terça-feira, 11 de agosto de 2009

UMA MÚSICA (48)

PAIS: O DIA DELES, ALGO SOBRE O MEU E A MÚSICA 'ESPELHO', DO JOÃO
Meu pai, Heleno Cardoso de Aquino está “deixando a vida lhe levar”, como no samba do Zeca. Do alto dos seus 81 anos, completados dia 06/08 (alguns dias antes do Dia dos Pais), vive bem, quando a diabetes não o importuna além da conta. Vejo sua luta pela busca de guloseimas diferenciadas e só intervenho quando percebo excessos além da conta. Quero-o aqui comigo (da mãe Eni e de nossa trupe) o máximo que puder, ainda mais agora que voltei a viver ao seu lado. É muito bom ter um pai do nosso lado. Eu privo dessa benesse e vivo intensamente esses momentos. O meu é um companheirão, ferroviário da extinta Paulista, um paulista, com jeitão de mineiro, um tanto calado, mais comedido impossível, que me deu ótimos conselhos a vida toda. Construiu coisas que nem imagino como possa ter feito, pois ganho mais que ele e nada consigo amealhar. Ele levantou um mundo, o mundinho onde vivo. Embasbacado fico.

Ontem fiz minha homenagem aqui aos pais com a publicação do tributo que o Penninha quer prestar ao seu, o Pennão. É lindo isso, não? Ver o Penninha reunindo tudo sobre a história do pai e dando até um nome para o trabalho, O GUERRILHEIRO URBANO, é algo que me tocou desde o princípio. Perder o pai deve ser doloroso e nem penso nisso, para não encucar. Domingo fui ao campo assistir a mais uma derrota do Noroeste (1 x 0 para a Ferroviária) e sentei junto a dois amigos, o Tuim e o Batista. Falávamos disso, eles sem os seus. Foram tantas histórias, que nem prestamos muita atenção no jogo. De lá, fui almoçar com o meu, no seu dia.

Toda vez que quero escrever algo sobre PAIS, logo me vem à mente uma música do João Nogueira, ESPELHO. Essa é daquelas que mesmo tendo o meu aqui do meu lado, sempre que a ouço, bate uma saudade danada de estar ao seu lado, como agora. Abaixo publico sua letra e clicando no link (http://www.youtube.com/watch?v=e9J-I9wfhNE ), ouve-se o próprio João cantando o amor que tinha pelo seu pai. Ontem li no BOM DIA sobre o novo disco do Diogo, ‘Tô fazendo a minha parte’ (já estou com vontade de comprar – ontem vi na Lojas Americanas de Presidente Prudente por R$ 20) e em todos os momentos ele tecendo loas ao pai. Quando peguei o disco na mão ontem, lembrei logo do vozeirão do seu pai, o João e consequentemente da ESPELHO. Foi instantâneo o bater de uma bruta saudade de estar ao lado do meu. Sintam se não tenho razão:

Espelho - João Nogueira - Composição: João Nogueira
"Nascido no subúrbio nos melhores dias/ Com votos da família de vida feliz/ Andar e pilotar um pássaro de aço/ Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço/ Com as fardas mais bonitas desse meu país/ O pai de anel no dedo e dedo na viola/ Sorria e parecia mesmo ser feliz/ Eh, vida boa/ Quanto tempo faz/ Que felicidade!/ E que vontade de tocar viola de verdade/ E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)
Num dia de tristeza me faltou o velho/ E falta lhe confesso que ainda hoje faz/ E me abracei na bola e pensei ser um dia/ Um craque da pelota ao me tornar rapaz/ Um dia chutei mal e machuquei o dedo/ E sem ter mais o velho pra tirar o medo/ Foi mais uma vontade que ficou pra trás/ Eh, vida à to/ Vai no tempo vai/ E eu sem ter maldade/ Na inocência de criança de tão pouca idade/ Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)
E assim crescendo eu fui me criando sozinho/ Aprendendo na rua, na escola e no lar/ Um dia eu me tornei o bambambã da esquina/ Em toda brincadeira, em briga, em namorar/ Até que um dia eu tive que largar o estudo/ E trabalhar na rua sustentando tudo/ Assim sem perceber eu era adulto já/ Eh, vida voa/ Vai no tempo, vai/ Ai, mas que saudade/ Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade/ E orgulho de seu filho ser igual seu pai/ Pois me beijaram a boca e me tornei poeta/ Mas tão habituado com o adverso/ Eu temo se um dia me machuca o verso/ E o meu medo maior é o espelho se quebrar (Bis)
OBS.: Continuando o papo sobre pais: o meu continua resistindo como aroeira, eu já sou há 15 anos; Tuim, Batista e Penninha o são também e nessa semana eis que vinga mais um na praça, o WELLINGTON LEITE, lá da Veritas/Unesp FM. Nasceu o Antonio e ele todo pimpão, lá na rádio, erra nas falas, diz tudo ao contrário e ri no meio do noticiário. Não imagina o que o espera...

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Henrique!!
Boa essa! Obrigado!
Quando conversamos não me dei conta que o seu pai faz aniversário no dia que o Antônio nasceu! Sem contar a felicidade além da conta, estou com um sono arretado! E ele só tem 5 dias.... kkkk
Abração!!
W. Leite

Helena Aquino disse...

Irmão você aprontando mais uma ..... é verdade ... o pai é uma figurinha , nunca sabemos oque realmente está sentindo. Não reclama, tá sempre falado que está bem, rindo . Agora, não pisem no calo dele, não tirem ele do sério , que aí o Leão (signo) adormecido acorda rapidamente..rs...
Parabéns pai, e que Deus o preserve aqui por muito tempo tempo ainda, para aguentar a nossa dona Eni...rs....
Beijosssssss