AMIGOS QUE LIGAM, ESCREVEM E LÁ VOU EU
Meu telefone toca e do outro lado o querido Arconcio Pereira da Silva, do alto dos seus 94 anos, dizendo estar em Bauru há 15 dias, com a voz embargada e de difícil compreensão. Veio fazer um tratamento nas cordas vocais e talvez precise até operar. Passo em sua casa, pois não dá para perder a oportunidade de bater um papo com tão altaneira pessoa, um dos poucos que fez de toda sua vida um campo de batalha, combatendo as agruras do ser humano. Lutou por melhorias, comandou greves ferroviárias, conscientizou pessoas e pagou um caro preço pelas opções feitas. Foi alijado do seu emprego, comeu o pão que o diabo amassou e só agora, depois dos 90 anos viu sua situação ser restabelecida numa anistia ainda não totalmente concretizada. E vive a vida intensamente, como se cada novo dia fosse uma dádiva (não dos céus, pois acredita é na vida terrestre). Vê-lo falar da política de hoje é algo inebriante, pois esse não perderá nunca a disposição de luta. "Depois de outubro, volto para morar em Bauru de qualquer jeito. Deixo Rio Preto, onde não conheço ninguém e volto a viver ao lado de pessoas que aprendi a gostar e conviver a vida toda", me diz com a voz embargada. Aguardamos ansiosos, com festa e rojões preparados. Trago emprestado um livro que ele acabara de ler, o "Em defesa do interesse nacional - Desinformação e alienação do patrimônio público". Domingo que vem levo ele até a Feira do Rolo, onde irá rever a Associação dos Aposentados (é sócio nº 1) e bater perna.
Num e-mail vindo de Marília SP, Paulo Giorgi me manda notícias. No final do ano encontrou meu cão perdido numa rodovia lá perto do Gasparini, levou-o para Sampa, depois sua casa e divulgou o fato em listas de animais perdidos, até me encontrar e promover a repatriação do animal. Pimpa vai bem, velhinho e lento com seus quase quinze anos, cada vez mais carinhoso com os de casa. Acompanhamos sua velhice com todo carinho. Paulo diz abrir meu blog de vez em quando (“Qual seja o texto, quanto mais eu leio mais eu acredito que o real valor está na capacidade humanitária da pessoa, independente de qualquer outra variável”) e que lembrou de mim numa viagem: “Eu e a Ju fizemos uma viagem maravilhosa para a Itália em janeiro, e lembrei-me especialmente de você quando estava em Genova!! Tirei essas fotos para te enviar. Ao vê-las você deverá entender o porque da carinhosa lembrança”. Eram de Cuba e ele me tirou as fotos dos locais.
Viajo com Vinagre e Tech para Barra Bonita no sábado à tarde. Fomos a uma reunião com o deputado federal Cândido Vaccarezza (http://www.vaccarezza.com.br/), líder do governo federal petista na Câmara dos Deputados. Aproveito e muito, em primeiro para ver como anda a campanha da Dilma, pela qual não só torço, como votarei e farei campanha. Não suportaria um retrocesso maior do que o visto e com o PSDB no poder no país em algo tão triste como o presenciado aqui no estado paulista, comandado por eles há quase 20 anos (uma eternidade). Segundo, atendemos pedido pessoal de Marcelo Cavinato, coordenador da Macro Região do PT, sempre antenado, reunindo muita gente de toda a região e papear com todos eles é constatar como anda a luta/labuta diária de defender um governo voltado para o social, quando um tsunami exerce força no sentido contrário e quer alicerçar a defesa de uns poucos privilegiados. Quando me dão a palavra, digo do porque do apoio a Dilma e aproveito para dizer do meu também à Cuba ("Como podem ver em minha camiseta", disse). Abraço gente de Mineiros, Pirajuí, Areiópolis, Pratânia, Reginópolis, Dois Córregos, Botucatu... Do encontro e do visto na Barra, escrevo aqui nos próximos dias. Na volta, uma inevitável cervejinha com peixe, num bar rural entre Barra e Macatuba.
Meu telefone toca e do outro lado o querido Arconcio Pereira da Silva, do alto dos seus 94 anos, dizendo estar em Bauru há 15 dias, com a voz embargada e de difícil compreensão. Veio fazer um tratamento nas cordas vocais e talvez precise até operar. Passo em sua casa, pois não dá para perder a oportunidade de bater um papo com tão altaneira pessoa, um dos poucos que fez de toda sua vida um campo de batalha, combatendo as agruras do ser humano. Lutou por melhorias, comandou greves ferroviárias, conscientizou pessoas e pagou um caro preço pelas opções feitas. Foi alijado do seu emprego, comeu o pão que o diabo amassou e só agora, depois dos 90 anos viu sua situação ser restabelecida numa anistia ainda não totalmente concretizada. E vive a vida intensamente, como se cada novo dia fosse uma dádiva (não dos céus, pois acredita é na vida terrestre). Vê-lo falar da política de hoje é algo inebriante, pois esse não perderá nunca a disposição de luta. "Depois de outubro, volto para morar em Bauru de qualquer jeito. Deixo Rio Preto, onde não conheço ninguém e volto a viver ao lado de pessoas que aprendi a gostar e conviver a vida toda", me diz com a voz embargada. Aguardamos ansiosos, com festa e rojões preparados. Trago emprestado um livro que ele acabara de ler, o "Em defesa do interesse nacional - Desinformação e alienação do patrimônio público". Domingo que vem levo ele até a Feira do Rolo, onde irá rever a Associação dos Aposentados (é sócio nº 1) e bater perna.
Num e-mail vindo de Marília SP, Paulo Giorgi me manda notícias. No final do ano encontrou meu cão perdido numa rodovia lá perto do Gasparini, levou-o para Sampa, depois sua casa e divulgou o fato em listas de animais perdidos, até me encontrar e promover a repatriação do animal. Pimpa vai bem, velhinho e lento com seus quase quinze anos, cada vez mais carinhoso com os de casa. Acompanhamos sua velhice com todo carinho. Paulo diz abrir meu blog de vez em quando (“Qual seja o texto, quanto mais eu leio mais eu acredito que o real valor está na capacidade humanitária da pessoa, independente de qualquer outra variável”) e que lembrou de mim numa viagem: “Eu e a Ju fizemos uma viagem maravilhosa para a Itália em janeiro, e lembrei-me especialmente de você quando estava em Genova!! Tirei essas fotos para te enviar. Ao vê-las você deverá entender o porque da carinhosa lembrança”. Eram de Cuba e ele me tirou as fotos dos locais.
Viajo com Vinagre e Tech para Barra Bonita no sábado à tarde. Fomos a uma reunião com o deputado federal Cândido Vaccarezza (http://www.vaccarezza.com.br/), líder do governo federal petista na Câmara dos Deputados. Aproveito e muito, em primeiro para ver como anda a campanha da Dilma, pela qual não só torço, como votarei e farei campanha. Não suportaria um retrocesso maior do que o visto e com o PSDB no poder no país em algo tão triste como o presenciado aqui no estado paulista, comandado por eles há quase 20 anos (uma eternidade). Segundo, atendemos pedido pessoal de Marcelo Cavinato, coordenador da Macro Região do PT, sempre antenado, reunindo muita gente de toda a região e papear com todos eles é constatar como anda a luta/labuta diária de defender um governo voltado para o social, quando um tsunami exerce força no sentido contrário e quer alicerçar a defesa de uns poucos privilegiados. Quando me dão a palavra, digo do porque do apoio a Dilma e aproveito para dizer do meu também à Cuba ("Como podem ver em minha camiseta", disse). Abraço gente de Mineiros, Pirajuí, Areiópolis, Pratânia, Reginópolis, Dois Córregos, Botucatu... Do encontro e do visto na Barra, escrevo aqui nos próximos dias. Na volta, uma inevitável cervejinha com peixe, num bar rural entre Barra e Macatuba.
Domingo, 20h, três caipiras reunidos na casa de um deles, Lázaro Carneiro, nos altos do Jd Bela Vista. Tudo preparado com muita antecedência para recepcionar outros dois, no caso, eu e Wellington Leite, o radialista das FMs Veritas e Unesp. Papo saudosista e muito assunto para virar tese folclórica, dessas de figurar num programa ao estilo "Rolando Boldrin" (alô TV Preve, façam algo com o Lázaro, pois histórias/estórias/causos não faltam na sua cachola). Quando ele começa a contar um causo, ligo a máquininha de fotos e gravo. Além de nós três, só a esposa do Lázaro, que preparou três (disse três, com uns 8 pedaços cada) pizzas, daquelas carnudas e cheias de sustância (sic), ou seja, quase fomos carregados na saída. Falamos de tudo um pouco, desde a maldizer os tucanos no pleito eleitoral que se aproxima, até a reviver histórias escabrosas passadas na Bauru de hoje, como as muitas do AHB, bastidores culturais de muito baixo astral e uma ou outra passada com cada um. Falamos de mortes sentidas nesses dias, como a do Walter Alfaiate, a da professora unespiada Adriana Chaves (grande parceira intelectual de Tuga Angerami), do produtor musical Sabá e do bibliófilo José Mindlin. Saio de lá com o bucho estufado de tão cheio e triste, muito triste, pois não deu tempo de colocar nem 10% das conversas em dia. Teremos que voltar outro dia e prosseguir o papo, diminuindo a despensa (comemos bem) do amigo, sempre muito cortês.