segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

UMA FRASE (47)

QUADROS E MAIS QUADROS
Ouço numa canção, a "Longe de você", do Charles Brown Jr tocando insistentemente nas FMs da vida, a frase "Molduras boas não salvam quadros ruins". Ela me propiciaria uma divagação enorme, mas prefiro ficar somente com uma, que me basta, a de que Se o quadro é bom não importa a moldura. Ela cai como uma luva para uma das situações desse texto. Relato aqui duas bem distintas, onde a venda de quadros está em evidência. Presenciei ambas nesse final de semana e as relato aqui.

Na primeira, seu Hélio, o dono de um bar na rua Antonio Alves nº 5-8, logo após a passagem da linha férrea, quando ia para a Feira do Rolo neste domingo me pára para uma conversa e tocamos num assunto que está exposto na parede do seu estabelecimento. Dois quadros do Baccan, um dos nossos artistas plásticos famosos, já falecido, especialista em pinturas de paisagens, principalmente rurais. Já conhecia a história dos dois quadros lá expostos. Baccan morou ali por perto durante muito tempo e numa época brava em sua vida, com pouca grana. Fazia gastos contínuos no bar e a forma que encontrou para pagar o que devia foi deixando dois quadros em troca da dívida. Seu Hélio aceitou e desde então tudo está exposto ali na parede. Já faz um tempo que ele tenta vendê-los, talvez para algum colecionador ou gente que conheça a obra do artista. "Queria que esses quadros estivessem num lugar onde pudessem ser mais valorizados. Vendo baratinho, aceito propostas. Divulgue isso para mim", diz seu Hélio. Faço isso nesse momento passando o telefone do dono do bar - 9703.7082. Interessados, por favor...

Na segunda, meu grande amigo Percy Coppieters, um artista plástico mais do que vivo e querendo dar uma reviravolta em sua vida, uma daquelas guinadas necessárias de vez em quando (ou seria, de vem em sempre?), fazendo uma grande promoção de venda de muitos dos suas obras. Suas telas estão expostas por toda sua casa, também ateliê. Lindo circular por lá e ir esbarrando em telas de toda espécie, retratando os vários momentos do artista. Sua técnica não é única, mas possui uma marca característica, bem própria, a de misturar texturas e cores. As molduras no seu caso são fabricação própria, idéia dele mesmo para cada obra, pois ali no fundo de sua casa, possui um bem montado espaço, uma Molduraria das mais conhecidas em Bauru. Perder uma dessas raras oportunidades de ter uma tela de qualidade e assinada pelo Percy é uma dessas raridades que perdemos só quando não estamos mesmo em condições, do contrário, o momento é esse e somente esse (na foto da esquerda, uma que já está aqui no mafuá desde hoje). Percy pode ser contatado pelo seu fone 14. 3202.6235 ou pelo e-mail: pcoppieters@gmail.com.
Problemas de forno: Com o vendaval dominical meu Speedy, da Telefônica pifou e não voltou a funcionar até agora (quase 48h). Desplugado e nas lans-house da vida, minha conecção é pífia. E para ser sincero, não me faz muita falta, mais a profissional, da qual nos tornamos dependentes absolutos e quase resolutos. Qual seria o antídoto para voltarmos a viver tranquilamente sem essa necessidade de estarmos constantemente conectados? Precisamos todos reaprender a caminhar...

5 comentários:

Anônimo disse...

Percy é uma artista incomum e inquieto.
Gosto muito de todo seu trabalho.
Um batalhador como todos nós, remando contra a maré.
Fazia tempo que não tinha notícias dele.
Um beijão nele e nos seus
Rosana

Anônimo disse...

Oi Henrique!
Você ainda tem aquelas imagens dos afrescos do Bacan que encontramos nas paredes daquela casa em Reginópolis?
Abração!
W.Leite

Anônimo disse...

henrique

lembra-me muito as obras de mondrian. quando chegar em bauru, certamente quero conhecer o artista, bem como a molduraria pra organizar os quadros de meus amigos que merecem belas molduras.

beijo

ana bia - designer

Mafuá do HPA disse...

Wellington

Tenho sim as fotos tiradas lá na casa abandonada em Reginópolis. Pelo que sei, informado pelo Fausto, a casa ainda não foi demolida e as duas pinturas do Baccan lá estão, cada vez mais estragadas.
Vou localizar as fotos e te envio.
Um abraço do
Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Sempre gostei muito da obra do Baccan.
Vou ver se passo lá nesse bar para dar uma espiada nesses dois quadros.
Que negócio é esse que li aqui de duas pinturas dele numa parede de uma casa abandonada em Reginópolis?

Cesau Augusto