domingo, 6 de abril de 2008

UMA MÚSICA (19)
NÓ NA MADEIRA, de João Nogueira e Eugênio Monteiro - canta o filho do João, DIOGO NOGUEIRA, no seu primeiro CD, "Ao Vivo - Diogo Nogueira", Emi, 2007

Comprei tão logo voltei da viagem à Cuba. Adoro João Nogueira (tenho quase tudo dele - não existe vozeirão rouco igual ao dele) e acompanhei o nascimento artístico de seu filho, Diogo, que agora estoura nas paradas. É o grande sucesso do verão carioca. Já está inserido, com louvor, aqui no meu Mafuá. Nesse domingo pela manhã, ouvi pelo menos umas três vezes. Escolhi uma onde faz um duo com Marcelo D2.

Nó na Madeira
Eu sou é madeira/ Em samba de roda já dei muito nó.../ Em roda de samba sou considerado,/ De chinelo novo brinquei carnaval, carnaval/ Sou é madeira/ Meu peito é do povo do samba e da gente,/ E dou meu recado de coração quente/ Não ligo à tristeza, não furo, eu sou gente/ Sou é madeiraTrabalho é besteira, o negócio é sambar/ Que samba é ciência e com consciência/ Só ter paciência que eu chego até lá.../ Sou nó na madeira/ Lenha na fogueira que já vai pegar/ Ser fogo que fica ninguém mais apaga/ É a paga da praga que eu vou te rogar, devagar...

Marcelo D2, faz um belo discurso, intitulado É preciso Lutar: " Antes de mais nada/ Me apresento outra vez/ Peso pesado do mic/ Eu tenho fé que meu caminho/ É no requinte do samba/ Eu tenho força e coragem/ De um guerreiro que ama/ E vê se me escuta/ E a minha batida perfeita/ Eu tô na luta/ Respeito só tem quem respeita/ Então respeita a família/ Respeita direito/ Cada um sabe a cruz/ Que carrega no peito/ E tem sempre um Zé na vida/ Querendo te atrasar, fingindo te advogar/ Mas na hora que o bicho pega/ O tal Zé nunca tá lá/ Tá louco é para atrapalhar/ Mas você sabe como é que é/ Coração de malandro/ Bate na sola do pé/ Protagonista de um filme/ Que não tem dublê/ De orçamento baixo/ Sucesso na tevê/ Eu mato a bola/ Do jeito que ela vem/ Eu faço samba tipo sabotagem/ E rap tipo Jorge Ben.

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