domingo, 16 de agosto de 2009

DIÁRIO DE CUBA (35)

PASSEIO COM SEU ALBERTO E UM JOVEM DE 16 ANOS POR SANTIAGO DE CUBA
Estamos no dia 19/03/2008, uma quarta, nosso primeiro dia em Santiago de Cuba. Conhecemos no famoso e lendário Quartel Moncada um senhor de 75 anos, ALBERTO SÁNCHEZ BELTRÁN. Após a visita ao museu junto ao quartel, ele nos esperava na saída e como bom cicerone, fez questão de nos levar a pé até um conhecido monumento ao Comandante Che, distante mais de 1 km dali. Fomos os três pelas ruas, ouvindo suas histórias de ex-combatente e perguntando muito. Ele falava com orgulho, contou-nos a sua história, a de sua cidade, do país e dos seus heróis, Fidel, Che e Camilo. Ele não nos levou diretamente ao monumento, fez diferente, preferindo um caminho mais longo, onde nos mostrou alguns pontos históricos e alguns locais de reuniões dos antigos combatentes. Experências como essas, únicas e extraordinárias, rechearam nossa viagem.

Foi maravilhosa a chegada no monumento, a recepção feita por um senhor que cuidava do local e uma explicação sobre cada detalhe da praça. Somos abordados por um jovem de 16 anos, membro atuante da Juventude Comunista, ALEJANDRO, que estava por ali a tirar fotos, num trabalho que abrangia todos os monumentos da cidade, para colocar num site na internet. Pertence a Federação de Estudantes de Ensino Médio e juntou-se ao grupo para uma conversa que se alongou por mais de uma hora. Com o sol a pino, ali permanecemos aprendendo muito, com a nova e a velha geração cubana.

Alberto caminhou conosco um outro tanto e só nos despedimos, quando se aproximou o horário de buscar as reservas na CUBATUR. VÍVIAN, a recepcionista, acabou dando um depoimento contundente sobre seu país: “Nós, cubanos, somos muito felizes. Temos muitos problemas, porém gostamos muito daqui. Sou tradutora de inglês e minhas duas irmãs também possuem cursos universitários. Aqui só não estuda quem não quer e quem não possui capacidade para tanto. Esses exercem outras atividades, com o mesmo respeito e consideração das demais. Sou feliz aqui e não trocaria meu país por nenhum outro”. Por fim, ela nos confirma como será nosso retorno à Havana, com viagem e hospedagem já confirmadas antecipadamente. Pagamos e vamos desfrutar de alguns dias ali, trazendo conosco indicações feitas por ela.

Eram 16h quando passamos novamente diante de um posto de combustível, tendo ao lado a lanchonete EL RÁPIDO, que o Marcos apelidou carinhosamente de EL Jaboti, tal a lentidão. Estávamos acostumados ao nosso ritmo e ainda tínhamos certa dificuldade em assimilar um ritmo mais lento. Correr para que, se isso não se faz necessário. Entramos no espírito da coisa, com um preço bom, dentro de nossas possibilidades. Comemos duas pizzas pequenas e quatro refrescos. Por volta das 17h30 retornamos ao hotel. Temos diante de nós todas as futuras despesas já definidas e pagas. Os gastos daqui para frente serão com alimentação, turismo, táxis e compras. Menos mal. Um breve descanso, pois as canelas continuam doloridas. Marcos prefere descansar, eu não, quero conhecer o centro da cidade e assistir a uma peça teatral. É o que faço, mas conto tudo em detalhes só no próximo relato.

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