RECONHECIMENTO COM ROBERTO PALLUPreciso escrever uma palavrinhas sobre este dedicado amigo, Roberto Pallu. Este danado é reconhecido com um dos grandes dentro do audio-visual bauruense. Faz e acontece dentro do setor há décadas e atua também como publicitário, tendo feito inúmeras campanhas políticas. Tem uma trajetória profissional das mais reconhecidas. Até bem pouco tempo atrás o conhecia superficialmente, mantendo uma cordial saudação, mas sem nenhum tipo de relacionamento profissional.
Quando o Governo Federal de Lula instituiu os programas culturas com as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, todas dando vazão para o surgimento de documentários e trabalhos nesta área, pensei em me inscrever e contar histórias pela aí, porém, como historiador, poderia entrevistar os personagens, ir cavar de levantar histórias, mas na hora da montagem, de apresentar o resultado final, sabia não teria como fazê-lo sem o auxílio de um profissional. Pensei em alguns e fui conversar com Pallu. Fui maravilhosamente recebido e desde o início, deixou aberta todas as possibilidades de realizarmos algo juntos.
E assim foi feito. O primeiro trabalho juntos, realizamos em Cabrália Paulista com um belo documentário, entrevistando mais de trinta pessoas da cidade, cada qual contando particularidades da vida daquela cidade. Montamos um estúdio dentro de um local vago no terminal rodoviário da cidade e lá, trouxemos as pessoas e as entrevistamos. Pallu com toda sua aparelhagem e eu, montando um roteiro de conversação. Depois, ele com sua pickup, circulamos a cidade, urbana e rural, captando imagens. Foi algo intenso e o resultado, considero admirável. O melhor de tudo é sua percepção profissional, onde buscamos capturar de cada pessoa, um algo mais, conversas arrebatadoras e além do resultado final, estão disponibilizados longas conversas e nelas, muito de minha participação e, principalmente a dele, na reunião de tudo, formatando o documentário.
O melhor de tudo, foi uma decisão tomada em conjunto. Tentamos outros trabalhos em outras cidades. Por pouco não conseguimos fazer outro trabalho em Pirajuí, quando contaríamos a história do jornal semanário O Alfinete, que tanto baraulho fez por lá. Essa uma ideia ainda em suspenso, mas de tudo, como dizia, algo acertado entre nós dois. Ele é um profissional atuando em várias frentes e nessa, dizia a mim, "vamos em frente, Henrique, mesmo que o valor do edital seja baixo, quero seguir produzindo estes trabalhos contigo". E assim fizemos. Na sequência, noutro edital, com um amigo proponente, realizamos o "Cidade das Águas", quando diante de uma placa na entrada da cidade de Arealva, toda uma história a ser desbravada e contada. Foi um trabalho e tanto, tantas gravações, incursões inesquecíveis pela cidade, conhecendo tanta gente com, cada qual, belíssimas histórias para ser contadas.
E por fim, o terceiro trabalho juntos, onde fui o proponente, o de um livro contando a história do centenário da cidade de Iacanga. Neste, trabalhamos com documentos e textos já publicados, fazendo uma condensação e em busca de novos depoimentos. Paralelo a isso, ainda estamos finalizando um documentário, esse com a cara do Pallu, pois eu pergunto, ele me auxilia, mas as gravações e quem monta tudo, editora e entrega o resultado final é sempre ele. O livro deve ser lançado em breve, assim como o documentário, quando circulamos com os seus equipamentos pelos mais diferentes lugares da cidade.
Nestes trabalhos aprendi a gostar demais da conta do baita profissional ali diante de mim. Além de tudo, nos tornamos grandes amigos. Depois, o acompanho em incursões dentro de um projeto fotográfico no distrito rural de Tibiriçá, onde ele exerce um papel magnífico com os estudantes e jovens do local. Assisti algumas das aulas de sua Oficina e me encanto em ver como consegue atrair não só a atenção, como fazer com que os jovens fiquem como que magnetizados ali diante dele. Sabe o que faz e faz muito bem feito. Escrevo isso tudo como RECONHECIMENTO, pois só consegui finalizar os três já concluídos com sua efetiva participação. Foi a junção deste historiador com este baita profissional e dessa junção, o resultado, para mim, auspicioso.
Ontem voltamos a caminhar por Tibiriçá e cirulando juntos, a certeza de que, amigo é pra essas coisas, ou seja, um estar e continuar ao lado do outro, em todas as situações. Continuaremos juntos, dando muitos murros em ponta de faca, acertando e errando, mas indo pras cabeças, propondo trabalhos sérios, onde colocamos muito de nós, de nossa experiência. Na nossa cabeça fervilha muitos outros projetos e quiçá consigamos levá-los adiante, mesmo com isso tudo que a vida vai nos colocando como pedras pelo caminho. Eu com 65 e ele com 60, somos personagens destes tempos e como rescaldo de vida, creio eu, nosso saldo é positivo. Queremos ser, fazer e acontecer. Quando juntos, tudo facilitado. Pallu merece esse acarinhamento e precisava fazê-lo. Está feito.
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