menos eleger a mãe para algo. O dilema bauruense é que, pelo que se comenta nos bastidores, a situação financeira do município não anda nada boa e o tempo das vacas gordas está se findando. Nem mesmo aprovar tudo o que enviava até então para a Câmara já está conseguindo aprovar e sem dinheiro no caixa, os problemas surgirão aos borbotões.

E não elegendo ninguém do clã, a cidade já enfurnada num caos, a situação da famiglia não será nada confortável. É sabido que tudo nessa vida tem começo, meio e fim. Especula-se que o fim deste segundo mandato será trágico, com acumulação de problemas, principalmente os com falta de dinheiro no caixa. Isso posto, sabe-se muito bem que, uma coisa é o conforto de quando tudo é alicerçado por um bom cargo público, com o de prefeita de uma cidade média, como Bauru e tudo é mais que desconfortável, perdendo o próximo pleito na cidade e não elegendo ninguém dos seus. O conforto se esvairia num piscar de olhos. Cidade quebrada e nenhum Rosin eleito, qual o destino destes? E como ficará a cidade para resolver todas as trapalhadas em curso, que irremediavelmente trará problemas mil logo ali na curva da esquina. Pelo que se avista teremos algo tenebroso como futuro para os próximos anos. Não sei porque, mas busco um filme para assistir antes de dormir, "Plano de Fuga", com Mel Gibson.

outra coisa
ESCRITOR LUÍS FERNANDO VERISSIMO NO HOSPITAL - BUSCO NO EDITORIAL DE LANÇAMENTO DA REVISTA "BUNDAS", SEU Nº 1, 18/06/1999 A EXPLICAÇÃO DOS MOTIVOS PARA COLOCAREM EM CIRCULAÇÃO UMA REVISTA COM ESSE NOME E PROPÓSITO DE AVACALHAR COM A HIPOCRISIA NACIONAL
Leio os Verissimos - insisto em botar acento, mas sei, é sem acento -, pai e filho. Hoje mais o filho, este que agora, leio está hospitalizado e naquilo que muitos dizem, estado irreversível. Vez ou outra, estou cá acabrunhado e quando indo ao encontro de seus textos, diante da primazia com que escreve e descreve situações, pessoas e o cotidiano onde estamos sobrevivendo, o danado me faz rir e refletir. O pessoal da revista Bundas, tendo Ziraldo à frente, denominou os textos do Luis Fernando Veríssimo como sendo o próprio Editorial da revista. E assim ocorreu do primeiro ao último número. Tenho o privilégio de conseguir manter a coleção quase completa da revista aqui junto de minhas preciosidades mafuentas. Amanheci, li sobre a saúde do escritor e fui me socorrer em seus escritos, escolhendo este para aqui compartilhar. Bundas foi um revista magnetizante, a colecionei e ali textos de tanta gente boa, segmento do que já havia feito, tempos atrás, o velho e saudoso Pasquim. Quero agora escolher um dos tantos livros dele aqui - devo ter uns vinte - ,reler e tentar ao menos levar com uma necessária pitada de humor a vida ocorrendo de forma desenfreada, destrambelhada, disparatada e amalucada do lado de fora de minha janela. Enfim, como escreveu Veríssimo no texto aqui reproduzido, estamos aqui para lutar "contra essa tempestade de bosta que ameaça nos soterrar".

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

UM LUGAR POR AÍ (199)


DOS QUE ENVERGONHAM UMA CIDADE - CASOS PAULISTAS*
* Lembrando aqui de uns, dentre os tantos traidores da pátria, hoje pegando pesado contra os interesses do Brasil.

1.) AUGUSTO NUNES, O URUBU DE TAQUARITINGA
Algumas décadas atrás, assistia absorto um programa dele na TV Bandeirantes. Não tinha arraigado o conservadorismo destes tempos, algo adquirido com o passar dos anos e servindo para defenestrar com sua carreira. Hoje, encontra-se dentro de um reduto de ultra-direitistas, diria mesmo, fascistas, estes que cospem fogo contra do Brasil e fazem de tudo e mais um pouco na defesa dos indefensáveis da famiglia Bolsonaro. O jornalista sempre se vangloriou de ser natural de Taquaritinga, cidade não tão longe daqui de Bauru, perto de Ibitinga. Circulei muito por lá tempos atrás, quando varria o interior paulista vendendo minhas chancelas. Ele era louvado por lá e hoje, como o conservadorismo é algo natural no interior, deve ter mantindo algo de louvação, mas pelo seu posicionamento, tudo aquilo que conseguiu construir dentro do jornalismo está se esvaindo nos dedos. Transformou-se numa abominável pessoa.

Semana passada assisti uma entrevista do jornalista Juca Kfouri com o jornalista e escritor Jamil Chade, quando comenta sobre o papel destes hoje rindo e comemorando a taxação contra o país, algo inconcebível e promovido por Donald Trump. Foi quando Juca desfere como hoje Augusto é compreendido por ele e por parcela significativa do jornalismo sério e atuando dentro da verdade factual dos fatos. "Agusto Nunes é o URUBU de Taquaritinga", disse em alto e bom som.

Ouvi aquilo e logo me lembrei da cidade e de como o interior paulista gosta de louvar conservadores. O termo urubu para Augusto é preciso, caindo como uma luva. Juca repercutiu e foi noticiado: ""Notório também por alardear que Lula não poderia andar pela avenida Paulista, [Augusto Nunes] foi visto na rua onde mora, na avenida São Luís, disfarçado com chapéu de marinheiro enfiado da cabeça ao pescoço e óculos escuros, com medo de ser reconhecido. Noutro dia acabou flagrado por cidadão indignado que gritou "pega, pega, pega o fascista!", e escafedeu-se apavorado, sem coragem de enfrentar quem o reconheceu, como é típico dos valentões da boca para fora", descreveu".
Juca comprou a briga e ataca Augusto, algo necessário, quando colegas passam dos limites, algo já ocorrido neste caso há muito tempo. Eu, já havia ouvido o termo e agora, não resisto, propago, pois precisamos fazer algo para conter a bestialidade dos que hoje traem o país, tudo para favorecer a famiglia de criminosos e bandidos. Augusto já passou de todos os limites, tanto que foi demitido da Joven Pan, pelos seus excessos. Se o cara foi demitido da Joven Pan por ter passado dos limites, não falta mais nada, pois o mesmo já está atuando na contramão do bom jornalismo faz tempo. Depois da Pan só atua junto a órgãos sem nenhuma credibilidade, como a Auriverde bauruense.

2.) ALEXANDRE PITTOLI, DE MACATUBA ATÉ TENTAR SER A CARA DA ULTRADIREITA FASCISTA BRASILEIRA
Eu estive na campanha de Tuga Angerami para prefeito, mandato de 2005/2008 e por lá, acompanhei algo da ascenção de Alexandre Pittoli, que atuou na campanha ao lado da jornalista Tânia Guerra. Ele estava começando na carreira e pelo que se ouvia, tinha atuação em rádios FMs, sempre com problemas e seu começo se deu de onde veio, Macatuba. Lá também atuou no meio, algo que esconde quando divulga seu currículo pela aí. O cara hoje é uma das caras mais identificadas com o fenômeno dos fake-news, ou seja, para defender o bolsonarismo faz qualquer coisa. Pelos microfones da rádio bauruense algo da perversão das mentes, quando são insufladas contra a verdade dos fatos. Pelo que faz, já deveria ter sido cassado o direito de transmissão da rádio, algo em curso, pois essa já passou de todos os limites.

De Macatuba, sei que em administrações anteriores, essa tinha como slogan ser a Cidade do Patriotismo, com estátuas neste sentido levantadas lá na sua praça central. Hoje, no desvirtuamento total feito pelas ondas de emissoras de igual teor, descrebilidade total e absoluta. Pittoli segue no descaminho, que hoje o mantém cada vez mais afastado de qualquer espécie de jornalismo feito de forma séria. Isso é facilmente observado pelo afastamento de tudo o mais do meio jornalístico na cidade e no país. Vive só para o seu gueto. Já de Macatuba, não sei se continuam a defender o Patriotismo aliado aos hoje traidores da pátria, mas pelo que me dizem, abandonaram o slogan, indo em busca de algo mais sério para defender. Nada contra o patriotismo, mas tudo contra quem dele faz a defesa para posicionamentos fora de lei.

Hoje existe uma confusão entre patriotismo e bolsonarismo, fazendo até com que a bandeira brasileira e a camisa da seleção de futebol sejam vistos com olhos um tanto ressabiados. O segmento mais conservador tentou emplacar como se elas representassem o país que queriam, autoritário, retrógrado e onde o ódio é o mantra principal. Felizmente, com o passar do tempo, isso foi se esvaindo, pois deu para perceber que a utilizavam para pérfidos fins políticos. Para Pittoli, que escolheu este caminho para ganhar a vida, deve ir até o fim, pois não tem mais escolha. Escolheu um caminho sem volta. No meio jornalístico sério fechou todas as portas. Creio que, até lá em Macatuba, onde tudo começou, deve ter dificuldade para continuar arrebanhando adeptos. Repugante jornalista. O Bloco Bauru Sem Tomate é MiXto o elegeu como Hors Concours desde 2019, pois concorrendo ganharia todas como Prêmio Desatenção.

3.) CAPITÃO AUGUSTO FOI EXPELIDO DE OURINHOS E VEIO APORTAR SEU CONSERVADORISMO EM BAURU
José Augusto Rosa, nascido em 4 de outubro de 1966 em Ourinhos, comumente conhecido como Capitão Augusto, é um policial militar na reserva e político brasileiro, membro do Partido Liberal (PL), um dos mais pérfidos do Brasil, hoje alinhadissimo com a ultradireita, a que agora deu de também trair descaradamente os interesses brasileiros, tudo para louvar a criminosa famiglia Bolsonaro. Tempos atrás, o tal capitão, vendo que seu intento lá pelos lados de Ourinhos não eram bem entendidos pela turba local, mudou de mala e cuia para Bauru, tudo em busca de redutos mais palatáveis para seus instintos conservadores. E se deu bem, pois Bauru, como se sabe, deixou-se iludir pelo canto da sereia bolsonarista e lhe dá uma espécie de apoio, este girando em torno dos 80%.

E o tal capitão veio se juntar a gente como o astronauta Marcos Pontes e a alcaide Suéllen Rosin, com a mesma postura e comportamento. Trocam figurinhas que é uma beleza, mas até agora, me desmitam se estiver faltando com a verdade, não apresentou nada de proveitoso para Bauru. Creio eu, nem para Ourinhos. Quis até ser presidente da Câmara dos Deputados, representando a atl da Direita, que no seu caso é a Ultradireita, algo que, felizmente, não se concretizou. Augusto gosta mesmo é de se posicionar do lado mais pérfido do momento, posando de bom mocinho, porém, representando o atraso e com gente como ele alcançando algum posto de comando, retrocessos de toda forma e jeito. Não que todo militar pense da mesma forma, mas ele é muito limitado, desses onde é melhor nem se aproximar em busca de algum diálogo de cunho progressista. No momento, se juntou com deputada, também híper copnservadora de Marília e juntos exercitam uma dobradinha, a do quando pior melhor.

Pra Bauru, nenhum resultado positivo. De uma certa forma acabou fazendo frente para o coronel Meira, que também não é daqui, é de Águas de Santa Bárbara, pode ser considerado conservador, foi secretário da Segurança Pública no governo estadual de Alckmin, mas pensa mais antes de exerceu o voto ou seu posicionamento. Augusto não, pois é do time dos que seguem cegamente os ditames do partido, ou seja, diz amém para tudo envolvendo livrar a cara da famiglia Bolsonaro do xilindró, mesmo com as evidências sendo incontornáveis. Meira é contrário à Sueéllen Rosin e ao que representa. Ou seja, é do time dos que pensam segundo o partido lhe impõe agir. Sendo assim, descartável e desnecessário. Ourinhos deve estar contentíssima da vida e Bauru, funbecada com mais este por aqui se estabelecendo. Ele ainda disputa cargos públicos sózinho, mas os Rosin, famiglia da atual incomPrefeita bauruense chegou aqui com seus pais, ambos já com asas mais que abertas e usufruindo não só da hospitalidade, como das benesses da cidade sanduíche. Augusto é desses políticos que se resolver voltar de onde nunca deveria ter saído, ninguém vai notar sua ausência, pois seu negócio é só apoiar o indefensável, nada mais. Propostas e projetos sérios de trabalho e atuação, nem pensar. Seu negócio é criar problemas para o governo de Lula, um que, mesmo com tantos iguais a Augusto, consegue tirar leite de pedra e dar algum jeito no Brasil. O que se pode esperar de um deputado que gosta de ir votar fardado, talvez como forma de pública intimidação? Nada de bom.

4.) MARCOS PONTES, O ASTRONAUTA BAURUENSE DA TERRA PLANA
O que o mundo pode dizer de um cidadão que, para ficar bem com o seu mito, não discordar dele e assim não ser amaldiçoado, tendo tido uma oportunidade única em sua vida de ir pro espaço e constatar melhor que ninguém não ser a terra plana, porém fica quieto e com aquela cara de tacho, ri com sorriso amarelo e nada diz? Um pulha na acepção da palavra. Este é justamente o cara, que incentivado e bancado pelo Programa Espacial Brasileiro, capitaneado pelo governo Lula, se transforma num astronauta, mas logo a seguir trai a nação, abandona tudo e vai ganhar dinheiro com o feito. Monta escola particular, se dá mal, mas continua usufruindo do grande feito, tanto que, consegue outro feito inédito, ser eleito senador da República, tendo nascido aqui em Bauru, porém, também nada ter feito para a cidade. Seu negócio é rosetar, ou seja, ficar flanando no Senado e conspirando contra o país, como se viu no dia em que tentaram impedir o Congresso de reabir e ele ao lado dos golpistas, traindo o Brasil, tudo para reverenciar seu mito. Imperdoável. Indesculpável.

Marcos Pontes seu nome, bauruense de nascença, destes a enrvergonhar qualquer cidade. Fico corado quando alguém me aborda pela aí e diz, "você é da terra do astronauta?". Confirmo, mas não deixo de acrescentar: "Nasceu em Bauru, mas nada fez pela cidade e só a envergonha". Se a pessoa quiser saber detalhes, elenco sem maiores problemas. Algo de positivo em sua carreira política, nenhum. Viverá para sempre dos louros do feito, quando bancado pelo Governo Federal brasileiro e nada mais de louvável ou para acrescentar em seu currículo. Bauru, conservadora até a medula, adora endeusar o dito cujo, numa atitude subserviente e lambe botas. Pontes deve ser uma pessoa que até para conseguir estabelecer uma conversa num bom nível, deve ser difícil, algo torturante e plenamente dispensável. Melhor conversar com um muro ou um poste.

Representa como ninguém o triste momento vivido pelo país, quando um bando de desajustados politicamente, tentam a qualquer custo fazer valer a vontade de quem não aceitou o resultado das urnas, propos um golpe violento, até com planejamento de assassinatos e dá continuidade ao mesmo, agora agindo abertamente como traidores da Pátria. Pontes foi visto no dia em que parlamentares ocupavam o plenário e impediam a reabertura dos trabalhos, tudo para favorecer os escusos interesses de uma famiglia. Esteve ao lado de Bolsonaro em todos os momentos, desde aqueles críticos, quando o então presidente atuava abertamente contra a vacina para a Covid. Não existe nada que possa ser descrito como feito para atender sua cidade, Bauru. Fica só nas questões pequenas, sem sentido e lunático, defendendo burramente o fundamentalismo que só atrasa o país. Fosse mesmo levado a sério, Bauru já o teria renegado como seu representante. Vai ser daqueles que, finda sua atividade política, não vai deixar nenhuma saudade, mas para o bauruense uma vergonha sem fim. Como São Paulo conseguiu eleger um senador tão desqualificado? Só mesmo o conservadorismo deste surreal estado, cheio de contradições e absurdos políticos. Que dizer de quem um dia disse ter a cura milagrosa para a Covid? Virou e continua sendo motivo de piada.

domingo, 17 de agosto de 2025

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (149)


escrevinhação domingueira
A MAGNITUDE DA DECADÊNCIA DOS EUA E DO SONHO NORTE-AMERICANO – E ONDE O BRASIL ENTRA NESSA HISTÓRIA?
Não se iludam, o sonho norte-americano, aqueles que foi enfiado goela abaixo de todo bom e cordato latino, está chegando ao fim. Externamente isso em evidência, com a China, não mais se aproximando perigosamente, mas já ostentando ter obtido a dianteira em quesitos tecnológicos e na fabricação de tudo o que consumimos. Resta aos Estados Unidos o poderio bélico, sendo a nação mais bem armada do planeta, o que representa um perigo mais que evidente para todos. Diante da perda do poder de continuar sendo o Império, ninguém gosta de deixar o poder e ser passado para trás, daí o que Donald Trump faz é simplesmente espernear e agir, tudo para beneficiar a si próprio e aos interesses do grupo dominante lá deles.

Escrevo sobre a erosão da democracia neste país, que até outro dia se dizia e queria ser vista como baluarte dessa tal. Hoje, felizmente, diante de tantas atrocidades, não é mais possível tapar o sol com a peneira. Quando os EUA reelegem Trump, a intenção foi a de com ele, da forma mais autoritária possível, não mais se importando com as aparências, segurar a rédea chinesa e tentar, nem que seja na base da porrada, continuar no comando do planeta. Ditar regras mundo afora, como se vê, de forma absurda, impondo sanções e taxações, que muitas vezes prejudicam muito a nós, mas também muito a eles. Trump é atabalhoado, um tanto bobalhão, mas sabe muito bem o que quer. Quer comandar tudo de cima para baixo, sem ouvir quase ninguém, a não ser o dos seus interesses.

Assisto numa entrevista entre Juca Kfouri e o escritor Jamil Chade, que estamos diante de duas opções, a do final de um império ou de uma nova barbárie que está para acontecer no mundo. Essa é a conversa que temos que ter diante de nós, feita no dia-a-dia, pois em cada capítulo é demonstrado algo do aprofundamento da crise mundial, com os EUA puxando a corda para lhe favorecer e diante da reação, talvez estes não vejam outra alternativa de propor uma guerra mundial. Só assim conseguiram dominando o planeta. Tecnologicamente já foram ultrapassados. O mundo está diante de uma encruzilhada, da derrocada de uma hegemonia global, que até agora estava acostumada a ditar as regras mundo afora e insiste em continuar agindo assim. Primeiro porque o mito do sonho americano, de sair da pobreza, de vencer dentro do capitalismo já é coisa do passado. Nem o próprio norte-americano consegue mais realiza-lo, quanto mais o resto do mundo, ou nós, latinos, consagrados por eles como mero quintal, de experimentação e subserviência. Isso já era. E depois, pelas ações de Trump, a certeza deles saberem muito bem não serem mais a grande potência mundial.

A parte que nos toca disso tudo é cruel, pois com eles sabendo que para sobreviver precisam ser duros, implacáveis, fora-da-lei, exercem o tal do “foda-se” o resto na sua magnitude. Eles estão numa luta pelo domínio do planeta, essa já perdida e quem estiver no caminho deles, o trator passará por cima sem nenhuma dó e piedade. Os exemplos disso são mais do que latentes, evidentes, ululantes. O radicalismo no projeto deles é brutal. Nada de amadorismo. Eles tem um plano e uma ambição. Hoje, em curso um capitalismo radical, com a retirada de direitos e descartando tudo o mais, desde a ecologia, tirando todos do caminho. Interesses de países são meros detalhes. A angústia dos que conhecem o que está em curso é imensa, pois pelo mexer do tabuleiro do xadrez, as intenções são claras, ou seja, as cartas estão na mesa e o Brasil, se não reagir, como Lula o faz, tentando manter sua soberania, defendendo de fato o país, o que vira pela frente, será uma volta à dependência sem voz. A questão da mesa é essa. Ou me posiciono ao lado de Lula e da defesa nacional empreendida pelo seus atos governamentais ou me entrego e aceito o que virá pela frente. O Brasil pode resistir, pois retroceder será perder, algo muito pior do que as taxações já impostas. Eu sou do time não suportando ser quintal norte-americano. Daí, luto enquanto tiver forças. Não o faço a favor da China ou de quem quer que seja. Luto e defendo o Brasil. Enfim, o Brasil é dos brasileiros.

Encerro aqui este texto dominical, mas ele pode – e deve – continuar daqui por diante, pois não se encerra aqui.

lacrando o domingo
A IMPORTÂNCIA DO BRASIL E A DESIMPORTÂNCIA DOS BOLSONAROS
Para mim, o que Donald Trump quer é calar a voz do maior país da América Latina. Percebam algo, a maioria dos países latinos no nosso entorno continuam sob o domínio norte-americano, mas o maior deles, o Brasil, não está se rendendo. Isso é o que ele quer vergar, pois somos o mal exemplo. A importância de um país como o nosso, com nossa representatividade dentro do contexto mundial e não alinhado e subserviente a eles é um péssimo exemplo. Exemplo esse que pode se alastrar se nada for feito. E, assim sendo, Trump tenta vergar o Brasil, neste momento, se utilizando de um lacaio, um pérfido e criminoso traidor da pátria, o Eduardo Bolsonaro e, consequentemente seu pai, o hoje quase condenado.

O triste dessa história toda é que países do mundo inteiro estão sofrendo penalizações injustas, essas taxações sem pé nem cabeça oriundas da cabeça do Trump, que tenta ao seu modo e jeito, continuar sendo o imperador mundial e só no Brasil, ocorre uma oposição lutando contra os interesses do próprio país para defender os interesses do Império norte-americano. Isso é o lamentável e se explica pelo fato dessa famiglia representar o crime, o banditismo e estar também sendo usada para Trump tentar conseguir seu intento. O que os EUA querem é ter o Brasil fora do BRICs e voltando ao atrelamento junto a eles, algo que, conhecemos muito bem, não nos trará benefícios e sim, nos reduzirá a uma nação servil, quintal deles e assim sendo, necas de progresso e soberania.

Muito triste o país - digo, o Congresso Nacional - não ter até agora tomado uma atitude séria contra Eduardo, no mínimo cassando seru mandato e o processando criminalmente como traidor dos interesses brasileiros. Fosse nos EUA, alguém fazendo com eles o que essa famiglia faz, já estariam todos no xilindró, contidos e calados. Esse domínio da ultradireita nos legislativos brasileiros só nos faz andar para traz. Só fazem negociatas em benefício próprio e neste momento, bem nítido, defendem a volta de alguém como Bolsonaro ao poder, pois assim esperam não terão problemas com a Justiça, podendo continuar agindo fora da lei. A maioria dos hoje criticando o governo Lula possuem problemas para serem resolvidos com a Justiça. Daí, simples como dois e dois são cinco, para Trump e os interesses dos EUA, ter alguém aqui dentro do Brasil fazendo o serviço sujo para eles é tudo o que precisam. Se nos intimidarmos agora, cedendo qualquer coisa para estes, estaremos nos enfraquecendo como nação e favorecendo a ver o Brasil perdendo rapidamente a sua condição atual, de líder latinoamericano. Tudo o que não precisamos é ver o Brasil fraco e reduzido a quintal dos EUA. Essa famiglia precisa pagar por tudo o que faz apunhalando nosso interesses, só para se livrar de pagar pelos seus crimes.

É assim que enxergo tudo isso, sem tirar nem por. Com fascista e traidor da pátria não tem como contemporizar. A grande luta se faz hoje para ver o Brasil trilhando caminhos libertários e soberanos. Os Bolsonaros fazem parte do lixo da história e Lula, sem sombras de dúvidas é o melhor presidente da República brasileiro de todos os tempos.

E ONDE ESTARIAM OS TAIS QUE SE PROPAGAM COMO PATRIOTAS, PORÉM...

sábado, 16 de agosto de 2025

BAURU POR AÍ (242)


NA NOITE REVENDO A TRAJETÓRIA DE OTHON BASTOS TIVEMOS DE TUDO, CULMINANDO COM SEU ENCONTRO COM PAULO NEVES

Descrever a contínua emoção vivida ontem, sexta, 15/08, na apresentação bauruense da peça "NÃO ME ENTREGO, NÃO!", o quase monólogo do ator Othon Bastos, no Teatro Municipal, casa cheia, tudo organizado e bancado pelo SESC, é algo difícil, pois foi uma sucessão de ocorrências, todas seguidas, culminando numa uma memorável noite.

Othon Bastos, dispensa apresentações, um menestrel do teatro brasileiro, comemorando 92 anos de idade e para tanto, obtém do diretor teatral Flávio Marinho, este texto onde reverbera sua atuação teatral e no cinema brasileiro. Durante quase uma hora e meia, ele e a atriz Marta Paret, essa no papel de sua Memória, numa espécie de ponto, quando o relembra de tudo, num contraponto dos mais interessantes. A peça em si é extraordinária, muito reveladora e marcante. Só quem a assiste de fato pode relatar do maravilhamento ali produzido. Othon relembra muita coisa de quase todas suas experiências teatrais e no cinema, deixando de lado as na TV, com as mais de oitenta novelas e isso passa desapercebido pelo público.

Duas pessoas são marcantes na apresentação que o SESC marca acertadamente para ocorrer no Teatro Municipal de Bauru, a presença de dois personagens do teatro bauruense. Primeiro dona Dulce Lagreca, essa maravilhosa pessoa humana, hoje a maior dama viva do teatro brauruense. Ela e a filha estiveram sentadas na segunda fila, chegando uma hora antes para conseguir o lugar de destaque e ali, boquiabertas, viram diante de si, aquela aula magna de teatro. Mais que tudo, foi a forma calorosa como o ator a recebeu no hall do teatro, quando ali tirou fotos e conversou com fãs. Essa foto dos dois juntos é dessas para, olhando para eles, ver ali o quanto de teatro está juntado no mesmo espaço, ou seja, uma verdadeira viagem no tempo.

Por fim, diante de todos que o esperavam para meras fotos, estava Paulo Neves, ali trazido por seus filhos Talita e Thiago Neves. Paulo, como sempre o fez, assistiu tudo lá do fundo, distante do palco, porém de um local onde sua paercepção está mais que nunca, não só sintonizada, como magnetizada com o que ocorre lá embaixo. Paulo aguardou sentado o ator chegar ao hall e quando o fez o encontro deles foi memorável. Consegui captar em imagens e num curto vídeo, com troca de carinhos mútuos, onde vi a história do teatro ir passando ali diante de meus olhos. A história do teatro bauruense de um lado e a do brasileiro de outro, numa junção bem estreita. Essa, com certeza, seria uma conversa para varar a noite e adentrar o novo dia, pois ambos, como baluartes no que fazem, souberam dar muito mais do que um mero quinhão para a construção do que somos hoje no quesito teatral.

E por fim, cometo uma gafe e a corrijo. A atriz Marta Paret é desconhecida para mim. Disse isso a ela em algoassim: "Eu que me achava conhecedor de muita coisa no quesito mundo das artes, reconheço, não te conhecia e saio daqui surpreendido, você é ótima e como a Memória, perfeita". Disse que alguns atores são lembrados uma vida inteira por um detalhe de suas carreiras e via na Memória, isso na dela. Foi quando ela discorreu algo de onde atua, já atuou e continuará atuando. Vou prestar mais atenção em seu trabalho. Para mim, ela que chegou a pouco tempo na peça, substituindo quem nele iniciou, está perfeitamente encaixada, numa atuação onde o público, além dos efusivos aplausos, saíram todos muito emocionados. Belíssima noite e de todas as possibilidades ali dispostas, já me agarro numa e diante de Paulo Neves, me comprometo a ir visitá-lo e ter longo bate papo. Sua resposta é mais que um sinal de como não devemos nos esquecer das grandiosas pessoas que nos cercam: "Venha sim, preciso muito disso".
O final do espetáculo é mais do que uma mera cena de encerramento, quando o ator, diante de tudo o que havíamos ali presenciado, grita em alto e bom, repetindo a fala de Corisco no filmae"Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha - um marco na carreira do ator -, com aquela frase que nos acompanha desde então, como mantra de luta, resistência e indignação contra os perversos e a hipocrisia brasileira: "NÃO ME ENTREGO, NÃO!".

PAULO NEVES E OTHON BASTOS TROCANDO FIGURINHAS TEATRAIS ONTEM À NOITE EM BAURU

COMENTÁRIOS:
-  "Em 2001 em transição de profissão, fiz um curso de Teatro com o mestre Paulo Neves, apresentamos uma peça no Municipal, vários esquetes de muitas peças...Chego para na trabalhar no Colégio Seta no ano seguinte e encontrei o Paulo professor de história... Gente boníssima!", DEXTTER PAES LEME.

- "Encontro de gigantes! Tive o privilégio de ser aluna do professor Paulo Neves no colégio Objetivo e fiz teatro tb... inesquecível, grande referência no meu caminho", DENISE BERRIEL JOAQUIM TAVEIRA.

- "Grande Paulo Neves, amigo querido que me ensinou muito! Saudade dos tempos de " Achados e Perdidos", MARIA CLAUDIA MACHADO.

- "Quanto a grandeza dos dois, no mundo do teatro, sem comentários. É fato, cada um na sua escala. Quanto ao Paulo professor: um gigante. Abraços mestre", MAURICIO TADEU LEAL.



"SE ENTREGA CORISCO, EU NÃO ME ENTREGO NÃO, NÃO SOU PASSARINHO PRA VIVER LÁ NA PRISÃO, NÃO ME ENTREGO AO TENTENTE, NÃO ME ENTREGO AO CAPITÃO, SÓ ME ENTREGO NA MORTE, BARABELO NA MÃO"

Tive o prazer e o privilégio de ontem ter sido agraciado por poder assistir a apresentação única na cidade da pela "Não me entrego, não!", contando a trajetória da vida do ator Othon Bastos, 92 anos de idade. O próprio nome da peça, diz da música que acordo ouvindo, da verve de SÉRGIO RICARDO, a "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL", tema do filme do mesmo nome, de Glauber Rocha, um dos papéis mais importantes da vida do ator e ele tão jovem. Fui procurar dentre o que tenho e a gravação original, LP de 1973, peça rara, só encontro a gravação pelo youtube, mas essa com Sergio cantando tenho, faz parte do CD "PONTO DE PARTIDA", selo Biscoito Fino, 2008. Traz uma releitura de composições de toda a discografia de Sérgio, produzido pela filha, Marina Lutfi, com arranjo de Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi. Os filhos Adriana, Marina e João participaram das gravações. O filme é a obra que amplia a crítica social de Glauber em relação à exploração de sertanejos e à pobreza no sertão nordestino.
Eis Sergio Ricardo, algumas décadas depois, regravando a famosa canção: https://www.youtube.com/watch?v=pCKSG-B1PE0

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

MEMÓRIA ORAL (321)


RECONHECIMENTO COM ROBERTO PALLU
Preciso escrever uma palavrinhas sobre este dedicado amigo, Roberto Pallu. Este danado é reconhecido com um dos grandes dentro do audio-visual bauruense. Faz e acontece dentro do setor há décadas e atua também como publicitário, tendo feito inúmeras campanhas políticas. Tem uma trajetória profissional das mais reconhecidas. Até bem pouco tempo atrás o conhecia superficialmente, mantendo uma cordial saudação, mas sem nenhum tipo de relacionamento profissional.
Quando o Governo Federal de Lula instituiu os programas culturas com as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, todas dando vazão para o surgimento de documentários e trabalhos nesta área, pensei em me inscrever e contar histórias pela aí, porém, como historiador, poderia entrevistar os personagens, ir cavar de levantar histórias, mas na hora da montagem, de apresentar o resultado final, sabia não teria como fazê-lo sem o auxílio de um profissional. Pensei em alguns e fui conversar com Pallu. Fui maravilhosamente recebido e desde o início, deixou aberta todas as possibilidades de realizarmos algo juntos.

E assim foi feito. O primeiro trabalho juntos, realizamos em Cabrália Paulista com um belo documentário, entrevistando mais de trinta pessoas da cidade, cada qual contando particularidades da vida daquela cidade. Montamos um estúdio dentro de um local vago no terminal rodoviário da cidade e lá, trouxemos as pessoas e as entrevistamos. Pallu com toda sua aparelhagem e eu, montando um roteiro de conversação. Depois, ele com sua pickup, circulamos a cidade, urbana e rural, captando imagens. Foi algo intenso e o resultado, considero admirável. O melhor de tudo é sua percepção profissional, onde buscamos capturar de cada pessoa, um algo mais, conversas arrebatadoras e além do resultado final, estão disponibilizados longas conversas e nelas, muito de minha participação e, principalmente a dele, na reunião de tudo, formatando o documentário.

O melhor de tudo, foi uma decisão tomada em conjunto. Tentamos outros trabalhos em outras cidades. Por pouco não conseguimos fazer outro trabalho em Pirajuí, quando contaríamos a história do jornal semanário O Alfinete, que tanto baraulho fez por lá. Essa uma ideia ainda em suspenso, mas de tudo, como dizia, algo acertado entre nós dois. Ele é um profissional atuando em várias frentes e nessa, dizia a mim, "vamos em frente, Henrique, mesmo que o valor do edital seja baixo, quero seguir produzindo estes trabalhos contigo". E assim fizemos. Na sequência, noutro edital, com um amigo proponente, realizamos o "Cidade das Águas", quando diante de uma placa na entrada da cidade de Arealva, toda uma história a ser desbravada e contada. Foi um trabalho e tanto, tantas gravações, incursões inesquecíveis pela cidade, conhecendo tanta gente com, cada qual, belíssimas histórias para ser contadas.

E por fim, o terceiro trabalho juntos, onde fui o proponente, o de um livro contando a história do centenário da cidade de Iacanga. Neste, trabalhamos com documentos e textos já publicados, fazendo uma condensação e em busca de novos depoimentos. Paralelo a isso, ainda estamos finalizando um documentário, esse com a cara do Pallu, pois eu pergunto, ele me auxilia, mas as gravações e quem monta tudo, editora e entrega o resultado final é sempre ele. O livro deve ser lançado em breve, assim como o documentário, quando circulamos com os seus equipamentos pelos mais diferentes lugares da cidade.

Nestes trabalhos aprendi a gostar demais da conta do baita profissional ali diante de mim. Além de tudo, nos tornamos grandes amigos. Depois, o acompanho em incursões dentro de um projeto fotográfico no distrito rural de Tibiriçá, onde ele exerce um papel magnífico com os estudantes e jovens do local. Assisti algumas das aulas de sua Oficina e me encanto em ver como consegue atrair não só a atenção, como fazer com que os jovens fiquem como que magnetizados ali diante dele. Sabe o que faz e faz muito bem feito. Escrevo isso tudo como RECONHECIMENTO, pois só consegui finalizar os três já concluídos com sua efetiva participação. Foi a junção deste historiador com este baita profissional e dessa junção, o resultado, para mim, auspicioso.

Ontem voltamos a caminhar por Tibiriçá e cirulando juntos, a certeza de que, amigo é pra essas coisas, ou seja, um estar e continuar ao lado do outro, em todas as situações. Continuaremos juntos, dando muitos murros em ponta de faca, acertando e errando, mas indo pras cabeças, propondo trabalhos sérios, onde colocamos muito de nós, de nossa experiência. Na nossa cabeça fervilha muitos outros projetos e quiçá consigamos levá-los adiante, mesmo com isso tudo que a vida vai nos colocando como pedras pelo caminho. Eu com 65 e ele com 60, somos personagens destes tempos e como rescaldo de vida, creio eu, nosso saldo é positivo. Queremos ser, fazer e acontecer. Quando juntos, tudo facilitado. Pallu merece esse acarinhamento e precisava fazê-lo. Está feito.




E PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI NADA DA SITUAÇÃO DE BAURU
Segundo a incomPrefeita Suéllen Rosin, tudo anda às mil maravilhas nos atendimentos das unidades de saúde do município, porém a realidade, nua e crua, é bem outra e pode ser confirmada com um simples aviso afixado por funcionários da unidade do Bela Vista, avisando sobre a falta de um mero pó de café. 

Sabemos que, faltam, o que é muito mais grave, produtos para um mínimo e básico atendimento médico e muitos destes são improvisados, o que está a demonstrar como são feitos estes gastos.

Avisos como este são mais reveladoras do que se possa imaginar e escancaram a real situação de um serviço tratado como meia boca, diria mesmo, sendo empurrado com a barriga. 

Não seria o aviso também uma espécide de Pedido de Socorro?

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (203)


REVENDO TODA UMA TURMA EMBALANDO MEUS SONHOS ESCREVINHATÓRIOS, DESDE QUANDO UM DIA IMAGINEI ME TORNAR UM DELES
Ganhei este livrão, o JORNALISTAS, ontem e de alguém muitop especial, o querido professor ANTONIO MORALES. Este catatau é obra do lugar onde o professor trabalhou sua vida inteira, o SENAC, ano de 1997, 192 páginas. Desde ontem, ao folher o apanhando com fotos de jornalistas nas redações paulistas, o maior conjunto de fotos já reunidas, tinha a mais absoluta certeza, eu teria que me trancar e dali só sair após devorar, ou melhor, rever tudo, figurinha por figurinha.

Confesso que estes todos, ou a maioria destes que aqui revi, embalaram meus sonhos. Segui muitos, de publicação em publicação e muitos, conheço até a forma de escrver, o estilo, tal o magnetismo que tive por seguir todos os órgãos de imprensa, isso desde que, aos 13 anos, idos de 1973, comecei a ler O Pasquim e depois daí, nunca mais parei de me interessar, não só pelos ógrãos de imprensa, mas também por quem neles escrevia. Sei, só de bater os olhos, a linha que a maioria seguia, se era conservador, progressista ou tudo o mais. Esse álbum de figurinhas que vai permanecer comigo e num lugar de destaque lá no meu mafuá foi uma das relíquias que o Morales ontem me presenteou. Quem me conhece sabe de como gosto de livros e de alguns, com amor e compaixão, algo realmente arrebatador. Este livro, não é para ser lido, mas para ser visto, revisto e nas fotos, vou buscando relembrar algo de minha vida e de onde estava quando descobri cada publicação.

Desde 1973 até hoje, eis alguns dos nomes revividos hoje: Claudio Abramo, Marília Gabriela, Jorge Escosteguy, Rodolfo Konder, Carlos Nascimento, Enio Pesce, Caco Barcelos, Silvia Popovic, Hamilton Almeida Filho, Juarez Soares, PAulo Markun, Perseu Abramo, Raimundo Pereira, Tarso de Castro, Helena Silveira, Ignácio de Loyola Brandão, Laurentino Gomes, Dorrit Harazim, Mino Carta, Alberto Dines, Aloysio Biondi, Silvio Lancelotti, Paulo Patarra, Nirlando Beirão, Hélio Campos Mello, Alex Solnix, Fábio Altman, Marcos Rey, Mário Prata, Lourenço Diaféria, Clóvis Rossi, Jânio de Freitas, Caio Tulio Costa, Paulo Francis, Fernando Pedreira, Joelmir Beting, Moisés Rabinovici, Celso Kinjô, Percival de Souza, Vladimir Herzog, Concieção Cahú, Gabriel Priolli, Mauro Beting, Gilberto Dimenstein, Samuel Wainer, Milton Severiano da Silva, Narciso Kalili, Moacir Japiassu, Carlos Chagas, Tão Gomes Pinto, Leão Serva, Antonio Carlos Fon, Audálio Dantas, Henfil, Gloria Kalil, George Duque Estrada, Ricardo Setti, Juca Kfouri, Wagner Carelli, Reinaldo de Azevedo, Sinval Itacarambi Leão, Eugênio Bucci, Lenora de Barros, Osmar Santos, Zuza Homem de Mello, Vicente Leporace, Luís Nassif, Dante Matiussi, Astrid Fontenelle, Heródoto Barbeiro, José Paulo de Andrade, Florestan Fernandes Jr, Gil Passarelli e outras (os).

Só saio do quarto e abro as portas após me esbaldar, me refestelar com a visão e as lembranças já cansadas de desabrochar. Eu sou de um tempo em que, conheci e li todas as publicações citadas no livrão. Colecionei muitas delas, guardei recortes de muitas, colados em cardernos, os quais muitos ainda mantenho entre minhas preciosidades. Este pessoa, quer queira ou não, concorde ou não, foram e são FAZEDORES DE HISTÓRIA.

ENQUANTO ISSO, CONTINUA ACONTECENDO DO LADO DE FORA DE NOSSA JANELA

01. A COVARDIA CONTRA O MINISTRO PADILHA
"O ataque covarde contra minha família não nos intimidará", ministro da Saúde Alexandre Padilha. Eis o link da gravação do ministro denunciando o ocorrido:

02. QUER VER O BRASIL DANDO A VOLTA POR CIMA? SÓ IR CONFERIR A BAIXA DE PREÇOS NOS SUPERMERCADOS
O hilário da gravação ao lado não é o humor nela contido, mas a pura verdade dos fatos, algo que, infelizmente, parcela da população, mesmo com tudo bem diante de seus olhos, finge não entender ou não reconhece. Eis o link: 

03. ADORO OUVIR ELA DESMASCARANDO HIPÓCRITAS, CANALHAS, PERVERTIDOS E FASCISTAS
Transfobia escancarada  - Durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial (CDHMIR) de ontem (13), o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) dirigiu ataques transfóbicos à sua homóloga Erika Hilton (Psol-SP). O episódio ocorreu após Hilton apresentar um requerimento para a realização de uma Audiência Pública sobre “Transmasculinidades e Saúde Mental” na Câmara dos Deputados. Ao questionar a necessidade do debate, o parlamentar bolsonarista fez comentários ofensivos sobre a aparência da colega e insinuou que ela “anda com bolsas de R$ 20.000”. Em seguida, quando Hilton respondeu sem usar o microfone, Gilvan iniciou um bate-boca, afirmando que ela estaria se “apaixonando” por ele e complementou: “O que a minha esposa tem, você não tem”. Ao exercer seu direito de resposta, a parlamentar denunciou o comportamento como parte da estratégia da extrema direita. “Este é um reflexo do adoecimento das democracias, e é assim que elas morrem. Estas pessoas vêm aqui com o único objetivo de manter seus projetos de morte”, disse. Hilton ainda reforçou: “O ódio dessa gentalha é ver uma mulher como eu, negra, travesti, vinda dos lugares de onde vim, ocupando o espaço que ocupo de cabeça erguida”. Apesar dos ataques, o requerimento foi aprovado durante a sessão e deve voltar a ser discutido na próxima semana. Eis o link da deputada denunciando o ocorrido: https://web.facebook.com/brasildefato/videos/4567294690157423

04. QUE BRASIL É ESSE? - O empresário mata um garia e depois vai para academia malhar. O deputado federal pastor Henrique Vieira (PSOL RJ), usou seu tempo no plenário da Câmara para denunciar o ocorrido. Eis o link dessa fala: 

05. OS FASCISTAS CASSAM E A JUSTIÇA DEVOLVE O CARGO E O MANDATO A QUEM DE DIREITO